Popp x Mead, estatísticas e recorde: o contexto envolvendo a final entre Inglaterra e Alemanha na Euro feminina
De um lado, a maior campeã; do outro, a anfitriã que busca um título inédito. De ambos os lados, campanhas perfeitas com cinco vitórias e apenas um gol sofrido cada.
Alemanha e Inglaterra venceram e convenceram. Apresentaram o melhor futebol da maior edição da história da Eurocopa feminina e irão decidir o título em Wembley neste domingo. A bola rola às 13h (de Brasília), com transmissão desde as 12h da ESPN e Star+.
A 31ª e última partida do torneio é envolta por enormes expectativas dentro e fora de campo, além de um superduelo individual. Confira abaixo diferentes pontos que enriquecem ainda mais a final da competição continental.
Recorde de público
As 68.871 pessoas que acompanharam a vitória por 1 a 0 da Inglaterra sobre a Áustria em Old Trafford pela abertura da competição representaram o maior público da história em uma partida de Euro. A marca será superada na decisão deste domingo, uma vez que são esperados 87.200 torcedores em Wembley. Vale lembrar que já no 16º confronto disputado esta Euro já havia quebrado o recorde de público de qualquer outra edição inteira.
Campanhas irretocáveis
As duas seleções chegam com os melhores ataques em média de gol por jogo. Enquanto as alemãs têm uma de 2,6 gols/jogo (13 bolas nas redes no total), as inglesas possuem um retrospecto incrível de 4 gols/jogo (20 bolas nas redes no total). Além disso, cada equipe só levou um gol na competição, o que dá uma média de 0,2 gol sofrido/jogo – a seleção que mais se aproxima é a Áustria, que registrou 0,8.
Para obterem números ofensivos tão expressivos, as finalistas mostraram repertório para marcar de diferentes formas. A Alemanha, por exemplo, fez boa parte dos seus 13 gols com bolas recuperadas no campo de ataque, o que evidencia o sucesso de sua marcação-pressão. Além disso, foram quatro gols em situação de bola parada, menos apenas que os cinco da Suécia. A Inglaterra, por sua vez, pode variar com troca de passes curtos, um jogo mais vertical e muita força pelo lado direito. Além disso, tem uma variedade significativa de artilheiras: oito jogadoras diferentes marcaram na competição.
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Popp x Mead
É o grande embate individual desta decisão. Com seis gols cada, Beth Mead e Alexandra Popp já igualaram o recorde de Inka Grings, estabelecido em 2009, de maior artilheira na história de uma única edição da Euro.
O que acontecer na final deverá ser determinante para a escolha da melhor do torneio, embora Mead faça uma melhor competição até o momento – ela ainda lidera em assistências (quatro) e chances criadas (14).
Popp, por sua vez, é a maior história individual da competição, considerando que havia perdido as Euros de 2013 e 2017 por lesão e teria ficado de fora desta edição também, caso ela não fosse adiada em um ano por conta da pandemia. A atacante do Wolfsburg ficou longe dos gramados por dez meses por conta de uma contusão e voltou aos gramados em março de 2022.
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Outros destaques
Ainda que haja um destaque claro de cada uma das equipes, a coletividade de ambas foram suas grandes marcas na competição, o que faz com que outros nomes também mereçam um destaque especial.
O sucesso de Mead em boa parte contou com a enorme contribuição da lateral Lucy Bronze, que muitas vezes combinou com a ponta pelo lado direito para levar muito perigo. A futura jogadora do Barcelona somou nove chances criadas e duas assistências (melhores marcas entre defensoras), além de um gol anotado.
Bronze pôde muitas vezes apoiar com liberdade por conta da cobertura de Georgia Stanway, que foi peça fundamental tática e tecnicamente, formando uma dupla de volantes de muito equilíbrio com Keira Walsh. Stanway ainda merece um destaque extra pelo golaço que definiu a vitória diante da Espanha na prorrogação nas quartas de final.
Já mais à frente, a reserva Alessia Russo está pedindo passagem no lugar da lendária Ellen White, após ter feito quatro gols e ser a terceira principal goleadora da competição. A atacante do Manchester United oferece um ataque mais leve e tem sido decisiva sempre que entra, inclusive tendo anotado um golaço de calcanhar na semifinal diante da Suécia.
Do lado alemão, a intensidade do meio de campo é um dos grandes trunfos do time comandado por Martina Voss-Tecklenburg, e Lena Oberdorf é uma das responsáveis para isso. A volante de apenas 20 anos – e que disputou uma Copa do Mundo com 17 anos -, tem enorme qualidade de posicionamento e se destaca no trabalho defensivo, tendo recuperado 44 bolas, apenas três a menos do que as líderes da estatística no torneio. Lina Magull é a jogadora que se projeta mais à frente e fez uma grande fase de grupos.
No mata-mata, Svenja Huth merece uma menção honrosa pela enorme semifinal que fez contra a França, mostrando fôlego na recomposição defensiva e dando as assistências para os dois gols de Popp.
Retrospecto
Essa será a quinta vez que os dois países se cruzam na Euro, sendo que as germânicas venceram todos os embates. Em 1995, foram triunfos por 4 a 1 e 2 a 1 pelas semifinais (em dois jogos); em 2001, o 3 a 0 foi válido pela fase de grupos. Por fim, em 2009, as alemãs conquistaram o título ao fazer 6 a 2 sobre as inglesas na decisão.
A final acima citada foi a última (até a deste domingo) a contar com duas treinadoras. Silvia Neid e Hope Powell estavam nos bancos de Alemanha e Inglaterra, respectivamente.
A história se repete com as mesmas seleções 13 anos depois, com a dúvida se a campeã será a mesma de 2009 ou conheceremos a quinta diferente nação a faturar a Eurocopa feminina.
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