Sem espaço na folha, situação dos Saints para QB é complicada
Durante os rumores de trocas para Matt Stafford, que foi para o Los Angeles Rams, e os atuais rumores de Deshaun Watson querendo sair de Houston, o torcedor do New Orleans Saints encheu seu coração de esperança. Após um período com muitas vitórias em temporada regular e algumas decepções nos playoffs, os Saints tiveram um último gás com Drew Brees em 2020. O quarterback terminou em 34º no ranking da média de jardas no ar com passe, tendo 6,03 – apenas Alex Smith, dentre os titulares, teve menos. Batalhando contra lesões das mais variadas e com idade mais avançada, Brees viu um declínio em seu jogo e os Saints tiveram apenas 55% de passes em 2020, quinta menor marca da NFL.
O gás para um segundo título da franquia – e de Brees – não veio de graça. O time fez seguidos investimentos e usou a abordagem do cartão de crédito: contratos que pesariam no futuro e não agora. Para complicar, veio a pandemia e os lucros da NFL devem cair – até pela ausência de público no estádio. Como efeito, o teto salarial, que é atrelado ao lucro da liga, deve cair. A situação nos Saints é calamitosa ao ponto de que o time está 109 milhões acima do teto salarial estimado em 2020, que de acordo com a CBS deve ser de 175 milhões.
Para sair dessa bagunça contábil, New Orleans terá que tomar duras decisões. A troca por Kwon Alexander foi um dos movimentos desse "all-in" dos Saints – ele deve ser um corte na intertemporada para economizar. O veterano tight end Jared Cook, outro. Emmanuel Sanders, que chegou para ajudar Michael Thomas, pode ser outro corte. A saída do veterano wide receiver liberaria mais quatro milhões na folha. Até mesmo o punter do time, Thomas Morestead, pode ser vítima segundo o agente que fora consultor da CBS para um panorama da folha dos Saints: "Seguir em frente em relação a Morstead geraria mais 2,5 milhões em economia na folha". Em meio a tudo isso, Drew Brees aposentar seria um alívio para a folha salarial do time – dado que limparia mais alguns milhões de dólares.
Assim, New Orleans está fora da briga pelos grandes quarterbacks
Trocar por Matthew Stafford ou Deshaun Watson são duas coisas virtualmente impossíveis em termos contábeis para New Orleans. Se o time está amarrado até o último fio de cabelo com salários gordos que terão que ser cortados, não faria muito sentido que um novo encargo entrasse na folha. E não é qualquer encargo, vide que os dois quarterbacks significam bastante dinheiro. Watson importa em 16 milhões na folha de 2021 – mas em 2022 o número vai para 40. Na situação de momento, New Orleans não pode arcar com nenhum dos casos. Stafford tem cap hit (o que conta na folha) de 20 milhões. Também é uma quantia considerável para New Orleans.
A saída pode ser o Draft, dado que os contratos de calouros são tabelados em função de onde o jogador é escolhido – e no geral, mesmo os de primeira rodada, são bem menores do que os contratos de veteranos. Ou, num plano que parece mais lógico, renovar com Jameis Winston num contrato back-loaded – pouco dinheiro nos primeiros anos e mais em anos posteriores, quando os Saints estarão em situação contábil mais confortável.
A verdade é que os Saints não podem ser julgados por isso. Fizeram o possível para que Brees fosse "eleito". Passou a eleição e ele não foi para o segundo turno. Agora é arcar com as contas da campanha.
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