Ronaldo: "Eu não estava apenas sonhando em ser o maior; estava verdadeiramente acreditando nisso"

ESPN.com.br

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Ronaldo ao lado de Romário na conquista de 94
Ronaldo ao lado de Romário na conquista de 94 Peter Robinson/EMPICS PA Images/Getty

A história do ex-atacante Ronaldo já foi contada por diversas vezes. Nesta quinta-feira, porém, é o próprio "Fenômeno" quem escreve sua trajetória em detalhes, desde a infância em Bento Ribeiro até o momento do "adeus".


No texto intitulado "A Vida de Dadado", publicado no The Players Tribune, famoso por dar aos atletas a chance de publicarem seus próprios textos, o ex-camisa 9 da Seleção Brasileira conta qual acredita ter sido seu diferencial para se tornar em um grande jogador: acreditar, e não apenas sonhar.

"Olhando para trás, talvez tenha sido isso que me fez diferente dos demais garotos no Brasil que queriam ser jogadores de futebol. Eu não estava apenas sonhando em ser o maior; estava verdadeiramente acreditando nisso", escreveu o ex-jogador.

"Aquilo que eu realmente queria ser … um dos melhores que já jogaram", completou.

Ronaldo conta também que sua vida ficou diferente quando foi convocado para defender a Seleção na Copa do Mundo de 1994, e teve a oportunidade de conhecer Romário, que tinha como exemplo em sua infância. Pois foi o "Baixinho" quem teria dado o conselho determinante para Ronaldo seguir para a Europa.

"Ele me contaria sobre ganhar La Liga ou jogar a final da Champions League. E então eu soube, enfim … se eu realmente quisesse ser o melhor, eu precisaria seguir aquele mesmo caminho. Assim, eu assinei com o PSV", contou.

Ronaldo não sabe explicar a final de 98
Ronaldo não sabe explicar a final de 98 Michael Steele/EMPICS PA Images/Getty

A final da Copa de 1998, alvo de tantas teorias, também foi descrita pelo ex-jogador. Em um parágrafo, Ronaldo conta como foi a disputa do mundial, dizendo que o futebol era "simplesmente uma coisa divertida para ele". Já o incidente instantes antes da grande decisão, ele afirma que não consegue explicar.

"Eu fiquei muito, muito doente e tive uma convulsão na cama. Eu não me recordo muito a respeito disso. Mas quando os médicos fizeram os testes e me liberaram para jogar, eu joguei. É claro que eu não joguei bem, e nós perdemos o jogo por 3 x 0", escreveu.

Além de passar pela contusão, quando diz sentir que sua "vida tinha sido levada embora", ele também rememora a redenção na final da Copa do Mundo de 2002, quando marcou os dois gols do título. O vídeo da preleção de Luis Felipe Scolari trazia reportagens da imprensa brasileira, inclusive uma sobre o local da infância de Ronaldo. Mas no intervalo do jogo, empatado sem gols, o clima era tenso. 

"Eu vou contar a verdade … não havia qualquer tipo de conversa, ou qualquer grande estratégia sendo discutida no vestiário. Nós simplesmente sabíamos o que precisávamos fazer. Nós simplesmente aceitamos. Nós tínhamos consciência de que marcaríamos os gols que precisávamos. E nós venceríamos", contou.

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Ronaldo também conta como foi o momento da decisão pela aposentadoria, no começo de 2011, quando vestia a camisa do Corinthians. 

"Quando outros problemas de saúde tornaram mais difícil não somente jogar futebol, mas também respirar, ficar em pé e caminhar … Eu sabia que tinha que parar. Se eu não pudesse ser o jogador que eu queria ser no gramado, se eu não pudesse ter o mesmo sentimento, então, eu não poderia estar mais lá jogando futebol", relatou.

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