Ceni acerta nos 'anos difíceis' do São Paulo, mas ele está lá para ajudar a resolvê-los, não para dizer o óbvio

Paulo Cobos
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Rogério Ceni, o maior ídolo da história do São Paulo, fez um duro e preciso diagnóstico do momento do clube após o empate, sem gols, contra o Athletico-PR em um Morumbi quase lotado.

"O São Paulo ganhou 9 de 34 partidas, não é de agora que os problemas vêm. Qual foi a sequência de vitórias que o São Paulo teve no campeonato como um todo? Acho que está na hora de todo mundo entender a realidade do clube. Vai ser um final de ano difícil e serão anos difíceis para o São Paulo, com qualquer profissional que esteja aqui e qualquer diretoria. As dificuldades existem e têm que ser explicadas para o torcedor porque ele vai ter que ajudar, ser paciente, ajudar muito. É um momento crítico da história do clube, acreditem no que estou falando pra vocês. Para quem viveu aqui 26 anos, voltando agora, pelos últimos 31 anos, é um momento crítico, difícil", desabafou.

Ceni comanda empate do São Paulo no Morumbi
Ceni comanda empate do São Paulo no Morumbi Rubens Chiri / saopaulofc.net

Pena, para Rogério Ceni, que ele não foi contratado para apontar os problemas do São Paulo, que aliás são bastante óbvios há muitos anos.

Ele está de volta para o Morumbi para ajudar a resolver os problemas do clube, pelo menos dentro de campo. E até agora, somando as suas duas passagens pelo clube como treinador, ele fez muito pouco para isso.

Verdade que nesta segunda passagem ele venceu os clássicos contra Corinthians e Palmeiras (contra o alviverde ajudado pela escalação bizarra de Abel Ferreira).

Mas acumula jogos medíocres, e ter como meta escapar do rebaixamento é muito pouco em um Brasileiro em que até nove clubes podem ir para a Libertadores.

Não dá para dizer que o elenco do São Paulo é pior que o de Cuiabá, Ceará e Fortaleza.

Parabéns a Ceni por apontar como o São Paulo apodreceu. Mas o clube quer dele mais do que palavras.


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Renato sabe o que é ter Suárez no Grêmio; Coudet não tem ideia do que é ter Hulk no Atlético-MG

Paulo Cobos
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Luis Suárez e Hulk têm a mesma idade: 36 anos.

Ambos tiveram carreiras de muito sucesso. O uruguaio, claro, um patamar acima.

Hoje, estão no futebol brasileiro. Hulk virou ídolo no Atlético-MG desde que chegou, em 2021. Suárez foi contratado este ano, mas já conquistou a torcida do Grêmio.

Os dois estão longe da melhor condição física, exauridos pela maratona de jogos insana até para garotos de 20 anos.

Nesta quarta-feira, por motivos diferentes, os dois foram personagens em jogos decisivos das oitavas de final da Copa do Brasil.

Eduardo Coudet e Hulk durante partida do Atlético-MG
Eduardo Coudet e Hulk durante partida do Atlético-MG Tiago Trindade/Photopress/Gazeta Press

Hulk foi um dos "vilões" da eliminação do Atlético-MG diante do Corinthians, perdendo outro pênalti. Suárez um dos heróis da classificação do Grêmio contra o Cruzeiro, armando a jogada do gol da vitória dos gaúchos.

Mas a grande diferença entre Hulk e Suárez foi como seus treinadores os trataram nesse dia.

Renato Gaúcho soube valorizar seu craque

"Eu bati palmas para o grupo no vestiário, mas pedi para o grupo bater palmas para o Suárez, que hoje, mais do que nunca, deu um exemplo para a garotada. É um cara de um caráter muito grande, que gosta de ganhar, gosta de jogar. Estava com muitas dores musculares, quase não entrou em campo, entrou praticamente no sacrifício e foi importante a presença dele em campo, inclusive fez a jogada do gol. Mais do que ninguém está de parabéns porque se superou, em termos de dores, nos ajudou. É um exemplo para o grupo dentro do campo. Estão todos de parabéns."

Em um misto de empáfia pela vantagem do primeiro jogo com pura ignorância sobre o Corinthians em Itaquera, o argentino Coudet resolveu deixar Hulk no banco de reservas no primeiro tempo contra o Corinthians.

O atacante deixou claro que tinha condições de jogar. Coudet justificou sua ausência no time titular com um argumento bizarro.

"Como sempre falo, tentamos olhar quem chega melhor. Alguns jogadores tinham muita minutagem. Tínhamos planejado dar descanso para o Hulk contra o Coritiba, mas não pudemos pelo desfalque do Paulinho. Então o Hulk vinha jogando o tempo todo".

Não é possível um treinador dar mais importância para um jogo da sétima rodada do Brasileiro, contra um dos piores times da competição, do que para um duelo decisivo de uma competição eliminatória na casa de um rival tradicional como o Corinthians

Renato sabe o que é ter um craque no elenco. Coudet, pelo jeito, não.



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Só existe um lugar onde Neymar pode ganhar dinheiro, jogar em alto nível e curtir a vida ao mesmo tempo: um clube brasileiro

Paulo Cobos
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Neymar não vai vai abrir mão de curtir a vida adoidado para focar na sua carreira. É sua opção definitiva.

Demonstrou isso novamente esta semana, ao trocar a festa do título francês do PSG por um passeio no GP de Mônaco e ao anunciar sua presença em um Cruzeiro marítimo pelo litoral brasileiro no final do ano.

O PSG não quer mais Neymar. E isso inclui Mbappé, os donos do time e, principalmente, a torcida do clube.

Ao dizer que vai ser tipo um capitão de barco em festão de 4 dias, deixa claro que não faz questão alguma de jogar na Premier League, que tem rodadas de grandes jogos, o Boxing Day, justamente no período do "Cruzeiro do Ney".

Neymar comemora a conquista do ouro no futebol dos Jogos Olímpicos do Rio-2016
Neymar comemora a conquista do ouro no futebol dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 Tim Clayton/Corbis via Getty Images

As opções de jogar em alto nível na Europa vão ficando reduzidas para Neymar.

Claro que ele pode ganhar um caminhão de dinheiro em países árabes. Mas lá a vida não vai ser divertida como ele faz questão de ter.

Nos EUA, os salários não são tão altos, e o nível não é lá essas coisas.

Sejamos francos.

Só existe um lugar em que Neymar pode ganhar muito dinheiro (embora menos que na Europa ou no Mundo Árabe), jogar competições importantes e ainda poder curtir a vida ao mesmo tempo: um clube brasileiro.

Na sua terra, o craque teria toneladas de patrocínios para turbinar um salário que já seria milionário. Disputaria Brasileiro, Libertadores e não deixaria os holofotes. E estaria perto de suas mansões em praias espalhadas pelo litoral. Seria mais fácil marcar o "Ney em alto mar" saindo de um porto do país. E festejar.

Algum clube brasileiro se candidata?

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Pato, Marinho, Vidal, David Luiz, Paulinho, etc: no Palmeiras, eles não serviriam

Paulo Cobos
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O atual elenco do Palmeiras, o mais forte do país, tem uma característica rara no futebol brasileiro. Se não for inédita.

Tirando os dois principais goleiros, Marcelo Lomba e Weverton, nenhum dos quase 30 atletas que formam o grupo principal palmeirense chegou ao clube quando já tinham ultrapassado os 30 anos de vida.

Há muito tempo a diretoria palmeirense instituiu uma política de só investir em jogadores de fora, com raras exceções, que tenham, no máximo, 25 anos.

O Palmeiras tem paciência para preparar atletas que chegam mais jovens para depois se tornarem estrelas, com Raphael Veiga e Rony.

E aproveitar muito a categoria de base.

Bem diferente da maioria esmagadora dos outros grandes clubes brasileiros.

Marinho (esq) e Vidal comemoram gol do Flamengo sobre o Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro de 2022
Marinho (esq) e Vidal comemoram gol do Flamengo sobre o Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro de 2022 Thiago Ribeiro/Agif/Gazeta Press

Isso vale para quem tem muito dinheiro, como o Flamengo, como para quem apela a veteranos por muitas vezes serem mais baratos ou sem a necessidade do pagamento de multas rescisórias para outros clubes.

O Flamengo acertou com alguns poucos veteranos, mas colhe fracassos retumbantes com outros que custam milhões, como Vidal, 36, e Marinho, 33.

O Corinthians montou um time caro e cheio de trintões, e é um grande fracasso.

Quem também agora resolveu trazer veteranos, mesmo com uma ótima fase, é o São Paulo, que já contratou Alexandre Pato, 33, e negocia com o mesmo Marinho.

A questão é não ser contra jogadores mais velhos. O Fluminense está aí para mostrar que eles podem sim funcionar.

Mas jogar muitas fichas neles é um erro. Não jogar nenhuma neles, como o Palmeiras, é muito mais prudente.

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Acredito que Abel Ferreira quer mudar futebol brasileiro; não acredito que um dia ele deixará de ser mal-educado em campo

Paulo Cobos
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Acredito 100% que Abel Ferreira, o mais vitorioso treinador na América do Sul, tem um desejo genuíno de mudar o futebol brasileiro. 

Seu plano de 5 mudanças que o país deveria introduzir faz todo sentido, e o futebol jogado aqui mudaria de patamar se ele fosse cumprido.

Também acredito que o português não faz isso pensando apenas no Palmeiras. Faz isso com a real fé que as mudanças seriam boas para todas.

Abel Ferreira também fez outro desejo de mudança. Nesse caso, pessoal.

Abel Ferreira durante jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG
Abel Ferreira durante jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG Cesar Greco/Palmeiras

Em março de 2022, no programa Roda Viva, da TV Cultura, o treinador admitiu sentia "vergonha" por ver seus seguidos atos de indisciplina na beira do campo.

"Sim, se eu quero ser um melhor treinador, tenho que melhorar isso. Tenho noção disso. Eu sei que tenho que melhorar. Há jogos que fico tranquilo. Quando eu fico puto é quando o árbitro erra. Eu entendo, ele pode cometer erros, como eu cometo, mas eu sou muito exigente com o árbitro. Eu tenho que melhorar isso. Não acontece sempre, mas tenho que melhorar isso", disse o comandando palmeirense.

Mais um ano depois, nada mudou.

Abel segue reclamando da arbitragem em um tom muito acima do normal. Continua recebendo cartões, quase todos totalmente merecidos, e desfalcando o Palmeiras com frequência.

Sua falta de tato com com a imprensa chegou no ponto mais lamentável neste domingo, quando arrancou o celular das mãos de um jornalistas que estava ali simplesmente fazendo seu trabalho.

Seu pedido de desculpas não me convenceu.

Abel Ferreira precisa aprender a conviver com o contraditório. Que a pessoa que não pensa como ele não é um inimigo.

Que até um erro de arbitragem banal não pode ser motivo de uma explosão com tanta raiva.

Mais fácil Abel mudar o futebol brasileiro que ele deixar de ser mal-educado.

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'Joga a bola na casa do c...': não é difícil entender porque Luxemburgo é passado e Diniz o presente

Paulo Cobos
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Fernando Diniz foi jogador de Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras nos anos 90.

Quase 30 anos depois, os dois se reencontram neste domingo, quando o Corinthians de Luxemburgo recebe o Fluminense de Diniz.

O tricolor aprendeu com Luxemburgo quando ele estava no auge e se transformou em um dos melhores treinadores brasileiros.

Pena que Luxemburgo desaprendeu e hoje é uma verdadeira caricatura.

Fernando Diniz e Luxemburgo durante treino do Palmeiras, em 1996
Fernando Diniz e Luxemburgo durante treino do Palmeiras, em 1996 Acervo/Gazeta Press

Antes de ser tirado pelo limbo pela desnorteada diretoria corintiana, Luxemburgo resolveu implicar com o estilo de Fernando Diniz.

Em fevereiro passado, no programa "Filhos da Pauta", da Rede98, o veterano afirmou que Diniz só se tornaria um técnico top se conquistasse títulos (isso foi antes do Fluminense ganhar o Carioca).

Para Luxemburgo, isso aconteceria apenas se os jogadores de Diniz fossem "rebeldes" e não aceitassem sua ordem de "sempre" sair jogando.

'Joga a bola na casa do c...', sugeriu Luxemburgo a Diniz.

Muita gente acha que a boca suja e o jeito boleirão de Luxemburgo têm seu charme. Desde que seja no time adversário.

Luxemburgo, pena, não percebeu que o futebol mudou, tanto dentro quanto fora de campo.

O contrário de Fernando Diniz. Mesmo antes de ganhar títulos, Diniz é o presente, o moderno, mesmo cometendo erros.

Luxemburgo é o passado, que deve ser lembrado com reverência pelo brilhantismo que teve na carreira.

Hoje, é só um falastrão sem graça para o corintiano.


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Falta bola, sobra sufoco contra 'times de bairro': Corinthians e Flamengo são piores brasileiros na Libertadores

Paulo Cobos
Paulo Cobos

O Internacional também é candidato. Mas, até agora, Corinthians e Flamengo, cada um com seu tamanho atual, são as maiores decepções do futebol brasileiro na Libertadores-23.

Falta bola e sobra sufoco contra "times de bairros" na primeira fase da competição sul-americana.

Tirando o Racing, rival flamenguista, os outros cinco adversários dos dois clubes mais populares do Brasil são todos times de cidades pequenas ou "clubes de bairro", como são chamadas as equipes modestas das capitais sul-americanas.

Clubes de orçamento irrisórios.

Vanderlei Luxemburgo e Jorge Sampaoli têm enfrentado dificuldades em seus inícios de trabalho
Vanderlei Luxemburgo e Jorge Sampaoli têm enfrentado dificuldades em seus inícios de trabalho Arte/ESPN

O Aucas, que já ganhou do Flamengo, tem uma arrecadação prevista de U$ 6 milhões para toda temporada de 2023. Isso é o equivalente ao que Flamengo arrecada em menos de duas semanas.

O Liverpool uruguaio, que tem a mesma pontuação do Corinthians no Grupo E, tem um gasto mensal com todo seu elenco que não chega a R$ 1 milhão, menos do que alguns jogadores corintianos recebem a cada 30 dias.

Corinthians e Flamengo sofrem contra times sem dinheiro e sem torcida. Jogam como visitantes em estádios vazios.

O Flamengo certamente vai avançar para a segunda fase da Libertadores. Tem dois jogos em casa.

No caso do Corinthians, a vaga ainda é possível, mas com o futebol que joga o time de Vanderlei Luxemburgo ganhar do Independiente del Valle como visitante tem ares de façanha.

De qualquer forma, os dois terão dificuldade para explicar a seus torcedores tamanha mediocridade na primeira fase da Libertadores-23.


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Ronaldo, Messi, Neymar, Mbappé, Vinicius Jr.: 5 super craques que precisam, urgente, mudar de clube

Paulo Cobos
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Ronaldo, Messi, Neymar e Mbappé, por essa ordem, são os 4 jogadores de futebol mais seguidos no Instagram. Juntos, têm quase 1,5 bilhão de seguidores.

Alterando apenas as posições do brasileiro e do francês, são também os 4 futebolistas que mais faturaram no último ano, segundo estudo da revista "Forbes". 

Juntos, tiveram ganhos de US$ 471 milhões, ou inacreditáveis R$ 2,35 bilhões.

Não duvido que Vinicius Jr. forme logo um quinteto com os outros quatros na lista de jogadores mais seguidos e bem pagos do planeta.

Neymar e Vinicius Jr. comemoram em Brasil x Coreia do Sul, na Copa do Mundo do Qatar
Neymar e Vinicius Jr. comemoram em Brasil x Coreia do Sul, na Copa do Mundo do Qatar Getty Images

Pelo seu carisma e futebol, ele tem tamanho para se igualar a Ronaldo, Messi, Neymar e Mbappé.

Pena que fama e dinheiro não façam os cinco felizes em seus clubes atuais.

O português pode estar ganhando rios de dinheiro na Arábia Saudita. Mas joga um campeonato medíocre e longe dos holofotes, o que é terrível para seu ego. Seu nervosismo em campo deixa claro sua infelicidade

Messi já decidiu que não vai ficar no PSG. Bastaram dois anos para o argentino perceber que o PSG não era o melhor lugar para ele. O projeto de buscar a Champions virou um pesadelo, com direito até a xingamentos e vaias.

Que o segundo maior jogador da história desta vez escolha melhor em que clube vai jogar.

Neymar é ainda mais odiado pela torcida do PSG. Seus seis anos em Paris foram um tempo perdido precioso para o clube e para ele.

Poucas vezes um jogador de futebol fez um burrice tão grande como o brasileiro ao trocar o Barcelona pelo PSG.

O brasileiro ainda precisa suportar seu nome sendo especulado em tantos clubes e nada acontecer, como no caso atual com o Manchester United.

Mbappé enfim poderia ser o dono do PSG com as saídas de Messi e Neymar.

Mas também percebeu que não é no novo rico clube francês que pode ganhar múltiplas Champions e troféus de melhor do mundo.

Segundo a imprensa francesa, ele pensa em abreviar seu contrato milionário com o PSG.

Esportivamente, Vinicius Jr. é o único que não tem motivo para mudar de clube.

Está em fase estupenda no maior clube do mundo.

Mas é o que tem mais motivos para estar triste. O racismo dói mais do que qualquer frustração dentro de campo.


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Daronco, Landim, Gabriel Menino: CPI das Apostas prometer ter show de horrores

Paulo Cobos
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Se depender da investigação que será feita na Câmara dos Deputados, em Brasília, o escândalo das apostas no futebol brasileiro pode ter seu capítulo de show de horrores.

Nesta terça-feira, serão votados em Brasília os requerimentos de convocações de pessoas para depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Na lista de pedidos, surgiu logo de cara um absurdo.

Chamar o palmeirense Gabriel Menino para depor por um passe errado, que algum idiota achou que fosse sinal que ele estaria comprado, é o absurdo dos absurdos.

Mas ele não é um caso único que demonstra que alguns deputados querem mais holofote do que realmente investigar de verdade.

Anderson Daronco durante jogo entre São Paulo e Palmeiras, pela Copa do Brasil
Anderson Daronco durante jogo entre São Paulo e Palmeiras, pela Copa do Brasil Cesar Greco/Ag Palmeiras

Entre os pedidos de convocação, estão nomes que pouco vão acrescentar.

Um deputado do Rio convocou os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, do Fluminense, Mario Bittencourt, e do Botafogo, Durcesio Mello.

A justificativa para convocação: "colher informações sobre contratos de patrocínios firmados com empresas de apostas esportiva, que contribuirão substancialmente para o desenvolvimento dos trabalhos desta CPI".

O deputado que apresentou o requerimento só deixou de fora, entre os grandes cariocas, o presidente do Vasco, seu time de coração, segundo o colunista Alcelmo Gois, do jornal "O Globo".

O mesmo parlamentar também resolveu levar para a Brasília o mais midiático árbitro brasileiro, com nenhum envolvimento no caso.

Anderson Daronco está na lista de requerimentos que será votada nesta terça-feira.

A justificativa para seu chamado é ainda mais tosca: "colher com seu depoimento informações que contribuirão substancialmente para o desenvolvimento dos

trabalhos desta CPI".

Acredito que existam deputados sérios na CPI das Apostas.

Mas investir no circo só vai desacreditar a investigação.


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Não basta o racismo: Espanha quer decretar como preto deve se comportar no futebol

Paulo Cobos
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Antes de mais nada, não concordo que a Espanha é um país racista.

O que existe lá é uma porção, grande, de pessoas racistas, preconceituosas, como em tantos países do mundo, incluindo o Brasil.

Não sei dizer se no futebol o racismo na Espanha é maior do que em outras áreas da sociedade. Mas é evidente que é o mais latente, o que causa mais repercussão, principalmente em outros países.

E, no caso do futebol, não há como fugir: a Espanha é totalmente conivente com o racismo.

Vinicius Jr. se revolta após ser vítima de racismo durante Valencia x Real Madrid, por LaLiga
Vinicius Jr. se revolta após ser vítima de racismo durante Valencia x Real Madrid, por LaLiga Mateo Villalba/Quality Sport Images/Gett

Clubes, Liga, a federação nacional, imprensa, governo e jogadores (incluindo pretos). Todos tratam a perseguição cruel a Vinicius Jr. como algo corriqueiro, que não exige medidas drásticas para mudar a situação.

Entre tantas cretinices que se fala na Espanha sobre Vinicius Jr., uma me chamou atenção (nem vale lembrar o autor).

Algo como antes do brasileiro "essas coisas não aconteciam aqui".

Não bastasse ser conivente com o racismo, o futebol espanhol agora quer decretar como jogadores pretos devem se comportar em campo.

Vinicius Jr. incomoda a Espanha por não se calar sobre o racismo. Por ter coragem de escrever em rede social para milhões de seguidores que o país é racista. Que tem peito para encarar cartolas poderosos. Por ser capaz de apontar o dedo para racistas nas arquibancadas. Por ter a visão que o futebol espanhol vai entrar em decadência se não encarar o racismo de frente.

Para o pensamento podre de parte da Espanha, jogador preto pode jogar nos clubes do país. Mas que não "ouse" contestar qualquer coisa.

Jogador preto só serve se não abrir a boca para mostrar o que é certo para os espanhóis. 

Por tudo isso, a Espanha não merece mais ter Vinicius Jr.




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'Merecer e jogar de igual para igual' contra o Flamengo nessa hora não resolve: Corinthians afunda na zona do rebaixamento

Paulo Cobos
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Para um time que está no buraco, como é o Corinthians, não dá para jogar a responsabilidade em garotos que não estão prontos, ainda mais com um elenco caríssimo como é hoje o do clube alvinegro.

Vanderlei Luxemburgo enfim percebeu isso,  e escalou um time basicamente de veteranos no Maracanã neste domingo, contra o Flamengo,

E funcionou. O Corinthians fez a melhor atuação sob seu comando. Se tivesse um centroavante com mais talento que Yuri Alberto, poderia ter feito pelo menos dois gols e saído com a vitória. Levou um gol no final e perdeu outra vez, mergulhando na zona de rebaixamento do Brasileiro.

Adson (esq), do Corinthians, e Gerson, do Flamengo, disputam jogada
Adson (esq), do Corinthians, e Gerson, do Flamengo, disputam jogada Thiago Ribeiro/Agif/Gazeta Press

Para o corintiano, foi um domingo para lembrar o quanto o clube é grande.

Mas, nessa hora, não adiante "merecer" e "jogar de igual para igual" contra o Flamengo.

Se Luxemburgo acertou, Jorge Sampaoli só errou.

Sem Everton Ribeiro e Arrascaeta, o Flamengo foi de um marasmo criativo constrangedor.

Não é possível o elenco mais caro do país ser dominado em boa parte do jogo por um rival que acumulava tantos fracassos na temporada.

Sampaoli escalou mal, demorou para mexer e ainda fez substituições equivocadas.

Teve uma vitória com uma atuação tenebrosa.

Pior que o que aconteceu contra o Corinthians não é um ponto fora da curva no seu trabalho no Flamengo.

Até agora, seu trabalho é uma grande decepção. E nem tantos pelos resultados.

O flamenguista esperava que o time embalasse com o treinador argentino. Mas isso não acontece. 

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'Pago o preço'? Corinthians e Flamengo são as vítimas da 'falta de descanso' de Vítor Pereira, não ele

Paulo Cobos
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Vítor Pereira quebrou o silêncio depois da sua breve passagem pelo Flamengo, que assumiu dias após sair do Corinthians dizendo que precisava de tempo para cuidar da saúde da sogra.

Em Portugal, ele diz estar sofrendo pelo que aconteceu na sua carreira nos últimos meses.

“Passei do Corinthians para o Flamengo, um clube com 40 e tal milhões [de torcedores], outro clube com 50 e poucos milhões. É muito milhão junto [risos], com algumas guerras também no meio, e sinceramente não foi fácil. Também descansei muito pouco de um projeto para o outro e paguei um preço. Aliás, ainda estou pagando este preço”.

O técnico português Vítor Pereira no comando de Flamengo e Corinthians
O técnico português Vítor Pereira no comando de Flamengo e Corinthians ALEXANDRE NETO/PHOTOPRESS/Gazeta Press |

Não duvido que Vítor Pereira passou por momentos tensos. Mas, se colocar como a grande vítima pela presepada que ele mesmo causou, é demais.

As grandes vítimas da falta de palavra do treinador português foram os dois clubes mais populares do país.

O Corinthians foi tolo ao achar que ele seguiria no clube em 2023. Quando ficou sem VP, perdeu o rumo e hoje é forte candidato ao rebaixamento no Brasileiro.

Se no clube paulista o treinador ainda fez um trabalho razoável, no Flamengo se demonstrou de uma incompetência atroz. 

Não conquistou nenhum dos quatro títulos que disputou. Destruiu o time multicampeão com Dorival Jr. Deixou uma herança terrível para Jorge Sampaoli.

E não custa lembrar. Depois de menos de quatro meses de trabalho, como previa o contrato, Vítor Pereira recebeu uma indenização de R$ 15 milhões do Flamengo por sua demissão.

Com esse dinheiro no banco, fica mais fácil "descansar e pagar o preço".


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Dizer que sucesso de Dorival Jr. acontece por 'fazer o simples' é burrice

Paulo Cobos
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Em 2022, Dorival Junior assumiu um Flamengo que era uma bagunça com o português Paulo Sousa. Acabou campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Fez até o time B do rubro-negro encantar. Foi o único treinador flamenguista que consegui sucesso ao juntar Pedro e Gabigol. Mas foi demitido no final do ano.

Depois de meses desempregado, Dorival foi chamado pelo São Paulo para substituir Rogério Ceni e suas administração de elenco caótica. O são-paulino temia o rebaixamento.

Oito jogos depois, ainda não perdeu, está perto do mata-mata da Sul-Americana e das quartas de final da Copa do Brasil. A posição no Brasileiro é longe da zona do rebaixamento.

Dorival Jr., técnico do São Paulo
Dorival Jr., técnico do São Paulo Rubens Chiri / saopaulofc.net

Dorival faz Marcos Paulo, que não servia para Simeone no Atlético de Madrid e para Ceni, seu artilheiro no São Paulo.

A defesa tricolor é uma fortaleza, com apenas dois gols sofridos nos oito jogos sob o comando de Dorival.

O São Paulo não tem time para brigar pelos títulos mais importantes, como o Flamengo. Mas tudo caminha para Dorival ter um novo trabalho de muito sucesso.

E lá vem um monte de torcedor, da imprensa e até jogadores dizendo que o treinador têm êxito por fazer o "simples", um "arroz com feijão".

Dorival tem um perfil que não combina com os treinadores do tal "nó tático" de um jogo e dez partidas ruins.

Problemas complexos, como eram o Flamengo de Sousa e o São Paulo de Ceni, não têm soluções simples.

Se fosse o contrário, bastava chamar um robô de inteligência artificial para solucionar os problemas de um time de futebol.

Dorival só é simples ao falar nas suas entrevistas. Didático, realista. Vanderlei Luxemburgo deveria assistir a todas e parar de falar tantas besteiras depois dos jogos do Corinthians.

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Sampaoli x Diniz, timaços e má educação: Fla-Flu é o maior clássico do Brasil

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Na história, não tenho ideia sobre qual é o maior clássico do futebol brasileiro.

Mas, em 2023, não tenho dúvidas: Fla-Flu é a maior rivalidade estadual do país.

Começando pelo fato que em nenhum outro caso dois rivais de cidade têm hoje times tão próximos tecnicamente e em alto nível como rubro-negros e tricolores.

Nenhum duelo do futebol brasileiro atualmente vai opor dois treinadores tão inquietos e inovadores como são Jorge Sampaoli e Fernando Diniz.

Assim como em outros clássicos cariocas, o Fla-Flu não tem a idiotice da torcida única ou dos visitantes com uma parcela ínfima dos ingressos. As arquibancadas tornam o duelo dos gigantes cariocas ainda mais apaixonante.

Gabigol e Felipe Melo disputam bola na partida entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã, pelas oitavas de final da Copa do Brasil
Gabigol e Felipe Melo disputam bola na partida entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã, pelas oitavas de final da Copa do Brasil Wagner Meier/Getty Images

Tanta temperatura faz com que o Fla-Flu seja hoje um dos recordistas de má educação entre os grandes clássicos brasileiros.

Gabigol e Felipe Melo ficam pilhados muito acima do que deveria ser o normal, com entradas desleais e excesso de reclamações.

Dirigentes dos dois clubes trocam farpas e até partem quase para agressão com troca de palavrões impublicáveis, como nesta terça-feira no primeiro jogo das oitavas de final da Copa.

Se tivesse dinheiro para comprar ingresso apenas para um clássico brasileiro, não hesitaria: Fla-Flu.



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Sampaoli x Diniz, timaços e má educação: Fla-Flu é o maior clássico do Brasil

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'É possível amar ainda mais esse homem?': Firmino prova no Liverpool que caráter vale tanto quanto bola para virar ídolo

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Foi emocionante. De saída do Liverpool, deixa o clube no final desta temporada, o brasileiro Roberto Firmino nem entrou em campo na vitória contra o Leicester, nesta segunda-feira.

Mas, ao final do jogo, foi ovacionado pela torcida e por companheiros de equipe. Ouviu belas palavras das arquibancadas:

Roberto Firmino é homenageado pela torcida do Liverpool
Roberto Firmino é homenageado pela torcida do Liverpool Daniel Chesterton/Offside/Offside via Ge

"O melhor do mundo

O nome dele é Bobby Firmino

Nosso número 9

Dê a ele a bola e ele marcará toda vez

Sim, senhor

Dê a bola para Bobby e ele marcará."

Vendo cena tão linda, lembrei de uma manchete do principal jornal de Liverpool em 2018, quando se tornou público que Firmino pagou uma rodada de chope para 200 pessoas em um bar de Maceió, onde nasceu.

'É possível amar ainda mais esse homem?'

Não foi por pagar rodada de chopes que Firmino virou ídolo da torcida de um clube tão especial como o Liverpool

Sua genuína simpatia conta, além, claro dos 109 gols, 79 assistências e seis títulos que conquistou em sete anos de clube.

Firmino virou um ídolo histórico do Liverpool pelo seu caráter.

Foi tão profissional como titular absoluto quanto nos tempos de reserva e seguidas contusões.

Respeitou a camisa do clube sempre. Colocou o grupo sempre na frente de recordes pessoais.

Como é bom ser possível amar tanto um jogador como Roberto Firmino.

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Bom e barato: Ronaldo dá aula de como escolher treinador no Cruzeiro

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Depois da saída de Cuca, o Corinthians quebrou a cabeça para encontrar um treinador. Dentro e fora do clube, era comum ouvir que faltavam opções. O escolhido acabou sendo Vanderlei Luxemburgo, em franca decadência.

A diretoria corintiana deveria aprender com um dos ídolos do clube: Ronaldo Fenômeno.

O dono do Cruzeiro pode dar aula de como fugir da mesmice e encontrar bons treinadores, e ainda gastando pouco com eles.

Desde que assumiu o clube, Ronaldo escolheu dois treinadores.

O primeiro era praticamente um anônimo. Mas o uruguaio Paulo Pezzolano, que tinha 38 anos quando chegou ao clube, sobrou na Série B e acabou com o longo pesadelo cruzeirense na segunda divisão.

Ronaldo 'Fenômeno' e Pepa conversam após treino do Cruzeiro
Ronaldo 'Fenômeno' e Pepa conversam após treino do Cruzeiro Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Quando ele saiu, nada de desespero e apelar a treinadores que só vivem do passado e pedem salários astronômicos.

Ronaldo trouxe o português Pepa, de apenas 42 anos e currículo modesto, mas que começou a entregar rápido, com cinco vitórias nos últimos seis jogos e um futebol acima do que o modesto elenco do Cruzeiro pode oferecer.

Treinador no Cruzeiro não ganha mais que o teto salarial do clube, de R$ 300 mil mensais, menos da metade do que a maioria dos outros clubes grandes pagam a seus treinadores.

Como todo bom dono de negócio deve fazer, Ronaldo delega decisões importantes a seus executivos: no caso de treinador, isso cabe a Paulo André, outro ex-jogador do Corinthians.

Quando assumiu, Pepa elogiou o processo de seleção que passou para ser contratado pelo Cruzeiro.

“Nunca fui tão vasculhado na minha vida. Mas isso também me deu a garantida de quem estava do outro lado, que sabem o que estão fazendo. A forma que entrevistado, ouvido, cada vez que acontecia, eu sentia que tinham feito o dever de casa bem feito.”

Elementar.

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Textor: precisou um americano para ensinar cartola brasileiro a como ser corajoso

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Depois da quinta rodada, o Brasileiro-23 tem, entre os seis melhores colocados, cinco times com treinadores que trabalham no clube há pelo menos um ano.

Abel Ferreira, no Palmeiras, Luís Castro, no Botafogo, Fernando Diniz, no Fluminense, e Juan Pablo Vojvoda, no Fortaleza, sempre como treinadores. No Athletico-PR, Paulo Turra era braço direito de Felipão até o ano passado e assumiu o comando neste ano.

A exceção é o cruzeirense Pepa.

A manutenção de Abel, Diniz, Vojvoda e Turra é natural. Seus clubes ganharam títulos ou jogam muito acima da média do futebol brasileiro. Seria burrice extrema trocá-los.

John Textor, dono da SAF do Botafogo, e Luís Castro, técnico do Glorioso
John Textor, dono da SAF do Botafogo, e Luís Castro, técnico do Glorioso Vitor Silva/Botafogo

Bem diferente do que acontece com o português Luís Castro no Botafogo.

Hoje líder do Brasileiro com 100% de aproveitamento, Castro passou a maior parte do tempo no clube como o típico treinador que deveria perder o emprego pela falta de resultados mais consistentes.

Foi chamado de burro. Teve sua saída pedida em coro várias vezes. Viu um bando enfurecido invadir o centro de treinamento do Botafogo. Foi  massacrado quando usou garotos no Carioca.

Mas a sorte de Castro, e agora do torcedor do Botafogo, é que o clube hoje não tem um típico cartola brasileiro, que na primeira cornetada das arquibancadas ou da imprensa manda um técnico embora mesmo acreditando na sua capacidade.

Quando chegou, o americano John Textor, o dono do Botafogo, deve ter ouvido piadinhas infames que americano não entende nada de futebol.

Pouco mais de um ano de ter contratado e bancado Castro, é ele que deve estar rindo dos cartolas brasileiros.

Textor não pode só ensinar administração aos cartolas brasileiros. Já deu aula completa de como ser corajoso.

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O que Luxemburgo faz com garotos do Corinthians não é oportunidade, é crueldade

Paulo Cobos
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Vanderlei Luxemburgo não venceu nenhum dos três jogos que disputou na sua volta ao Corinthians. Mas seu incipiente trabalho tem uma marca: usar de forma quase obsessiva os garotos do Terrão.

Jogadores de 17, 18 ou 19 anos são lançados até como titulares para resolver a crise do clube que já dura anos.

No atual buraco corintiano, agravado com a derrota acachapante para o Botafogo nesta quinta-feira, isso não é oportunidade. É uma crueldade.

Vanderlei Luxemburgo, técnico do Corinthians, chega ao Estádio Nilton Santos para partida contra o Botafogo, pelo Brasileirão
Vanderlei Luxemburgo, técnico do Corinthians, chega ao Estádio Nilton Santos para partida contra o Botafogo, pelo Brasileirão Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians

Um dos quatro elencos mais caros do país, o Corinthians tem um treinador que acha que garotos que não estão prontos serão os salvadores da pátria.

Deixa medalhões no banco esperando que os meninos resolvam com um esquema tático que é uma bagunça, e joga nas costas de adolescentes a pressão de um clube em uma das piores crises técnicas e administrativas de sua história.

Em um clube do tamanho do Corinthians, garotos deveriam ser lançados aos poucos, não como um batalhão.

A obsessão de Luxemburgo pode fazer com que o clube desperdice jogadores muito talentosos.

Esse Corinthians de 2023 tem cara que só vai lutar contra o rebaixamento no Brasileiro. Não é justo que garotos paguem o preço de um eventual fracasso enquanto veteranos vivem a "tranquilidade" do banco de reservas.


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Com Abel, Palmeiras faz evaporar gastos e riqueza maiores do Flamengo

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Desde 2019, o futebol brasileiro tem um predomínio quase absoluto de Flamengo e Palmeiras (o Atlético-MG é ó único que ainda conseguiu protagonismo em termos nacionais).

Os dois clubes foram os que mais arrecadaram e também os que mais gastaram com futebol neste período.

Mas o Flamengo é mais rico e torrou mais com seu departamento de futebol, como mostram números compilados pela consultoria SportsValue.

Abel Ferreira comemora a conquista da Recopa Sul-Americana pelo Palmeiras
Abel Ferreira comemora a conquista da Recopa Sul-Americana pelo Palmeiras Cesar Greco/Palmeiras

Entre 2019 e 2022, o clube carioca teve receitas brutas de R$ 3,878 bilhões, contra R$ 3,001 bilhões do Palmeiras.

Para 2023, o Flamengo prevê faturamento de R$ 1,001 bilhão. O Palmeiras estima receitas de R$ 704 milhões.

Segundo a SportsValue, o rubro-negro gastou com seu futebol R$ 2,678 bilhões nos últimos quatro anos, ou R$ 400 milhões a mais que o alviverde.

Contabilizando todas as competições disputadas desde 2019, o Flamengo conquistou mais títulos que o Palmeiras: 11 a 9 é o placar.

Mas a coisa muda totalmente depois da chegada do técnico Abel Ferreira, no final de 2020. Desde que o português assumiu o Palmeiras, o clube tem absurdos oito títulos, contra 5 do Flamengo em igual período.

E nem vamos detalhar como em 2023 o Palmeiras é superior ao Flamengo.

Na competência, Abel Ferreira faz evaporar o dinheiro parrudo que o Flamengo fatura e gasta a mais que o Palmeiras.

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Com Abel, Palmeiras faz evaporar gastos e riqueza maiores do Flamengo

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Mais importante se Ancelotti vem ou não é futebol brasileiro sair do noticiário policial

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Costumo brincar com os jornalistas mais jovens que repórter que cobre futebol no Brasil é um sortudo.

Não basta apenas esmiuçar o jogo e o noticiário esportivo dos times. É preciso conhecer de tudo, de incêndios em centro de treinamentos a cabeludos casos de estupros cometidos por estrelas da modalidade.

O repórter que trabalha com futebol tem a chance de virar um profissional completo na prática em pouco tempo.

Policiais antes da final da Copa do Mundo 2014, entre Alemanha e Argentina
Policiais antes da final da Copa do Mundo 2014, entre Alemanha e Argentina FERNANDO DANTAS/Gazeta Press

O triste é que em 2023 o futebol brasileiro virou um grande caso de polícia como raras vezes na sua história.

Golpes de criptomoedas, novos e velhos casos de estupro, confrontos sangrentos combinados entre torcidas organizadas e a potencial bomba atômica para o futebol que é o escândalo de manipulação de resultados.

Tem algo muito errado quando o esporte mais popular do planeta é atração principal de programas policiais ou assunto de excelentes reportagens investigativas aos domingos no "Fantástico".

O mais importante para o futebol brasileiro não é pensar que clube vai ganhar a Libertadores. Ou saber se Carlo Ancelotti vai aceitar ou não a oferta da CBF para virar treinador da seleção.

A missão de todo o país é fazer o futebol deixar de virar assunto policial. Se nada for feito, ele vai agonizar por muito tempo.


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Se fosse sempre assim, Brasil poderia ser hexa: jogador subornado por apostadores deve ser banido do futebol

Paulo Cobos
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Sou daqueles que prisão deveria ser apenas por crimes contra a vida.

Então acho que existem punições alternativas e rigorosas, fora do plano esportivo, para quem tenha a culpa provada no escândalo de manipulações esportivas. Tanto para apostadores quanto jogadores que aceitaram dinheiro para mudarem o caminho natural de um jogo.

Não consigo imaginar nenhum atleta que aceitou o suborno atrás das grades.

Também acredito que todo ser humano, independente do crime cometido, tenha uma segunda chance para viver em sociedade.

Mas, no campo esportivo, não existe outra alternativa que não seja banir para sempre um jogador subornado, como até prevê o código disciplinar da CBF.

O futebol, com o cenário que chegou para ficar de patrocínios e negócios milionários com casa de apostas, precisa ser rigoroso ao extremo para não perder a credibilidade.

Impossível acreditar em um atleta ou árbitro que em algum momento aceitou dinheiro para manipular um resultado. Quem fizer isso uma vez não pode ter espaço no esporte.

Paolo Rossi em ação contra o Brasil na Copa de 1982
Paolo Rossi em ação contra o Brasil na Copa de 1982 Mark Leech/Offside/Getty Images

Se isso fosse sempre assim, até a história das Copas do Mundo poderia ser diferente.

Em 1980, Paolo Rossi, atacante italiano, foi condenado a 1 ano de prisão (mas não chegou a ser detido) e afastado dos gramados por 3 anos por seu envolvimento em um esquema de manipulação de resultados.

Pouco antes da Copa de 1982, a Justiça italiana diminuiu sua pena esportiva, e ele foi liberado para jogar o Mundial.

E fez três gols que eliminaram a brilhante seleção de Telê Santana no Sarriá.

Paolo Rossi não poderia estar naquele jogo.

Como qualquer brasileiro que seja culpado por manipular resultado para apostadores.

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