No auge da franquia, MLB The Show 20 apresenta poucas novidades em relação ao 19
Para além de Uncharted e Last of Us, um dos trunfos de exclusividade da Sony nos Estados Unidos é o fato de só o PlayStation 4 contar um um simulador de beisebol. O console da Microsoft conta com o "RBI Baseball", mas não é a mesma coisa. Durante a atual geração, esse trunfo foi um dos motivos que me fez continuar com a Sony em vez de experimentar o Xbox One.
Bom, o trunfo não seguirá por muito tempo: mesmo o jogo sendo produzido por um estúdio da Sony (o San Diego Studios), no ano que vem essa exclusividade cai e estaremos diante de um paradoxo: um estúdio first party produzindo para outras plataformas. Antes disso, porém, vamos à última versão exclusiva do quarto filho de Ken Kutaragi: mudou algo?
Não. Sinceramente, quase nada. MLB The Show foi "vítima" de si mesmo. Enquanto a Eletronic Arts manipula seus lançamentos de maneira que retira modos de jogo para depois colocá-los como novidades – vide a "volta" do Pro Bowl no Madden 20 sendo que no Madden 08 ele já existia – a Sony não fez isso na evolução do The Show. Essa evolução foi constante durante a segunda metade desta década. O San Diego Studios sempre melhorou uma coisinha ou outra, seja nos modos de jogo ou no gameplay. Como bônus, embora tenha microtransações, o jogo nunca foi "Pay To Win" como seus pares Madden, FIFA e NBA 2k. É possível, sim, comprar "cartas" no modo semelhante ao Ultimate Team da EA – mas não chega a ser um grande cassino que quebrará economias familiares.
Em resumo: o jogo chegou no ápice. Tanto em gameplay como em modos de jogo. Fica difícil "ter para onde ir". Até por conta disso a chegada da nova geração, ao final deste ano, será um grande bônus para o The Show e outras franquias esportivas com lançamentos anuais: ao menos ficará nítido que os gráficos vão melhorar.
E então, mudou algo?
Como disse, pouca coisa. Basicamente, rebater está mais realista porque está de acordo com o contato que você faz no home plate. A zona de contato aliás, recebeu um feedback a mais com duas bolinhas – a de cima vai gerar bola voadora, a de baixo vai gerar contato rasteiro e ruim. Então posso dizer que está mais prazeroso rebater nesta versão. Contato perfeito e timing perfeito dá o feedback de "PERFECT" na jogada e, com isso, a bola em jogo tende a ser mais efetiva para o ataque – gerando mais home runs, rebatidas em linha e rebatidas rasteiras mais fortes. Um exemplo é este home run abaixo que tive, note o feedback no canto inferior esquerdo.
Essa camera pos home run no The Show eh mt terapeuticahttps://t.co/nwIh3p5qRf pic.twitter.com/0MF7yR2HTx
— Antony Curti (@CurtiAntony) May 5, 2020
Ainda, na defesa, o jogo seguiu sua evolução em fazer as defesas, sobretudo no campo externo, mais de acordo com a realidade. Jogadores bons em defesa no campo externo raramente erram – os ruins errarão a defesa com mais frequência, algo que se vê na vida real e que pouco se via em versões anteriores do jogo.
Sobre os modos de jogo, continuo focado no March to October, um modo franchise mais simplificado e ágil. Ele te leva para momentos-chave das partidas – o que no beisebol em videogame é pra lá de importante, porque jogar 162 partidas completas é algo que demora. Eu mesmo joguei, em toda minha vida, apenas duas temporadas completas de 162 jogos em quase 10 anos com a franquia The Show (e uma delas ainda foi no PlayStation 3). Então a agilidade e simular alguns jogos – com base se seu time está "quente" ou "frio" é importante. Abaixo, demonstro na Live que fiz em meu canal um pouco desse modo.
O Franchise Mode (mais completo que o March to October) e o Road to The Show (modo carreira com apenas um jogador) seguem tão parecidos com a versão do ano passado que, sinceramente, é melhor você ler sobre no meu review do MLB The Show 19. Seria perda de tempo copiar e colar para falar as mesmas coisas.
No final das contas, como disse acima, o MLB The Show 20 foi vítima do próprio empenho em versões anteriores e da própria limitação que jogos esportivos têm em si mesmos para lançamentos anuais. Com a geração nova, o debate "será que não seria melhor um serviço de assinaturas em vez de lançamentos anuais com poucas novidades?" novamente cairá porque, bem, graficamente haverá evolução. Então voltaremos nisso lá para 2023, podem contar comigo nesse debate.
Enquanto isso, mais do mesmo. Se por um lado o MLB The Show 20 é o melhor jogo de beisebol já feito, pouco faz sentido pagar o preço inteiro que a Sony cobra na PSN – 250 reais. Ainda mais com a versão do ano passado pela metade do preço. Se você não tem a versão 18 ou 19, certamente vale a pena o investimento – costumo fazer isso com o FIFA, que é o jogo esportivo que jogo menos. Se não, aí espera por uma promoção bacana. Até porque, com a COVID19, a temporada não começou de toda forma.
Veredito: Esperar promoção para comprar.
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