Ironizar a insatisfação de Pedro era tão irracional quanto é, agora, exagerar na relevância das suas manifestações
Não foram polêmicas, não trazem um teor surpreendente e não parecem gerar consequências negativas as manifestações do centroavante Pedro, do Flamengo, após a vitória por 2 a 1 sobre o Altos pela Copa do Brasil, jogo no qual o atacante marcou um dos gols de sua equipe.
Em síntese, Pedro disse que gostaria de atuar mais, o que parece óbvio para um jogador da sua qualidade que é apenas o 20º mais utilizado do elenco se considerarmos as partidas do Flamengo no Brasileirão e na Libertadores.
Por outro lado, apesar da sinalização pública a respeito desse desejo em um post no Instagram e na entrevista ao fim do jogo, Pedro fez questão de isentar nominalmente o treinador atual, falou a respeito de escolhas de “quem aqui estava”, prometeu manter empenho total para conquistar mais espaço e, o que talvez pudesse gerar mais turbulência, falou que, se for o caso, “no meio do ano”, quando ocorre a janela de mercado, “a gente conversa”.
Embora seja evidente que suas manifestações têm o intuito de colocar alguma pressão para que suas entradas em campo sejam mais constantes, a forma e o método utilizado não ultrapassam qualquer limite legal ou ético. A comunicação é parte de sua estratégia, e se as ações são feitas dentro desses limites não há problema algum, faz parte do jogo.
Copa do Brasil: veja os gols de Altos-PI 1 x 2 Flamengo
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Assim como não fazia sentido usar termos como “tristeza” ou (o insuportável) “mimimi” para ironizar as notícias divulgadas por repórteres que seguem o clube de perto, também não faz sentido, a partir de agora, imaginar um ambiente de turbulência, crise ou desconforto por causa das manifestações deste domingo.
Como muitas vezes costuma ocorrer no futebol, o episódio das declarações de Pedro parece gerar uma repercussão bem maior que o tamanho do fato, que a relevância da notícia.
Se for o caso, como disse o próprio Pedro, no meio do ano clube e jogador podem conversar. Sempre levando em consideração que sua eventual saída só poderá ocorrer com o consenso das duas partes, que têm contrato assinado válido até dezembro de 2025. E que essa saída, se viesse a acontecer, teria que ser para destino e por valor também acordado com todos os lados.
Qualquer especulação, incitação ou ironia que desconsidere a conjuntura acima não se baseia nos fatos, mas em desejos.
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Ironizar a insatisfação de Pedro era tão irracional quanto é, agora, exagerar na relevância das suas manifestações
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