Como foi estar a 10 metros de Abel em uma noite que ele só errou no Palmeiras, e o Atlético-MG não aproveitou
Nesta terça-feira, no primeiro jogo da semifinal da Libertadores contra o Atlético-MG, o blog acompanhou os 90 minutos do confronto bem atrás do banco de reservas do Palmeiras.
Parecia que seria intenso acompanhar o comportamento do técnico português Abel Ferreira.
Acabou sendo decepcionante em todos os sentidos.
O tão esperado duelo entre dois dos três melhores times do Brasil teve um nível sofrível.
E muito por culpa do comandante alviverde. Abel escalou mal, seu time foi covarde e ainda teve a atitude de na primeira rodada de substituições sacar Dudu para apostar em Deyverson.
Sorte sua que o Atlético-MG não aproveitou até um pênalti, e a disputa por uma vaga na final em Belo Horizonte está aberta depois do empate sem gols no Allianz Parque.
Abel começou de forma mais contida que Cuca. O técnico atleticano começou o jogo já no limite da área permitida para os treinadores. O palmeirense só deixou o banco depois de 70 segundos.
Logo aos 6 minutos, quando o juiz marcou uma falta perigosa para os mineiros, Abel se conteve e nada reclamou. Na cobrança, se agachou e mostrou alívio quando Hulk acertou a barreira.
O jogo ficava cada vez mais ríspido. Mas Abel exalava calma. Membros da comissão técnica alviverde nas arquibancadas reclamavam enquanto o português seguia calado.
Quando Roni finalizou de forma bisonha um contra-ataque, o treinador se conteve na lamentação.
O mesmo não aconteceu no lance seguinte, quando Guilherme Arana chutou cruzado e quase abriu o placar. Abel bateu as mãos com força. Parecia a senha para o estilo zen acabar.
Roni era o principal alvo das instruções.
Por 17 minutos, nenhuma reclamação contra a arbitragem. Até Zé Rafael sofrer falta. Abel ficou pedindo cartão para o quarto árbitro.
Não seria no dia que tive a chance de estar a10 metros de Abel Ferreira em um jogo decisivo que ele resolveria ter um comportamento de monge.
A primeira grande explosão aconteceu aos 23 minutos, quando Zaracho parou com falta Dudu. Antes mesmo do juiz mostrar o amarelo, o treinador palmeirense enfurecido gritava em direção ao pobre quarto árbitro.
Demorou ainda a primeira dura recebida de Patricio Loustau, o argentino que apitava o jogo. Aos 30 minutos, ele mandou Abel se acalmar. Teve sucesso desta vez.
Curioso fiquei para saber o que havia no papel que o português mostrou a Roni aos 38 minutos.
Para quem se acostumou a ver o treinador palmeirense esbravejar a qualquer lance, foi surpreendente vê-lo imóvel quando Gustavo Gomez fez pênalti em Diego Costa.
Quando Hulk errou a cobrança e acertou a trave, os reservas palmeirenses comemoraram com muito mais euforia que Abel.
Depois da mediocridade palmeirense do primeiro tempo, se esperava que Abel mudasse o time e também sua passividade.
Nada de alterações, assim como seu comportamento, muito mais comedido que o normal.
Abel falava pouco, o que amenizava a frustração de ser muito difícil escutá-lo pelo barulho infernal do sistema de som do Allianz Parque.
Quando resolveu mudar, pouco antes dos 20 minutos, os auxiliares falaram mais com Deyverson e Wesley. Imagino o que Dudu pensou quando viu que era um dos substituídos.
Mas a noite não parecia a do jogo mais importante até agora na temporada para o Palmeiras.
Abel alternava momentos sentado no banco com outros agachado na área técnica. Muitas vezes era seu auxiliar que dava os comandos com mais energia.
Para quem esperava um grande jogo e fazer um relato mais saboroso de Abel pela chance da proximidade em um estádio vazio, a noite foi uma enorme decepção.
Como foi estar a 10 metros de Abel em uma noite que ele só errou no Palmeiras, e o Atlético-MG não aproveitou
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