Dúvidas MLB 31: maior rivalidade dos Yankees, hora de torcer mais, o caminho dos jogadores jovens até a MLB e bastões personalizados
O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.
É possível a rivalidade Mets e Yankees superar a rivalidade Yankees e Red Sox?
Jean Série B, Bahia
Muito difícil, mas existe um caminho para se imaginar isso em longuíssimo prazo. A rivalidade entre Yankees e Red Sox é maior por vir desde o início do século passado e, principalmente, pelo fato de as duas equipes sempre estarem na mesma liga e na mesma divisão, se enfrentando quase 20 vezes por ano e brigando diretamente por vaga em playoffs.
A rivalidade com os Mets existe basicamente pelo fato de as duas equipes serem da mesma cidade e, por isso, os torcedores se provocam no dia a dia no trabalho, na escola, na rua. Mas, em campo, é raro um confronto entre Yankees e Mets ter um grande significado além do orgulho de zoar o amigo no dia seguinte (uma exceção foi na World Series de 2000).
No entanto, a MLB já deu pistas que pode acabar com a separação entre Liga Nacional e Liga Americana no final da década, quando a liga expandir para 32 franquias. Aí, a tendência seria criar Conferências Leste e Oeste, como na NBA e na NHL. Se isso realmente acontecer, Yankees e Mets estariam na mesma divisão e fariam confrontos direto por vagas em playoffs. Caso as duas equipes sigam fortes e disputando muitos jogos acalorados, em algumas décadas a rivalidade poderia ter o mesmo nível de intensidade de um Yankees x Red Sox.
Os torcedores de beisebol no geral ficam mais nervosos quando seu time está no ataque ou na defesa?
Gesimiel Moisés, Ilhéus-BA
O termo “nervoso” não é muito claro, dá para ter interpretações diferentes. Se for apenas ao pé da letra, como “tensão”, vai depender demais da situação do jogo e dar virtudes e defeitos de cada time. Se a equipe está vencendo, é normal ficar mais tenso quando o time arremessa (pois é a chance de o adversário reagir). Se o placar é desfavorável, o nervosismo vem na hora do ataque, por ser a oportunidade de se recuperar.
Mas há uma outra forma de tentar entender essa pergunta. Se a ideia é saber quando a torcida costuma ficar mais “animada”, aí existe uma tendência clara para o momento de atacar. Claro que uma terceira eliminação em uma entrada decisiva sempre levanta o público para incentivar o arremessador, mas a arquibancada costuma crescer mais quando seu time está no bastão. Sobretudo para dar energia aos jogadores para conseguirem uma sequência de rebatidas.
No Japão, algumas torcidas só saem dos assentos (para comprar comida ou bebida, por exemplo) quando o time está arremessando. Quando o time ataca, é hora de estar no seu lugar vendo o jogo e torcendo.
Qual o caminho que geralmente os aspirantes seguem até se tornarem jogadores profissionais de beisebol?
Wandemberg Creton, @WCreton7354
Há três caminhos bem diferentes, vamos colocar de forma simplificada para visualizar bem.
Americanos, canadenses e porto-riquenhos: o caminho comum dos esportes americanos. O garoto disputa competições escolares. Se mostrar muito talento, pode ser draftado quando se formar no ensino médio. Caso contrário, segue para disputar o beisebol universitário, onde podem ser recrutados pelas franquias profissionais também.
Latino-americanos: lembra mais o modelo de africanos no futebol (mas já acontece também na América Latina). As franquias americanas têm olheiros e até centros de treinamento para jovens nos principais países. Quando um garoto de talento é identificado, ainda adolescente, já assina um contrato profissional e passa a jogar em um desses CTs da equipe. Quando ele se desenvolve, é transferido para a América do Norte.
Japoneses e sul-coreanos: lembra o modelo mais comum do futebol. O jogador aparece em um time de seu país. Quando uma equipe americana considera que ele pode ser um reforço interessante, faz uma proposta para contratá-lo. Nesse caso, precisa pagar um valor ao time local do atleta (como o valor da “compra” do jogador) e acertar o salário com ele. A principal diferença em relação ao futebol é que, no beisebol, o time japonês ou sul-coreano precisa colocar oficialmente o jogador à disposição para ofertas (caso ele ainda tenha contrato em vigor, claro).
Os bastões são feitos sob medida para cada rebatedor?
Carlos Gonçalves, Piracicaba-SP
O bastão é uma ferramenta individual de trabalho do atleta, como uma chuteira no futebol. Ou seja, cada jogador tem o seu bastão, que normalmente é fornecido pelo fabricante com o qual ele tem contrato.
Isso não significa que o bastão seja feito 100% sob medida. Os jogadores normalmente têm preferências por algumas configurações, como empunhadura mais fina ou mais grossa ou bastão mais longo ou mais curto (dentro dos limites máximo e mínimo previstos pela regra, óbvio). A partir daí, o fornecedor oferece o modelo que se encaixa mais dentro dessa escolha.
Em casos especiais, jogadores mais detalhistas e que tenham nome mais pesado podem pedir para o fabricante produzir um bastão com uma configuração mais personalizada, com ajustes como espessura e comprimento. Mas não dá para comparar com o futebol ou o basquete, em que as grandes estrelas têm calçados feitos sob medida para pé do jogador.
Dúvidas MLB 31: maior rivalidade dos Yankees, hora de torcer mais, o caminho dos jogadores jovens até a MLB e bastões personalizados
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.