É lamentável Rafinha ter que desabafar para evitar ser chamado de mercenário

Vitor Birner

Domènec Torrent foi contratado pelo Flamengo com aval de Rafinha. Conhecia o técnico e poderia ser útil na difícil adaptação, pois fervilhava nas mentes dos torcedores o time de Jorge Jesus. Isso continua. O alto nível do futebol mostrado e a manutenção de quase todo o elenco geram a expectativa positiva alta.

Mas o jogador foi embora para o Olympiacos após o espanhol chegar. E disse ao SporTV nesta segunda-feira (22) que a proposta do clube grego era para ganhar o triplo. De jeito nenhum vou associar o fracasso do antecessor de Rogério Ceni à saída do veterano. A preparação física, a pandemia, a proposta tática que desagradou jogadores; tudo dificultou o sucesso. 

Tampouco vou criticar o atleta por elevar seu rendimento bancário. De nada adianta remoer. Os cartolas precisam ser práticos. 

O Flamengo terminou a temporada com prejuízo nas contas, algo muito óbvio no cenário planejado sem pandemia. Foi ao mercado buscar Isla, que custa bastante.  Tem Matheuzinho para desenvolver.  De forma racional, se quisesse gastar, o ideal seria pensar em reservas para Éverton Ribeiro e Bruno Henrique.  Tinha que recusar, sob a perspectiva da estrutura de elenco, a nova chegada de Rafinha. 

Rafinha 'pistola' com cartola do Flamengo: veja o Giro ESPN


Ressalto que os laterais disponíveis nem de longe esboçaram, em campo,  desempenho parecido ao do ídolo. Por outro lado, há o aspecto que sobrepõe isso. O clube montou o melhor time do país após equilibrar suas finanças.  Enquanto tiver orçamento superior ao dos clubes daqui, terá a chance de montar o elenco mais capaz. 

Até aqui, tudo perfeito.

De qualquer forma, o jogador se incomodou e quis dar entrevista, pois o colocaram, sei lá quem, de vilão, como ele afirmou. 

Compensa o staff do presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, procurar saber se alguém, dentro da Gávea, vazou que foi essa, o vil metal, a razão. Isso podia diminuir a idolatria que o jogador, com todo o mérito, conseguiu ao mostrar grande futebol.

Rafinha em ação pelo Flamengo
Rafinha em ação pelo Flamengo Divulgação/Flamengo
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Os obstáculos para Crespo ser campeão no São Paulo

Vitor Birner

Hernán Crespo é o novo técnico do São Paulo.

Os que pretendem avaliar números do futebol precisam, se pretendem que as análises sejam úteis, levar em conta os contextos. Tenho pouca informação para opinar sobre o técnico no Modena. Quase nada vi do time do Banfield que dirigiu. Ficou pouco, porque também obteve resultados que mereceram críticas.

Se a gente observar estatísticas no Defensa y Justicia, mesmo sendo melhores que as anteriores, além de ganhar a Copa Sul-Americana, estão longe das ideais para o São Paulo. Mas há os outros lados. O time era bem organizado. O treinador iniciante, que se dispõe a estudar, tende a evoluir.

Vitor Birner analisa ‘aposta’ de São Paulo em Crespo e fala sobre ‘ambiente conturbado’ no clube fora de campo

Por isso, a resposta tão óbvia quanto realista para comentar a escolha é: aposta.

É impossível, neste momento, tirar conclusões precisas. A única é que o cenário, ao menos no início, é cheio de obstáculos. 

No clube argentino, preparou equipe ofensiva e rápida. O atual elenco do São Paulo carece de atacantes velozes e competentes, além de reforços em quase todos os setores.

Bertozzi, sobre Crespo no São Paulo: ‘É o primeiro time grande da carreira e sem tempo para esperar; o São Paulo precisa de títulos e ele vai ter que oferecer’

Se usar jogadores da base, terá que pedir a raríssima paciência, até se desenvolverem.

Se a atual equipe for desmontanda, o legado de Fernando Diniz, que tinha troca de bola na vertical e intensa nas fases que funcionou, será desperdiçado. O preparador físico,  elogiado pelos hermanos, nunca trabalhou com nosso calendário. 

Não negocia posse de bola, mas que gosta de correr riscos'; Breiller avalia características de Hernán Crespo

Da mesma forma que Crespo, desde que decidiu ser técnico, nunca viveu pressão como a que terá no Morumbi. É tudo novidade, incluindo a cultura do futebol em que chega. Para completar, no mínimo Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo montarão elencos mais fortes.

Tudo isso é nada perto da política fora da Barra Funda.

Isso, deixo para outros textos.

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Inter joga pouca bola, perde do Sport e desperdiça grande vantagem na luta pelo título

Vitor Birner

O Inter chegou na liderança do Brasileiro com lances aéreos, meio de campo esbanjando força, transição muito veloz e sistema de marcação elogiável. O Sport de Jair Ventura preparou antídotos. Utilizou  o quinteto na linha de zagueiros e laterais, o que aumentou a proteção aos laterais, além da força de marcação nas bolas por cima.

O time de Abelão, desde o início, teve dificuldade para se impor. Os elogiáveis Patrick e Edenílson, que têm sido essenciais, precisaram encarar marcação dobrada ou triplicada.

A opção de Jair Ventura para conseguiu o gol era o contra-ataque. Nem havia feito tantos quando Marquinhos foi acionado e derrubado por Uendel aos 25 minutos. Como a era do futebol neo impera, a arbitragem expulsou o lateral.

Sport vence Internacional no Beira-Rio pelo Campeonato Brasileiro; VEJA os gols!

Mesmo assim, o Sport insistiu na cautela. Na transição seguinte, Marcão Silva inaugurou a contagem. Quase em seguida Patrick igualou, mas era necessário propor,  o que a equipe completa poderia  ter dificuldade, e que aumentou com jogador a menos.

Completou o pacote a bobeira de Lomba, que achou que a bola saiu, e permitiu a jogada que terminou com gol se Dalberto. Em suma, o Sport precisou acertar a marcação para fazer gols, ficar com atletas a mais, pois o Inter se equivocou em lances pontuais. 

Pouco mudou após o intervalo. O líder acertou a trave e perdeu grande chance, quase no final, com Yuri Alberto, enquanto o Sport reforçava a marcação, terminou o jogo com lateral em frente ao lateral de ambos os lados, dupla de volantes marcadores, e trio de zaga, o que talvez, explique chances perdidas com o oponente dando enormes espaços.

Yuri Alberto desaba no gramado durante derrota do Inter para o Sport
Yuri Alberto desaba no gramado durante derrota do Inter para o Sport Getty

O time de Jair Ventura comemora muito, pois se afasta do rebaixamento, e o Inter se preocupa, pois vê a grande chance de título diminuir. Ainda é boa, porém o Flamengo tem mais jogadores decisivos.

O texto foi escrito antes de a rodada terminar. Até Atlético-MG e São Paulo, se conseguirem ganhar, podem disputar o troféu.

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Inter joga pouca bola, perde do Sport e desperdiça grande vantagem na luta pelo título

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É possível concordar com a saída de Fernando Diniz do São Paulo, mas e agora?

Vitor Birner

O primeiro mês da gestão Julio Casares no São Paulo foi horroroso. É possível citar aspectos críticos em diversas áreas, mas vou limitar o texto ao futebol, cujo o técnico, Fernando Diniz, acabou de ser demitido, pois a torcida despreza outros setores, mesmo sendo fácil avaliar que têm impacto em campo.

Ela herdou o time na liderança do Campeonato Brasileiro, e agora, após as mudanças que fez, a campanha é de rebaixado. Mera coincidência  apenas para quem vive em outro mundo.

É óbvio que a nova gestão falhou no gerenciamento da crise no time. E teve mais. Era necessário segurar o seu eleitor que detesta Leco, pois tinha cargo no governo de Aidar (sou capaz de apostar que ganhará o perdão do conselho), e nunca engoliu a forma como perdeu o poder, para não atrapalhar o sucesso do futebol.

Ressalto que o São Paulo estaria em situação parecida com a do Cruzeiro se, na época, nada fosse feito. 

Fabio Luciano diz que não demitiria Diniz agora; assista


Em campo

Eu nunca apostei no título. Dizia que era possível, mas com pequena chance. 

Por outro lado, essa hipótese era bem maior que, do nada, ter a penúltima campanha do torneio, como acontece desde a mudança de mandatário.

Essencial para a evolução

Após o estrago enorme, é importante começar a acertar. A única hipótese para Diniz continuar, na avaliação dos atuais cartolas, era ele ser campeão. 

Então, se pretendiam demitir o técnico após o fim do Brasileiro, a antecipação pode ser útil, se acertarem na escolha do sucessor e caso o mesmo seja apresentado o quanto antes, quiçá antes da próxima rodada. 

Após a mudança

Se for um gringo como tem sido especulado, terá possibilidade de conhecer o elenco e o peculiar ambiente, pedir novos atletas e tudo mais que ajudará na formação da equipe. 

Jogadores serão negociados, como Daniel Alves virou oponente após confrontar a política interna, há forte tendência para sair, e a Libertadores será em março. 

Por isso, a preparação tem que começar. Já está atrasada. É para ontem.

E o torcedor?

O torcedor terá que esperar. Usar a bendita paciência. Em breve será possível avaliar se tudo será positivo. Recomendo a sabedoria. 

Caso o serviço seja realizado pela metade, enfatizando a parte do populismo, aumentará a hipótese de ser ineficaz. Outro equívoco da gestão que, em tempo recorde, acumulou tropeços que foram empecilhos para o sucesso do futebol. 

Nada citei sobre a opção de Raí ser  mandado embora. Isso já tinha sido avisado. Entra no pacote das medidas que, para  serem práticas, eram para ser anunciadas somente no fim da atual temporada.

Fernando Diniz, agora demitido, lamenta lance em São Paulo x Vasco, pelo Brasileiro
Fernando Diniz, agora demitido, lamenta lance em São Paulo x Vasco, pelo Brasileiro Mauro Horita / Gazeta Press
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Em uma final, só importa ganhar! Palmeiras é bi da Libertadores e garante temporada épica

Vitor Birner

Tanto faz se a qualidade do jogo pode ser criticada.  É uma final. E o Palmeiras conseguiu ganhar. 

Todo o raciocínio além deste é irrelevante. Para ser campeão, o time fez grandes atuações. Conseguiu meter três no River Plate, em Buenos Aires, e diante dos mais fracos, goleou. Teve a melhor campanha. 

Olhar apenas para a decisão é diminuir o feito. Ou comentário clubista de oponente. 

Rony cruza, e Breno Lopes faz golaço de cabeça; assista


Vou além disso. Li as pessoas criticarem o nível do futebol no continente, pois realmente a decisão teve pouco futebol com a bola.  Discordo desta crítica. 

O que Santos e Palmeiras mostraram ao longo do torneio - ambos conseguiram atuações elogiáveis - serve como referência para avaliações.

Parabéns a Palmeiras e torcida pela conquista e temporada, que, agora, pode ser avaliada como épica!

Jogo tenso era previsível

Era previsível o início tenso na final da Libertadores. Os times faziam faltas após perderem a bola, pois o receio de tomarem gols prevalecia. Tudo muito natural. O jogo único tornou a dinâmica atípica. 

Para o andamento  mudar, era necessário cansaço ou equívoco  dos sistemas de marcação ou algum jogador em lance isolado, pois  só o gol mexeria no andamento. Como se tratava da chance rara de ganhar o torneio, se tivesse acontecido mais cedo, alteraria radicalmente as ideias de quem o tomasse. 

No segundo tempo, os técnicos avançaram os jogadores na marcação. Havia um pouco mais de espaços, mas o andamento continuou igual. Os torcedores assistiam a goleada da cautela diante da ambição.

Rony, a Marcelinho Carioca: ‘Vai ter gente andando nu'; veja


Cuca, o entrevero com Marcos Rocha e 'em uma final, só importa ganhar'

Cuca fez o primeiro movimento mais ousado. Pôs Lucas Braga na vaga de Sandry,  que foi perfeito no papel de marcação. Em vez do trio para os desarmes com Alison e Diego Pituca, formou o de criação com Marinho e Soteldo. O time aumentou a frequência na frente, porém com cautela. Fez a transição com lançamentos pelo alto, o ideal seria trocar passes na transição, mas preferiu evitar a hipótese de perder a final no erro em saída de bola. 

Abel Ferreira, que tinha mais opções, decidiu potencializar o contra-ataque. Zé Raphael saiu, e Patrick de Paula entrou, formando a dupla com Danilo para proteção dos zagueiros; Breno Lopes substituiu Gabriel Menino. O Palmeiras tinha o atleta contratado do Juventude e Roni pelos lados, além de Luiz Adriano, o centroavante, para  as jogadas de velocidade. 

O 0 a 0 estava desenhado, mas o assunto é futebol. A bola saiu na lateral, Marcos Rocha foi cobrar, e Cuca tentou atrasar a reposição. Houve troca de empurrões, o treinador recebeu o cartão vermelho e, no lance seguinte, Roni levantou a bola na área, Pará bobeou e Breno Lopes, de cabeça, entrou para a história ao garantir a glória eterna ao Palmeiras. 

Se o que aconteceu tirou a concentração, foi o único momento que isso aconteceu de ambos os lados, é impossível afirmar, mas deve ser considerado. O jogo, por tudo que descrevi, foi ruim na parte técnica, entretanto,  em uma final, só importa ganhar.

Campeões com o Palmeiras, Viña admira, e Luiz Adriano tira foto do troféu da Libertadores
Campeões com o Palmeiras, Viña admira, e Luiz Adriano tira foto do troféu da Libertadores Mauro Pimentel/Getty Images
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Em uma final, só importa ganhar! Palmeiras é bi da Libertadores e garante temporada épica

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Corinthians foi muito melhor que o São Paulo. E é possível avaliar os motivos

Vitor Birner
Vitor Birner

O Corinthians impôs a sua proposta com razoável facilidade. Se fosse mais eficaz nos toques e chutes, teria feito outros gols. Tem que ser aplaudido pelo empenho e preparação. 

Ficou 10 dias treinando - o São Paulo disputou três partidas no período - e formou um sistema de marcação tão preciso quanto inteligente, capaz de manter o líder distante de Cássio em quase todo o Majestoso.  

Tornou o jogo muito físico. Até os atletas que costumam se dedicar menos nos desarmes correram demais. No 4-4-2, alternando pressão na frente e no meio, fez me lembrar das equipes de Diego Simeone, técnico do Atlético de Madrid há anos.  

O time de Fernando Diniz está sentindo a maratona. Sucumbiu na parte física, se movimentou pouco, em especial Brenner e Pablo, que entrou na vaga de Luciano, após o artilheiro se machucar. A ausência pode ser grande, pois finaliza com eficácia e participa da construção. Em suma, confunde os oponentes, acha os espaços, é essencial para otimizar o futebol de Brenner, que sumiu no clássico. 

Muita gente vai criticar Gabriel Sara, Igor Gomes e Daniel Alves, pois erraram muito nos passes. Respeito as opiniões, mas vejo de outra forma o jogo. Faltaram opções de jogadores que pudessem receber bolas. 

Tiago Volpi passou por isso no lance que Camacho perdeu o gol.  Está enganado quem crê na queda de rendimento de todos como coincidência, falta de vontade ou algo similar. No texto citei os motivos. 

Otero comemora gol contra o São Paulo
Otero comemora gol contra o São Paulo Getty Images

Fernando Diniz deve estar sem voz após pedir exaustivamente, e sem êxito, movimentação, pois isso oferece opções aos que estão com a bola. 

Se for para reclamar individualmente de alguém do lado perdedor, citemos Arboleda, que teve  oportunidade de matar a jogada encerrada com maestria por Otero, além de Pablo e Brenner. 

Resta saber se o Corinthians manterá o padrão, havia conseguido diante do Grêmio, e se o São Paulo retomará o futebol elogiável. No banco há poucas opções. 

Fernando Diniz terá que fazer mais mágicas, se perder Luciano, além da que pôs o clube dono de boa equipe, mas com pequeno elenco, entre os favoritos ao título do Brasileiro.

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Corinthians foi muito melhor que o São Paulo. E é possível avaliar os motivos

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São Paulo jogou o bastante para até ter goleado o Sport

Vitor Birner

         
     

O Vasco, faz pouco tempo, usou o 5-4-1 contra o São Paulo, e o jogo foi difícil para o time paulista, favorito. Terminou empatado e sem muitas chances de gol. O Sport repetiu a receita. 

Está habituado com o sistema. Além do trio de zagueiros, usou o mesmo número de volantes para impedir os chutes do oponente. A estratégia foi ineficaz. 

No primeiro tempo, o time de Fernando Diniz comemorou após Luciano, em lance ensaiado no escanteio, finalizar a bela assistência de Daniel Alves. O centroavante Dalberto bobeou. Tinha que acompanhar o artilheiro. Antes disso, Igor Gomes tinha obrigado o goleiro a fazer grande defesa, após entrar na área tabelando, e Sara errou o domínio de bola em frente a Luan Polli. 

Luciano garantiu a vitória do São Paulo
Luciano garantiu a vitória do São Paulo Divulgação / São Paulo

Juanfran participou bastante da criação. O São Paulo, que tende a atacar mais pela esquerda, utilizou a direita porque Lucas Mugni facilitou.  Como necessitava alterar o resultado, Jair Ventura arriscou. Mudou a equipe para a segunda parte do jogo. Tirou Iago Maidana e Ricardinho, zagueiro e atleta que marcava auxiliando Patrick. Jonatan Gomes e Thiago Neves entraram do lado em que Reinaldo atua, em regra o mais vulnerável. 

Isso fez a missão do São Paulo mais simples. Com o sistema de marcação avançado, era possível fazer a transição e achar enormes espaços, mas no início a equipe ficou devendo intensidade, o que permitiu ao Sport ter a bola. Esse foi o principal desconforto em toda a partida. 

Aumentou a velocidade após broncas de Diniz e retomou as rédeas da partida. Os equívocos individuais ao finalizar impediram a goleada. É possível fazer a lista de jogadores que perderam ótimas chances. Pouparei o torcedor que deve ter assistido às mesmas. 

Se algo mereceu críticas na apresentação do São Paulo, foi isso. Tem que ser eficaz. As mudanças feitas por Diniz melhoraram a dinâmica. Permitiram a retomada da marcação avançada. O mais sumido na partida  foi Brenner. Foi bem no coletivo, porém improdutivo com a bola. 

Há algo que mostra como o São Paulo foi melhor. O próprio time exigiu mais de Tiago Volpi que o rival Sport. Usou os pés para iniciar as jogadas, tem que ser elogiado pelos acertos nos passes, e com as mãos participou em alguns cruzamentos. 

O time de Fernando Diniz impediu o adversário de finalizar. E continua em paz na liderança.


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River ainda deve futebol de outros tempos, mas avança merecidamente na Libertadores

Vitor Birner

         
    

O Athletico se esforçou para ter a iniciativa. Conseguiu no início da partida. Foi melhor durante alguns minutos.
 
Erick teve a chance de de gol. Após isso a equipe favorita encontrou os caminhos para ultrapassar a marcação avançada que Paulo Autuori preparou. Seria estranho o contrário. O Furacão atuou com trio de zagueiros. No campo de frente posicionado no 3-4-1-2, e no de trás em 5-4-1.

O mais avançado, em ambos os desenhos, foi Walter que de forma nenhuma teria condição física para manter a intensidade sem a bola. Além disso, o favorito tem no toque e movimentação virtudes elogiáveis.

[]

Mesmo com desempenho abaixo daquele que o levou às últimas finais do torneio, pois seu principal construtor no meio, o competente Ignacio González, mais se equivocou que produziu, no restante do jogo o clube de Gallardo buscou espaços para finalizar, desperdiçou gols, ou parou na exuberante atuação de Bento.
 
Foi o goleiro que manteve, até o último minuto, a possibilidade de classificação. Nada a reclamar do árbitro e dos auxiliares.
 
Acertaram nos principais lances, como no pênalti. Continua na Libertadores o time que foi melhor em ambos os jogos, mesmo devendo o seu futebol elogiável das últimas temporadas.

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Aplausos para Diniz e Luciano decisivo no São Paulo, novo vice-líder do Brasileirão

Vitor Birner

O primeiro tempo de Bahia 1 x 3 São Paulo teve raras chances de gol. A única que merece destaque foi com Brenner. Após linda tabela com Luciano, ficou em frente ao goleiro Douglas e chutou por cima. 

O Bahia começou apenas marcando. Isso permitiu ao São Paulo frequentar o campo de ataque, mas sem conseguir abrir espaços no sistema de marcação. 

O time precisava se movimentar mais, aumentar a velocidade, mas às vezes parece cansado pela sequência de jogos. Fernando Diniz poderia poupar jogadores, porém o elenco é curto, e ele deve temer perder rendimento. O desgaste pode ter gerado a piora, ou as oscilações, na dinâmica da equipe. 

O Bahia aproveitou e melhorou. Além das brechas para fazer a transição rápida, passou a ser, no restante da primeira etapa, presente no setor ofensivo, porém sem repertório. Levantou bolas na área, finalizou de fora e parou em Tiago Volpi, que foi muito seguro. 

Tentando mudar a dinâmica, Fernando Diniz mexeu na volta para o segundo tempo. Deslocou Igor Gomes à direita, além de recuar Gabriel Sara para ajudar na saída de bola, no papel do volante. Pôs Luan na zaga, substituiu Léo por Vitor Bueno e botou Tchê Tchê na vaga de Juanfran. 

Luciano e Arboleda comemoram vitória do São Paulo contra o Bahia
Luciano e Arboleda comemoram vitória do São Paulo contra o Bahia Miguel Schincariol / saopaulofc.net

Após Reinaldo cobrar o lateral na área, e da falha da zaga, aconteceu o gol de Luciano. O atacante teve mérito, pois mesmo de costas arrumou a forma de concluir o lance. O jogo ficou mais aberto, favorável á proposta do técnico que crê em futebol ousado, pois o Bahia foi em busca do empate. Encontrou dificuldade nos toques, por isso quase nada construiu, e seu sistema de marcação, em especial pelo alto, ofereceu mais espaços. 

Igor Gomes poderia ter ampliado de cabeça, pois pulou sozinho. Arboleda foi preciso na segunda oportunidade que teve. O terceiro foi de Luciano, com muita categoria na entrada da área. Mesmo com amplo controle, o São Paulo tomou o gol de Clayson no setor de Reinaldo, que contribuiu por ser autor das três assistências nos gols. 

O treinador do São Paulo deve ser aplaudido. As suas escolhas, e a ideia de futebol, ajudaram no resultado positivo. O principal foi Luciano, pois ambos os gols dele exigiram soluções rápidas, e as tomou com elogiável precisão.


         
     
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São Paulo até foi melhor que Ceará, mas sem merecer aplausos. VAR confunde árbitro, que erra e abre hipótese do jogo ser anulado

Vitor Birner
Vitor Birner
Juanfran durante jogo entre São Paulo e Ceará, pelo Brasileirão
Juanfran durante jogo entre São Paulo e Ceará, pelo Brasileirão Miguel Schincariol/saopaulofc.net

Longe de ter jogado futebol para ser elogiado, mas o bastante para ganhar. Esse foi o São Paulo no empate contra o Ceará, pois teve mais e melhores chances de gol, além de controlar em períodos maiores a partida.  

Mas o quase no futebol pode ser igual a nada. 

Pablo foi praticamente nulo, Vitor Bueno entrou e perdeu gol, Luan já havia desperdiçado outro, o time foi cansando durante o segundo tempo,  o Vovô esperava  no campo de trás e apostava tudo na transição em velocidade para virar o resultado, e Diniz teve que apelar para Galeano na vaga do esgotado Sara, pois olha para o banco e nenhum jogador pronto, com característica de atacante pelo lado ou de articulação, tem à disposição. 

Tanto é que o gol fora marcado por Diego Costa, que subiu sozinho após Reinaldo cobrar escanteio, lance retribuído com a falha no de Léo Chu. 

Raí diz que São Paulo vai 'fazer de tudo' para obter respostas sobre polêmica com VAR


O VAR completou o pacote embrulhado sem capricho. 

Pablo fez o gol, mas como em diversos  lances impedido no início da jogada. Havia a irregularidade, mas foi validado. A arbitragem recomeçou o jogo. 

Em seguida, o VAR mudou a decisão para a correta. Após o reinício é proibido alterar. 

Erro interpretativo é permitido. Inventar regra é proibido. O jogo pode ser anulado.

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Mesmo devendo, River Plate foi muito melhor. Mas Athletico-PR pode lamentar o empate

Vitor Birner

O jogo foi daqueles que podem dar nó nas avaliações. Na parte técnica foi muito aquém do possível. 

Direciono essa crítica toda para o River Plate. O trio mais avançado com Ignacio Fernández, em tese o principal criador, além de Suárez e Borré, teve dificuldade nos últimos passe e finalização. 

O competente De La Cruz, outro que desequilibra, acompanhou o padrão dos colegas. 

Mesmo assim, o River Plate se impôs na parte coletiva, foi um ataque contra defesa pouco produtivo.

Libertadores: Athletico-PR toma empate do River Plate no fim na ida das oitavas de final; assista aos melhores momentos


 Seria injustiça exigir mais do Athletico-PR, que inteiro tem menos potencial, e desfalcado, com o goleiro estreando, sabe que fica ainda mais difícil. 

Em raros momentos conseguiu ir à frente, mas quase ganhou, pois num desses lances, Bissoli, que foi colocado por Autuori no início do segundo tempo, aproveitou a falha do sistema de marcação do River Plate para, na entrada da área, finalizar com precisão. 

A expulsão de Reinaldo, aos 23, e o gol aumentaram o domínio sem inspiração do River Plate. 

Thiago Heleno lamenta após Athletico-PR levar gol do River Plate, pela Libertadores
Thiago Heleno lamenta após Athletico-PR levar gol do River Plate, pela Libertadores EFE/Rodolfo Buhrer

Gallardo mexeu na equipe, tirou Borré e De La Cruz, pôs Lucas Pratto na vaga de Casco, que é lateral, mas nada mudou como precisava.

 O time era perigoso nos cruzamentos. Dessa forma empatou quando faltava pouco para terminar. 

Sabe que conseguiu o resultado positivo e que precisa melhorar para ser campeão. 

Ao Athletico, que diminuiu as chances de se classificar,  nenhuma crítica farei, pois os contextos dos dois times entram na avaliação.

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Vasco parou o São Paulo e o ousado sistema de criação de Diniz

Vitor Birner
Vitor Birner

O Vasco mostrou competente sistema de marcação. Por isso somou o ponto. 

Conseguiu neutralizar o São Paulo no primeiro tempo, e teve muito espaço ao retomar a bola. 

O treinador vascaíno foi sábio na parte tática. Abriu mão de sair tocando a bola, pois o semifinalista da Copa do Brasil gosta de pressionar na frente. Investiu nos lançamentos pelo alto, mantendo seus jogadores atrás da linha da bola, evitando que atrás houvesse brecha caso perdesse a disputa por cima. Pôs 3 zagueiros, o que garantia vantagem numérica contra a dupla de atacantes do oponente. 

Além disso tudo, a proposta foi cumprida de maneira intensa. Cano fez o gol tirando proveito de uma entre tantas brechas para a transição em velocidade, e da falha de Bruno Alves para deixar o centroavante impedido, mas tomou o empate quando anulava a criação do time de Diniz. 

Sara teve tempo para impedir o chutão de Jadson, conseguiu a dividida, e a finalização de Luciano foi irretocável. 

Defesa vacila, mas jovem goleiro do Vasco brilha e faz defesaça para impedir gol do São Paulo


É provável que o técnico do São Paulo tenha reclamado com seus atletas durante o intervalo. Deve ter cobrado movimentação que gera opção de passe, além de ritmo mais intenso. Tirou Luan e Juanfran, pôs Tchê Tchê na lateral e Vitor Bueno, e logo de cara Brenner desperdiçou o gol da virada. Lucão foi preciso ao fechar o ângulo. 

Meus aplausos pela segura atuação do goleiro. 

Dali em diante o Vasco foi pressionado até o minuto final. O zagueiro Leo saiu para Hernanes atuar, mas o veterano em nada contribuiu. Pablo no lugar de Igor e Trellez no de Brenner, dessa vez apagado, foram as últimas tentativas do técnico do São Paulo. 

Fernando Diniz lamenta lance de São Paulo x Vasco
Fernando Diniz lamenta lance de São Paulo x Vasco Mauro Horita / Gazeta Press

Mais uma vez os limites do elenco ficaram nítidos. O time principal é competitivo, porém há 3 ou 4  suplentes, os de sempre, que resolvem ou  ajudam a mudar jogos. 

Do outro lado, o treinador português só mexeu por cansaço de jogadores. A ideia de evitar gols funcionou. 

O Vasco terminou satisfeito, enquanto o clube do Morumbi lamentou ter empatado.

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Vasco parou o São Paulo e o ousado sistema de criação de Diniz

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Grêmio joga bem, segue na Copa do Brasil e deixa no ar: promessa de Renato vai se cumprir?

Vitor Birner

Primeiro classificado às semifinais da Copa do Brasil, o Grêmio fez do confronto com o Cuiabá, nesta quarta-feira, um jogo fácil, em especial no primeiro tempo. 

Marcando no campo adversário, a equipe tricolor impediu a transição do Cuiabá. Alternou a criação por ambos os lados, onde Pepê e Everton atuaram, e fez a bola chegar em condição favorável para Diego Souza, artilheiro da partida. 

Após o gol que inaugurou o resultado, do camisa 29, a estratégia foi recuar, oferecer ao clube emergente a chance de avançar e aproveitar o espaço no campo ofensivo. Dessa forma, sem sofrer sustos, o Grêmio ainda aumentou a vantagem, de novo com Diego Souza, e poderia, se fosse certeiro nos chutes, terminar com vantagem mais ampla. 

Assista, abaixo, aos gols de Grêmio 2 x 0 Cuiabá


Após o intervalo, o rendimento não foi igual. Permitiu mais a presença do Cuiabá no ataque, mas sem permitir que entrasse na área ou que finalizasse com facilidade contra o gol de Vanderlei. 

A queda de rendimento foi na saída em velocidade ao retomar a bola. Por isso, o treinador mexeu no meio-campo e no ataque. O time melhorou, porém nada de tão especial. A marcação avançada voltou a ser bem executada, o que se traduziu em mais controle sobre o jogo.

A apresentação foi positiva, como a anterior, diante do Ceará, no Campeonato Brasileiro. A pergunta que o torcedor faz é se o Grêmio continuará evoluindo, como foi prometido por Renato desde o início da temporada. 

Gremistas comemoram gol na vitória sobre o Cuiabá pela Copa do Brasil
Gremistas comemoram gol na vitória sobre o Cuiabá pela Copa do Brasil Lucas Uebel / Grêmio


É preciso esperar para saber a resposta. 

Mesmo sem tê-la, é impossível descartar a hipótese de o Grêmio, supertradicional com seus cinco troféus de Copa do Brasil, conquistar o torneio novamente.

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Grêmio joga bem, segue na Copa do Brasil e deixa no ar: promessa de Renato vai se cumprir?

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São Paulo sente a falta de Daniel Alves, tem queda de rendimento, mas ganha do lanterna Goiás com lance polêmico do VAR

Vitor Birner
Vitor Birner

A ausência de Daniel Alves diminuiu a inteligência do São Paulo. Por isto, o repertório diminuiu, o que aumentou o número de cruzamentos. As inversões de bola foram a principal opção. Era necessário furar o ferrolho montado pelo Goiás.

O jogo mostrou como Diniz, por falta de elenco, tem poucas alternativas para manter o melhor futebol.

Igor Gomes, Gabriel Sara e Brenner, sem atuações para muitos elogios, foram os destaques. 

Brenner faz de novo, e São Pulo bate o Goiás; assista aos gols

As mudanças

Foi necessário adaptar e mexer nas funções de alguns jogadores. Se Tchê Tchê estivesse disponível, Fernando Diniz escalaria o volante pelo meio, colocaria Juanfran na lateral direita, como optou, e manteria o restante do time. 

Sem o volante, que testou positivo para COVID-19, o treinador recuou Sara para começar as jogadas, deslocou Igor Gomes para a direita e pôs Vitor Bueno do outro lado. 

Sara foi bem e Gomes, razoável; Vitor Bueno, porque tende a fechar pelo meio, deixou Reinaldo mais isolado nos avanços. Tanto é que o espanhol, pelo outro lado, foi melhor na construção. 

Nova falta de atenção de Bruno Alves e VAR

O gol de Fernandão no primeiro chute dos visitantes, após outra falta de atenção do zagueiro Bruno Alves, o que tem sido comum, reforçou a dinâmica da partida. 

Após o empate de Brenner em lance polêmico que o VAR confirmou, foram duas chances para virar, mas o gol não saiu. E o Goiás saiu mais. Descobriu que, cruzando na área, podia fazer gols. 

A tentativa

Diniz mexeu para tentar otimizar a construção. Tirou o zagueiro Diego Costa e o meia-atacante Vitor Bueno para colocar Hernanes - para tentar facilitar o apoio a Sara e dar a Reinaldo alguém que o pudesse ajudar - e Pablo, este para ter mais gente entrando na área. 

Igor Gomes fez o gol em uma bobeira do oponente, mas é impossível dizer que as trocas geraram melhorias. Ao contrário, tornaram a equipe mais vulnerável na marcação por cima.

Por isto, após ter vantagem no resultado, Diniz tirou Gabriel Sara e Brenner para colocar Arboleda e Rodrigo Nestor.

E o time segurou a vantagem sem jogar um grande futebol.

Fernando Diniz durante partida do São Paulo
Fernando Diniz durante partida do São Paulo Miguel Schincariol / saopaulofc.net

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São Paulo sente a falta de Daniel Alves, tem queda de rendimento, mas ganha do lanterna Goiás com lance polêmico do VAR

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São Paulo ganha do Lanús, mas perde para si mesmo

Vitor Birner

Se fosse outra equipe, seria elogiada pelo que mostrou. Como é o São Paulo, com seu jejum de títulos e eliminações seguidas, o discurso médio deve ser alterado pela maioria. Fato é que o time de Fernando Diniz merecia seguir na Copa Sul-Americana

Os gols perdidos, foram muitos, e os tradicionais erros, parte deles individuais, além do gol mal anulado na Argentina, impediram a classificação, que teria uma remontada épica no segundo tempo da partida disputada no Morumbi. 

Daniel Alves teve grande atuação. Sara foi outro que jogou de forma elogiável.

O Lanús tem bons jogadores, é competente para marcar avançado ou recuado, cria por ambos os lados, mesmo sendo mais forte na esquerda, por onde atua o promissor De La Vega, mas precisou ser cirúrgico, além de fazer golaço, para ir adiante no torneio. 

Mais uma vez o futebol desdenha do tricampeão da América e, desta vez, com requintes de crueldade. 

De nada adiantou ser melhor em ambos os jogos.

Brenner em jogo do São Paulo
Brenner em jogo do São Paulo Getty Images

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São Paulo na Libertadores: Vitor Birner analisa estilo de Diniz para o torneio de mata-mata

Vitor Birner
Vitor Birner

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Manutenção da zaga e Diniz ‘quebrando a cabeça’: as mudanças e projeção para os próximos jogos do São Paulo

Vitor Birner
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Time que perde de propósito se apequena

Vitor Birner
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Em qualquer competição, o time que a disputa tem sua própria motivação, seja a classificação para outro torneio, evitar o descenso ou ser campeão.

Para isso é necessário competir.

Se for preciso perder, ou o regulamento tem problemas, ou não falamos de futebol, pois em outras atividades é preferível manter a ética do que ganhar.

Pense na política, onde a mentira pode ser útil para vencer, ou nos negócios em que a propina ajuda no lucro. Os honestos se recusam a entrar nisso, optam por faturar menos e às vezes mudam de área, mantendo o que pensam ser útil para a harmonia coletiva.

Se uma equipe de futebol perde de propósito, deve ser adjetivada como suja, avaliada pela covardia, pois muito mais que simples derrota esportiva, joga na latrina o respeito pela sua camisa.

Tanto faz se alguma vez foi prejudicada dessa maneira, seja por atletas que abriram mão de disputar lance em protesto por decisão de árbitro, dirigente detonando entidade que luta por todos para beneficiar seu clube, montando conchavo com governos ou federação em troca de ajudas.

Essas escolhas diminuem qualquer equipe. As que apelam para isso afundam em raso patamar.  A única hipótese que lhes resta é recomeçar depois de apertar o botão da descarga.

Aos rancorosos, cito a sabedoria de Gandhi: olho por olho e todos ficarão cegos.

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Busca pelo sucessor de Jesus testa diretoria do Flamengo

Vitor Birner
Vitor Birner

Se o Flamengo tentar contatar alguém de fora, terá que convencer o mesmo a lidar com aquilo que, supostamente, contribuiu para Jorge Jesus ir embora.

O português foi.

A COVID-19, as restrições para viajar, a falta de perspectiva de melhora de casos, os problemas de gestão do futebol, tudo continua.

Tenho dúvidas se foi isso que convenceu o ídolo a trocar de ares. Topou renovar o contrato sabendo dos problemas, usou frases fortes, disse que pretendia ganhar o mundial, fez pacto com os jogadores, e que poucos clubes seriam capazes de convencê-lo a sair da Gávea.

Mas abriu mão de tudo pelo Benfica. Se for remunerado com valores que estão sendo divulgados, receberá enorme acréscimo nos ganhos.

O presidente prometeu elenco capaz de lutar pela Champions League, algo improvável diante da realidade financeira do clube.  Como disse e repito, se a ideia era ter equipe capaz de ganhar títulos nacionais e continentais, algo que o treinador sempre disse ser fator motivador, teria continuado o trabalho.

O treinador conhece os meandros do futebol português. Por isso, nem ele acreditaria que receberia oferta tão robusta.

Por isso descartava, em seu discurso na maior parte do tempo, retornar ao seu país.

Jorge Jesus durante Flamengo x Fluminense, pela final do Carioca
Jorge Jesus durante Flamengo x Fluminense, pela final do Carioca Gazeta Press

De qualquer forma, após a oferta que supera em muito o pago na antecessor, usou o direito de qualquer trabalhador e optou por ganhar mais.

A saída foi contraditória apenas sob a ótica esportiva, mas totalmente compreensível. A sua obra permanece intacta.

Conseguiu, em campo, o status de lenda flamenguista. Mexeu com todo o futebol em nosso país. Tem mais troféus que derrotas.

O adeus em nada interfere nos méritos elogiáveis.

A bomba agora está nas mãos da diretoria. Terá que provar capacidade. Caso se equivoque, a gente verá que Jorge Jesus foi grande e casual acerto, ou que a demissão do Pelaipe foi bobagem.

Terá que achar alguém com ideias de jogo parecidas, que seja capaz de utilizar pleno potencial dos atletas e desenvolver o time, pois foram trazidos mais jogadores acima da média em nosso padrão.

Precisará do técnico que lide com o nosso idioma, o que restringe opções, conquiste a confiança do elenco, e que aceite moradia onde a pandemia está sem controle.

Receberá em troca o melhor grupo de atletas do continente, além da torcida de cerca de 40 milhões, a mesma que espera resultados iguais ou superiores aos da última temporada.

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Reunião acaba sem consenso, e voto vai decidir rival de Casares em eleição presidencial do São Paulo

Vitor Birner
Marco Aurelio Cunha
Marco Aurelio Cunha MARCELO FERRELLI/Gazeta Press

O São Paulo terá eleições em dezembro, e o candidato que enfrentará Julio Casares, que se anuncia como de coalizão, só será definido em agosto, mais precisamente no dia 8. É o que garantem integrantes da oposição. 

Isto porque uma reunião nessa quinta-feira (9) envolvendo os três postulantes, Marco Aurélio Cunha, Roberto Natel e Sylvio de Barros, acabou sem consenso.

Combinou-se, então, de o escolhido sair de um pleito a ser realizado em dois turnos no mesmo dia, um na sequência do outro, entre participantes que se declaram como de oposição em pouco mais de um mês.

Nele, votarão 64 conselheiros vitalícios e outros 30 que são eleitos, todos já pró-candidatura, não importando quem do trio seja o vencedor. O grupo acredita que este total, hoje em 94, possa chegar a 112.

Marco Aurélio Cunha e Roberto Natel são dados como favoritos, cenário que faz os votos de Sylvio de Barros ganharem bastante importância. 

Quem não quiser votar pessoalmente, principalmente por conta do distanciamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus, poderá ser representado por alguém com procuração.

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Os aplausos ao desprezo pela secular cultura do futebol

Vitor Birner

A regra não diz, mas a cultura do jogo, a mesma que os atletas foram habituados por mais de século, reza que falta fora da área nem sempre era marcada quando acontecia dentro da mesma. 

Falo do jogo de campo ou de várzea. Na ficção do "society" ou do condomínio, pois os critérios são outros e costumam ser soprados.

Após ver os pênaltis marcados em Barcelona x Atlético de Madrid, alguns do Carioca, além de outros tantos, é possível dizer que assistimos à inversão do padrão . 

As partidas foram corridas em lances no meio de campo, o que é positivo, mas qualquer toque leve próximo ao gol terminou com bola no cal. 

O Atlético empatou o clássico depois que Carrasco tropeçou no joelho do marcador. Pense comigo. Os que viram a infração falaram que o defensor mudou de direção. 

Ainda bem, pois era necessário. Foi muito natural. Lance corriqueiro. 

O belga tocou Semedo ao invés do contrário. É muito diferente do carrinho ou do goleiro que, sem intenção, acertam o oponente.  

Foi o que aconteceu no pênalti anterior, favorável ao Barcelona, da épica marca de 700 gols de Messi. 

A intenção de Felipe era a bola, se atrasou, e tocou Semedo, que foi ao gramado. 

Como afirmaram todos, o leve toque. 

É necessário entender a subjetividade do esporte. Jogadores musculosos e grandes são derrubados com dificuldade, enquanto com os mais leves acontece o contrário. 

Se basta derrubar para marcarem, recomendo aos clubes buscarem atletas mirrados, baixos e rápidos,  pois se encostar nos mesmos será pênalti. 

Essa parte sempre foi considerada. Hoje, parece desprezada. 

É isso que o VAR tem promovido. 

Sou a favor da tecnologia, mas nunca em lances interpretativos. 

O conhecido jogo de contato está sendo alterado. 

Semedo, do Barcelona, e Carrasco, do Atlético de Madrid
Semedo, do Barcelona, e Carrasco, do Atlético de Madrid Getty Images

Se continuar assim, em algum tempo será apitado como os festivos, os  promovidos nas firmas. 

Tudo isso, reitero, sob aplausos da maioria. 

Por favor, ao raciocinar sobre o post, lembre que futebol é disputa, que os marcadores têm direitos iguais aos dos atletas que pretendem fazer gols ou dar assistências. 

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