Bayern de Munique é um dos clubes mais competentes do mundo
A classificação do Bayern de Munique às quartas de final da Uefa Champions League ao vencer por 2 a 0 e aplicar um triunfo por 3 a 0 no agregado diante do Paris Saint-Germain, nesta quarta-feira, é só mais uma de tantas provas do colossal mérito do clube alemão, um dos mais competentes do mundo.
Em um campeonato que jamais havia conhecido além de um tricampeão, o Bayern atual é deca, algo que nem mesmo sua geração gloriosa da década de 70 - que foi tricampeã europeia - conseguiu. No clube que consagrou Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Karl-Heinz-Rummenige, etc., é uma tremenda injustiça desmerecer a atual hegemonia dos bávaros, alegando uma suposta fragilidade do Campeonato Alemão ou a sua característica de ‘predador’ no futebol nacional, algo que o Borussia Dortmund também pratica, ainda que em menor escala.
Dos 25 jogadores que entraram em campo na conquista da tríplice coroa em 2012-13, que marcou o início da sequência atual no Campeonato Alemão, os únicos que seguem são Manuel Neuer e Thomas Müller.
Muitos se aposentaram, alguns foram para outros gigantes da Europa, como David Alaba e Toni Kroos – futuramente, Robert Lewandowski faria o mesmo -, mas o Bayern nunca deixou de ser dominante no cenário nacional e um dos times a serem temidos na Europa.
Contanto a edição atual da Champions, o Bayern esteve em 11 das últimas 12 quartas de final, caindo nas oitavas em 2018-19 para o Liverpool, que seria campeão. Sua única campanha realmente decepcionante foi a passada, quando acabou eliminado para o Villarreal nas quartas. São sete idas às semis, incluindo dois títulos e um vice.
Tal cenário pode não parecer tão impactante quando falamos de um gigante do futebol mundial, mas merece ser ressaltado por ser o time de um país que não compete financeiramente no mesmo nível que a Premier League, que Barcelona e Real Madrid ou que o PSG, o qual eliminou de forma incontestável nesta quarta. A Bundesliga não permite sócios majoritários no futebol, então não há qualquer perspectiva de mecenas, empresas ou países comprando um clube alemão e injetando caminhões de dinheiro.
De acordo com levantamento do site Transfermarkt, o Bayern gastou mais de 50 milhões de euros em apenas dois atletas em toda sua história: Lucas Hernández (80 milhões) e Matthijs de Ligt (67 milhões).
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Mesmo sem o investimento de outras potências do futebol, isso não impediu de o clube ser absurdamente competitivo em âmbito continental, e o demonstrou mais uma vez nesta edição da Champions. Ainda que o PSG tenha feito um bom primeiro tempo em Munique, o Bayern foi superior no segundo e significativamente melhor na soma dos dois duelos. Sem esquecer que os comandados de Julian Nagelsmann fizeram uma campanha perfeita em um grupo com Inter de Milão e Barcelona.
Sem o badalo dos parisienses, o time alemão mostrou a força e o equilíbrio do seu elenco, com o simbólico segundo gol saindo dos pés de Serge Gnabry e jogada de João Cancelo, dois nomes que saíram do banco.
O primeiro de foi de Eric Maxim Choupo-Moting, que recentemente renovou seu contrato até o meio de 2024 em meio à melhor temporada de sua vida. O camaronês se estabeleceu como substituto de Lewandowski e acabou de anotar seu 17º gol em 26 jogos na temporada, se confirmando como uma solução temporária e muito eficaz para a grande carência dos bávaros para 2022-23.
Sem o melhor jogador do mundo de 2021, enfrentando o melhor de 2022 e sem o glamour dos seus principais concorrentes no continente, o Bayern despacha um time cheio de badalo e é, mais uma vez, um dos principais candidatos ao título da Champions.
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