Os exemplos que mostram que árbitros brigam cada vez mais com a imagem do VAR no Brasil
A arbitragem brasileira terminou o ano de 2022 com erros graves e 2023 não tem mostrado uma melhora na sua qualidade até aqui. Ao contrário, os árbitros têm a possibilidade de rever os lances, por vários ângulos, velocidade e intensidade no VAR e, mesmo assim, brigam com a imagem e seguem errando.
No último final de semana, Flamengo e Botafogo jogaram pela terceira rodada do Brasileirão. Thiago Maia perdeu acertou um pontapé em Di Placido com alta velocidade, intensidade e força, elementos que caracterizam "jogo brusco grave" pela regra e cartão vermelho. O VAR sugeriu revisão e mesmo olhando a imagem por vários ângulos, mas a árbitra Edina Alves diz: “Ele erra o chute, entendeu? Ele vai na bola.” Ela não analisa os elementos básicos da regra e mantém a decisão de cartão amarelo.
Na última segunda-feira (01), Londrina e Criciúma se enfrentaram pela Série B. Em disputa de bola em cima da linha da área penal, o defensor Felipe, do Criciúma, disputa a bola com o adversário Diego, do Londrina, e o árbitro Matheus Candançan marca pênalti. Porém, as imagens mostram que há disputa por espaço, com a bola em distância de disputa entre eles, o defensor apoia o pé primeiro naquele espaço e o atacante o acerta como chute perdendo o equilíbrio, ou seja, não há penalidade. Nos áudios do VAR, disponibilizados no site da CBF, observa-se a interpretação correta do árbitro de vídeo que sugere revisão ao árbitro de campo. O árbitro analisa a imagem por vários ângulos e velocidade, assim como o ponto de contato e resolve manter a decisão de campo.
Voltando um pouquinho mais, na final do Paulistão entre Palmeiras e Água Santa, alguns lances polêmicos aconteceram, inclusive um braço com uso de força excessiva em Zé Rafael. Entretanto, vamos para o lance no qual novamente o VAR sugere revisão e mesmo olhando a imagem a arbitragem segue com a decisão de campo. Dudu recebe uma braçada do jogador do Água Santa em uma disputa e revida com um soco nas costas do adversário. Tudo isso ocorreu sem disputa de bola, o que caracteriza conduta violenta e cartão vermelho. O VAR sugere revisão e mesmo assim Raphael Claus mantém sua decisão de campo.
Poderia citar muitos outros exemplos, mas estes são clássicos de árbitros brigando com as imagens e, coincidentemente, são três árbitros paulistas. As polêmicas não param por aí, até por que ao assistir os jogos dos campeonatos da CBF, incluindo Brasileiro Feminino e Copa do Brasil, os erros seguem acontecendo. No entanto, é perceptível que alguns estão passando despercebidos nas partidas, por exemplo, faltas claras que não estão sendo marcadas e o VAR não pode sugerir revisão por ocorrem fora da área.
Maurício Barbieri, técnico do Vasco, foi muito bem em sua fala em uma das suas entrevistas coletivas: “O problema da arbitragem brasileira parece que é o treinador. Eles não erram, não comentem equívoco. Eles vão continuar errando como erram sempre, eles vão continuar tendo uma falta de critério absoluta. Achar que o problema da arbitragem brasileira é o treinador é um desvio de foco.”
Enquanto a Comissão de Arbitragem da CBF, liderada pelo Wilson Seneme, não conseguir admitir seus problemas e seguir achando que está tudo ótimo com a arbitragem brasileira, dificilmente teremos uma melhora na qualidade.
Fonte: Renata Ruel
Os exemplos que mostram que árbitros brigam cada vez mais com a imagem do VAR no Brasil
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