Grupos políticos e leigos: veja como é formado o Comitê do Futebol do Flamengo
Na primeira semana do novo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, embora ainda não empossado, a formação do Comitê Gestor do Futebol tem sido um dos assuntos mais debatidos na Gávea e motivo de discórdia na nova gestão. Dekko Roisman, Diogo Lemos e Fábio Palmer serão, junto de Luiz Eduardo Baptista, BAP, e o vice de futebol, Marcos Braz, os responsáveis pelas principais decisões do departamento, o mais importante do clube. De acordo com o jornal Extra, a formação do comitê desagradou um dos principais nomes da chapa vencedora, Cláudio Pracownik, ex-vice de finanças que desistiu de assumir o posto.
Segundo Landim, o objetivo do comitê é discutir os rumos do futebol com pessoas de personalidades e visões diferentes. Landim disse que quer evitar que poucas pessoas tomem as decisões, mas afirmou que "a caneta", em última instância, é dele.
"O comitê não tem o objetivo de só ter boleiros. Acho que a gente tem de tentar buscar perfis de pessoas, até com tipo de personalidades distintas (...) não podemos ter uma pessoa, que é o diretor de futebol, subordinada a um vice e ao presidente, tomando as decisões (...) mas em última instância, a caneta é minha, sou eu o presidente", disse ao longo do programa Bola da Vez, na ESPN.
Veja abaixo, mais informações sobre os integrantes do comitê, além de BAP e Marcos Braz, já conhecidos:
Marcelo Roisman (conhecido como Dekko) - empresário, de 37 anos, e não trabalha com futebol, na prática, mas nos negócios. Fundador de uma rede de lojas que vende camisas de times de futebol. A companhia não tem negócio direto com o Flamengo, mas seus produtos são vendidos por intermédio de uma empresa que tem o direito de exploração da marca rubro-negra.
O blog perguntou ao empresário e à nova gestão do Flamengo se eles entendem que a atuação dele no comitê pode gerar algum tipo de conflito comercial para o clube. Eles não responderam. Afirmaram que vão se manifestar após o anúncio oficial dos nomes.
Faz parte do grupo político FlaFut que tem como principal objetivo a discussão do futebol no clube. Fundado em 2015, tem entre 30 e 40 membros.
Diogo Lemos - tem 33 anos, é administrador de empresas, já atuou no ramo de restaurantes e, hoje, é sócio com o sogro numa empresa em São Paulo. Também não tem experiência no futebol. Trabalhou em uma multinacional do setor de óleo e gás. Em 2016 protagonizou episódio bastante comentado no clube, quando entrou em uma briga, com direito a socos e cabeçadas, com um torcedor do Fluminense, durante uma ação de Marketing num Fla-Flu, em Volta Redonda.

É sócio torcedor atuante e na gestão de Eduardo Bandeira de Mello, foi responsável pela organização de mosaicos em grandes jogos. É um dos fundadores da organizada Urubuzada. Seu pai foi um dos fundadores da Raça Rubro-Negra, segundo o administrador.
Faz parte do Sinergia, grupo político originado do SóFla (principal apoiador das duas últimas gestões, de Eduardo Bandeira de Mello), com o qual tem semelhança de princípios e de estrutura: austeridade nas contas e preocupação com a saúde financeira do clube. Criado em 2013, tem cerca de 30 membros e internamente era considerado apoiador da situação até pouco tempo.
*Nota: por meio das redes sociais, o grupo Sinergia negou que tenha sido originado no SóFla. Eles também afirmaram que são independentes do referido grupo político, condição, que embora esteja na nota de esclarecimento, o blog não abordou.
Na breve nota disponível nas redes, eles afirmam que foram fundados em 2014 (o blog havia publicado que foi em 2013 e corrige isso agora). Segundo o texto, o Sinergia foi fundado por 11 membros. A reportagem tem consigo o nome de seis integrantes que saíram do SóFla para o Sinergia. São eles: Pablo dos Anjos, Patrick Christoph, Raul Melo Neto, João Anzanello, Leonardo Souza e Luiz Carlos Medeiros.
Todos eram do SóFla, pediram para sair deste grupo e mudaram para o Sinergia entre os meses de julho (dois antes da fundação) e outubro (mês seguinte ao início das atividades do novo grupo).
Alguns não fazem mais parte do Sinergia, mas estiveram no início do grupo, conforme apuração da reportagem.
Fábio Palmer - tem 36 anos, é superintendente numa empresa de recursos humanos. Foi jogador de futsal.
Faz parte do Ideologia Rubro-Negra, um grupo pequeno de cerca de 15 membros e com pouca atuação política. Tem em entre seus integrantes pessoas que trabalham na intermediação de atletas, entre eles Rodrigo Studart e Rodrigo Chafir. O último foi quem fez a ligação entre o Flamengo e o volante Felipe Melo, na primeira vez que o jogador conversou com o rubro-negro, quando ainda atuava na Turquia, entre 2014 e 2015. No passado, trabalhou com o conhecido agente Eduardo Uram. Studart já atuou na intermediação de atletas em categorias de base.
O blog perguntou à nova gestão, diretamente ao futuro presidente e também à sua assessoria, se a ligação do grupo político de Palmer com jogadores pode provocar conflito de interesses em futuras negociações, mas eles não se manifestaram sobre o assunto.
Fonte: Gabriela Moreira, repórter do ESPN.com.br
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