Veja onde estão os últimos titulares campeões sul-americanos por Independiente e Flamengo

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Torcidas de Flamengo e Independiente entram em confronto em frente ao hotel do time argentino no Rio

Independiente e Flamengo fazem a decisiva da Copa Sul-Americana e buscam encerrar cada um seu jejum de títulos internacionais. O último dos argentinos foi em 2010, em final com o Goiás no mesmo torneio. Já o Flamengo vive uma seca bem maior: são 18 anos sem chegar a uma final de competição fora do Brasil. Na época, bateu o Palmeiras, até então campeão da Libertadores em pelo Parque Antárctica, na final da Copa Mercosul.

Depois de tanto tempo, muita coisa mudou. E por onde será que estão os onze titulares de cada equipe e que atuaram na finalíssima?

  • Independiente

Jogadores do Independiente levanta a taça da Copa Sul-Americana 2010
Jogadores do Independiente levanta a taça da Copa Sul-Americana 2010 []



Hilário Navarro (goleiro): sem ter se firmado em nenhuma equipe até chegar no Independiente, Navarro viveu no Rojo sua melhor fase na carreira. Era reserva no ano de 2010, mas a partir da chegada do técnico Antonio Mohamad, ganhou chance entre os titulares e esteve em campo na campanha do título. O bom desempenho no ano o levou a ser eleito como o melhor goleiro sulamericano pelo jornal uruguaio El País.  Depois jogou no Estudiantes e Banfield, e atualmente atua no pequeno Boca Unidos.

Eduardo Tuzzio (lateral-direito): Tuzzio era um dos mais experientes daquele grupo do Independiente. Com 32 anos à época, tinha como uma de suas maiores qualidades a polivalência dentro de campo, podendo atuar como zagueiro, lateral e volante. Atuou na lateral-direito na final e foi tão bem que acabou sendo eleito como o melhor jogador da partida. Durante a carreira vestiu a camisa de outros grandes clubes, como San Lorenzo e River Plate, além de atuar fora do Brasil no Mallorca-ESP e Olympique de Marselha-FRA. Se transferiu ao Ferro Carril Oeste em 2013 onde permaneceu até 2016, quando encerrou a carreira aos 38 anos.

Carlos Matheu (zagueiro): o último a levantar a taça de uma competição continental pelo Independiente é uma cria das canteras da equipe. Carlos Matheu surgiu profissionalmente em 2004 e após passar no Cagliari-ITA entre 2008 e 2009, retornou ao time de coração. Foi titular absoluto e seu espírito de liderança o transformou em capitão. Permaneceu até 2012 quando tentou retornar ao futebol italiano, mas sem sucesso. Hoje defende o Huracán.

Julián Velázquez (zagueiro): fazia apenas um ano que Velázquez estreava oficialmente quando foi campeão sulamericano. O jovem zagueiro é formado no Boca Unidos, mas começou sua trajetória profissional na equipe de Avellaneda. subiu das categorias de base em 2009 e ganhou o posto como titular. Marcou o primeiro gol da partida de volta e ajudou a reverter a desvantagem sofrida contra o Goiás (o Rojo havia perdido por 2 a 0). No entanto, as temporadas seguintes não foram das melhores para o zagueiro. Seu desempenho caiu, deixou de ser titular, sofreu com lesões e ainda esteve na campanha do rebaixamento do Independiente em 2013. Não teve seu contrato renovado e depois de passar pelo leste europeu, acertou com o Cruz Azul-MÉX no ano passado.

Lucas Mareque (lateral-esquerdo): já faziam três anos em que o defensor estava no Independiente. Com boas passagens no River Plate e pelo Porto-POR, Mareque era uma das referências daquele time. Foi titular absoluto e se transferiu ao Lorient-FRA no ano seguinte a conquista da Copa Sulamericana. Já com 34 anos, retornou a Argentina em 2015 após um ano fora dos gramados para atuar em clubes menores. Defende o Deportivo Español.

Nicolás Cabrera (volante): Cabrera era o "cão-de-guarda" do Independiente durante a campanha da conquista. Até chegar ao clube, passou por equipes de destaque do país como Vélez Sarsfield e Newell's Old Boys, mas não se deu bem. Chegou no ano do título ao clube e ficou somente em 2011. Rodou por times menores e hoje aos 33 anos defende o Villa San Carlos.

Hernán Fredes (volante): o volante era outro que cresceu dentro do clube. Desde 2006 profissional no Independiente, tinha acabado de retornar após uma passagem curta pelo Metalist Kharkiv-UCR. Retornou na titularidade, mas alternou bons e maus momentos até sair definitivamente em 2014. Também jogou no Arsenal de Sarandí e Defensa y Justicia, seu clube atual.

Roberto Battión (meia): apesar de titular na decisiva, o início de Battión no Rojo não foi dos melhores. As fracas partidas e as lesões prejudicaram o meia que passou a crescer de rendimento justamente na reta decisiva da competição. Foi contratado junto ao Banfield e saiu com o rebaixamento do Independiente em 2013. Também atuou pelo All Boys e joga pelo modesto no Atlético Pilar atualmente.

Patrício 'Pato' Rodríguez (meia): El Pato era considerado uma das maiores revelações do Independiente e do futebol argentino à época. Com apenas 20 anos, já vestia a camisa 10 e era conhecido pela habilidade e velocidade dentro de campo. A expectativa, no entanto, era muito maior do que o meia realmente se tornou. Foi contratado com pompa pelo Santos em 2012 e chegou a atuar junto com Neymar e Ganso. Teve dificuldades e nunca se firmou na equipe da Vila, sendo emprestado já no ano seguinte ao Estudiantes e depois ao futebol malaio. Saiu definitivamente ao AEK Athens em 2016.

Nicolás Martínez (meia): Martínez nunca foi uma unanimidade enquanto esteve no Independiente. O maior momento do jogador foi o gol decisivo na partida de quartas-de-finais contra o Defensor Sporting, garantindo a classificação para a fase seguinte. Entrou em campo como titular na final, mas não deve deixar saudades: foi afastado no ano seguinte e rodou vários clubes desde então. Aos 30 anos atua no Apollon Limassol, do Chipre.

Facundo Parra (atacante): o artilheiro da final tinha recém-chegado ao clube naquele ano. Facundo Parra foi contratado no meio de 2010 para a disputa do Apertura e, principalmente, da Sulamericana. O atacante não decepcionou e marcou dois dos três gols na final diante do Goiás, sendo determinante na conquista do título. Se transferiu a Atalanta nos anos seguintes e chegou a retornar ao Independiente, mas sem tanto brilho. Hoje, joga no Brasil: atua pelo Santa Cruz.

Antonio Mohamad (técnico): Morelia, Zapatec, Huracán, Jaguares... O jovem treinador já tinha rodado inúmeros clubes até chegar ao Independiente em 2010 - seria sua oitava equipe diferente em oito anos de carreira. Mas a aposta deu certo. Realizou uma boa campanha nacionalmente, tirou a desconfiança sobre o elenco e levou seu time ao inesperado título. Não ficou por muito tempo, retornando ao futebol mexicano aonde passou a maior parte de sua carreira.

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  • Flamengo


Flamengo venceu disputa contra o Palmeiras na final da Copa Mercosul em 1999
Flamengo venceu disputa contra o Palmeiras na final da Copa Mercosul em 1999 Gazeta Press



Clemer (goleiro): o maranhense chegou ao Flamengo com quase 30 anos sem muita torcida. Afinal, mesmo sendo vice-campeão brasileiro com a Portuguesa em 1996, rodou por vários clubes até se destacar no clube paulista. Clemer, no entanto, superou a desconfiança e se tornou titular absoluto enquanto esteve na equipe rubro-negra. Ficou por cinco anos, quando foi vendido ao Internacional em 2002 onde se tornou ídolo inquestionável.

Maurinho (lateral-direito): revelado pelo Bragantino, é homônimo do também lateral-direito campeão por Cruzeiro e Santos e com passagens pela seleção. Jogou por mais de 150 vezes com a camisa do Flamengo em duas passagens - foi emprestado a Portuguesa em 2001 durante esse período. Encerrou a carreira em 2010 e joga pelo showbol pelo clube.

Célio Silva (zagueiro): o zagueiro era conhecido pela força física e com a bola nos pés. Considerado um dos chutes mais fortes do país na época, Célio Silva chegava do Goiás com a esperança de repetir o desempenho que o consagrou no Internacional e Corinthians. Foi titular na campanha inteira, mas saiu logo em seguida para o Atlético Mineiro e aposentou as chuteiras no Americano em 2003.

Juan (zagueiro): o único remanescente de ambos os clubes das últimas finais. Se hoje ele é o mais experiente do elenco, Juan ainda era um menino de 20 anos titular em uma decisão continental. Mesmo com pouca idade, já mostrava todo o potencial que atingiu ao longo da carreira. Se tornou ídolo do Flamengo, por onde atuou até 2002. Fez história no Bayer Leverkusen-ALE e Roma-ITA, além de ser figura certa na Seleção Brasileira. Retornou ao Brasil em 2012, mas para o Internacional. Somente em 2015 vestiu novamente a camisa do Flamengo.

Athirson (lateral-esquerdo): mesmo atuando na defesa, Athirson era uma das armas ofensivas do Flamengo. O lateral era um forte apoiador no campo de ataque e se destacou desde quando estreou em 1996 pela velocidade e habilidade no lado do campo. Atuou pelo clube durante três passagens, além de também passar por Juventus-ITA, CSKA-RUS, e no Brasil também defendeu Santos, Botafogo e Cruzeiro. Se aposentou em 2012 no Duque de Caxias.

Leandro Ávila (volante): o volante só passou a ser chamado pelo sobrenome no próprio Flamengo para não ser confundido com seu xará Leandro Machado. Apesar de ter crescido no Vasco da Gama, passou por todos os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro. Veio direto do Fluminense para o Flamengo em 1998 e se tornou titular e capitão do time campeão. Em seguida também jogou no Botafogo e Internacional, jogando pela última vez pelo Serrano em 2004.

Marcelo Rosa (volante): revelado pelo Cruzeiro-RS, nunca jogou profissionalmente pela equipe. Foi contratado pelo Internacional ainda nas categorias de base e estreou no time principal em 1995. Chegou ao Flamengo em 1999 depois da derrota dos colorados no Gauchão e foi um dos melhores jogadores daquele ano. Ainda assim, retornou ao Inter após empréstimo e dali rodou pelo futebol japonês, colombiano e pequenos clubes do Brasil. Se aposentou no próprio Cruzeiro-RS em 2011.

Leonardo Inácio (meia): já faziam seis anos desde a estreia profissional de Leonardo Inácio pelo Flamengo quando foi campeão da Mercosul. O meia tinha sido pouco aproveitado até então, incluindo um empréstimo ao Coritiba e estava ganhando espaço dentre os titulares. Após o título não teve vida longa no clube: se transferiu ao Botafogo em 2001 e não se destacou por onde passou até sua retirada em 2012.

Caio (meia): ele saiu do banco para mudar o jogo na partida de ida. Entrou no intervalo e marcou dois gols no segundo tempo sobre o Palmeiras na vitória por 4 a 3. Depois da atuação, não tinha como ser reserva, e por isso iniciou a partida de volta. Mesmo por ser considerado talismã e atuar melhor quando vinha do banco, não decepcionou e não também deixou o seu no último jogo. Era uma das principais apostar do São Paulo quando foi revelado e chegou a atuar em grandes da Europa como Internazionale-ITA e Napoli-ITA. No Brasil, jogou também por Santos e Botafogo, dentre outros. Hoje é comentarista da Rede Globo.

Leandro Machado (atacante): já faziam três anos em que Leandro Machado havia deixado o Brasil. O atacante saiu do Internacional e teve bons números quando atuou por Valencia-ESP e Sporting-POR. Foi visto como o parceiro ideal de Romário e chegou ao Flamengo com bastante expectativa. No início, correspondeu. Foi importante em diversas partidas e durante a Mercosul. Mas aos poucos foi perdendo espaço e sofreu com as lesões. Foi expulso durante a final. Chegou a voltar ao Inter em seguida e se aposentou no Sport em 2008.

Reinaldo (atacante): primeiro ano como profissional e a missão não é nada simples: substituir Romário. Esse foi o cenário de quando Reinaldo subiu ao time de cima do Flamengo. O baixinho havia rescindido com o clube no meio do ano e foi o jovem a entrar na vaga. O atacante foi bem e se garantiu entre os titulares enquanto atuou pelo clube até ser vendido em 2001 em uma negociação envolvendo Vampeta e Adriano Imperador com o Paris Saint-Germain. Ainda está na ativa e joga pelo Brasiliense.

Carlinhos (técnico): quando mais precisavam, ali ele estava. Foi efetivado em 1999 e assumiu como treinador durante a campanha daquele ano. Já havia sido campeão brasileiro em 1992 e garantiu mais uma taça em seu retorno à função. Somente trabalhou no Flamengo, seja como técnico ou como auxiliar, e é considerado um dos maiores nomes na história do clube.

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