Em mais um capítulo do mal que fazem para o futebol, as principais organizadas dos grandes clubes do país querem tomar para si o papel de porta voz de todos os milhões de torcedores desses times.
Uma das mais ativas nesse pretenso papel é a Mancha Alvi Verde, a maior organizada do Palmeiras.
No caso dela, alguém que daqui a algumas décadas ler os tais manifestos da Mancha não vai acreditar que eles foram feitos justamente na era mais vitoriosa da história gloriosa do alviverde.
Rony e Raphael Veiga comemoram gol do Palmeiras sobre o Barcelona de Guayaquil-EQU
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
Nos últimos dez anos, o Palmeiras ganhou duas Libertadores, uma Recopa, três Brasileiros, duas Copas do Brasil, uma Supercopa e três Paulistas.
Saiu da Série B para se tornar uma potência esportiva e com muito fôlego financeiro.
Nesse período, o clube teve três presidentes: Paulo Nobre, Maurício Galiotte e a atual, Leila Pereira.
Os três, como todos, cometeram equívocos. Mas não existe clube no Brasil que teve na sequência três presidentes com administrações tão boas.
Mas, para a Mancha, eles foram pintados como verdadeiros trapalhões em seus manifestos.
Em 2013, a torcida, revoltada por Paulo Nobre ter rompido com ela, chamou o cartola que iniciou o renascimento do Palmeiras de "covarde e inexperiente".
Galiotte, para a organizada, sempre foi um "banana".
Com Leila, as cornetadas têm ainda um cunho machista, com a dirigente sendo chamada de "blogueirinha". No último ataque contra ela, feito nesta terça-feira, a facção a chamou de "farsa" ao pedir reforços.
Muito pior é quando a Mancha dá seus pitacos sobre o que acontece dentro de campo.
Em outubro de 2020, depois de uma série de resultados ruins, a organizada pediu a cabeça de vários jogadores que depois se transformaram na geração mais vitoriosa do clube.
O trecho, na íntegra.
"Lucas Lima, Scarpa, Veiga, Zé Rafael, Ramires, Marcos Rocha, Mayke, Rony e Luan já deram o que tinham que dar. Que sigam o mesmo caminho do Diogo Barbosa e Bruno Henrique.
Outros jogadores mudem a postura ou saiam! De Felipe Mello a Willian, se não tiverem postura, vontade e futebol: fora".
Até Abel Ferreira foi alvo da Mancha.
Em outubro de 2021, após derrota para o Bragantino, a organizada publicou texto detonando o técnico português.
“Após o jogo: xingamos o treinador que erra muito mais que acerta, que, nas entrevistas coletivas, nas poucas vezes que o time vai bem, é a ‘equipa’ que ele armou e preparou para aquele resultado. Agora, nas eliminações e nas derrotas, o discurso é que ele pediu jogadores, que os jogadores não executam o que ele treinou”.
Como analista da administração palmeirense e do time alviverde, a Mancha é uma grande escola de samba.
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