20 rodadas sem vitória, jogador com camisa de rival e renúncia de presidente: Schalke vive crise sem fim antes de clássico
“Não há a favorito em clássico”. Só este clichê do futebol pode oferecer algum cenário de equilíbrio para o Borussia Dortmund x Schalke 04 deste sábado.
Ainda que os aurinegros venham de uma derrota no meio da semana para a Lazio na estreia da Champions League, isso está longe de se equiparar os (inúmeros) problemas de seu maior rival.
No campo, os Azuis Reais não vencem há 20 jogos na Bundesliga (13 derrotas e sete empates) – o último triunfo ocorreu em 17 de janeiro, quando fez 2 a 0 no Borussia Mönchengladbach.
Há nove meses, o time ainda era comandado por David Wagner, que permaneceu no cargo até o fim da Bundesliga, mesmo com o Schalke encerrando com 16 partidas sem vitórias, na modesta 12ª colocação e com a segunda pior campanha do segundo turno, com apenas nove pontos, um a mais do que o lanterna Paderborn.
A decisão de manter o técnico, porém, durou apenas duas rodadas. Após o 8 a 0 para o Bayern de Munique e um 3 a 1 para o Werder Bremen, o clube de Gelsenkrichen demitiu o treinador e contratou Manuel Baum, que foi goleado pelo RB Leipzig (4 a 0) na estreia e somou o primeiro ponto do time na última jornada com um 1 a 1 diante do Union Berlin, em casa, após ter saído atrás no placar.
De acordo com o FiveThirthyEight, site parceiro da ESPN que usa uma série de combinações matemáticas para calcular as probabilidades jogo a jogo e nos campeonatos inteiros, o Schalke é no momento o time com maior probabilidade de rebaixamento no Campeonato Alemão: 48%.
A chance de a equipe vencer o clássico deste sábado é de 5%, diante de uma probabilidade de 80% de o Dortmund sair com o triunfo no Signal Iduna Park.
Se dentro de campo as coisas vão mal, o cenário é parecido fora dele. No fim de junho, o presidente Clemens Tönnies renunciou ao cargo (o qual ocupava havia 19 anos) em meio a uma temporada em que ele começou pedindo afastamento, após ter feito uma declaração racista. Meses mais tarde, ele viu seu frigorífico, o maior do ramo na Alemanha, ser palco de um surto de COVID-19.
O impacto da pandemia, aliás, envolveu um deslize do Schalke. Os Azuis Reais chegaram a lançar uma campanha para que seus torcedores não pedissem o reembolso do valor dos ingressos para os jogos que viriam a ocorrer sem público. O problema se deu quando o clube falou em pedir uma justificativa para detalhar exatamente o motivo de quererem a devolução. A repercussão negativa fez o Schalke desculpar-se, e o diretor de finanças, Peter Peters, pediu para deixar o cargo após 27 anos no clube.
Para completar, no meio de julho, o atacante Rabbi Matondo apareceu nas redes sociais fazendo exercícios físicos com a camisa do... Borussia Dortmund.
Ou seja, o clássico de sábado é uma oportunidade para o Schalke tentar começar a sair do fundo do poço ou descobrir que dava para afundar ainda mais – por incrível que pareça.
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