Pobre Barcelona!
Sou um dos milhões de apreciadores do futebol espalhados pelo mundo que na última década e meia não perdeu jogos do Barcelona, porque era certeza de ver espetáculo. Ou, no mínimo, assistir a algo acima da média. Por se tratar de time de craques e do incomparável Messi. Como nos divertimos com surras memoráveis.
Agora, meus amigos, o Barça parece uma equipe comum, daquelas de nível médio no Brasil. Teria dificuldades na nossa Série A. Não só não tem quem desequilibre, apela para adolescentes e passa vergonha como mandante. O bicho-papão da história recente virou o disco e não assusta mais ninguém de alto nível.
Está certo que, nesta terça-feira (14), precisava ter cuidado, ao receber o Bayern, a sensação do momento na Europa. Mas, espera lá!, comportar-se como um pequeno, todo fechadinho, em busca da famigerada “uma bola” de contragolpe?! Foi doído ver a rapaziada do holandês Ronald Koeman levar vareio do rival alemão.
O Bayern fez 3 a 0 sem muito esforço e deixou claro, no Camp Nou, como a torcida catalã terá de amargar um tempo de silêncio. Pelo visto, o Barcelona encantador, demolidor, que atropelou todo tipo de obstáculo ficará na muda, que nem passarinho quando troca as penas. Por enquanto, dá é pena de vê-lo em campo.
Neuer passou mais de 90 minutos praticamente como espectador. Não, não, melhor tirar o “praticamente” do texto. O goleiro alemão não fez defesa nenhuma. Sabem por quê? Porque o Barcelona não finalizou uma certa para o gol! Dá para imaginar uma heresia dessas? Nem uma miserável finalização certa para a meta! Algo para ser registrado no Guiness Book. “O dia em que o Barcelona não chutou a gol.”
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O Bayern mandou do começo ao fim, sentiu-se no templo catalão como se estivesse na Allianz Arena. Acho, até, que mais à vontade. Não deu a mínima para a torcida, ignorou seu estrelado oponente, construiu os gols como e quando quis. Só não deu para repetir os 8 a 2 da Champions anterior porque aí, também, seria demais.
Goretska, Musiala, Muller, Levandowski, Sané, Davies deitaram e rolaram sobre o meio-campo e a defesa espanholas. Inúmeras vezes apareceram na área e os 3 a 0 devem ser colocados na conta do Ter Stegen. Não fossem três defesas dele, o placar seria dobrado. Um desastre foi o que o goleiro alemão evitou.
Bem pesado, fora o Ter Stegen não se salvou mais ninguém na apresentação do Barcelona. Sergi Roberto e Alba levaram passeio. Koeman colocou na zaga Eric Garcia, Mingueza, Piqué para evitar vexame - e eles sofreram. Busquets não sabia o que fazer no meio. O ataque… que ataque? De Joong, Depay, Coutinho?
No primeiro tempo, Muller fez 1 a 0 aos 33, com a bola ainda a desviar no bumbum de Eric Garcia. E lá começava a ruína do Barcelona. Que prosseguiu com dois gols do incansável Levandowski, aos 10 e aos 35 minutos.
O Bayern larga dentro dos prognósticos - é um dos fortes candidatos ao título. E, pelo visto, ainda bem que Messi se mandou de mala e cuia para o Paris Saint-Germain. Não tem história que chegue aos pés do Barcelona. Mas, pelo menos, tem um monte de artistas para colaborar com o argentino melhor do mundo.
Pobre Barcelona!
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