Jorge Jesus fez de Paulo Sousa o técnico mais difícil de ser demitido pelo Flamengo
Se achava que teve uma grande ideia ao resolver dar um ultimato ao Flamengo se oferecendo para voltar ao clube, Jorge Jesus viu o tiro sair pela culatra.
Ao pisar na ética justamente com um compatriota, o português multicampeão com o rubro-negro tornou Paulo Sousa um treinador muito mais difícil de ser demitido do que os outros sucessores de Jesus: Domènec Torrent, Rogério Ceni e Renato Gaúcho.
E olhe que provavelmente Sousa tem o pior trabalho inicial dos quatros.
Os resultados são ruins: já perdeu o Carioca e a Supercopa. O time até cria, mas sofre para colocar a bola dentro do gol. A defesa é insegura demais. Algumas decisões são inexplicáveis, como fazer um rodízio entre um goleiro de seleção (Santos) e um iniciante inseguro (Hugo).
Mas Jesus fez o milagre. Se Sousa fosse demitido nesta segunda-feira, após perder para o Botafogo e terminar a rodada do Brasileiro na 14a colocação, seria apenas mais uma demissão na máquina de triturar treinadores que é o futebol brasileiro.
Só que mandá-lo embora agora não seria apenas precipitado. Seria também não resistir à chantagem e passar por cima das mentiras de Jorge Jesus sobre o interesse do Flamengo nele no final do ano passado.
Demitir Sousa e contratar Jesus é admitir que o treinador é maior que o clube. E ainda daria munição a um ex-presidente que armou todo esse circo para Jesus depois de ser um dos responsáveis por colocar o Flamengo na bancarrota financeira.
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