Campeão por campeão: a análise de cada jogador na merecida (e coletiva) conquista da Itália
Campeã da Euro-2020 após a vitória nos pênaltis na decisão contra a Inglaterra, a Itália fez por merecer sua conquista mais que qualquer outra seleção. Não porque tenha jogado muito melhor que todos seus rivais, pois neste aspecto houve notável equilíbrio – e a Itália esteve, certamente, entre as melhores.
Também não é pelo fato de os italianos, na casa do rival, terem tido 65% de posse de bola na final e terem finalizado 19 vezes (6 no alvo) contra apenas 6 finalizações (2 no alvo) dos ingleses que a conquista se torna mais merecida. Estes números, afinal, são um reflexo do contexto que se apresentou na decisão após o gol inglês logo no início.
O título italiano é merecido, acima de tudo, porque o trabalho de seu treinador, Roberto Mancini, é de longe o melhor entre os treinadores das grandes seleções da Euro-2020. Mancini transformou em campeã europeia, com uma invencibilidade de 34 jogos, uma seleção que não havia nem mesmo se classificado para a Copa do Mundo de 2018.
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E o fez sem grandes estrelas. Sem nomes como Mbappé, Pogba, Lukaku, De Bruyne, Cristiano Ronaldo ou Harry Kane. O fez com um elenco de bons jogadores (alguns dos melhores perdidos por lesões antes ou durante o torneio), mas que, no conjunto, se comparado, fica atrás de pelo menos quatro outras seleções que disputaram esta Euro.
O título da Itália é um título coletivo. O título de um grupo, acima de tudo. O que não nos impede de analisar, uma a uma, as participações dos 27 jogadores do elenco de Roberto Mancini na conquista:
5 ESTRELAS
Donnaruma – eleito o melhor jogador do torneio, foi o campeão com mais minutos em campo e fundamental nas disputas de pênaltis contra Espanha e Inglaterra.
Jorginho – Apesar do erro no pênalti na final, foi o dono do meio-campo italiano durante toda a Euro e o jogador de linha que mais atuou entre o elenco campeão.
Bonucci e Chiellini – É justo manter a dupla da Juventus unida também nesta avaliação: segurança, experiência e liderança em dobro. Ter recuperado Chiellini após a lesão contra a Suíça foi essencial. E Bonucci ainda fez o gol de empate na decisão.
4 ESTRELAS
Spinazzola – Enorme na defesa e no apoio, era o melhor jogador da Itália até se machucar nas quartas-de-final contra a Bélgica.
Insigne – Ainda que se esperasse mais momentos brilhantes como o gol contra a Bélgica, deu muito trabalho às defesas adversárias durante toda Euro. O mais técnico ao lado de Chiesa.
Chiesa – Ganhou a vaga durante a Euro não por lesão de um titular, mas por desempenho técnico. Vinha muito bem na final até se machucar. Um dos cinco jogadores do elenco a marcar dois gols.
Verratti – Recuperou-se da lesão que colocou em dúvida sua participação na Euro e atuou bem o suficiente para manter Locatelli no banco de reservas.
3 ESTRELAS
Di Lorenzo – Ganhou lugar no time pela lesão de Florenzi e não saiu mais. Mesmo sem ser brilhante, foi defensivamente seguro em quase todos os momentos dos jogos eliminatórios.
Barella – Titular em todo o torneio, fez importante gol contra a Bélgica, mas não rendeu na seleção o mesmo que na Inter.
Berardi – Fez ótima estreia contra a Turquia, mas depois acabou perdendo a vaga de titular graças ao bom rendimento de Chiesa. Virou opção importante no banco.
Emerson – Teve a dura missão de substituir Spinazzolla após sua lesão nas quartas. Ainda que sem o mesmo brilho, e apesar de início titubeante na final, cumpriu sua função.
Pessina – Tirando o jogo contra Gales, que pouco valia e no qual fez um gol, atuou por poucos minutos. Mas entra aqui pelo gol decisivo marcado nas oitavas contra a Áustria.
Immobile – Fez dois gols nos dois primeiros jogos, brigou muito, foi sempre titular, mas suas atuações foram bem abaixo da média do que costuma mostrar pela Lazio.
2 ESTRELAS
Locatelli – Titular nos dois primeiros jogos na ausência de Veratti. Teve atuação monstruosa contra a Suíça, quando fez dois gols. Depois disso, não chegou a somar 40 minutos em campo.
Acerbi – Substituiu o machucado Chiellini contra a Suíça, entrou também contra Gales e foi titular com boa atuação nas oitavas de final contra a Áustria.
Belotti – Substituto de Immobile, só foi titular contra Gales, mas entrou em outras 5 partidas. Contudo, não conseguiu marcar e ainda perdeu seu pênalti na final.
Toloi - Jogou 20 minutos contra a Suíça, foi titular contra Gales e entrou nas partidas das quartas contra a Bélgica (bem no final) e na semi contra a Espanha (16 minutos + prorrogação).
Cristante - Jogou poucos minutos por partida, mas, exceção feita à semifinal contra a Espanha, participou de todas elas.
Bernardeschi - Só foi titular contra a Gales. Entrou na semi contra a Espanha e na final contra a Inglaterra, convertendo seus pênaltis nas disputas de penalidades dos dois jogos.
1 ESTRELA
Bastoni, Florenzi, Raspadori, Castrovilli, Sirigu e Meret - Com exceção de Meret, que nem chegou a atuar, todos jogaram por pelo menos um minuto no torneio, mas não foram peças fundamentais na conquista. Bastoni atuou o jogo toda contra Gales, em que a Itália cumpria tabela, e Florenzi, que seria o titular da lateral-direita na Euro, deixou o time após a lesão com 48 minuto de estreia para só voltar nos últimos minutos da prorrogação da final.
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