Se em anos anteriores a dupla de rivais formada por Cruzeiro e Atlético abria os cofres para fazer contratações, o ano de 2018 tem tudo para ser o contrário. Em largas dificuldades financeiras, ambos começam a indicar apostas por jogadores do esquema "bom e barato", recorrendo até mesmo a empréstimos de outros clubes.
No caso do Cruzeiro, a única transferência já sacramentada é a de Egídio. O lateral-esquerdo, que estava no Palmeiras, viu seu contrato se encerrar no Allianz Parque e não ser renovado, uma vez que era um dos jogadores do elenco alviverde mais criticados pela torcida. Ele chegará apenas sob os custos do salário.
Quem está muito perto e já apalavrado é o volante Bruno Silva. O Botafogo, clube que detém seus direitos, porém, faz jogo duro pela sua liberação enquanto o pagamento não seja feito pela "Raposa".
Em entrevista, o presidente alvinegro, Carlos Eduardo Pereira, afirmou que, enquanto o time mineiro não depositar o pagamento de R$ 4 milhões ao Bota o mais rapidamente possível, nenhum documento será enviado ao Cruzeiro para que o contrato seja assinado.
"O que ocorre em relação ao Cruzeiro é uma divergência sobre a data do pagamento. O Botafogo quer que o pagamento seja feito o mais cedo possível para que os jogadores possam se apresentar já nos novos clubes. O Rony se apresentar ao Botafogo, e o Bruno, ao Cruzeiro. Depende fundamentalmente do Cruzeiro. Quanto mais rápido o Cruzeiro fizer o pagamento que combinou com o Botafogo, teremos condições de realizar o negócio", explicou o mandatário.
Um dos destaques da última temporada no Campeonato Turco, o atacante Fernandão também é um dos alvos da diretoria celeste para 2018. O que dificulta sua chegada à Toca da Raposa II são os seus altos salários, que, de acordo com o Superesportes, chegam à marca de 2 milhões de euros por ano (cerca de R$ 7,75 milhões).
O Cruzeiro, por conta das dificuldades em seus cofres, não pretende arcar com esses vencimentos.

Além disso, ainda segundo o periódico mineiro, o Fenerbahce aumentou a pedida inicial de 1,5 milhão (R$ 5,8 milhões) para 3 milhões de euros (R$ 11,6 milhões), ou seja, o dobro.
Por fim, a dificuldade cruzeirense se resume ao volante Hudson. O São Paulo, dono de seus direitos, busca receber 1,5 milhão de euros (R$ 5,8 milhões) em seis parcelas trimestrais, aquilo que está alinhavado em seu contrato.
A “Raposa”, no entanto, ainda busca fazer negócio com o “Tricolor” paulista cedendo 25% do que possui do atacante Lucca, hoje no Corinthians, além de 400 mil euros.
Já no caso do Atlético-MG, a situação é um pouco pior que a do rival. As gastanças com jogadores mais badalados no passado, como Robinho e Fred, por exemplo, fez com que o clube recorresse ao Palmeiras para reforçar seu elenco.

Chegaram o volante Arouca e o atacante Erik, ambos por empréstimo. Eles não teriam espaço no time paulistano e têm a chance de mostrarem valor nas mãos do técnico Oswaldo de Oliveira.
Além deles, o lateral-direito Samuel Xavier foi confirmado como reforço do “Galo”, também chegando emprestado pelo Sport.
Quem tem boas chances de chegar a Vespasiano – e, sim, chegaria por empréstimo – é mais um meia palmeirense que pode voltar a não ter espaço clube: Raphael Veiga.
Por enquanto, o único jogador que pode acabar vestindo a camisa alvinegra em 2018 mediante pagamento é Róger Guedes. Para contratar o ponta do “Verdão”, o Atlético ofereceu o lateral-direito Marcos Rocha, o que foi recusado pela diretoria paulista.
Agora, o “Galo” pensa na viabilização de uma parceria com o BMG (Banco de Minas Gerais), antigo patrocinador do clube e que briga pelos naming rights da futura arena atleticana. Neste caso, o nome do atleta é considerado bom, com mercado futuro e que pode render bons frutos.
Seguindo a procura para enxugar seus gastos, o Atlético paralisou as negociações de renovação de contrato com Robinho, atacante mais badalado do time. O salário do ex-santista é de R$ 800 mil e ele até já reafirmou que aceitaria uma diminuição nos seus vencimentos para estender seu vínculo, que vai até 31 de dezembro.
Buscando suas respectivas contratações, Cruzeiro e Atlético iniciarão, a partir do começo de janeiro, a preparação para a temporada de 2018. Oficialmente, o primeiro estreia diante do Tupi, no Mineirão, no dia 17, às 21h45 (de Brasília). Já o segundo tem confronto marcado com o Boa Esporte, fora de casa, no mesmo dia, mas às 19h30 (de Brasília).
Nem em ‘suaves prestações’: depois de anos de gastança, Atlético-MG e Cruzeiro sofrem para contratar
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