O que resta para Albert Pujols, um dos maiores da história do beisebol | Semana MLB
“A Máquina.” Albert Pujols não recebeu esse apelido à toa. Ele era uma máquina. Uma máquina de rebater, de todas as maneiras. Durante os dez primeiros anos de sua carreira (toda a década de 2000), teve mais de 30% de aproveitamento, mais de 40% em base, mais de 30 home runs e mais de 100 corridas impulsionadas em todas as temporadas. Neste período, foi uma vez estreante do ano, três vezes MVP da liga e quatro vezes segundo colocado na eleição de MVP. Não à toa, o Los Angeles Angels ofereceram ao dominicano um contrato de dez anos e US$ 240 milhões.
Avançando uma década, temos um Pujols em seu último ano de contrato. Ele teve algumas boas temporadas em Los Angeles, chegou a ter votos para MVP em 2012 e 14 e foi selecionado uma vez ao All-Star Game. Mas o primeira base mostrou sentir o avanço da idade e a falta de um time competitivo a seu redor (com exceção de Mike Trout, claro) não contribuiu para mudar a percepção de que ele não seria capaz de capitanear os Angels na busca de seu segundo título. Até que, nesta quinta, a franquia anunciou a dispensa do craque.
A medida dói, até porque soa desrespeitosa com um dos melhores jogadores da história. Pujols é o quinto maior rebatedor de home runs da história e o 14º em rebatidas (é o primeiro entre jogadores em atividade nos dois quesitos), vai para o Hall da Fama assim que for elegível. No entanto, ele teve menos de 25% de aproveitamento nos últimos cinco anos. Em 2021, estava com 19,8%. Para uma equipe que tem um bom rebatedor designado (Shohei Ohtani) e um bom primeira base (Jared Walsh) e pretende brigar por vaga em playoff, um jogador com o desempenho do Pujols atual é uma vulnerabilidade. Ele até teria espaço como um reserva que pode entrar para rebater em alguns momentos, mas o dominicano deixou bem claro que não aceitaria esse papel. Então, o rompimento faz sentido técnico para ambos os lados.
A questão agora é: Pujols vai ter espaço como titular em alguma outra equipe? Pelo desempenho defensivo mais fraco, ele seria mais adequado como rebatedor designado. Ainda assim, seria um rebatedor designado com desempenho fraco, talvez torcendo para melhorar suas estatísticas na medida em que tivesse mais ritmo de jogo. Na Liga Nacional, a brecha é ainda menor, porque ele seria obrigado a jogar na defesa (está longe de ser seu forte nos últimos tempos).
Desse modo, sobram dois caminhos mais prováveis ao craque dominicano: ou aceita se tornar um reserva que entre pontualmente para rebater contra arremessadores canhotos, ou então entende que só teria sequência de jogos em uma equipe de poucas perspectivas de classificação, que poderiam se dar ao luxo de ter um rebatedor de números baixos, mas que daria retorno pelo peso histórico e, se pegar ritmo, talvez até acrescentasse alguma coisa ao time.
Personagem
Já que o tema são alguns dos maiores jogadores da história, Willie Mays completou 90 anos na última quinta. Por revolucionar o beisebol e por ser a primeira superestrela das grandes ligas americanas, Babe Ruth é normalmente lembrado como o maior jogador da história da MLB. Mas, para muita gente, Mays foi o melhor jogador. O mais completo tecnicamente. Em 23 temporadas, conquistou duas vezes o prêmio de MVP, participou de 24 All-Star Games (em alguns anos, havia dois), foi quatro vezes o líder em home runs, quatro vezes o líder em bases roubadas e cinco vezes em slugging. Defendeu os Giants por 21 anos (seis em Nova York e o restante em São Francisco) e o New York Mets nas duas últimas temporadas na carreira. Ainda foi o autor da que é considerada a maior defesa da história.
Vídeo da semana
O Chicago Cubs tinha o jogo sob controle. Vencia o Los Angeles Dodgers por 7 a 0, até que Keibert Ruiz rebateu o home run de honra para o time californiano. A bolinha fica com um garotinho. Bom souvenir para voltar para casa? Não, o pai ensinou como a torcida dos Cubs trata a bolinha de home runs do time adversário. Formação de caráter. Confira.
O que vem por aí
Matt Harvey apareceu como a futura cara do New York Mets. Em suas três primeiras temporadas, teve ERA abaixo de 3 e pintava como o grande líder de uma jovem rotação espetacular que surgia na franquia. O título da Liga Nacional em 2015 seria apenas o início de uma fase vitoriosa da equipe nova-iorquina. Até que o arremessador, que chegou a ser apelidado de “Cavaleiro das Trevas” pela torcida, sofreu uma série de graves lesões, seu desempenho nunca mais foi o mesmo e acabou perdendo espaço. Em 2018, foi para o Cincinnati Reds como aposta. Para a atual temporada, Harvey acertou com o Baltimore Orioles e está escalado como o abridor da partida da próxima quarta (dia 12) contra os Mets em Nova York. Será a primeira vez que enfrenta sua ex-equipe, e é bem possível que a torcida nova-iorquina faça algum tipo de celebração ao reencontro.
E, no próximo Sunday Night...
No momento em que esse texto é escrito, o Philadelphia Phillies é o líder da Liga Nacional Leste, com o Atlanta Braves em terceiro lugar. Quando os dois se enfrentarem no Sunday Night Baseball, é possível que a posição esteja invertida. Ou que o líder sejam os Mets. Talvez até o Miami Marlins, com o Washington Nationals acompanhando. Sim, a divisão está nesse nível de equilíbrio. A diferença entre líder (Phillies) e lanterna (Nats) é de 2,5 jogos, menos que uma série. Por isso, o confronto entre Braves e Phillies (como praticamente qualquer confronto direto dentro dessa chave) já ganha contornos de jogo que pode fazer diferença enorme na definição de quem vai aos playoffs. Os abridores serão Aaron Nola e Huascar Ynoa.
#MLBnaESPN #MLBFoxSports na semana
Sexta, 7/mai
20h - Washington Nationals x New York Yankees (ESPN 2)*
Domingo, 9/mai
20h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves (ESPN)
Segunda, 10/mai
21h - Los Angeles Angels x Houston Astros (Fox Sports)
Terça, 11/mai
20h - New York Yankees x Tampa Bay Rays (ESPN)
Quarta, 12/mai
20h30 - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (ESPN App)
Sexta, 14/mai
20h - Los Angeles Angels x Boston Red Sox (ESPN 2)
Obs.: Grade sujeita a alteração
* Partida sujeita a mudança de canal ou para o ESPN App por conflito de grade com etapa do Mundial de Surfe
O que resta para Albert Pujols, um dos maiores da história do beisebol | Semana MLB
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.