Na semana de Alisson e Enzo Pérez, precisamos apreciar o que faz Shohei Ohtani

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Ohtani nos Angels
Ohtani nos Angels Getty Images


“O Shohei Ohtani brasileiro.”

Foi assim que o perfil no Twitter do podcast americano Men In Blazers, especializado em futebol, descreveu o gol de Alisson que deu a vitória do Liverpool sobre o West Brom na rodada do último fim de semana na Premier League. Pela mesma lógica, também poderiam chamar o volante Enzo Pérez de “Shohei Ohtani” argentino após fazer uma partida inteira improvisada como goleiro na vitória de seu River Plate sobre o Independiente Santa Fé. Duas comparações válidas e espirituosas, mas o que o japonês do Los Angeles Angels tem feito é ainda maior.


No beisebol, rebatedores e arremessadores são funções completamente diferentes. Tanto que a formação, desde que passa a integrar as categorias de base das equipes profissionais, é feita já considerando que o atleta só fará uma das duas coisas: ou rebate, ou arremessa. Até ocorre de um arremessador ter de rebater ou um rebatedor ter de arremessar, mas nunca se espera nada muito produtivo desses momentos. Como de um jogador de linha que vai ao gol ou de um goleiro que vai ao ataque.

Pois é o que Ohtani faz. E não é um momento ou outro, no improviso ou no desespero -- como nos casos de Pérez e Alisson --, é por vocação. O japonês foi contratado em 2018 já com essa dupla função, mas teve apenas uma temporada plena como arremessador e rebatedor ao mesmo tempo. Em 2018 foi bem no bastão, mas sofreu uma lesão que limitou seu tempo arremessando. Em 2019, essa mesma lesão o impediu de arremessar, mas ele pôde apenas rebater (ele arremessa como destro e rebate como canhoto, então a lesão que o atrapalhou no montinho não o atrapalhou com o bastão). Em 2019, também teve contusão e praticamente não arremessou.

Na atual temporada, tudo pareceu se alinhar. Os Angels adotaram uma postura mais cuidadosa para lidar com suas aparições como arremessador, mas permitiram que ele rebatesse nos jogos em que fosse ao montinho. Tem funcionado, e muito. Neste momento, Ohtani é o líder de home runs da MLB, é um dos 20 que mais roubou base (líder em sua equipe) e o melhor arremessador da rotação do Los Angeles, com 2,37 de ERA (mais de duas corridas a menos que o segundo colocado). São números fantásticos em três fundamentos totalmente diferentes.

Para seguir com a comparação futebolística, não é como Alisson indo para a área uma vez para fazer um gol, ou Enzo Pérez fazendo uma partida como goleiro. É como se um dos melhores goleiros do campeonato e ainda fosse o artilheiro da liga e o líder de desarmes de sua equipe.

Isso significa que Ohtani tem muito talento? Não, é mais que isso. Ter muito talento vários jogadores têm. Conseguir tal desempenho em situações tão diversas, sabendo que o tempo dedicando a treinar um fundamento limita o tempo para desenvolver os outros, é coisa para um superatleta. Alguém que tem constituição física e capacidade mental únicas em sua geração. Não apenas no beisebol americano, mas no esporte mundial. E isso precisa ser apreciado devidamente.

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Na semana de Alisson e Enzo Pérez, precisamos apreciar o que faz Shohei Ohtani

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Semana MLB: O Houston Astros pinta como favoritaço?

Ubiratan Leal
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Uma rotação com um futuro Hall da Fama e favorito ao prêmio Cy Young da Liga Americana, um recordista de quality starts seguidos e mais dois que ficaram com ERA abaixo de 3 na temporada. Um bullpen que foi o mais eficiente da temporada regular e continuou como o melhor nos playoffs. Um ataque que liderou a MLB em percentual de força com placar empatado e em aproveito no bastão com corredores em posição de anotar corrida. O Houston Astros parece um time completo, tanto para a maratona de regularidade da temporada quanto na hora de ser copeiro nos playoffs (veja aqui). Como bater essa equipe?

O arremessador Luis García, do Houston Astros
O arremessador Luis García, do Houston Astros Photo by Ron Jenkins/Getty Images

Bem, os Astros realmente são tidos como favoritos a conquistar a World Series pelas casas de apostas e estão mostrando o porquê na final da Liga Americana, com vitória nos dois primeiros jogos contra o New York Yankees. Mas isso não significa que sejam perfeitos, ou que não tenham seus pontos vulneráveis. E os seus adversários (Yankees na final da Liga Americana, San Diego Padres ou Philadelphia Phillies em uma eventual World Series) têm condições de explorar isso.

O Seattle Mariners foi varrido pelos Astros na série de divisão, mas deu pistas do que pode funcionar. O ataque dos M’s causaram danos nos dois primeiros jogos da série, forçando o Houston buscar a virada no final nas duas oportunidades. E o montinho do Seattle calou o ataque texano por 17 entradas no jogo 3.

Como os Astros arremessam muito bem, com boas opções para navegar por toda a partida, é importante conseguir arrancar o máximo nas poucas oportunidades que tiver. Por exemplo, rebater na hora certa, e rebater com força. E os Mariners fizeram isso: dois home runs, uma rebatida tripla e duas rebatidas duplas no jogo 1, três rebatidas duplas no jogo 2. Ter bons rebatedores de força, como Julio Rodríguez, Ty France e Eugenio Suárez ajudou bastante. Na terceira partida, o montinho funcionou pela atuação inspirada do abridor, que entregou muitas entradas (sete) para um bullpen eficiente segurar.

É possível imaginar jogadores como Aaron Judge, Giancarlo Stanton, Anthony Rizzo, Manny Machado, Juan Soto, Josh Bell, Kyle Schwarber e Bryce Harper terem explosões ofensivas que atropelem até os melhores arremessadores. Talvez fosse um desafio um pouco maior para os Padres, que estão baseando sua estratégia de playoff em rebatidas mais curtas, mas há armas para isso. 

A partir daí, é preciso acertar muito no montinho, para não dar margem ao ataque dos Astros. Gerrit Cole, Joe Musgrove e Zack Wheeler podem fazer partidas longas cedendo poucas corridas. Para as entradas finais, os Yankees soam mais vulneráveis, sobretudo pelo gerenciamento muitas vezes atrapalhado do bullpen, mas ainda assim há talento no time para isso. Tanto que esteve a um teto fechado de virar o jogo 2 na oitava entrada (ver abaixo em “o número da semana”).

De qualquer maneira, qualquer equipe que cruzar com o Houston nesses playoffs precisa trabalhar para ter margem de erro próxima a zero. E saber que o adversário pode até ser favorito, mas está longe de ser invencível.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

PERSONAGEM DA SEMANA

Bruce Bochy foi anunciado como técnico do Texas Rangers para as próximas três temporadas. O treinador, campeão com o San Francisco Giants em 2010, 12 e 14, já estava aposentado, mas foi seduzido pela oportunidade de voltar à MLB. A contratação de técnicos veteranos tem sido uma tendência na liga, com vários treinadores recebendo oportunidades em equipes fortes e alguns até saindo da aposentadoria.

Bruce Bochy celebra uma das World Series que conquistou pelos Giants
Bruce Bochy celebra uma das World Series que conquistou pelos Giants Getty

O NÚMERO DA SEMANA

106,3 milhas/hora. Velocidade da rebatida de Aaron Judge na oitava entrada do jogo 2 entre Houston Astros e New York Yankees. Pela velocidade da bola e o ângulo de decolagem, uma rebatida dessa costuma viajar 414 pés (126 metros). Mas, na final da Liga Americana, voou apenas 345 pés (105 metros). O home run de duas corridas (e que viraria o jogo) se transformou em uma eliminação. A suspeita é que o fato de o Minute Maid Park, estádio dos Astros, estar de teto aberto pode ter permitido ao vento segurar a bola dentro do campo.

VÍDEO DA SEMANA

Aaron Nola é um dos principais arremessadores da rotação do Philadelphia Phillies. Seu irmão mais velho, Austin, é catcher do San Diego Padres. No jogo 2 da final da Liga Nacional, a MLB teve o primeiro caso de dois irmãos se enfrentando em um duelo arremessador-rebatedor. Melhor para Austin: uma rebatida em duas oportunidades e corrida impulsionada.


O QUE VEM POR AÍ

MAIS PLAYOFFS, BABY!!!!!!!!!!!!

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 21/out
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 22/out
18h - Playoffs: Houston Astros x New York Yankees, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 4 (ESPN 4 e Star+)

Domingo, 23/out
15h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 5 (ESPN Extra e Star+)
20h - Playoffs: Houston Astros x New York Yankees, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 24/out
17h - Playoffs: Houston Astros x New York Yankees, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 6 (ESPN 4 e Star+)

Terça, 25/out
18h - Playoffs: New York Yankees x Houston Astros, jogo 6 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 7 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 26/out
20h30 - Playoffs: New York Yankees x Houston Astros, jogo 7 (ESPN 4 e Star+)

Sexta, 28/out
21h - Playoffs: World Series, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 29/out
21h - Playoffs: World Series, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Tem time “copero y peleador” no beisebol?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Os playoffs da Major League Baseball ainda nem chegaram à metade, e muitas surpresas já estão dando as caras. Na fase de wildcard, apenas um dos times com vantagem do mando de campo conseguiu a classificação. Nas séries de divisão, os dois times de melhor campanha da Liga Nacional – Los Angeles Dodgers e Atlanta Braves – caíram em quatro partidas. Sinal da imprevisibilidade do mata-mata do beisebol, claro. Mas seria também sinal de que há equipes mais moldadas para os playoffs que outras? Equipes mais… copeiras?

Momento de futebolização agora. Prometo ser rápido. São considerados “copeiros” ou “coperos y peleadores” (em espanhol) os times que têm certas características que funcionam muito bem em situações de duelos eliminatórios. Em alguns casos eles podem até sofrer em torneios de regularidade, com vários jogos, mas podem superar qualquer adversário quando tudo precisa se definir em apenas um confronto direto. Não há um conceito claro do que torna uma equipes copeira, mas elas costumam ter grande capacidade elevar sua intensidade quando necessário, ter jogadores decisivos em posições-chave e elementos táticos que funcionam quando o time precisa de atalhos para resolver algum problema.

Isso existe no beisebol? Talvez sim.

Chicago Cubs campeão da World Series de 2016
Chicago Cubs campeão da World Series de 2016 Getty

A temporada regular da MLB tem 162 jogos. A regularidade fala muito alto, e se dá melhor quem tem elenco mais forte para encontrar soluções para seguir vencendo, mesmo quando aparecem as lesões ou alguns jogadores passam por má fase. O quarto e o quinto abridores, assim como as duas principais opções no banco, são tão importantes quanto os três primeiros homens da rotação. Um bullpen com vários braços confiáveis segurará as centenas de entradas finais de cada dia. E um ataque que seja constante.

Em um cenário de playoffs, as exigências são ligeiramente diferentes. A rotação passa a ter apenas quatro membros, e os três primeiros têm um peso muito maior que o quarto (que pode até ser substituído por partidas de bullpen). Nas entradas finais, o bullpen será exposto a situações de muito mais pressão que o normal, e ter um superfechador e mais dois ou três arremessadores dominantes faz muita diferença. No ataque, a capacidade de alguns jogadores pegarem embalo e rebaterem por duas semanas como a reencarnação de Babe Ruth pode decidir um duelo.

As duas coisas não são excludentes. Um time muito forte para temporada regular pode também ter os elementos necessários para ter sucesso em playoffs. O New York Yankees de 2009, o Chicago Cubs de 2016, o Boston Red Sox de 2018 e o Los Angeles Dodgers de 2020 são exemplos disso. Todos acabaram campeões. No entanto, há casos de times que tinham problemas nítidos, mas contavam com os elementos para prosperarem no mata-mata. Exemplos: St. Louis Cardinals de 2011, Kansas City Royals de 2014 e Tampa Bay Rays de 2020 (os dois últimos acabaram vice-campeões). 

Kansas City Royals de 2014
Kansas City Royals de 2014 Getty

Há também um outro tipo de time forte de playoff: o que nem é tão bom, nem tem tantos elementos “copeiros” assim, mas entra em um embalo incrível e se torna quase imparável. Esse tipo de time surge de tempos em tempos e é imprevisível, não há como planejar uma equipe que fará isso. Ela apenas acontece. É o caso do Detroit Tigers e dos Cardinals de 2006 (fizeram a World Series daquele ano, o St. Louis levou), do Colorado Rockies vice-campeão de 2007 e do Washington Nationals campeão de 2019.

Nos playoffs de 2022, o Houston Astros e o Atlanta Braves pintavam como times preparados para qualquer tipo de cenário. O Los Angeles Dodgers, ao perder Walker Buehler e um fechador confiável, pode ter perdido elementos importantes para um mata-mata, apesar de ter uma das melhores campanhas da história da temporada regular. O San Diego Padres tinha potencial para ser copeiro, desde que alguns rebatedores esquentassem no bastão.  Os dois times de Nova York, Yankees e Mets, talvez parecessem em um estágio intermediário. E o Philadelphia Phillies e o Seattle Mariners pareciam pegar o embalo imprevisível.

Isso não serve como método para prever um campeão, pois um confronto em mata-mata tem alto fator de imprevisibilidade em qualquer esporte. Além disso, um time muito regular pode até se ressentir de características “copeiras”, mas serem bons o suficiente para ganharem tudo ainda assim. De qualquer maneira, considerar esse “copeirismo” pode ajudar a explicar algumas surpresas ou, ao menos, porque alguns duelos se desenrolaram de forma diferente do que apenas o retrospecto na temporada regular sugeriria.

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PERSONAGEM DA SEMANA

Rally Goose. Uma ave invadiu o gramado do Dodgers Stadium durante o jogo 2 da série entre Los Angeles Dodgers e San Diego Padres. Na hora, muita gente (inclusive o blogueiro aqui) falou em pato, mas se tratava de um ganso-grande-de-testa-branca. O amigão alado não quis deixar o campo nem com o jogo rolando, e só foi retirado no intervalo para a troca de arremessadores dos Padres. A equipe de campo dos Dodgers apanhou o ganso com uma toalha e o colocou em um cesto de lixo vazio, para ser levado para a parte de dentro do estádio. Especialistas afirmaram que o procedimento para apanhar o animal foi correto, e os Dodgers disseram ter soltado o ganso no dia seguinte, em um local seguro. Mas, como os Padres venceram o jogo, a torcida já adotou o ganso como mascote, o Rally Goose (algo como "O Ganso da Virada").

O NÚMERO DA SEMANA

22. Temporadas seguidas da MLB sem repetir o campeão do ano anterior. Com a eliminação do Atlanta Braves, as grandes ligas asseguram mais um ano sem um bicampeão. É a maior sequência das quatro principais ligas da América do Norte. O último time campeão da World Series de forma consecutiva foram os Yankees em 1998-99-2000.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre tipos de luvas, nova regra dos playoffs, origem dos Padres e preferências esportivas em Nova York. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

VÍDEO DA SEMANA

Phillies x Braves, jogo 3, terceira entrada. O Philadelphia vencia por 1 a 0 e Kyle Schwarber vinha ao bastão com um corredor na segunda base e um eliminado. Brian Snitker, técnico do Atlanta, decide dar walk intencional a Schwarber, preferindo enfrentar Rhys Hoskins. De fato, o primeira base tinha apenas uma rebatida em quatro jogos nos playoffs, mas decidiu juntar todo seu ódio pelo momento ao ir ao bastão. Uma rebatida monstruosa no primeiro arremesso do duelo e um bat flip que entrou para a história.

O QUE VEM POR AÍ

MAIS PLAYOFFS, BABY!!!!!!!!!!!!

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 14/out
14h - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)
17h30 - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
21h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 15/out
15h - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 4 (Star+)
17h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 3 (Star+)
22h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 16/out
16h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 4 (Star+)
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
20h - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 4 (Star+)
22h - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 17/out
20h - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 5 (ESPN 4 e Star+)

Terça, 18/out
21h - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 19/out
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)}
20h30 - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 20/out}
20h30 - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 21/out
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 22/out
17h - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)}
21h - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 23/out
17h - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

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Dúvidas MLB 20: tipos de luvas, nova regra dos playoffs, origem dos Padres e preferências esportivas em Nova York

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

A luva é escolhida só em função da preferência do jogador ou a posição afeta essa escolha?
Marlony Gabriel, @rapafleutz

Há quatro tipos de luvas de beisebol: catcher, primeira base, resto do campo interno e campo externo.

A luva de catcher é acolchoada para amortecer o impacto de mais de 100 arremessos a 90 milhas/hora batendo nela todo jogo. A de campo interno é menor para permitir que o defensor faça movimentos mais rápidos, enquanto que a de campo externo é a maior, aumentando o alcance do defensor para uma defesa em que tenha de se esticar bastante. A luva do primeira base fica no meio do caminho de todas: ela é um pouco acolchoada e tem um tamanho intermediário entre a de campo interno e a de campo externo.

Dentro dos quatro tipos principais de luvas, o jogador ainda pode preferir detalhes do design. Por exemplo, o “bolso” (fundo da luva) ser totalmente fechado ou ter uma rede (arremessadores, por exemplo, preferem totalmente fechado para que o rebatedor não veja como ele está segurando a bola antes de cada lançamento). 

Yan Gomes, catcher brasileiro
Yan Gomes, catcher brasileiro Getty

Por que mudaram wildcard para melhor de 3 jogos? Adorei a decisão, me parece mais justa. E tem mais entretenimento, claro.
Thiago, @tcg277 

Dinheiro. Com mais times e mais jogos nos playoffs, mais jogos com arquibancadas lotadas e, claro, mais partidas com boa audiência na TV. Assim, houve um aumento no valor pago pela emissora responsável pela transmissão da fase de wildcard (no caso, a ESPN). 

Um motivo secundário, mas também existente, é aumentar a quantidade de times nos playoffs, dando mais incentivo para equipes medianas investirem para chegar ao mata-mata.

Qual a origem do nome San Diego Padres? 
Obi-Wan Kenobi, @KenobiBall

O San Diego Padres atual herdou o nome de um time da Pacific Coast League, uma das principais ligas menores. Os Padres originais, da PCL, adotou esse nome como referência aos freis espanhois que fundaram a cidade de San Diego. Assim, “padre” é um nome em espanhol com o mesmo significado em português e o San Diego Padres é uma das duas franquias das quatro grandes ligas norte-americanas a não ter um apelido em inglês (a outra é o Montréal Canadiens, com nome em francês).

O diretor de cinema Spike Lee é figura carimbada em partidas de Knicks e Yankees, e também se diz torcedor de Giants e Rangers
O diretor de cinema Spike Lee é figura carimbada em partidas de Knicks e Yankees, e também se diz torcedor de Giants e Rangers Getty

Existe alguma regra ou tradição de escolher time em Nova York ? Tipo quem torce para os Giants torce para os Yankees, para os Jets torce por Mets ou nada disso?
Pardaulo Sousa, Rio de Janeiro

A combinação mais comum é Yankees-Giants-Knicks-Rangers por serem as franquias mais populares em cada liga. Com isso, é comum se falar como brincadeira que um torcedor de um dos times “alternativos” de Nova York deveria torcer por todos os outros, criando a relação Mets-Jets-Nets-Islanders (até o nome das três primeiras rimam). Mas isso é mais parte do folclore. Há torcedores dos Mets que são Giants e torcedores dos Mets que são Jets, e isso não é visto como algo errado ou contraditório.

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Dúvidas MLB 20: tipos de luvas, nova regra dos playoffs, origem dos Padres e preferências esportivas em Nova York

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Semana MLB: As 5 melhores histórias para acompanhar nos playoffs da MLB

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Os playoffs da MLB enfim vão começar. A temporada que muitos temiam que nem acontecesse chegou a seu funil. São 12 times ainda vivos na disputa, desde frequentadores assíduos, como Houston Astros e Los Angeles Dodgers, até equipes que retornam depois de anos de ausência, como Seattle Mariners e Cleveland Guardians.

Há várias histórias para o torcedor ficar ligado neste mês de outubro. Mas aí vão algumas das mais interessantes:

O novo formato

A temporada 2022 estreia um novo formato de mata-mata, com seis times em cada liga. O formato em si já foi explicado no Dúvidas MLB 15 (clique aqui), mas será interessante ver como ele impacta a forma de os times trabalharem nos playoffs. Por exemplo, quatro times (Dodgers, Astros, New York Yankees e Atlanta Braves) terão quase uma semana de descanso antes de estrearem na pós-temporada. 

Ao mesmo tempo em que isso dará aos elencos mais tempo para descansar e ajustar a rotação para terem os melhores arremessadores preparados para os jogos iniciais, também pode tirar ritmo de jogo dos rebatedores e murchar os ataques. Outra questão é ver o quanto a criação de uma série de wildcard (ao invés do jogo único que existia até o ano passado) não aumenta a carga sobre os times que disputam essa etapa, os deixando mais desgastados nas fases mais avançadas do mata-mata.

Os Dodgers de Freddie Freeman tiveram a melhor campanha da temporada regular da MLB em 2022
Os Dodgers de Freddie Freeman tiveram a melhor campanha da temporada regular da MLB em 2022 Todd Kirkland/Getty Images

Aaron Judge

OK, Judge teve uma das melhores temporadas ofensivas da história, bateu o recorde de home runs em um ano pela Liga Americana – para muitos, o recorde real de toda a MLB (veja aqui para entender) – e foi a grande figura de um New York Yankees que chega forte aos playoffs. Mas o quanto desse embalo dá para carregar na pós-temporada? 

Se Judge realmente comandar os Yankees ao título (seria o primeiro da franquia desde 2009), ele terá motivos para emergir como o grande atleta do ano nos esportes americanos deste ano. A temporada será vista como mais impactante do que já é, uma das melhores de todos os tempos nas ligas americanas.

Os supertimes da Liga Nacional

Atlanta Braves e Los Angeles Dodgers, cada um a seu modo, montaram duas equipes que parecem irresistíveis. Os Dodgers cavalgaram com tranquilidade na temporada, sempre com a melhor campanha da Liga Nacional e, após a queda dos Yankees em julho, a melhor campanha de toda a MLB. Os Braves começaram mal a campanha, mas reagiram e, com uma arrancada impressionante, terminaram a temporada com mais de 100 vitórias e o título da divisão. Além disso, esses dois elencos são os dois últimos campeões da World Series (Los Angeles em 2020, Atlanta em 2021) e não carregam mais a responsabilidade de tirar suas franquias da fila. 

Seattle Mariners e Philadelphia Phillies de volta

Os dois clubes que estavam há mais tempo sem participar dos playoffs conseguiram zerar a sequência no mesmo ano. O Seattle Mariners, que não jogava um mata-mata desde 2001, abocanhou o segundo wildcard da Liga Americana. O Philadelphia Phillies precisou do terceiro wildcard da Liga Nacional para voltar à pós-temporada após 11 anos. Uma pena para as equipes que, pela posição em que terminaram, disputarão toda a primeira série de playoffs fora de casa. Só se passarem de fase que tirarão a saudade de suas torcidas de verem em seu estádio uma partida de mata-mata.

Ichiro Suzuki era um estreante quando os Mariners se classificaram aos playoffs pela última vez
Ichiro Suzuki era um estreante quando os Mariners se classificaram aos playoffs pela última vez Reuters

Mets de Cohen

O bilionário Steve Cohen comprou o New York Mets com a ambição de fazer seu time do coração sair de um jejum de títulos que dura desde 1986. Ele já gastou muitos milhões de dólares para reforçar a equipe, que venceu 101 jogos. Apenas duas equipes (Houston Astros e Dodgers) conseguiram mais vitórias na temporada regular. 

Ótimo, certo? Errado.

O nível de cobrança é enorme nos Mets, e qualquer coisa que não seja o título vai soar a decepcionante. Por exemplo, o time chegou a abrir 10,5 jogos de vantagem sobre os Braves na Liga Nacional Leste, mas acabou perdendo o título da divisão (os times empataram na liderança, mas o Atlanta teve vantagem no confronto direto). Já há quem fale em “derrocada dos Mets”. Esse fantasma pode perseguir a equipe durante toda a pós-temporada, criando uma pressão extra em um time que tem talento suficiente para buscar a taça.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

PERSONAGEM DA SEMANA

Sarah Langs rapidamente se tornou uma das principais jornalistas de beisebol dos EUA. Em seus trabalhos para a MLB e a ESPN americana, ela impressiona pelo seu conhecimento do esporte (desde a história até do jogo jogado) e de como usar as estatísticas para revelar fatos inesperados. Além disso, ganhou o carinho do público pela maneira sempre alegre com que fala de beisebol, uma paixão que ela resume na frase com que termina muitos de seus comentários: “baseball is the best” (beisebol é o melhor). Nesta quinta, Sarah revelou sofrer de esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como Doença de Lou Gehrig. Então, vai aqui do Brasil um abraço de um jornalista que já se inspirou e usou muitas de suas informações para levar a paixão pelo beisebol ao maior país da América do Sul.

O NÚMERO DA SEMANA

64,3%. Leonardo Reginatto terminou com o melhor aproveitamento no bastão das Eliminatórias do World Baseball Classic. O brasileiro rebateu em 9 das 14 idas ao bastão, conseguindo ainda quatro walks (levando a um percentual em base de 72,2%). Claro, foram só quatro jogos, uma amostragem estatisticamente baixa. Mas, considerando o aproveitamento de 35,6% que ele teve na temporada da liga mexicana, o desempenho pela seleção reforça a ideia de que o terceira base é o melhor jogador de beisebol do Brasil neste momento.

Leonardo Reginatto em ação pela seleção brasileira
Leonardo Reginatto em ação pela seleção brasileira Getty Images

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre rotação da bola nos arremessos, como trabalha um arremessador ambidestro, a chance de retorno do Montréal Expos e o motivo de mudança de nome do ClevelandClique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

VÍDEO DA SEMANA

No penúltimo dia da temporada regular, Aaron Judge estabeleceu o recorde de home runs da Liga Americana (e, para alguns, o “legítimo” recorde de home runs em uma temporada da MLB). Então, que tal ver os 62 em 62 segundos? Só de ouvir o som de 62 pauladas na bola já vale a pena.

O QUE VEM POR AÍ

PLAYOFFS, BABY!!!!!!!!!!!!

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 7/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 1 (Star+)
15h - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 1 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 8/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 2 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
21h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 9/out
20h - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Terça, 11/out
14h - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)
16h30 - Playoffs: Seattle Mariners x Houston Astros, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)
20h30 - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)
22h30 - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 12/out
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)
21h30 - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 13/out
16h30 - Playoffs: Seattle Mariners x Houston Astros, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 14/out
14h - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)
17h30 - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
21h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 15/out
15h - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 4 (Star+)
17h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 3 (Star+)
22h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 16/out
16h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 4 (Star+)
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
20h - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 4 (Star+)
22h - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: As 5 melhores histórias para acompanhar nos playoffs da MLB

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A trapaça no xadrez e a imprensa em busca do clique quinta série

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


“Você viu o caso do xadrez, do cara que estão achando que usou plug anal?”

Um brasileiro médio, mesmo o que acompanha mais de perto o noticiário esportivo, tem contato muito pequeno com o universo do xadrez. Então, quando aparece uma história de um jogador usando objeto sexual para ganhar, acaba repercutindo. E as pessoas, sem conhecer a modalidade, não têm capacidade – e não têm culpa nenhuma disso, que fique claro – de saber se isso é factível ou não, se pode ser verdade ou não. E acabam embarcando.

De forma MUITO resumida, o que aconteceu: O americano Hans Niemann venceu o campeão mundial Magnus Carlsen em uma partida no meio de um torneio. O norueguês depois deu a entender que Niemann teria trapaceado. Hikaru Nakamura, outro enxadrista americano, revelou que Niemann já foi pego trapaceando no passado, dando corda para a insinuação de Carlsen. 

Hans Niemann, em partida de xadrez
Hans Niemann, em partida de xadrez Getty

Muita gente começou a especular de que forma Niemann teria obtido informações sobre as melhores jogadas durante uma partida presencial. No meio do debate, um usuário do Reddit apresentou a teoria de que seria possível driblar a fiscalização e trapacear no xadrez com um plug anal comandado por alguém com acesso a programas de computador que indicam as melhores jogadas. 

Estrago feito.

Como uma pessoa falou no Reddit (que é um fórum de discussão aberto a todos, com conversas das mais variadas possíveis) que isso era possível, muitos veículos já consideraram que havia elementos suficientes para usar o termo “acusação” e manchetar que um jogador de xadrez era “acusado de usar vibrador para trapacear”. 

Não, ele nunca foi acusado disso. Foi uma teoria maluca com nível de credibilidade de um papo de bar. Nenhum jogador do meio do xadrez levou essa teoria a sério, ela não está sendo investigada por nenhuma entidade ligada à modalidade. Seria o equivalente a usar um “Copa acusada de ter sido vendida pelo Brasil” sempre que mencionar o Mundial de 1998, só porque espalharam uma corrente por e-mail com uma teoria conspiratória maluca.

No entanto, as notícias já falam sem pudor do “caso do plug anal no xadrez”. E a escolha por esse caminho é fácil de entender: o mundo bizarro dá audiência e alimentar o “espírito quinta série” das pessoas sempre dá certo em redes sociais e muitos creem que é inofensivo. Nem refletem se o fato em si realmente existe, se a “acusação” é real. O importante é ter uma manchete altamente viralizável.

O caso é acompanhado até hoje, três semanas depois de tudo. Um fato ligado ao xadrez talvez não repercutisse por tanto tempo desde os duelos de Garry Kasparov contra o computador Deep Blue nos anos 1990. 

Obs.: Menos mal que, no Brasil, provavelmente a matéria de maior alcance sobre o caso, feita por Álvaro Pereira Junior para o Fantástico, tenha sido jornalisticamente muito boa e tratado o caso com seriedade e respeito.

De uma maneira muito cínica, dá para dizer que ao menos isso ajudou a colocar o xadrez em evidência por bastante tempo. Mas o faz de forma caricata, tratando a modalidade como algo folclórico e bizarro, ignorando o quão sério é o esporte em seu mais alto nível. Sério a ponto de um possível trapaceiro ser rejeitado pelo meio, com o receio de que trapaças mascarem os resultados das competições.

Uma pena que nem toda a imprensa tenha esse cuidado com seu próprio conteúdo.

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Dúvidas MLB 19: rotação dos arremessos, arremessador ambidestro, Montréal Expos e o antigo nome do Cleveland Guardians

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Duas perguntas: Quantas rotações em média faz uma bola reais? O rebatedor designado pode"substituir" um jogador que não seja o pitcher?
Magno Oliveira, Fortaleza

Uma por vez.

O número de rotações não é exato, porque isso varia de acordo com o tipo de arremesso e com o arremessador. Inclusive, conseguir colocar mais RPMs é uma virtude do arremessador para tornar sua bola mais venenosa e, por isso, vários vinham recorrendo a ajuda ilegal de substâncias pegajosas (expliquei aqui). Só para você ter uma referência, a bola rápida da MLB tem uma média de 2.200 RPMs, a bola de curva vai de 1.000 a 3.000 (a variação é enorme devido aos tipos de bolas de curva) e o changeup fica com 1.700 em média.

Justin Verlander, do Houston Astros, consegue fazer a bola rápida ter até 2,6 mil RPMs
Justin Verlander, do Houston Astros, consegue fazer a bola rápida ter até 2,6 mil RPMs Getty

Em relação à segunda, o rebatedor designado só pode ser colocado no alinhamento ofensivo como substituto do arremessador. Inclusive, se o jogador escalado como DH for deslocado para uma posição defensiva durante a partida, o time estará abrindo mão de ter um rebatedor designado e seu arremessador terá de ir ao bastão.

Na hipótese de o arremessador ser ambidestro, ele pode "mudar de mão" entre um rebatedor e outro? E como um walk afeta o aproveitamento de um rebatedor?
Marlony Gabriel, @rapafleutz 

De novo, uma por vez.

A pergunta é quase teórica, pois, em quase 150 anos de ligas profissionais, houve apenas um arremessador ambidestro (Pat Venditte). De qualquer maneira, de que adianta ter um arremessador ambidestro se ele não puder usar essa versatilidade? Claro que ele pode mudar de mão entre um rebatedor e outro. A única coisa que ele não pode é trocar de braço no meio de um duelo. É a mesma regra válida para rebatedores ambidestros (no caso de um duelo entre dois ambidestros, a regra manda o arremessador definir seu lado primeiro).

Um walk não afeta o aproveitamento do rebatedor. Os duelos terminados em walks não são computados na fórmula que define o aproveitamento no bastão, apenas o percentual em base.

Há a possibilidade de o Montréal Expos voltar a ser uma franquia algum dia?
Paulo Elias, @vivirafa01

Sim. A MLB deve expandir para 32 times na segunda metade desta década, quando o Oakland Athletics e o Tampa Bay Rays resolverem as questões em torno de seus estádios (se conseguirão estádios novos ou se mudarão de cidade). Assim que esse processo terminar, a liga deve abrir processo para incluir duas novas ligas. Em Montreal há um movimento forte para a recriação dos Expos. As principais concorrentes são, neste momento, Las Vegas (que também luta para ficar com os Athletics), Nashville e Portland.

Sei que diversos times das ligas americanas tiraram os nomes que tinham referências aos indígenas, exemplo o atual Guardians, mas qual o motivo que os indígenas não aprovavam?
Juliano M. M., São Paulo

Muitos termos indígenas são ofensivos (como “redskins”), usados no dia a dia como xingamento aos nativo-americanos. Outros termos não são ofensivos nesse nível, mas incomodam por estereotiparem os povos originários (caso de como os indígenas são retratados por Braves e Chiefs), por explorar a imagem ou elementos culturais indígenas para ganhar bilhões sem trazer benefício à comunidade, por representar um apagamento dos séculos de massacre ou mesmo por alguns termos terem incorporado uma carga negativa. O “Indians” entra nessa última categoria: há nativo-americanos que se identificam com a expressão “American Indian”, mas muitos rejeitam o "indian" por ser usado frequentemente como algo negativo. Por exemplo, há a expressão “indian giver” para quem dá um presente e o pede de volta depois ou espera algo em troca (uma conotação semelhante à que usamos no português para “programa de índio”).

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Semana MLB: Por que dá para acreditar que o Brasil chega ao WBC

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Brasil está a uma vitória de conseguir a segunda classificação de sua história para o World Baseball Classic (a Copa do Mundo de beisebol). Basta vencer o anfitrião Panamá na terça ou, em caso de derrota, superar o campeão da repescagem entre Nicarágua, Argentina, Nova Zelândia e Paquistão. E, pelo beisebol apresentado nos dois primeiros dias do torneio, as chances brasileiras são reais.

A primeira questão é óbvia: a Nicarágua é teoricamente a equipe mais forte da repescagem, e o Brasil venceu os nicaraguenses neste sábado por 4 a 1. E Nova Zelândia, Argentina e Paquistão jogaram em um nível razoavelmente mais baixo.

Jogadores do Brasil comemoram a classificação para o World Baseball Classic de 2013
Jogadores do Brasil comemoram a classificação para o World Baseball Classic de 2013 Reprodução - WBC

Mas o motivo para otimismo brasileiro não é a situação dos adversários, mas o que o Brasil mostrou nos dois primeiros jogos. O ataque, que costuma ser um problema do beisebol brasileiro em competições internacionais, teve muito volume até agora. Foram 16 corridas e 19 rebatidas em duas partidas. Mesmo contra a Nicarágua, uma equipe que tradicionalmente arremessa bem, o Brasil rebateu e rebateu: as quatro corridas parecem pouco se considerarmos que a Seleção teve 9 rebatidas e deixou 10 corredores em base ao longo do jogo.

No montinho, a equipe comandada por Steve Finley também mostrou potencial. Gabriel Barbosa e Igor Kimura tiveram dificuldades contra a Nova Zelândia, mas os arremessadores utilizados mostraram capacidade de lidar com um ataque experiente como o nicaraguense. E as escolhas da comissão técnica se mostraram acertadas até agora, conseguindo dosar o uso dos jogadores a ponto de ter todo mundo disponível para a partida contra os panamenhos.

Em um contexto geral, a Seleção conseguiu usar uma das virtudes do futebol brasileiro como fator para envolver os adversários: a mistura do beisebol americano / latino-americano com o asiático. Ao mesmo tempo que Leonardo Reginatto e Tim Lopes foram os rebatedores de força que impulsionaram corridas, Vitor Ito, Gabriel Maciel e até o catcher reserva Marcio Kikuchi ganharam bases no jogo curto. No montinho, Felipe Natel, Oscar Nakaoshi e Enzo Sawayama, todos formados no Japão, praticamente calaram os bastões da Nicarágua.

A partida contra o Panamá é a mais dura. Os panamenhos jogam em casa, têm um time mais experiente e ainda estão com o Brasil engasgado desde as Eliminatórias do WBC de 2013 (quando os brasileiros ganharam na Cidade do Panamá). Mas, se a Seleção continuar encaixando seu jogo, é possível acreditar na classificação.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre movimento dos arremessadores e se há propostas para jogadores durante a temporada. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Simeon Woods Richardson é uma dos principais promessas das ligas menores do Minnesota Twins. O arremessador foi promovido ao time principal neste fim de semana, para estrear contra o Detroit Tigers. O que isso tem de extraordinário? Bem, “Woods Richardson” se tornou o jogador com sobrenome mais longo da história da MLB: 16 letras (e mais um espaço) no nome colocado nas costas de sua camisa. Ele bateu a marca anterior, as 14 letras do catcher Jarrod Saltalamacchia.

O NÚMERO DA SEMANA

61. O número ronda o imaginário do beisebol há… 61 anos. Desde que Roger Maris estabeleceu o novo recorde de home runs em uma mesma temporada, em 1961 (!), o número virou até nome de filme. A marca foi batida na Liga Nacional, mas continuou tendo uma aura por ser a única “limpa” (sem doping). Aaron Judge igualou a marca na última quarta, e tem uma semana para ultrapassá-la. Histórico.

VÍDEO DA SEMANA

O Seattle Mariners tinha o maior jejum de playoffs das quatro principais ligas da América do Norte. Eram 21 anos desde a última participação na pós-temporada. A espera acabou nesta sexta, com um home run de walk off contra o Oakland Athletics. Será que a torcida ficou loucaça?


O QUE VEM POR AÍ

A última semana da temporada regular chega com três disputas para os playoffs: Toronto Blue Jays, Tampa Bay Rays e Seattle Mariners tendo de decidir as posições nos wildcards da Liga Americana, Philadelphia Phillies e Milwaukee Brewers brigando pelo último wildcard da Liga Nacional e New York Mets e Atlanta Braves lutando pelo título da Liga Nacional Leste. Apesar de envolver dois times já classificados, a briga entre Mets e Braves é a mais empolgante, pois as equipes entraram no fim de semana empatadas na ponta. Em confrontos diretos, os Mets levam vantagem por 9 a 8. Melhor ainda: os times se enfrentam mais duas vezes, sábado e domingo. A ESPN transmite o jogo do domingo, duelo entre Chris Bassitt e Charlie Morton.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 30/set
20h - Baltimore Orioles x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 1/out
14h - Philadelphia Phillies x Washington Nationals (Star+)

Domingo, 2/out
20h - New York Mets x Atlanta Braves (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 3/out
20h - Toronto Blue Jays x Baltimore Orioles (ESPN 4 e Star+)

Terça, 4/out
21h - WBC: BRASIL x Panamá (ESPN 2 e Star+)
21h - Philadelphia Phillies x Houston Astros (Star+)

Quarta, 5/out
17h - New York Yankees x Texas Rangers (ESPN 2 e Star+)
21h - WBC: Vencedor jogo 7 x Perdedor jogo 8 (ESPN 2 e Star+, na ESPN 2 apenas se o BRASIL estiver em campo)

Sexta, 7/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 1 (Star+)
15h - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 1 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 8/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 2 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
21h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 9/out
15h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 3 (Star+)
17h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
21h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 3 (Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 30/set
14h - WBC: BRASIL x Nova Zelândia
21h - WBC: Paquistão x Argentina

Sábado, 1/out
14h - WBC: BRASIL x Nicarágua
21h - WBC: Panamá x Argentina

Domingo, 2/out
14h - WBC: Paquistão x Nicarágua
21h - WBC: Nova Zelândia x Argentina

Terça, 4/out
14h - WBC: Vencedor jogo 5 x Vencedor jogo 6
21h - WBC: BRASIL x Panamá

Quarta, 5/out
21h - WBC: Vencedor jogo 7 x Perdedor jogo 8

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Dúvidas MLB 18: movimento dos arremessadores e se há propostas para jogadores durante a temporada

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

O arremessador precisa realmente sempre fazer o mesmo movimento antes do arremesso?
Aílton Guastella, São Bernardo do Campo-SP

Precisa. Não porque ele é obrigado pela regra ou porque variar o movimento pode causar algum problema físico para ele, mas porque melhora o desempenho dele. 

Isso ocorre de duas maneiras: ao ter sempre a mesma mecânica, ele consegue ser mais consistente nos arremessos, pois é mais fácil repetir velocidade e localização final do arremesso se todo o movimento for igual. Além disso, se ele faz o mesmo movimento para qualquer arremesso, mudando apenas a pegada na bola e a forma de soltá-la da mão (o que faz a diferença de uma bola rápida para uma de curva, por exemplo), o rebatedor tem mais dificuldade de antecipar qual tipo de bola será lançada.

Se o arremessador faz um movimento para cada arremesso, há mais chance de ele estabelecer um padrão de usar mais a mecânica X para a bola rápida, a Y para a bola de curva e a Z para o changeup, por exemplo. Se isso acabar acontecendo, a informação rapidamente chega aos rebatedores e o resultado disso serão muitas rebatidas. Por isso, é recomendável que todo o movimento seja praticamente o mesmo sempre, só mudando na forma de pegar a bola e de soltá-la da mão.

Aroldis Chapman, do New York Yankees
Aroldis Chapman, do New York Yankees Icon Sportswire/Getty Images

Tem algum limite para o arremessador soltar a bolinha do monte?
Felipe de Paula, Lorena-SP

Não, para nenhuma direção. Se o arremessador arremessa de cima para baixo, pode soltar a bola bem no alto ou bem para frente. Se ele usa a mecânica submarino (arremessa pelo lado ou por baixo), pode também soltar onde bem entender. O limite é o quanto ele conseguir projetar seu corpo para fazer o lançamento. Se o arremessador tiver 5 metros de perna e conseguir avançar tanto a ponto de soltar a bola a apenas dez metros do rebatedor, parabéns para ele.

Procede o interesse do San Francisco Giants no Aaron Judge ou é somente pressão para conseguir um melhor contrato no New York Yankees?
Joe McClane, Indaial-SC

O mercado de transferências nos esportes americanos é bem diferente do futebol. Como há um recesso grande entre uma temporada e outra, não há tanta pressa assim entre jogadores e clubes para antecipar negociação de jogadores. As coisas têm seu tempo.

Como Judge está em seu último ano de contrato, os Yankees fizeram uma proposta no início da temporada para antecipar a renovação. O jogador não aceitou. Pronto. Judge é um jogador com vínculo contratual com os Yankees e as outras equipes não podem fazer propostas para ele. Internamente, os times até podem fazer avaliações do mercado e levantarem nomes que serão procurados, mas isso fica apenas no plano do planejamento interno. O assunto parou ali e cada um vai tocar a sua vida (no caso, disputar a temporada). 

Quando a temporada terminar, Judge se tornará um agente livre e todos os clubes interessados terão tempo para apresentar suas propostas, negociar e ver se ganham a disputa. Claro que o empresário do jogador pode usar o interesse de um time para arrancar mais dinheiro de outro, mas isso só ocorre durante o recesso. Até porque uma equipe (os Giants, no seu exemplo), pode ser punida se a liga descobrir que aliciou atleta de outra equipe durante a temporada.

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Dúvidas MLB 18: movimento dos arremessadores e se há propostas para jogadores durante a temporada

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Semana MLB: Por que a marca que Aaron Judge está perto de atingir vale tanto

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Aaron Judge, do New York Yankees
Aaron Judge, do New York Yankees Getty

Aaron Judge chegou a 60 home runs na última terça. Desde então, a expectativa do mundo do beisebol é pela 61ª e 62ª rebatidas do defensor externo dos Yankees por cima do muro. Especialistas no mercado de memorabília esportiva calculam que a bola do 62º home run possa atingir perto de US$ 20 milhões se o torcedor sortudo que a pegar colocar o objeto para leilão. Mas por que tudo isso para uma marca que, oficialmente, representa “apenas” o recorde da Liga Americana?

A marca de 61 home runs de Roger Maris, alcançada em 1961, permaneceu intocada por mais de 30 anos. Parecia um número místico, inalcançável. Até que três jogadores a destruíram na virada do século: Mark McGwire rebateu 70 e Sammy Sosa 66 em 1998, McGwire conseguiu 65 e Sosa 63 em 1999, Sosa chegou a 64 e Barry Bonds teve monstruosos 73 em 2001.

Foram façanhas absurdamente celebradas na época, inclusive impulsionando a popularidade do beisebol de volta após a queda decorrente da greve de 1994. No entanto, no meio da década de 2000 se descobriu que vários jogadores, incluindo McGwire, Sosa e Bonds, utilizaram substâncias proibidas para melhorarem seu desempenho atlético.

A MLB não realizava exame antidoping na virada do século, ainda que o regulamento proibisse as substâncias vetadas pela Agência Mundial Antidoping. De qualquer maneira, não havia mecanismos previstos para fiscalização e punição e as marcas são consideradas oficiais.

Sammy Sosa, único jogador a rebater mais de 60 home runs em três temporadas diferentes
Sammy Sosa, único jogador a rebater mais de 60 home runs em três temporadas diferentes Getty

Parte do público, porém, as vê com reservas. E, como desde que os exames antidoping se tornaram rotina no beisebol, ninguém ameaçou realmente bater os 61 home runs de Maris, a marca ainda é considerada como o “verdadeiro”, “honesta” ou “puro” recorde.

Assim, para muitos, Judge está prestes a expandir o limite do que um ser humano é capaz de fazer apenas com seu talento e treino, sem ajuda de substâncias ilícitas.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre o que é real no filme Moneyball, quais as torcidas mais hostis, projetos de beisebol na Índia e processo de arbitragem de jogadores jovens. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Albert Pujols se tornou, nesta sexta (dia 23), o quarto homem na história a rebater 700 home runs na MLB. Ele atingiu a marca ao rebater duas bolas para cima do muro na partida contra o Los Angeles Dodgers na Califórnia. O feito é tão incrível que a torcida angelena comemorou como se fosse uma rebatida de um jogador dos Dodgers. Só Barry Bonds, Hank Aaron e Babe Ruth rebateram mais home runs que “The Machine”.

O NÚMERO DA SEMANA

16. Quantidade de jogadores que fizeram sua primeira partida na MLB nesta temporada com a camisa do Cleveland Guardians. Nenhum time foi campeão de divisão estreando tantos jogadores ao longo da campanha, uma marca que os Guardians estão muito próximos de bater.

VÍDEO DA SEMANA

Como é a sensação de estar no estádio e ver uma bolinha de home run histórico vir em sua direção? Esse torcedor mostrou isso, ao filmar o 700º home run da carreira de Albert Pujols cair a poucos metros à sua esquerda.


O QUE VEM POR AÍ

Enfim, chegou a hora do Brasil nas Eliminatórias do World Baseball Classic. A seleção brasileira estreia na próxima sexta (dia 30) contra a Nova Zelândia em uma chave que ainda conta com Nicarágua, Panamá, Argentina e Paquistão. A comissão técnica não conseguiu reunir todos os jogadores do que seria a força máxima brasileira, mas a Seleção é vista como candidata viável a uma das duas vagas no Mundial. O panorama geral do grupo foi abordado há algumas semanas neste espaço (clique aqui). Todos os jogos das Eliminatórias do WBC serão transmitidos pelo Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 23/set
20h - Houston Astros x Baltimore Orioles (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 24/set
20h - Detroit Tigers x Chicago White Sox (Star+)

Domingo, 25/set
20h - Boston Red Sox x New York Yankees (ESPN 3 s Star+)

Segunda, 26/set
20h - New York Yankees x Toronto Blue Jays (ESPN 4 e Star+)

Terça, 27/set
20h30 - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 28/set
22h30 - Los Angeles Dodgers x San Diego Padres (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 29/set
19h - Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 30/set
20h - New York Mets x Atlanta Braves (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 30/set
14h - WBC: BRASIL x Nova Zelândia
21h - WBC: Paquistão x Argentina

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Por que a marca que Aaron Judge está perto de atingir vale tanto

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Dúvidas MLB 17: Moneyball, torcidas mais hostis, beisebol na Índia e processo de arbitragem

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Billy Beane, dirigente do Oakland Athletics interpretado por Bad Pitt no filme 'Moneyball'
Billy Beane, dirigente do Oakland Athletics interpretado por Bad Pitt no filme 'Moneyball' Getty

Comecei a me interessar pelo esporte após o filme Moneyball. Os acontecimentos do filme são todos reais?
Alisson Kennedy, @KennedyAlisson2

A versão mais realista de “Moneyball” está no livro. O filme faz algumas adaptações. Por exemplo, o personagem Peter Brand (interpretado por Jonah Hill) é inspirado em Paul DePodesta, mas algumas de suas ações foram realizadas por outros membros da direção do Oakland Athletics. Além disso, a produção de Hollywood simplificou a história, ocultando a participação de Sandy Alderson (antecessor e mentor de Billy Beane no mundo das estatísticas avançadas) e até o papel dos arremessadores para a incrível campanha dos A’s naquela temporada.

De qualquer maneira, o enredo básico do filme é real, desde a forma como o Oakland começa o ano desacreditado até o desfecho nos playoffs, incluindo o recorde de vitórias seguidas (marca que já foi batida, diga-se).

Qual a torcida mais hostil para o adversário?
Felipe S, @Slimfelipes

As duas torcidas tidas como mais intimidadoras são as de New York Yankees e Boston Red Sox, sobretudo porque costumam comparecer em grande volume nos estádios e são muito exigentes. Assim, não aceitam que “uma derrota é normal”. No entanto, quando chegam os playoffs, várias outras torcidas emergem como muito hostis. Por exemplo, Atlanta Braves, Pittsburgh Pirates, Philadelphia Phillies, Toronto Blue Jays e Oakland Athletics já mostraram como podem fazer muito barulho e atrapalhar o adversário em jogos grandes.

Ontem eu vi o filme “Arremesso de Ouro”. Por que não foi para frente a prospecção de jogadores indianos no beisebol?
Rodrigo dias, @rodias_93

A busca de jovens indianos que praticam críquete e adaptá-los ao beisebol não foi considerada um sucesso. Dois acabaram recebendo contrato de ligas menores, mas nenhum prosperou e chegou perto da MLB. Além disso, o programa era muito custoso. A estratégia da liga com a Índia mudou, preferindo criar escolas de beisebol no país para ver se surge algum talento. Ainda assim, as nações de críquete que dão mais sinais positivos são Paquistão e África do Sul, não a Índia.

Como funciona o processo de arbitragem entre o jogador e a franquia?
Leonardo Ceragioli, @leohhhh

O primeiro contrato de um jogador com uma franquia da MLB sempre é com salário baixo. Primeiro, passando algumas temporadas nas ligas menores. Quando é promovido ao time principal, recebe um aumento (mas, ainda assim, um valor baixo dentro do padrão da MLB). Esse contrato vale nas cinco primeiras temporadas dele nas grandes ligas, e é evidente que, nesse período, o atleta pode se mostrar uma figura valiosa ao time e merecer um salário muito maior.

Para evitar essa distorção, o jogador pode pedir para arbitrar seu salário a partir do terceiro ano na MLB. Assim, ele diz quanto acha que seria justo ele receber nos anos que faltam de seu contrato de acordo com o desempenho que ele vem tendo. Ao mesmo tempo, o clube estipula quanto acha justo pagar pelo jogador. Uma comissão independente define qual dos lados tem a razão e esse passa a ser o novo salário do jogador.

O processo é muitas vezes desgastante, porque o jogador precisa mostrar o quanto ele é importante e a franquia argumenta o quanto ele não é tão importante assim. Muitas vezes, o jogador se sente desprestigiado ou até ofendido pelos argumentos que os dirigentes de sua própria equipe apresentam. Tanto que, em alguns casos, jogador e clube acabam preferindo fazer uma negociação à parte, acertando um meio-termo das duas propostas, antes de terem de se apresentar diante da comissão de arbitragem.

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Dúvidas MLB 17: Moneyball, torcidas mais hostis, beisebol na Índia e processo de arbitragem

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Semana MLB: Semana para ficar de olho em Aaron Judge e nas Eliminatórias do Mundial

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Semana MLB fica diferente nesta semana. O blogueiro está de folga, então não teremos o formato de newsletter com os fatos mais relevantes dos últimos dias. Mas o leitor não fica sem a programação de transmissões. Essa está firme e forte.

Torcedores dos Yankees vestidos de juízes para incentivar Aaron Judge
Torcedores dos Yankees vestidos de juízes para incentivar Aaron Judge ESPN

É a semana para a definição do campeão da liga mexicana, entre Leones de Yucatán e Sultanes de Monterrey. Mas os dois temas mais importantes são Aaron Judge buscando o recorde de home runs da Liga Americana e o início das Eliminatórias do World Baseball Classic, a Copa do Mundo do beisebol. Nesta sexta começam as disputas do Grupo 1, que reúne seleções europeias e a África do Sul. 

A ESPN 3 transmite Yankees x Red Sox na quinta (será que o recorde de Judge cai contra seu maior rival?), e todas as partidas do Grupo 1 das Eliminatórias do WBC estarão no Star+.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre quais as maiores dinastias da MLB, por que Dodgers e Giants saíram de Nova York, quais posições mais valorizadas e se é mais fácil para um brasileiro jogar nos EUA ou no Japão. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 16/set
20h - Minnesota Twins x Cleveland Guardians (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 17/set
14h - Cincinnati Reds x St. Louis Cardinals (Star+)

Domingo, 18/set
20h - Los Angeles Dodgers x San Francisco Giants (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 19/set
17h - Seattle Mariners x Los Angeles Angels (ESPN 3 e Star+)

Terça, 20/set
20h30 - New York Mets x Milwaukee Brewers (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 21/set
20h - Pittsburgh Pirates x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 22/set
20h - Boston Red Sox x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 23/set
20h - Houston Astros x Baltimore Orioles (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 16/set
8h - WBC (Eliminatórias): África do Sul x Espanha
14h - WBC (Eliminatórias): Grã-Bretanha x França
21h30 - LMB (final): Sultanes de Monterrey x Leones de Yucatán, jogo 5

Sábado, 17/set
8h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 1 x Tchéquia
14h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 2 x Alemanha

Domingo, 18/set
8h - WBC (Eliminatórias): Perdedor Jogo 2 x Perdedor Jogo 3
14h - WBC (Eliminatórias): Perdedor Jogo 1 x Perdedor Jogo 4
19h - LMB (final): Leones de Yucatán x Sultanes de Monterrey, jogo 6

Segunda, 19/set
21h30 - LMB (final): Leones de Yucatán x Sultanes de Monterrey, jogo 7

Terça, 20/set
8h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 5 x Vencedor Jogo 6
14h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 3 x Vencedor Jogo 4

Quarta, 21/set
14h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 8 x Perdedor Jogo 7

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Semana para ficar de olho em Aaron Judge e nas Eliminatórias do Mundial

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Dúvidas MLB 16: dinastias da MLB, Dodgers e Giants saindo de NY, posições mais valorizadas e jogar nos EUA ou no Japão

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Já houve um time que dominou a MLB por um período, que conquistou cinco ou mais títulos consecutivos?
Adriano Padial, @AdrianoPadial82

O New York Yankees é a franquia mais vitoriosa das principais ligas da América do Norte e, como seria de se imaginar, tiveram seus momentos de dinastias na MLB. A maior sequência foi de cinco títulos, entre (1949 e 53), mas o time também teve tetra (de 1936 a 39) e tricampeonato (de 1998 a 2000). Além dos Yankees, apenas o Oakland Athletics teve uma sequência semelhante, com um tri entre 1972 e 74.

O que motivou Giants e Dodgers saírem de Nova York e irem para São Francisco e Los Angeles?
Renato Ribeiro, @Renato81880446

Na década de 1950, o Brooklyn Dodgers queria um novo estádio, mas Walter O’Malley, dono da franquia, estava com dificuldade para conseguir a aprovação da prefeitura de Nova York para a construção de um. Assim, ele começou a ameaçar mudar de cidade se as autoridades municipais não colaborassem. O mesmo acontecia com o New York Giants.

A rivalidade Giants x Dodgers atinge até os hidrantes
A rivalidade Giants x Dodgers atinge até os hidrantes Reprodução TV

Naquela época, os times da MLB já não viajavam mais de trem, mas de avião. Dessa forma, já era mais fácil um time com sede em cidade mais distante da Costa Leste ter um lugar na liga. Minneapolis começou a negociar com os Giants, que também foram sondados por São Francisco. Enquanto isso, Los Angeles passou a conversar com o Washington Senators.

O’Malley ficou sabendo da negociação dos Senators com LA e entrou no meio. Percebeu a grande oportunidade que tinha em se tornar o único time da cidade que mais crescia nos Estados Unidos na época e ofereceu os Dodgers para a cidade californiana. 

O problema é que, por mais que os times já viajassem de avião, fazer um deslocamento da Costa Leste ou do Meio-Oeste até a Califórnia seria muito desgastante. Os demais times da MLB só aprovariam a mudança dos Dodgers para Los Angeles se houvesse outro time na Califórnia. Assim, a tabela já seria feita de maneira que as equipes tivessem de ir apenas uma vez para a Costa Oeste, fariam vários jogos de uma vez por lá, e depois voltariam.

Precisando de outra equipe na Costa do Pacífico, O’Malley procurou Horace Stoneham, dono dos Giants. A ideia era fazer uma mudança casada: tanto Dodgers quanto Giants trocariam Nova York pela Califórnia ao mesmo tempo, pegando as duas maiores cidades que queriam entrar na MLB e mantendo a mística da rivalidade nova-iorquina do outro lado dos EUA. Stoneham topou, encerrou as negociações com Minneapolis e assim surgiram Los Angeles Dodgers e San Francisco Giants em 1957.

Ah, e você deve ter percebido que ficaram duas pontas soltas na história, né? Minneapolis queria os Giants e ficou sem time, enquanto que os Senators queriam Los Angeles e não conseguiram. Bem, em 1961, o Washington Senators se mudou para Minneapolis, virando o Minnesota Twins.

E todos viveram felizes para sempre. Ou nem tão felizes assim, depende da temporada.

Entre o lançador, catchers e o rebatedor, qual deles é mais importante pro time?
Paulo Massa, @PauloMa79895134

É uma questão bastante subjetiva. Cada um pode ver sua posição preferida como a mais importante. Os arremessadores são os que têm o maior impacto no desempenho da equipe em um jogo, pois dão o tom de metade das ações de sua equipe. No entanto, eles não podem jogar todo jogo: os abridores jogam apenas 20% e os relievers cerca de 40% (mas com participações curtas). Os rebatedores estão ali todos os jogos. O que vale mais? 

Uma forma de comparar coisas tão diferentes é usar um elemento que unifique: dinheiro. Após décadas e décadas, imagina-se que os clubes tenham desenvolvido uma maneira boa de avaliar quanto vale pagar para os arremessadores e para seus rebatedores pelo que eles ajudam a produzir. 

O site Spotrac fez um levantamento do salário médio dos jogadores da MLB por posição. Ficou assim:

1) Rebatedor designado
2) Defensor direito
3) Defensor esquerdo
4) Abridor (arremessador titular)
5) Primeira base
6) Terceira base
7) Fechador (principal arremessador do bullpen)
8) Defensor central
9) Segunda base
10) Shortstop
11) Catcher
12) Reliever comum (arremessador de bullpen)

Avaliando o ranking, fica evidente que as posições mais bem pagas são as que costumam ter os melhores rebatedores de força (rebatedor designado, defensor de campo externo, defensor das pontas do campo interno), com as posições nobres dos arremessadores se metendo no meio. Depois aparecem as posições de rebatedores de aproveitamento mais alto, o catcher (que costuma rebater mal) e, por fim, o arremessador de bullpen que faz entradas intermediárias.

Por essa medida, fica evidente que os clubes pagam mais para rebatedores de força. E que posições que exigem muito defensivamente não são tão valorizadas porque seus jogadores não costumam rebater tão bem.

É mais fácil um brasileiro jogar nos EUA ou Japão?
Fernando Oliveira, @fernando_oliva

O Brasil já teve mais jogadores na MLB do que na NPB, mesmo que o nível técnico da liga dos EUA seja mais alto. Isso já responde à pergunta de forma bastante simples. Mas dá para dizer que é um fenômeno dos últimos dez anos.

Thyago Vieira, único brasileiro a jogar na MLB e na NPB
Thyago Vieira, único brasileiro a jogar na MLB e na NPB ESPN

O beisebol brasileiro se estruturou em cima de clubes da comunidade japonesa. Assim, não apenas eles praticavam o beisebol dentro da escola japonesa como, depois de um tempo, foram estabelecendo parcerias com instituições do beisebol japonês. Alguns brasileiros receberam convite para fazer ensino médio no Japão com bolsa esportiva de beisebol, e depois puderam jogar em universidades e na Liga Industrial (semi-profissional).

No entanto, a entrada na NPB é mais difícil porque, além de um alto nível técnico, há limite de estrangeiros por equipes. Se o brasileiro não se naturalizou japonês, ele terá de disputar uma vaga com americanos, dominicanos, cubanos, venezuelanos, sul-coreanos e taiwaneses.

A MLB começou a fazer um trabalho mais frequente no Brasil na década de 2000. Uma espécie de peneira anual passou a ser organizada, para que olheiros das franquias americanas pudessem avaliar as promessas brasileiras e fazer propostas para as principais. Aos poucos, jogadores brasileiros começaram a assinar contratos com times americanos, atuando em ligas menores. Quatro deles (Paulo Orlando, André Rienzo, Thyago Vieira, que hoje joga na NPB, e Luís Gohara) chegaram à MLB. Além deles, Yan Gomes chegou às grandes ligas após jogar beisebol universitário nos EUA e ser draftado.

Isso também é possível pelo fato de não haver limite de estrangeiros nos times americanos, o que torna a disputa mais aberta aos brasileiros que atuam em ligas menores e procuram um espaço na equipe principal. Com o aumento de brasileiros nessas ligas menores, a chance de alguns acabarem subindo aumentou.

Por isso, o caminho para os EUA está mais fácil (ou melhor, menos difícil). Ainda assim, não há tanta diferença assim. Porque a MLB é maravilhosa, mas os níveis inferiores são muito mais duros. As ligas menores pagam mal e dão poucas chances para o jogador que não mostra capacidade de ser promovido. Tanto que alguns brasileiros preferiram seguir a carreira na América Latina a seguir em ligas menores quando há pouca perspectiva de dar o passo final à MLB.

Enquanto isso, é perfeitamente possível ter uma vida de atleta bastante digna jogando a Liga Industrial Japonesa. Se considerarmos isso, pode até ser mais fácil chegar à MLB do que à NPB, mas é muito mais fácil ter uma vida de atleta profissional de beisebol no Japão do que nos EUA.

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Dúvidas MLB 16: dinastias da MLB, Dodgers e Giants saindo de NY, posições mais valorizadas e jogar nos EUA ou no Japão

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Semana MLB: Conheça as novas regras que a MLB adotará em 2023

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Já se sabia que a temporada 2023 viria com algumas novidades no regulamento. Isso ficou evidente quando a MLB conseguiu maior liberdade para implementar novas regras na negociação do novo acordo trabalhista, assinado em março deste ano. A partir daí, era questão de tempo para serem anunciadas quais, das tantas que a liga já vinha testando em outras competições, seriam efetivamente adotadas pela Major League Baseball.

A decisão foi oficializada nesta sexta, com novas regras que serão adotadas já na próxima temporada. Veja o que muda:

Relógio de arremessos

A mudança mais esperada de todas. A partir de 2023, os arremessadores terão 15 segundos para fazer seus arremessos quando as bases estiverem vazias ou 20 segundos se houver corredor em base. Caso o tempo se esgote por demora do arremessador ou por que o catcher não está posicionado para receber a bola, o árbitro marcará uma bola para a contagem do duelo. Se o rebatedor que demorar, não se posicionando para receber o arremesso antes de 8 segundos para o estouro do cronômetro, será marcado um strike no duelo. 

Relógio de arremesso também vale para catcheres e rebatedores
Relógio de arremesso também vale para catcheres e rebatedores ob Carr/Getty Images

Pick offs (arremessos para potenciais ladrões de base)

É uma extensão da regra do relógio. O cronômetro é reiniciado se o arremessador tentar eliminar um corredor em base. No entanto, agora serão permitidos apenas dois pick offs por duelo. Caso o arremessador tente um terceiro, ele terá obrigatoriamente de eliminar o corredor ou a base ser efetivamente roubada. Caso contrário, será marcado um balk e os corredores avançarão uma base.

Posicionamento defensivo

A MLB foi firme contra o shift, posicionamento defensivo em que os jogadores do campo interno ficam deslocados para um dos lados e “cercam” rebatedores com dificuldade para rebater para o campo oposto. A partir do ano que vem, as defesas obrigatoriamente terão de ter seus quatro jogadores de campo interno com os dois pés na área de terra, sendo que apenas dois de cada lado da segunda base. Ainda é possível imaginar uma configuração que feche o lado do rebatedor, mas não de maneira tão agressiva como as que vinham sendo adotadas nos últimos anos.

Visitas ao montinho

Continuam as seis permitidas nas nove entradas da partida, com uma a mais para cada entrada extra que for disputada. No entanto, se um time tiver gasto todas as suas visitas antes da nona entrada, pode usar mais uma nesta nona entrada. Essa visita extra não pode ser “guardada” para eventuais entradas extras.

Bases maiores

As bases serão aumentadas de 15 para 18 polegadas (de 38 para 45,7 cm). O objetivo é dar mais espaço para os corredores pisarem na base e reduzir o risco de lesões. Teoricamente, isso também facilitará o roubo de bases, mas a própria MLB acredita que o ganho nesse aspecto seja pequeno.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobrcomo é o novo formato dos playoffs, a influência do vento nos arremessos, as iniciais do boné dos Twins e quem escolhe os arremessos (catcher ou arremessador?). Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Na esteira da aposentadora de Serena Williams, um programa da TV americana elencou os que eles consideravam os maiores atletas de todos os tempos. A lista acabou viralizando no Brasil por ser extremamente americanocêntrica, apenas com esportistas dos EUA (e o ranking era bem questionável mesmo se fosse apenas sobre atletas americanos). Algumas pessoas questionaram principalmente a presença de Babe Ruth, muito por desconhecimento sobre seus feitos. Pois então vamos mostrar por que é válido colocar Ruth em um top 5 ou 10 de maiores atletas americanos.


A grandeza histórica de um atleta desse nível pode ser medida em uma soma de conquistas, dominância individual sobre seus concorrentes, fama alcançada e como ele revolucionou a modalidade que pratica, a elevando a um nível jamais visto. Ruth atingiu tudo isso: conquistou sete World Series e transformou o New York Yankees de um time mediano no maior campeão das ligas americanas, revolucionou o beisebol ao transformar o home run em uma ferramenta comum para anotar corridas, teve marcas que só foram alcançadas décadas depois e se tornou a primeira superestrela do esporte nos EUA, a ponto de criarem o adjetivo “ruthian” (“ruthiano”) para qualificar um desempenho esportivo extraordinário. 

Entre americanos nas ligas americanas, apenas Michael Jordan teve impacto semelhante ou maior (Wayne Gretzky é canadense). Mesmo Tom Brady, o maior nome do futebol americano, não chegou a preencher todos esses critérios como Ruth em sua era.

O NÚMERO DA SEMANA

55. Número de home runs que Aaron Judge já rebateu neste ano. Pelo ritmo atual, ele chegaria a 64 ao final da temporada regular, superando Roger Maris, que rebateu 61 em 1961 e até hoje tem o recorde de HRs da Liga Americana (e da MLB se desconsiderarmos jogadores que sabidamente tiveram ajuda de doping).

VÍDEO DA SEMANA

Os splash hits já ficaram famosos no folclore do beisebol. São os home runs rebatidos para fora do estádio no campo direito do Oracle Park cujas bolas acabam caindo nas águas da Baía de São Francisco. Já foram 95 em 23 anos de existência do estádio do San Francisco Giants. Mais raros são os home runs que também voam pelo campo direito e caem nas águas do Rio Alegheny no PNC Park, casa do Pittsburgh Pirates. No último dia 6, Oneil Cruz rebateu o 67º da história. uma cacetada de 113,4 milhas/hora.


O QUE VEM POR AÍ

Minnesota Twins e Cleveland Guardians disputam palmo a palmo o título da Liga Americana Central. Desse modo, os próximos dias são decisivos para essas duas equipes. Serão oito confrontos diretos entre 9 e 19 de setembro. Se um dos times tiver grande superioridade nessas duas séries, ficará em situação privilegiada para conquistar a divisão. Se houver muito equilíbrio, capaz de abrirem espaço para o Chicago White Sox atropelar. Vale muito ficar de olho. Os canais Disney transmitem o quarto jogo desta sequência, no próximo dia 16.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 9/set
20h - Tampa Bay Rays x New York Yankees (Star+)

Sábado, 10/set
15h - San Francisco Giants x Chicago Cubs (Star+)

Domingo, 11/set
21h - San Francisco Giants x Chicago Cubs (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 12/set
20h - Tampa Bay Rays x Toronto Blue Jays (ESPN 3 e Star+)

Terça, 13/set
22h30 - San Diego Padres x Seattle Mariners (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 14/set
20h30 - Milwaukee Brewers x St. Louis Cardinals (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 15/set
20h - Pittsburgh Pirates x New York Mets (Star+)

Sexta, 16/set
20h - Minnesota Twins x Cleveland Guardians (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sábado, 10/set
19h - LMB (final): Leones de Yucatán x Sultanes de Monterrey, jogo 1

Domingo, 11/set
19h - LMB (final): Leones de Yucatán x Sultanes de Monterrey, jogo 2

Terça, 13/set
21h30 - LMB (final): Sultanes de Monterrey x Leones de Yucatán, jogo 3

Quarta, 14/set
21h30 - LMB (final): Sultanes de Monterrey x Leones de Yucatán, jogo 4

Quinta, 15/set
21h30 - LMB (final): Sultanes de Monterrey x Leones de Yucatán, jogo 5

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Conheça as novas regras que a MLB adotará em 2023

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Dúvidas MLB 15: como é o novo formato dos playoffs, a influência do vento, o boné dos Twins e quem escolhe os arremessos

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Como funciona a Liga? Tem playoffs igual à NBA com melhor de cinco jogos?
Roger Machado, @pqqeeupinho

Sim, tem playoffs. Inclusive, o formato foi alterado neste ano. 

São 30 times, divididos em Liga Americana e Liga Nacional (equivalem às conferências de NFL e NBA). Cada liga tem 15 times, organizados em três divisões (Leste, Central e Oeste) de cinco equipes cada. Esses são os grupos: 

LIGA AMERICANA

Divisão Leste: Baltimore Orioles, Boston Red Sox, New York Yankees, Tampa Bay Rays e Toronto Blue Jays
Divisão Central: Chicago White Sox, Cleveland Guardians, Detroit Tigers, Kansas City Royals e Minnesota Twins
Divisão Oeste: Houston Astros, Los Angeles Angels, Oakland Athletics, Seattle Mariners e Texas Rangers

LIGA NACIONAL

Divisão Leste: Atlanta Braves, Miami Marlins, New York Mets, Philadelphia Phillies e Washington Nationals
Divisão Central: Chicago Cubs, Cincinnati Reds, Milwaukee Brewers, Pittsburgh Pirates e St. Louis Cardinals
Divisão Oeste: Arizona Diamondbacks, Colorado Rockies, Los Angeles Dodgers, San Diego Padres e San Francisco Giants

Washington Nationals comemora a conquista da World Series de 2019
Washington Nationals comemora a conquista da World Series de 2019 Getty

São 162 jogos na temporada regular. Classificam-se para o mata-mata os campeões de cada divisão e mais três times com melhor campanha entre os demais. As equipes são classificadas dessa forma:

1) Campeão de divisão com melhor campanha;
2) Campeão de divisão com a segunda melhor campanha;
3) Campeão de divisão com a terceira melhor campanha;
4) Time de melhor campanha entre os que não ganharam a divisão;
5) Segundo time de melhor campanha entre os que não ganharam a divisão;
6) Terceiro time de melhor campanha entre os que não ganharam a divisão.

As fases de mata-mata ficam assim:

- Fase de wild card (melhor de três jogos, com TODOS os jogos na casa do time com melhor classificação):
3 x 6 / 4 x 5

- Séries de divisão (melhor de cinco jogos, com time de melhor classificação tendo vantagem do mando no jogo final)
1 x 4 ou 5 / 2 x 3 ou 6

- Finais de liga (melhor de sete jogos, com time de melhor classificação tendo vantagem do mando de campo no jogo final)
Vencedores dos confrontos de divisão

- World Series (finalíssima, melhor de sete jogos, com time de melhor campanha na temporada regular tendo vantagem do mando de campo no jogo final)
Campeão da Liga Americana x Campeão da Liga Nacional

O vento atrapalha bastante o arremesso e a rota da bola?
Christianne, @Christi78058280

Não muito. Claro que uma ventania muito forte pode atrapalhar, desde o equilíbrio do arremessador ao fazer o arremesso até a trajetória da bola, mas, na MLB, dois ou três anéis de arquibancada cercam o campo interno e servem como uma espécie de barreira, reduzindo o impacto do vento. Esse fator é muito mais relevante após a rebatida, pois a bola muitas vezes voa alto e pelo campo externo, onde há menos arquibancada. Aí, é muito comum o ar empurrar a bola e influenciar nos home runs (dependendo da direção do vento, pode ajudar a levar a bola para fora do campo ou impedir que ela saia).

Por que o símbolo do Minnesota Twins, que é de Minnesota (MT), é um CT?
Ronério Silva, @silva_ronerio

Os times que se identificam como “Minnesota” (Twins na MLB, Vikings na NFL, Timberwolves na NBA, Wild na NHL, Lynx na WNBA e United na MLS) representam a região metropolitana de Minneapolis / St. Paul, conhecidas como “Twin Cities” (Cidades Gêmeas). A rivalidade entre ambas é grande há séculos, e um time se identificar com uma delas (como o Minneapolis Lakers, hoje LA Lakers) poderia afastar os torcedores na outra. Assim, as franquias adotaram o estado no nome, e o time de beisebol até fez referência a isso em seu nome (“Minnesota Twins” são “Gêmeas de Minnesota”). A ideia de fazer referência às duas cidades segue no boné, com “TC” (“Twin Cities”) ao invés do “M” de Minnesota (que poderia parecer de Minneapolis).


A escolha do arremesso é mais responsabilidade do catcher ou do arremessador?
William e Ana Júlia Rosa, @Wil_Ana_Rosa

É de ambos. Antes dos jogos, arremessadores e catcher já combinam estratégias básicas de como enfrentar cada rebatedor adversário. Já ali os dois podem colocar suas ideias e tê-las como ponto de partida. Na hora do jogo mesmo, o catcher faz o sinal sugerindo que arremesso ele prefere para aquele momento, mas o arremessador pode rejeitar se não achar que é o melhor. Os arremessadores tendem a acatar mais as sugestões quando já têm um bom entrosamento com o catcher, ou quando sabem que estão diante de um catcher experiente e que conhece bem o adversário. Mas sempre há arremessadores mais geniosos que rejeitam arremessos com mais frequência. Até porque, em última instância, o arremessador que provavelmente será criticado pela torcida e pela imprensa se houver um arremesso ruim.

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Semana MLB: O Brasil escapa de favorito nas eliminatórias para o Mundial

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Seleção brasileira comemora a vitória sobre o Panamá e a classificação para o World Baseball Classic de 2013
Seleção brasileira comemora a vitória sobre o Panamá e a classificação para o World Baseball Classic de 2013 EFE

A organização do World Baseball Classic anunciou a tabela das Eliminatórias para a próxima edição do torneio (equivalente à Copa do Mundo de beisebol). Já se sabia que o Brasil estava no grupo sediado no Panamá, ao lado dos anfitriões, Nicarágua, Argentina, Nova Zelândia e Paquistão. Agora, foi anunciado que a seleção brasileira fará sua estreia em 30 de setembro, às 13h (de Brasília), contra a Nova Zelândia.

Conhecer esse caminho é importante. Apesar de ser um grupo de seis equipes, não será um hexagonal convencional, em que todos se enfrentam. Será um torneio de dupla eliminação, formato em que os times são eliminados a partir do momento que perdem duas partidas.

Pausa no texto para um ANÚNCIO: os canais Disney transmitirão as Eliminatórias do World Baseball Classic. Fiquem atentos à grade da ESPN e do Star+

Considerando que o Panamá é favorito por jogar em casa e por ter potencial para montar uma equipe mais forte, a tabela anunciada foi favorável ao Brasil. Em teoria, os brasileiros têm boas condições de vencer os neozelandeses na estreia e, confirmando essa expectativa, cruzariam com a Nicarágua na segunda rodada. O vencedor de Argentina x Paquistão que cairia com o Panamá. Clique aqui para ver a tabela completa e entender o sistema de disputa.

O caminho mais acessível pode ser importante. Os responsáveis pela Seleção estão otimistas em relação ao elenco que disputaria o WBC em março, com sinais positivos de Bo Bichette (shortstop do Toronto Blue Jays) e Dylan Lee (arremessador do Atlanta Braves), americanos de família brasileira. No entanto, o time para as Eliminatórias tende a ter muitos desfalques. Além não poder contar com os jogadores da MLB, o Brasil ficaria sem os nomes que atuam no Japão e mesmo alguns que estão em ligas menores poderiam ter problemas para conseguir liberação.

Na data original das Eliminatórias, março de 2020, o Brasil era tido como um dos favoritos justamente por estar com vários jogadores que atuam em ligas menores e no Japão. Com o adiamento do torneio pela pandemia, a Seleção se viu prejudicada pela data do qualificatório, ainda durante as temporadas de EUA e Japão.

De qualquer maneira, o Brasil tem condições de brigar com a Nicarágua pela segunda vaga do grupo. A Argentina corre por fora.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre qual a cidade mais fanática por beisebol, lesões mais comuns, a trajetória dos arremessadores e correr em linha ou por todo o campo. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Tony LaRussa está afastado da função de técnico do Chicago White Sox. O segundo treinador com mais vitórias na história da MLB e membro do Hall da Fama deixou o clube por problemas de saúde. LaRussa foi para o Arizona, onde mora, para realizar exames. Não foi divulgado o problema que gerou o afastamento e não há previsão de retorno. Enquanto o técnico estiver fora, os White Sox serão comandados por Miguel Cairo, assistente de LaRussa nos Meias Brancas.

O NÚMERO DA SEMANA

18. O New York Yankees teve 10 vitórias e 18 derrotas em agosto. Foi o mês com mais derrotas dos Yankees desde que perdeu 19 em setembro… de 1991.

VÍDEO DA SEMANA

A música “Narcos”, do DJ australiano Timmy Trumpet, ficou conhecida no meio do beisebol por acompanhar as entradas em campo de Edwin Díaz, fechador do New York Mets. Nesta semana, o DJ esteve em Nova York para acompanhar duas partidas dos Mets. Em uma delas, Díaz entrou em campo para fechar a partida. E o próprio Trumpet tocou a música.


O QUE VEM POR AÍ

Com Seattle Mariners e Tampa Bay Rays se descolando ligeiramente como os principais não-líderes de divisão da Liga Americana, a luta pelo terceiro wildcard desse lado da chave dos playoffs está se transformando em um duelo direto entre Toronto Blue Jays e Baltimore Orioles. Entre segunda e quarta da próxima semana, os times se encontram em Baltimore para três jogos que podem mudar o rumo dessa disputa. O Star+ transmite o jogo da terça, abrindo a série com Kevin Gausman e Kyle Bradish no montinho.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 2/set
20h - New York Yankees x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 3/set
17h - Texas Rangers x Boston Red Sox (Star+) 

Domingo, 4/set
20h - San Diego Padres x Los Angeles Dodgers (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 5/set
19h30 - Chicago White Sox x Seattle Mariners (ESPN 3 e Star+)

Terça, 6/set
20h - Toronto Blue Jays x Baltimore Orioles (Star+)

Quarta, 7/set
20h - Minnesota Twins x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 8/set
16h - San Francisco Giants x Milwaukee Brewers (Star+) 

Sexta, 9/set
20h - Tampa Bay Rays x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 2/set
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals
21h30 - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Sultanes de Monterrey, jogo 4

Sábado, 3/set
19h - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Sultanes de Monterrey, jogo 5
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals

Segunda, 5/set
22h - LMB (playoffs): Sultanes de Monterrey x Toros de Tijuana, jogo 6

Terça, 6/set
22h30 - LMB (playoffs): Sultanes de Monterrey x Toros de Tijuana, jogo 7

Sexta, 9/set
21h30 - LMB (final): Jogo a definir, jogo 1

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: O Brasil escapa de favorito nas eliminatórias para o Mundial

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Dúvidas MLB 14: A cidade mais fanática por beisebol, lesões mais comuns, a trajetória dos arremessadores e correr em linha ou por todo o campo

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Qual a cidade que mais gosta de beisebol? Qual o time da MLB com maior torcida?
Luiz Carlos Guedes, @Luiz_C_Guedes

O beisebol é considerado o esporte mais popular em Nova York, St. Louis e Boston, e fica cabeça a cabeça com o basquete em Los Angeles e com o futebol americano em Chicago. Ainda que o fanatismo de bostonianos e nova-iorquinos seja notável, dá para apontar St. Louis como a cidade mais fanática pelo beisebol, pois a atenção dedicada aos Cardinals é incomparavelmente maior que é a dedicada aos Blues e a que era aos Rams antes do retorno a Los Angeles. 

Em relação a maior torcida, é sem dúvida o New York Yankees. Por ser o time mais vitorioso, com equipes campeãs e grandes craques ao longo de quase um século, os Yankees formaram uma grande torcida por todos os Estados Unidos, mesmo longe de Nova York.

O St. Louis Cardinals sempre jogam com estádio lotado
O St. Louis Cardinals sempre jogam com estádio lotado Getty Images

Qual é o tipo de lesão mais comum no beisebol? E qual é a mais "fatal", que pode encerrar a carreira de um jogador ou ele nunca mais ser o mesmo?
Pedro Lima Prado, @PetrosPratum

As lesões estão muito ligadas ao tipo de movimento dos jogadores. Assim, os problemas que atingem rebatedores são diferentes dos que afligem arremessadores. Para rebatedores, o mais comum são lesões musculares no tronco, fraturas em mãos, pés e braços por levar boladas e torções no tornozelo durante uma corrida entre as bases. Para arremessadores, a questão mais recorrente é com ligamentos do cotovelo e do ombro.

A mais “fatal” são algumas lesões especialmente graves no ligamento no joelho de um rebatedor ou de ligamento no ombro de um arremessador. 

Qual a ordem "natural" da carreira de um arremessador? Começar na rotação e ir para o bullpen ou o contrário?
Rodrigo Vieira, @belli__vieira

Não existe uma regra. Há arremessadores que passam a carreira inteira (desde a base) como abridores, há outros que são profissionais do bullpen. Mas, se dá para apontar uma trajetória como “a mais recorrente”, é de o arremessador ser abridor nas ligas menores, mas chegarem à MLB como jogadores de bullpen enquanto vão se adaptando ao nível de jogo até serem promovidos à rotação. No final da carreira, já veterano e com menos resistência para fazer partidas longas, acabam voltando ao bullpen.

Mariano Rivera, o maior fechador de todos os tempos, começou a carreira como abridor, não vingou e acabou no bullpen
Mariano Rivera, o maior fechador de todos os tempos, começou a carreira como abridor, não vingou e acabou no bullpen Getty

O jogador que rebate ou que vai roubar a base só pode correr sobre a linha? E o árbitro é soberano quando erra na MLB? Pois quase não vejo jogadores reclamarem.
Leandro Viegas, Rio de Janeiro

Sim, só pode seguir na linha. Tenta imaginar a situação se não houvesse essa obrigatoriedade: viraria pega-pega. O sujeito sairia correndo pelo campo e os adversários ficariam tentando encostar nele. 

Em relação ao árbitro, é soberano como em qualquer esporte (como o futebol). Ele toma sua decisão. Algumas podem ser contestadas e revistas pelo vídeo, outras não. E há muita reclamação em cima dos árbitros, sim (aqui há alguns exemplos, vale a pena ver porque é divertido).

A diferença efetiva mesmo é que encostar no juiz já é passível de expulsão automática e a tolerância a reclamações é menor do que, por exemplo, no futebol. Mas está longe de ser como no rugby, esporte famoso pela maneira como os jogadores acatam as decisões dos árbitros.

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Nada de figurinha dourada do Neymar: conheça a história do card de beisebol mais caro que a camisa do maior jogo de Maradona

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Mais de doze milhões de dólares. Por um card. Não é uma coleção completa, não é a tal figurinha dourada de Neymar na Copa, é apenas um card. Ou melhor, "o" card. Um colecionador pagou US$ 12,6 milhões por um card de Mickey Mantle da coleção de 1952 da Topps. O valor astronômico se deve pela raridade da peça e pelo estado de conservação, avaliado em 9,5 por uma empresa especializada na área. Com isso, se tornou o artigo esportivo mais caro de todos os tempos, independentemente da modalidade.

O curioso é como esse card de Mickey Mantle sobreviveu 70 anos praticamente sem desgaste.

Em 1952, um lote da coleção de cards da MLB da Topps teve problemas de produção e foi retirado de circulação. Uma caixa de pacotinhos acabou parando com um caminhoneiro que fazia entrega dos produtos da empresa. Ele guardou no porão de sua casa e ficou esquecida por décadas.

Em 1986, o caminhoneiro faleceu e seu filho, Ted Lodge, herdou a casa. Ele estava arrumando as coisas do pai quando encontrou a caixa de cards perdidos. Lodge, também caminhoneiro, contou para um amigo. Esse amigo, já desconfiando que aquele lote poderia ter um valor 34 anos depois, tinha o contato de Alan Rosen, especialista na avaliação de cards de beisebol. 

O lote tinha 5,5 mil cards, a maioria em ótimo estado. No entanto, nem todos tinham o valor máximo de mercado pois, como já se imaginava, muitas das peças tinham os tais problemas de fabricação que fizeram que saíssem de circulação na época. Por exemplo, havia dezenas de exemplares de Mickey Mantle que não estavam centralizados (por erro de impressão, a figura estava deslocada para algum lado). No final das contas, Rosen vendeu card a card, faturando US$ 475 mil na época. A peça mais valiosa foi o único exemplar de Mantle que estava perfeito (bem preservado e impresso corretamente), por US$ 50 mil.

O comprador rejeitou ofertas durante anos, até que foi convencido pelos filhos a colocar a figura à venda. Ele procurou uma empresa especializada em leilões de memorabília esportiva, que avaliou que a peça poderia passar de US$ 10 milhões. De fato, o card de 1952 da Topps de Mickey Mantle chegou a US$ 12,6 milhões, passando o recorde de card mais caro da história (pertencia a um de Honus Wagner de 1911, vendido pela última vez por US$ 7,25 milhões). 

Card de Mickey Mantle
Card de Mickey Mantle Matt Dirksen/Colorado Rockies/Getty Imag

O valor superou também o de memorabília esportiva mais cara de todos os tempos, superando a camisa que Maradona usou no jogo contra a Inglaterra nas quartas de final da Copa de 1986 (o jogo do gol mais bonito da história das Copas e também da “Mão de Deus”), vendida em maio por US$ 9,3 milhões.


Nem a camisa que Maradona vestia nesse jogo valeu tanto quanto o card de Mantle de 1952
Nem a camisa que Maradona vestia nesse jogo valeu tanto quanto o card de Mantle de 1952 Getty Images

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre siglas utilizadas para arremessadores, o que configura ir para o swing, se vale a pena aumentar a liga e por que não um clube na cidade de Columbus. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Julio Rodríguez é o principal favorito ao título de Estreante do Ano da Liga Americana e chamou a atenção do público nacional ao chegar à final do Home Run Derby. Foi o suficiente para o Seattle Mariners querer prolongar o vínculo com o defensor central bem antes de o atual contrato se encerrar: de acordo com Jeff Passan, da ESPN americana, são US$ 209,3 milhões por 12 anos, mas com uma cláusula que o eleva a US$ 469,6 milhões por 17 anos se ele conquistar dois prêmios de MVP.

O NÚMERO DA SEMANA

24. Número utilizado por Willie Mays em sua carreira. O defensor externo – para muitos historiadores do beisebol, o melhor jogador da história da modalidade – fez quase toda sua carreira no New York/San Francisco Giants, onde seu número está aposentado desde que deixou o clube, em 1972. No entanto, ele fez duas temporadas pelo New York Mets, e recebeu da então dona da franquia a promessa de que seu número seria aposentado. Isso acabou não ocorrendo até este sábado, quando os Mets anunciaram que a camisa 24 não será mais utilizada. Mays é o 13º jogador a ter o número aposentado em mais de uma equipe da MLB.

VÍDEO DA SEMANA

No jogo de bananabol entre Savannah Bananas e Party Animals, o primeira base Dakota Albritton – o jogador com a maior zona de strike do mundo – conseguiu sua primeira rebatida.


O QUE VEM POR AÍ

O Los Angeles Dodgers viaja a Nova York para fazer uma série espetacular contra os Mets. São os dois times de melhor campanha da MLB e os três confrontos podem ajudar a definir quem terá a vantagem de mando de campo nos playoffs e até servir de aperitivo para um eventual encontro no mata-mata. Os canais Disney transmitem a partida da quinta, às 17h, com Chris Bassitt e Dustin May como abridores prováveis.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 26/ago
20h - Los Angeles Angels x Toronto Blue Jays (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 27/ago
16h - Los Angeles Angels x Toronto Blue Jays (Star+)

Domingo, 28/ago
20h - Atlanta Braves x St. Louis Cardinals (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 29/ago
22h30 - New York Yankees x Los Angeles Angels (ESPN 3 e Star+)

Terça, 30/ago
22h30 - San Diego Padres x San Francisco Giants (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 31/ago
22h30 - New York Yankees x Los Angeles Angels (Star+)

Quinta, 1º/set
17h - Los Angeles Dodgers x New York Mets (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 2/set
20h - New York Yankees x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 26/ago
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals
20h - Little League World Series (beisebol): Home Run Derby

Sábado, 27/ago
13h30 - Little League World Series (beisebol, semifinal): Taiwan x Curaçao
16h30 - Little League World Series (beisebol, semifinal): Havaí x Tennessee
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals

Domingo, 28/ago
11h - Little League World Series (beisebol, disputa 3º lugar): Tennessee x Taiwan
13h - Little League World Series (beisebol): Melhores jogadas
16h - Little League World Series (beisebol, final): Havaí x Curaçao

Segunda, 29/ago
23h30 - LMB (playoffs): Sultanes de Monterrey x Toros de Tijuana, jogo 1

Terça, 30/ago
23h30 - LMB (playoffs): Sultanes de Monterrey x Toros de Tijuana, jogo 2

Quinta, 1º/set
21h30 - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Sultanes de Monterrey, jogo 3

Sexta, 2/set
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals
21h30 - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Sultanes de Monterrey, jogo 4

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Nada de figurinha dourada do Neymar: conheça a história do card de beisebol mais caro que a camisa do maior jogo de Maradona

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Dúvidas MLB 13: siglas para arremessadores, o que é ir para o swing, vale a pena aumentar a liga e por que não um clube em Columbus?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Das siglas designadas ao bullpen LHP é arremessador canhoto, RHP é arremessador destro, CP é fechador. Aparece também a sigla SU, o que significa a sigla?
André Da Silva Custódio, @a_s_custodio

Set up, o arremessador que prepara o cenário para o fechador. Ou seja, o arremessador que costuma fazer a oitava entrada. Normalmente, ele também tem o papel de “fechador reserva”, se responsabilizando por finalizar a partida se o fechador não estiver disponível.

O que determina se um jogador vai para o swing ou não? O árbitro da primeira ou terceira base se baseia no que para marcar?
Arthur, @arthurferrari23

Não existe uma regra que determine oficialmente o que é “ir para o swing” quando o rebatedor inicia o movimento e para no meio. Fica a cargo do árbitro indicar se houve uma tentativa de atacar a bola ou não. Mas, na prática, o padrão comumente utilizado pela arbitragem é ver se o bastão passou por todo o home plate ou se o movimento foi interrompido sobre o home plate. Por isso, o árbitro da primeira ou da terceira base têm uma visão mais clara de onde o movimento foi interrompido.

Você não acha que aumentar a liga seria colocar mais dois times ruins na liga (ou os novos serão ruins, ou alguns times que ficam no meio do caminho piorariam, tipo o Diamondbacks e o Rockies)?
Marcos Souza, @ManagerSouza

Em um primeiro momento, é óbvio que os times novos seriam fracos. Isso ocorre em praticamente todas as ligas, pois o elenco seria formado a partir de jogadores que os adversários não considerassem indispensáveis. Mas, em alguns anos, essas franquias poderiam se tornar competitivas o suficiente para estarem no nível médio da liga. A questão principal em relação à falta de qualidade de algumas equipes não é a ausência de talentos para preencher 30 ou 32 elencos, mas a falta de disposição de alguns dirigentes em investir nos seus times, permitindo que outros concentrem grandes jogadores e aumentando a disparidade técnica entre melhores e piores.

Todd Frazier e Brandon Phillips com a camisa do Cincinnati Reds
Todd Frazier e Brandon Phillips com a camisa do Cincinnati Reds Joe Robbins/Getty Images

A maior cidade de Ohio é Columbus. Cincinnati, por exemplo, só a terceira. Columbus não é um centro interessante para a MLB?
Hilbert, @lhlima

A definição das cidades que têm times nas ligas profissionais não deve ser vista puramente como uma medição de quais cidades têm mais população. É preciso ver o processo histórico que estabeleceu cada time. O primeiro clube de beisebol profissional do mundo foi o Cincinnati Red Stockings. A cidade de Cincinnati é um centro histórico da MLB e é natural que um time se estabelecesse por lá no início da Liga Nacional. Quando a Liga Americana foi criada, a ideia era espelhar os times da Liga Nacional, e buscaram, Cleveland (norte de Ohio) como oposição a Cincinnati (sul do estado).

Além disso, temos de lembrar que as duas franquias são das mais antigas da MLB, formadas no século 19 (Reds) e década de 1900 (Guardians). Na época, Columbus era MUITO menos que as duas vizinhas de estado. Em 1920, por exemplo, Cincinnati tinha 455 mil habitantes, Cleveland contava com 796 mil e em Columbus viviam “apenas” 237 mil.

Ainda assim, há outra consideração a se fazer, mesmo em cima dos números atuais (que já refletem o crescimento acentuado de Columbus). No Brasil, a gente tem o vício de usar o município como referência. Essa é uma medição ruim, pois o potencial de mercado de um time é muito mais a região metropolitana em que ele está, pois os torcedores em cidades no entorno de metrópoles tendem a torcer por equipes da cidade grande. Por exemplo, uma pessoa do ABC costuma torcer para um clube paulistano e alguém da Baixada Fluminense quase sempre torce por um gigante carioca.

O estado de Ohio tem três metrópoles principais: Cincinnati (2,2 milhões), Columbus (2,1 milhões) e Cleveland (2 milhões). Só pelas metrópoles, Cincinnati já é maior que Columbus e Cleveland tem praticamente o mesmo tamanho. Além disso, é preciso considerar a posição geográfica da cidade: Cleveland fica no norte de Ohio, Cincinnati ao sul, e Columbus no meio. Se a MLB colocasse Guardians ou Reds em Columbus, ia deixar duas franquias geograficamente muito próximas em mercados que não são tão grandes como Nova York, Los Angeles, Chicago ou São Francisco.

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Dúvidas MLB 13: siglas para arremessadores, o que é ir para o swing, vale a pena aumentar a liga e por que não um clube em Columbus?

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Semana MLB: O Baltimore não é fogo de palha, mas acertou ao negociar seu melhor jogador

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Pouca gente esperava que o Baltimore Orioles fosse competitivo em 2022. Talvez ninguém. Mas a equipe vem mostrando um beisebol consistente, com figuras-chave no ataque (Cedric Mullins, Ryan Mountcastle, Anthony Santander e Trey Mancini*) e um ótimo bullpen (quarto melhor da MLB em ERA) segurando as pontas de uma rotação abaixo da média. Dessa forma, os Orioles conseguiram se manter acima de 50% de aproveitamento, ficando à frente do Boston Red Sox e se metendo na briga pelos playoffs da Liga Americana. Então, por que diabos a diretoria negociou seu melhor jogador (Mancini) e seu melhor reliever (Jorge López) no fechamento da janela? Faz algum sentido?

Sim, faz.

Os Orioles merecem consideração pelo nível de jogo que têm apresentado. É possível que se mantenham na briga pelos playoffs e talvez entrassem nela com bastante força se mantivessem Mancini e López e investissem em abridores para a rotação e mais um rebatedor de aproveitamento alto. É o que a maioria dos times faria, melhorando um time que fez uma boa campanha de meio de temporada para ter uma arrancada na segunda metade. Mas isso seria pensar pequeno.

Desde que se classificou aos playoffs pela última vez, em 2016, o Baltimore iniciou um doloroso processo de reconstrução do elenco. Nisso, montou equipes horrorosas e desiludiu seu torcedor. A única campanha minimamente decente desde então foi e, 2020, em uma temporada encurtada pela pandemia. Mas o plano era gastar pouco dinheiro e acumular jovens promissores no elenco para voltar a ser competitivo quando eles explodissem.

É plausível acreditar que eles estejam explodindo agora. No entanto, ainda há margem para crescer. Até porque a classificação aos playoffs certamente não constava no planejamento dos Orioles e na expectativa da torcida para 2022. Ou seja, a campanha “apenas competitiva” do time já está no lucro e a franquia pode se dar ao luxo de continuar pensando em médio e longo prazo.

Por exemplo, os Orioles conseguiram mais jovens de talento para suas ligas menores nas negociações de López e Mancini. As saídas de dois ótimos jogadores pode sabotar a temporada de 2022, mas esses jovens extras, que ainda vão se desenvolver e explodir em alguns anos, podem dar mais fôlego para o elenco quando estiverem acabando os contratos dos jovens que surgem agora. Perder um ano pode valer a pena se isso significar ganhar mais três ou quatro lá na frente.

Oriole Park lotado: cena que voltou a acontecer em 2022
Oriole Park lotado: cena que voltou a acontecer em 2022 Getty

Além disso, o Baltimore continua economizando dinheiro. Com isso, tem margem para investir pesado em free agents mais experientes quando sentir que a garotada está explodindo. Ou seja, para 2023 ou 24. Mancini se tornou um ídolo dos Orioles pela relação que criou com a torcida nos anos de seca. É possível que a franquia faça uma bela proposta para tê-lo de volta assim que seu contrato com o Houston Astros acabar, no final de 2023. O mesmo vale para Jorge López e para abridores (os O’s precisam investir muito na rotação).

A decisão da diretoria dos Orioles de esfriar o ânimo da torcida e ceder jogadores importantes na última janela de mercado foi contra-intuitiva, mas teve sentido. Ainda mais para quem sabe que o desfecho da atual temporada já será acima do esperado por todos. Até para a própria direção do clube.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre as características dos jogadores de cada posição, índice de acerto das arbitragens e a origem dos Red Sox. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Easton Oliverson é um arremessador e defensor externo do time de Utah na disputa da Little League World Series. Na última segunda, ele foi levado às pressas a um hospital em Williamsport após cair da cama de cima da beliche do alojamento em que estão hospedadas as equipes do torneio. O garoto de 12 anos teve traumatismo craniano e hematoma epidural e passou por uma cirurgia. O procedimento foi bem sucedido e Easton está consciente, mas, segundo sua família, a recuperação será longa (não foram divulgados mais detalhes de seu estado). A organização da LLWS anunciou que deixará de utilizar beliches nos dormitórios das equipes.

O NÚMERO DA SEMANA

25%. Aproveitamento do New York Yankees desde o início de agosto (4 vitórias, 12 derrotas), o segundo pior retrospecto de toda a MLB no período. Apenas o Detroit Tigers (4-13, 23,5%) está abaixo. O time nova-iorquino tinha a melhor campanha de toda a liga até então.

VÍDEO DA SEMANA

David Vassegh, repórter que cobre os Dodgers para uma rádio de Los Angeles, resolveu testar o escorregador que Bernie, mascote do Milwaukee Brewers, desce sempre que seu time consegue um home run. A brincadeira deu muito errado: fratura em dois ossos no punho e de seus costelas. Mas ele pareceu levar de boa.



O QUE VEM POR AÍ

O Savannah Bananas foi o campeão da Coastal Plain League, uma liga independente de verão que utiliza jogadores universitários que querem manter o ritmo ou mostrarem serviço com regras profissionais (por exemplo, bastão de madeira). Com o final da temporada, é a vez de o time do litoral da Geórgia retomar a “World Tour” do bananabol. São sete jogos entre os Bananas e o Party Animals (equipe criada especificamente para esses confrontos) dentro das regras do bananabol, uma versão do beisebol com regras que visam aumentar o entretenimento dos eventos. Clique aqui para entender mais. Todos os jogos serão transmitidos ao vivo no Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 19/ago
20h - Chicago White Sox x Cleveland Guardians (Star+)

Sábado, 20/ago
14h - Toronto Blue Jays x New York Yankees (Star+)

Domingo, 21/ago
20h - Boston Red Sox x Baltimore Orioles (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 22/ago
20h - New York Mets x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Terça, 23/ago
20h - New York Mets x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 24/ago
22h - Milwaukee Brewers x Los Angeles Dodgers (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 25/ago
21h - Minnesota Twins x Houston Astros (ESPN 2 e Star+)

Sexta, 26/ago
20h - Los Angeles Angels x Toronto Blue Jays (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 19/ago
14h - Little League World Series (beisebol): Aguadulce (PAN) x Curaçao
16h - Little League World Series (beisebol): Utah x Tennessee
18h - Little League World Series (beisebol): Takarazuka (JAP) x Colúmbia Britânica (CAN)
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals
20h - Little League World Series (beisebol): Nova York x Havaí

Sábado, 20/ago
14h - Little League World Series (beisebol): Bologna (ITA) x Brisbane North (AUS)
16h - Little League World Series (beisebol): Davenport x Bonney Lake
18h - LMB (playoffs): Serie de Zona, Pericos de Puebla x Diablos Rojos de México, jogo 1
18h - Little League World Series (beisebol): Guaynabo (PRC) x Nicarágua
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals

Domingo, 21/ago
10h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
12h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
14h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
15h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
16h - LMB (playoffs): Serie de Zona, Pericos de Puebla x Diablos Rojos de México, jogo 2

Segunda, 22/ago
14h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
16h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
18h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
20h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir

Terça, 23/ago
14h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
16h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
18h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
20h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
21h - LMB (playoffs): Serie de Zona, Diablos Rojos de México x Pericos de Puebla, jogo 3

Quarta, 24/ago
14h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
16h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
18h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
20h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
21h - LMB (playoffs): Serie de Zona, Diablos Rojos de México x Pericos de Puebla, jogo 4

Quinta, 25/ago
16h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
20h - Little League World Series (beisebol): Jogo a definir
21h - LMB (playoffs): Serie de Zona, Diablos Rojos de México x Pericos de Puebla, jogo 5

Sexta, 26/ago
19h15 - Banana Ball World Tour (bananabol): Savannah Bananas x Party Animals
20h - Little League World Series (beisebol): Home Run Derby

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: O Baltimore não é fogo de palha, mas acertou ao negociar seu melhor jogador

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Dúvidas MLB 12: as características dos jogadores de cada posição, índice de acerto das arbitragens e a origem dos Red Sox

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Qual a origem do nome Red Sox?
Obi-Wan Kenobi, @KenobiBall

No início do beisebol profissional, no século 19, os times eram conhecidos apenas pelo nome da cidade, e assim eram oficialmente chamados. Aos poucos, torcedores e a imprensa começaram a dar “apelidos” aos times como forma de dar uma personalidade a eles. Na época, era comum os times jogarem sempre de branco em casa e de cinza fora de casa, sendo que a única diferença de uniforme era a cor das meias. Por isso, muitos times no início do beisebol acabaram conhecidos por cores, em referência à cor das meias. Dessa forma, o time de Boston começou a ser chamado de “os de meias vermelhas”, o time de Chicago como “os de meias brancas”, o time de St. Louis era “o de meias marrons”, o de Providence (já extinto) era “os cinzas” e o de Cincinnati era “os vermelhos”.

Esses eram os times da Liga Nacional. Com o tempo, alguns desses times foram ganhando novos apelidos. O Boston Red Stockings virou o Boston Braves (atual Atlanta) e o Chicago White Stockings virou o Chicago Cubs, por exemplo. Quando a Liga Americana foi criada, em 1902, os novos times resolveram usar os antigos nomes dos vizinhos de Liga Nacional, pensando em absorver um pouco dessa torcida. Assim, o time de Boston da Liga Americana adotou o Red Sox para aproveitar a fama do então Boston Braves. A mesma lógica vale para o Chicago White Sox e o St. Louis Browns (que virou o Baltimore Orioles nos anos 1950).

David Ortiz, ídolo dos Red Sox
David Ortiz, ídolo dos Red Sox Getty Images

Qual é o critério para determinar ainda na formação do atleta em qual posição ele vai jogar? Sabemos que a tendência dos canhotos é serem pitchers, pela sua escassez (dos canhotos), mas, e em relação às outras posições?
João M Czelusniak, @JMCzelusniak

A posição dos jogadores é realmente definida durante a passagem dos jogadores na universidade e, principalmente, nas ligas menores. Essa definição vem de acordo com as características físicas e técnicas do garoto, considerando as defesas e lançamentos que ele tem de fazer em cada ponto do campo. 

Falando de maneira muito genérica, com alguns estereótipos, essas são as características desejáveis em cada posição:

- Primeira base: como precisa lançar pouco e não costuma fazer grandes movimentações defensivas, é uma posição em que muitas vezes entram jogadores mais fortes e menos ágeis.
- Segunda base: Jogador ágil para fazer defesas com pouco tempo de reação. Tem de saber lançar com o braço direito. Muitas vezes, é um jogador rápido que tenha aproveitamento alto no bastão e roube muitas bases
- Terceira base: Não tem de ser necessariamente tão ágil quanto um segunda base ou um shortstop, mas precisa ter um alcance razoável para defesas. É fundamental ter um arremesso forte para fazer a bola atravessar o diamante. Ofensivamente, costuma ser um jogador com mais potência.
- Shortstop: Como o segunda base, mas precisa ser ainda mais ágil nas defesas e ter um braço mais forte (pois os lançamentos para a primeira base são mais longos).
- Catcher: Pernas fortes para ficar agachado em metade da partida. É preciso ser muito estudioso, para ter boa leitura do que acontece no campo e, principalmente, conhecer as características dos rebatedores adversários e de seus arremessadores para comandar a estratégia de cada duelo.
- Defensor central: muita velocidade e capacidade de leitura da trajetória das rebatidas para perseguir bolas voadoras. Precisa ter um braço forte para lançamentos longos do campo externo para o interno. Como segunda base e shortstop, muitas vezes é um rebatedor de aproveitamento alto e velocidade para roubar bases.
- Defensor direito e esquerdo: teoricamente, precisa ser um jogador com características semelhantes às do defensor central (talvez não precise ser tão rápido e nem ter uma leitura tão espetacular, mas precisa ser bom nesses fundamentos). No entanto, não é raro um grande rebatedor que não tenha outra posição no campo acabar parando em um dos lados do campo externo, desde que o colega do campo central seja muito bom e consiga cobrir um pouco sua área de atuação.

Quantas vezes o juiz erra a marcação da zona de strike por jogo? Qual é essa estatística?
Sy 2, @sonsws

Os árbitros têm um aproveitamento médio muito melhor do que o torcedor acha. Claro que isso varia entre os árbitros e de acordo com o sistema de rastreamento utilizado para estabelecer qual seria a marcação correta, mas a média de acerto fica entre 85 e 90%. Na conta, só são considerados os arremessos em que o rebatedor não gira o bastão (afinal, se ele girar o bastão, é sempre considerado que a bola foi na zona de strike).

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Dúvidas MLB 12: as características dos jogadores de cada posição, índice de acerto das arbitragens e a origem dos Red Sox

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