Sem solução para o pós-Dudu, Abel pode voltar a agir como em 2020-21
Embora o Palmeiras tenha jogado o suficiente para obter um placar melhor do que a derrota por 1 a 0 para o Grêmio nesta quinta-feira, o maior problema de Abel Ferreira, olhando para a semifinal da CONMEBOL Libertadores contra o Boca Juniors (com transmissão exclusiva pela ESPN no Star+), continua: como substituir Dudu?
Quando o ídolo palmeirense se lesionou diante do Vasco, a opção do técnico foi simplesmente substitui-lo por Breno Lopes, cuja área de atuação neste ano é a mesma onde Dudu vinha jogando. Contudo, pelas limitações de Breno – e não pela confusão em que se meteu no jogo contra o Goiás –, essa não parece ser uma opção considerada pelo técnico português para encarar o Boca.
Já no primeiro jogo após a lesão de Dudu, contra o Deportivo Pereira-COL, Abel surpreendeu ao escalar três zagueiros de fato, desfazendo o esquema habitual com um lateral para realizar a saída de bola ao lado da dupla de zaga. A atuação alviverde naquele 0 a 0, porém, não empolgou, e a opção não voltou a ser utilizada.
Vieram, então, os jogos derradeiros antes de pegar o Boca, diante de Corinthians, Goiás e Grêmio. Nos três, ainda que alternando meia central ou centroavante titulares, Abel fez a mesma tentativa para substituir Dudu: inverteu Artur de lado, colocando-o pela esquerda, e deixou Mayke na vaga aberta pela direita, com Marcos Rocha inserido na lateral.
Não foram grandes atuações do Palmeiras, apesar de bons momentos diante do Grêmio. Artur caiu de rendimento com a nova função e, mesmo que essa seja uma opção possível diante do banco recheado de adolescentes do qual dispõe, é improvável que Abel Ferreira esteja plenamente convencido desta solução.
Abel foi, em 2020 e 2021, um técnico que rotineiramente surpreendia na escalação de sua equipe. Era olhando para as valências e fragilidades dos adversários que o treinador determinava a escalação do Palmeiras, cuja possibilidade de previsão dos 11 iniciais era, portanto, missão das mais complicadas.
As coisas mudaram na reta final de 2021 e, mais precisamente, a partir da decisão da Libertadores contra o Flamengo. Em 2022, o futebol do Palmeiras ficou mais fluido, e acertar o time titular que Abel escalaria (quando disposto a usar os melhores) se tornou barbada. Mesmo após as saídas de Danilo e Scarpa, não vinha sendo difícil, porque seus substitutos – Menino e Artur – foram rapidamente definidos.
Com a grave lesão de Dudu, tudo mudou.
Já não é mais tão óbvio acertar o time que enfrentará o Boca Juniors na próxima quinta-feira, ainda que a opção pelos jogadores mais experientes para um confronto tão pesado possa apontar mesmo para o quarteto ofensivo formado por Mayke-Veiga-Artur-Rony.
Vale lembrar, porém, que foi o mesmo Abel Ferreira, também na Argentina, em 2020, a surpreender torcedores e jornalistas e escalar os garotos Patrick de Paula, Gabriel Menino e Danilo – então em outro estágio de suas carreiras – para enfrentar o River Plate, num jogo que acabou em impressionantes 3 a 0 para o Palmeiras.
Com Endrick, Kevin, John John e e Luis Guilherme como alternativas no banco de reservas, se optar por voltar a surpreender numa escalação como fazia em 2020 e 2021, Abel terá que voltar a escalar adolescentes.
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