Todo fim de ano, a expectativa de quase todos os torcedores é a mesma: grandes contratações. Aquele jogador que chegaria para mudar o time de patamar, colocá-lo na briga por grandes títuloes e deixar todos os rivais para trás.

E, claro, a promessa de quase todo dirigente é de se esforçar para buscar esse nome. Mas, afinal de contas, seu time tem dinheiro em caixa para grandes investimentos assim?

É exatamente a essa pergunta que o ESPN.com.br tenta responder. Para isso, a conta feita é até simples: quanto cada clube tem de dívida e qual é o faturamento anual desta equipe. Quanto menor for essa diferença (em favor do faturamento, é claro), mais dinheiro o time tem para investir.

É difícil chegar a valores exatos e atuais porque os próprios clubes ainda não fecharam o balanço do ano. Por isso, vamos utilizar os dados oficiais levantados pelo Itaú BBA em 2016. Esta é a última temporada com valores oficiais e é possível assumir que a relação entre receita e dívida não muda assim tão facilmente de um ano para outro.

Assim, os dois clubes com mais capacidade de investimento na elite brasileira são até impressionantes: Chapecoense e Vitória. As dívidas representam apenas 7% das receitas dos catarinenses e só 43% no caso dos baianos.

Quem tem a mais dinheiro, porém, não é nenhum dos dois. E também não surpreende ninguém. A maior diferença líquida é do Palmeiras, com mais de R$ 130 milhões ‘sobrando’ na relação receita x dívida.

E isso sem nem contar todo o investimento que a Crefisa, a patrocinadora mais ativa do Brasil no momento, ainda pode fazer na equipe.

Entre as equipes consideradas gigantes no cenário nacional, só o São Paulo também tinha um faturamento maior que a dívida. É possível, porém, que o Flamengo, que vem em recuperação financeira, também alcance esse patamar em 2017.

Por outro lado, a situação dos outros três cariocas é bem complicada. Vasco e Fluminense têm dívidas que são quase o dobro do faturamento da equipe. Já o Botafogo deve 4,4 vezes mais do que consegue ganhar.

Não por menos, são times que vêm fazendo investimentos bem menores nos últimos anos.

É claro, porém, que esses valores todos não significam necessariamente que equipes em piores situações não vão fazer grandes contratações. Mas indicam que esse possível investimento pode cobrar um preço muito grande na estabilidade financeira da equipe em um futuro próximo.

veja a situação financeira de cada clube: