Ela virou mito do esqui, escritora de sucesso e agora pode realizar sonho antigo: competir contra homens

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Lindsey Vonn é campeã mundial e olímpica de esqui
Lindsey Vonn é campeã mundial e olímpica de esqui Getty

Lindsey Vonn pode se orgulhar de ser a esquiadora norte-americana mais bem sucedida da história e um dos principais nomes do mundo na modalidade. É dona de duas medalhas olímpicas – ouro e bronze em Vancouver-2010 – e sete em campeonatos mundiais – dois ouros, três pratas e dois bronzes. Mas não se dá por satisfeita. Há quase uma década, faz campanha para poder competir contra homens e pode realizar seu sonho no ano que vem.

A Associação de Esqui e Snowboard dos Estados Unidos (USSA) anunciou que vai levar uma proposta formal à Federação Internacional de Esqui (FIS) na próxima quinta-feira, em reunião na Suíça, pedindo que Lindsey Voon possa disputar ao menos uma etapa da Copa do Mundo masculina de 2018, em Lake Louise, no Canadá.

“Detalhes ainda serão discutidos. Mas certamente é um assunto que divide opiniões”, adiantou a FIS em comunicado oficial. No passado, o debate já esteve em voga informalmente e a entidade se posicionou contra a mistura de gêneros.

“Será um desafio muito difícil encontrar uma maneira razoável de fazer isso. Se as mulheres puderem competir com os homens, eles também poderão competir com elas”, disse Atle Skaardal, diretor de prova da FIS, à época.

Lindsey mostra, na prática, que tem condições de competir de igual para igual, seja com quem for. Com mais de 70 vitórias e 130 pódios na carreira, treina regularmente com atletas homens profissionais e, de acordo com estatísticas não oficiais, frequentemente completa os percursos com tempo melhor que o deles.

A esquiadora soma 67 vitórias em etapas de Copa do Mundo e perde apenas para o sueco Ingemar Stenmark (86). “Os esquiadores com quem já conversei a respeito concordam. Dizem que ter uma mulher competindo com eles daria mais emoção às provas de esqui. Então, por que não tentar? Sei que não vou vencer, mas gostaria pelo menos de ter a oportunidade de tentar. Acho que já tenho conquistas suficientes e mereço respeito.”

Vale ressaltar, no entanto, que a Associação de Esqui e Snowboard dos Estados Unidos informou que o pedido não é para que a Federação Internacional de Esqui mude suas regras. A proposta é, exclusivamente, para que a esquiadora norte-americana tenha a chance única de competir com os homens na Copa do Mundo de 2018.

Ela é a esquiadora norte-americana mais bem sucedida da história
Ela é a esquiadora norte-americana mais bem sucedida da história Getty

Lindsey carrega por outras esferas a bandeira de valorização da mulher. Ex-mulher do golfista Tiger Woods, a esquiadora criou uma fundação que leva seu nome, com o objetivo de dar às mulheres do mundo a ‘necessária confiança para mover montanhas’. Defensora da diversidade de tipos físicos, escreveu livros de sucesso, entre eles ‘Força é o novo belo’.

A atleta, que vai completar 33 anos em outubro, se recuperou de uma fratura no braço, sofrida no fim do ano passado, e está treinando para os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang-2018, na Coreia do Sul. Seu plano é se aposentar ao final da temporada 2018/2019.

Caso a Federação Internacional de Esqui negue o pedido para ela competir com homens, Lindsey pretende promover uma disputa de exibição, nos moldes da famosa ‘Batalha dos Sexos’ do tênis.

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