Ex-Palmeiras lembra briga com torcida no aeroporto por causa de Valdívia

Vladimir Bianchini, do ESPN.com.br
Gazeta Press
Da esquerda para à direita: Vilson e Alan Kardec comemoram gol
Da esquerda para à direita: Vilson e Alan Kardec comemoram gol

O zagueiro Vilson teve uma passagem curta pelo Palmeiras, mas repleta de acontecimentos inusitados. Ele chegou na famosa transação em que o argentino Barcos foi parar no Grêmio e o time paulista recebeu quatro jogadores do time gaúcho. Ele foi campeão da Série B do Campeonato Brasileiro de 2013, mas passou por sufoco na Argentina.

A equipe havia sido derrotada pelo Tigre por 1 a 0 pela Copa Libertadores da América e os jogadores estava no saguão para embarcarem de volta a São Paulo no aeroporto de Buenos Aires. Revoltados com o resultado, além do fato do clube ter sido rebaixado no ano anterior para a segunda divisão, alguns membros de uma torcida organizada resolveram tomar satisfações.

"A gente estava todos sentados e conversando, quando entrou um grupo já querendo o Valdívia e ameaçando o Wesley, Bruno e outros remascentes do rebaixamento. A gente ficou assustado, não esperava isso no aeroporto internacional, eles partiram pra cima do Valdívia", disse o defensor, que jogou ano passado na Chapecoense, ao ESPN.com.br.

"Na mesma hora eu, Henrique, Mauricio Ramos, Ayrton e Prass outros fomos para cima e fizemos uma barreira junto com os seguranças para eles não chegarem perto. Quando eles perceberam que não iam conseguir bater no Valdívia começaram a jogar coisas na gente, foi uma tensão muito grande", prosseguiu.

"Uma das xícaras que eles atiraram pegou na cabeça do Fernando Prass, um cara que é excelente profissional e de muito caráter, ele infelizmente precisou tomar pontos na cabeça. Foi lamentável, mas colocamos o problema para a diretoria e o presidente tomou uma atitude. A cobrança e a pressão são normais, mas agressão é muito errado, não pode acontecer em time nenhum", falou.

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Vilson comemora após o abrir o placar para o Palmeiras no Pacaembu
Vilson comemora gol pelo Palmeiras no Pacaembu

Ao lado do arqueiro Fernando Prass, ele também conseguiu o acesso para a Série A do brasileiro atuando pelo Vasco.

"A cobrança é muito grande disputando uma Série B por clubes deste tamanho, que tem obrigação de ser campeão. A gente sabe como é, tivemos uma fase complicada por lá [Vasco] quando ficamos três jogos sem vencer. Depois tivemos uma sequência muito boa e fomos campeões. O favoritismo tem que ser conquistado durante as partidas", analisou.

Afastado por Luxemburgo e troca por Barcos

A chegada do jogador de 26 anos foi inusitada e recheada de polêmicas, já que ele foi envolvido na troca realizada entre Palmeiras e Grêmio. O defensor era titular do time gaúcho, mas após discutir com o treinador Vanderlei Luxemburgo acabou sendo afastado do resto do elenco.

"Estava treinando separado e esperando uma oportunidade. Foi muito ruim e triste, não desejo isso para ninguém e fiquei muito chateado com que fizeram comigo, mas ficou no passado e serviu de lição, amadureci muito com isso", lamentou. 

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Lisandro López, do Inter, e Vilson, da Chapecoense
Lisandro López, do Inter, e Vilson, da Chapecoense

A chance surgiu quando o clube gaúcho contratou o argentino Hernan Barcos e ofereceu quatro jogadores em troca: Rondinelli, Léo Gago e Leandro, além de Vilson. Marcelo Moreno também seria envolvido no negócio, mas recusou.

"Meu empresário tinha falado sobre a possibilidade de ir ao Palmeiras antes e achei uma boa ideia. Passou um tempo e um dia ele me ligou e disse que eu tinha 30 minutos para estar no aeroporto. Precisava ir para São Paulo na hora para para poder me inscrever na Copa Libertadores da América", relatou o zagueiro.

"Foi tudo na correria e tive comprar roupas em São Paulo e assinei contrato no aeroporto de Porto Alegre mesmo para dar tempo de me registrar na federação (risos)", relembrou.

Recomeço na Chapecoense e susto no River

Depois da conquista da Série B, Vilson não renovou contrato com o Palmeiras e ficou 15 meses sem atuar, de outubro de 2013 até o começo de 2015. Neste período ele enfrentou lesões e sequer entrou em campo pelo Cruzeiro e Ponte Preta. Ano passado, porém, ele conseguiu recomeçar a carreira na Chapecoense. 

Atuou em 33 jogos no time de Santa Catarina, que fez uma campanha segura para se manter no Campeonato Brasileiro e quase eliminou o tradicional River Plate-ARG nas quartas de final da Copa Sul-Americana.

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