Empates empacam o Corinthians
O Corinthians ensaiou reação forte no Brasileiro, depois de largada preocupante. Foi em busca de contratações, venceu jogos difíceis (Ceará, Athletico e Grêmio) e embicou para a parte de cima. Surpreendeu até quem o considerava candidato a perambular pela zona morta da tabela, ali entre o 9.º e o 13.º lugares.
Agora que outros concorrentes dão sinais de oscilação - casos de Fortaleza e Bragantino, principalmente -, o Corinthians não consegue engatar uma quinta marcha e entrar de vez no bloco principal. Tem espaço, até, para ficar entre os quatro melhores, desde que volte a colecionar vitórias.
O problema é que tem emperrado com empates seguidos. Se não leva muitos gols, também não os faz. Por isso, fica nessa lenga-lenga de três 1 a 1, com Juventude, Atlético-GO e América. Pior, de novo perdeu pontos em casa, para time da parte de baixo da classificação, como neste domingo (19) contra o rival mineiro.
A matemática para chegar a títulos, ou no mínimo ficar na zona de vaga para a Libertadores, é bem simples: ter o maior número possível de pontos como mandante e não entregar pontos de mão beijada para quem briga para não cair. Tropeçar para adversários fortes, aqueles que correm pela ponta, ainda passa. Escorregar diante dos mais frágeis só afasta de objetivos mais ousados.
O Corinthians pode, até, pôr as mãos para o céu pelo empate mais recente. Parece contraditório com o que escrevi no parágrafo anterior, mas é assim. Sobretudo pelo primeiro tempo na Neo Química Arena. O América foi quem tomou iniciativa, no começo, arriscou vários chutes e, com menos de dez minutos, abria vantagem, com Marlon. Vantagem merecida, pois tocava a bola, marcava forte, pressionava.
Demorou um tempo para a rapaziada de Sylvinho segurar a empolgação do América, colocar a bola no chão, trocar passes e equilibrar. Tanto conseguiu que empatou antes do intervalo (com Giuliano) e ainda carimbou a trave, com Gabriel.
No segundo tempo, o bom jogo teve ritmo mais lento, mas o Corinthians não conseguiu impor-se contra o rival que sente a corda no pescoço e é candidato a regressar para a Segundona. Ainda assim, teve chances, com Giuliano, para alcançar a virada. Ficou só na intenção. A defesa anda mais protegida, o meio-campo melhorou, mas carece de ritmo, criatividade e resistência. O ataque, por extensão, oscila.
Daí você me pergunta: e o William? Estreou de acordo com o esperado. Não decepcionou, tampouco desequilibrou. Teve participação no gol de empate, distribuiu bem o jogo no meio, porém sem fôlego ainda para os 90 minutos. Saiu aos 18 da etapa final e deu lugar para Renato Augusto.
Os outros dois componentes do quarteto que chegou recentemente ficam mais à vontade: Giuliano fez o gol, teve possibilidade de marcar mais e foi substituído por Luan. Já Roger Guedes ficou o tempo todo em campo e busca entrosamento com Jô e com Gabriel Pereira (começou como titular) e Gustavo Mosquito, que entrou na segunda fase. A dupla Giuliano-Roger tem muito para crescer.
Empates empacam o Corinthians
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