Os Mets precisam fazer uma limpa na diretoria | Semana MLB
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“Tem coisas que só acontecem com os Mets.” Bem, o ditado que se popularizou no Brasil com o Botafogo não existe para o New York Mets, mas bem que poderia. O clube tem uma fama de amaldiçoado, de cenário dos acontecimentos mais bizarros ou azarados possíveis. Em geral, isso é tratado como algo folclórico até pelos próprios torcedores, mas o atual momento da franquia é de mudar essa chave. Nem que, para isso, tenha de realizar uma grande reformulação em posições de comando.
Nesta temporada, os Mets tiveram um diretor esportivo -- Jared Porter -- afastado por assédio sexual dentro dos escritórios do clube. Na última quarta, outro diretor -- Zack Scott, que entrou no lugar de Porter -- foi preso por dirigir embriagado após participar de um evento beneficente do clube. Ele foi encontrado dormindo dentro de seu carro, parado no meio da rua, e se negou a fazer teste do bafômetro.
A franquia até poderia encarar os dois casos como casos pessoais, demitindo os responsáveis e seguindo a vida. Mas o problema na gestão dos Mets vai além dos escândalos de Porter e Scott. A direção é toda disfuncional. No escritório, draftou um jogador com reconhecidos problemas físicos e acabou não fazendo proposta de contrato porque… ele tinha problemas físicos. No departamento médico, continua com a crônica dificuldade de manter seus atletas livres de contusão. Nos vestiários, teve três jogadores -- Francisco Lindor, Javier Báez e Kevin Pillar -- entrando em conflito com a própria torcida por não aceitarem vaias (merecidas pelo nível de beisebol apresentado pelo time em agosto). Enquanto isso, os torcedores -- e talvez os próprios funcionários do clube -- confiam mais no perfil do Twitter de Steve Cohen, o novo dono da equipe, do que nos meios de comunicação oficiais.
É evidente a falta de comando nos Mets. Desde dirigentes que tomam decisões técnicas sem estudar direito o caso até uso de termos sexuais para tratar funcionárias mulheres, passando por beber em excesso em evento beneficente do clube e entrar em conflito com o torcedor por conta própria, cada um parece fazer o que bem entende. Não há uma liderança que se imponha, estabeleça uma dinâmica de trabalho no escritório e nos vestiários.
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A equipe ainda é boa no papel e consegue se manter -- ainda que marginalmente -- na briga por uma vaga nos playoffs. De qualquer maneira, está muito aquém do que poderia, e do investimento feito pelo dono bilionário da franquia. É preciso mudar as coisas, e o menor dos problemas é o elenco. É preciso mudar muita coisa na direção, para revirar todo o sistema de trabalho dentro da franquia.
Sandy Alderson é o atual presidente dos Mets. Trata-se de um dos grandes dirigentes da história do beisebol, o responsável pela implementação do Moneyball no Oakland Athletics (Billy Beane levou a fama, mas era seu discípulo). Ele foi mantido no cargo quando Cohen comprou o clube justamente por ter bom trânsito na liga e fazer a ponte entre o novo dono e as demais equipe. Mas é evidente que sua gestão nos Mets está, no mínimo, estagnada.
A saída de Alderson soa dura, mas faria sentido até como simbolismo de que os Mets estariam entrando em uma nova era. A partir daí, talvez o segundo time de Nova York comece a ter resultados mais condizentes com seu potencial.
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FINAIS!
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PERSONAGEM DA SEMANA
Wander Franco era tido como a maior promessa que estrearia em 2021 na MLB. Sua promoção para o time principal do Tampa Bay Rays foi noticiada com muita expectativa, mas o dominicano teve um início fraco, com apenas 20% de aproveitamento no bastão em seus 20 primeiros jogos. Desde então, está com 31,7% de aproveitamento e uma sequência de 33 partidas seguidas chegando em base, a segunda maior da história para um jogador com menos de 21 anos. O primeiro da lista é Mickey Mantle, um dos maiores da história da liga, com 36.
VÍDEO DA SEMANA
Shohei Ohtani teve uma série pouco inspirada contra o New York Yankees. Foi apenas uma rebatida (um home run) e dois walks em 13 aparições no home plate. Ainda assim, deu para realizar um feito raro: roubar o home plate.
O QUE VEM POR AÍ
A disputa pela Liga Nacional Leste pode se resumir a como os Mets desperdiçaram meses de liderança para ver o Atlanta Braves arrancar e assumir a primeira posição. No entanto, o Philadelphia Phillies tem discretamente entrado na briga, com bom trabalho de alguns arremessadores e Bryce Harper fazendo uma temporada que o coloca na disputa pelo título de MVP da liga. Os Phillies estão apenas dois jogos atrás dos Braves, mas precisam lidar com uma pedreira entre segunda e quarta: o Milwaukee Brewers. Os Cervejeiros lideram a LN Central e vem mostrando um beisebol muito competitivo, com ótimos arremessadores e um ataque que está despertando. Quase varreram o San Francisco Giants -- então melhor campanha da MLB -- na Califórnia nesta semana e já são vistos como “o time que ninguém quer pegar nos playoffs”. Para melhorar, estão programados dois espetaculares duelos de arremessadores: Zack Wheeler x Brandon Woodruff na segunda e Kyle Gibson x Freddy Peralta na quarta. As partidas serão em Milwaukee.
E, NO PRÓXIMO SUNDAY NIGHT
Muita gente considera que a rivalidade entre Los Angeles Dodgers e San Francisco Giants é a maior da MLB, maior até que a entre New York Yankees e Boston Red Sox. Agora, imagina o clássico da Califórnia abrindo o último mês de temporada regular com os dois times tendo as melhores campanhas das grandes ligas e separados por meio jogo na disputa pela divisão. Pois é isso que o torcedor poderá conferir de sexta a domingo no Oracle Park, em São Francisco. A série pode ser decisiva para decidir quem vai aos playoffs com a melhor campanha da liga e quem terá de lidar com um sempre imprevisível jogo único de wildcard. No Sunday Night Baseball, o duelo terá Walker Buehler, talvez o melhor arremessador da Liga Nacional no momento, contra (provavelmente) um jogo de bullpen dos Giants.
PROGRAMAÇÃO: MLB NOS CANAIS DISNEY*
Sexta, 03/set
20h - Cleveland Indians x Boston Red Sox (ESPN 2)
Domingo, 05/set
20h - Los Angeles Dodgers x San Francisco Giants (ESPN 2)
Segunda, 06/set
14h - Tampa Bay Rays x Boston Red Sox (Fox Sports)
17h - San Francisco Giants x Colorado Rockies (Fox Sports)
Terça, 07/set
20h - Tampa Bay Rays x Boston Red Sox (Fox Sports)
Quarta, 08/set
20h - Toronto Blue Jays x New York Yankees (Fox Sports)
Sexta, 10/set
20h - New York Yankees x New York Mets (Fox Sports)
*Os jogos também estarão disponíveis ao vivo no Star+
MAIS BEISEBOL NO STAR+
Segunda, 06/set
21h - LMB (finais): Jogo a definir
Terça, 07/set
21h - LMB (finais): Jogo a definir
Quarta, 08/set
21h - LMB (finais): Jogo a definir
Sexta, 10/set
21h - LMB (finais): Jogo a definir
Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração
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