O retorno de Brady, o soldado incansável, e as famílias em guerra: o resumo épico da semana 2

A semana 2 da temporada terminou, e os Giants, que começaram a temporada cheios de expectativa, já estão preocupados. Desde que os playoffs passaram a classificar 12 equipes para os playoffs,em 1990, apenas 12% daqueles que começaram o ano com duas derrotas foram para a pós-temporada.

Os Patriots, por outro lado, deixaram esta estatística para trás, enquanto os Cowboys tiveram uma atuação para esquecer.

Teve ainda gente comemorando recordes, lamentando erros e inimigos íntimos em campo. Confira, também em clima de épico, os destaques da rodada:

A semana começou com o confronto entre times que haviam sido atropelados na primeira rodada. Se a expectativa era de um jogo ruim, Cincinnati Bengals e Houston Texans não decepcionaram.

O melhor corredor dos Texans foi o quarterback Deshaun Watson, que ganhou 49 jardas com as pernas para marcar o único touchdown do jogo, naquela que foi a única grande jogada da partida, na verdade.

Mas para não dizer que este time dos Bengals não entra para a história, eles são o primeiro time desde os Eagles de 1939 a abrir a temporada com dois jogos em casa e não marcar um TD sequer.

O Cleveland Browns segue sua rotina de derrotas e problemas, mas um jogador teve motivos para comemorar na derrota para o Baltimore Ravens, no domingo.

Joe Thomas, jogador de linha ofensiva da equipe de Ohio, chegou a 10 mil jogadas consecutivas. Desde que foi recrutado na primeira rodada do draft de 2007, ele não ficou de fora de nenhuma jogada do ataque dos Browns, e ganhou elogios até de LeBron James pelo feito.

O mais impressionante? Ele protegeu 22 quarterbacks por lá, e abriu caminho para 69 corredores, tendo um total de 403 companheiros de equipe diferentes.

Os Chiefs acertaram em cheio os Patriots e, principalmente, Tom Brady. Sem um passe para TD na primeira semana, mais uma vez o quarterback foi questionado. Afinal, ele já tem 40 anos.

Mas não foi necessário aparecer o Rei da Noite para fazer o “monstro” renascer. Só no primeiro quarto foram 177 jardas e um recorde pessoal de três passes para touchdown. No jogo, foram 447 jardas lançadas, terceira melhor marca da carreira.

Não que a defesa dos Saints seja algo parecido com a Muralha, mas ela também caiu com um sopro.

Raios interromperam a partida entre Denver Broncos e Dallas Cowboys, no Colorado. Pois os torcedores do time mais popular dos Estados Unidos preferiam que nem tivesse voltado a acontecer.

Os Cowboys caíram do cavalo de forma retumbante. A sensação Ezekiel Elliott tentou correr nove vezes e conseguiu apenas oito jardas. Mas o lance emblemático veio na primeira interceptação de Dak Prescott, quando o corredor estava bem perto de Chris Harris, mas virou as costas e colocou a mão na cintura, sequer tentando parar o defensor rival.

Como diz Everaldo Marques, é difícil a “turma da quinta série” se segurar com o kicker dos Chargers, o sul-coreano Young-Hoe Koo. Pois talvez os dias dele na NFL estejam contados.

Depois de ter o chute do empate bloqueado na estreia contra os Broncos, em lance de mais mérito para o rival do que demérito para o kicker, mais um chute decisivo não foi convertido.

O erro na tentativa de 44 jardas, com apenas cinco segundos no relógio, que poderia dar a vitória para o Los Angeles Chargers em seu primeiro jogo na nova casa, entra totalmente na conta do calouro. Na NFL erros assim costumam custar empregos. Ele (desculpem-me) pode estar na reta.

A NFL gosta sempre de falar que “futebol americano é família”. Pois no domingo foram dois confrontos de sangue.

Durante a tarde, o Kansas City Chiefs venceu sua segunda partida na temporada com grande atuação do tight end Travis Kelce, que recebeu oito passes, acumulou 103 jardas e marcou um TD. A vítima foi o Philadelphia Eagles, de seu irmão Jason, jogador de linha ofensiva.

De noite, foi a vez de primos se enfrentarem diretamente no novo estádio dos Falcons. No time da casa, Jake Matthews teve que segurar o primo Clay Matthews III, defensor dos Packers.