Surpresa, decepção e time ideal da fase de grupos: confira pitacos sobre a Copa do Mundo
Com o fim da fase de grupos da Copa do Mundo, o blog listou alguns destaques, decepções e surpresas da competição até aqui, além de montar uma escalação de nomes que brilharam no Catar.
Grande decepção: Dinamarca
Vindo de um ciclo excelente, com uma semifinal de Eurocopa e um futebol equilibrado e vistoso, a Dinamarca era uma candidata a ir longe no Mundial, ainda mais se terminasse na liderança do grupo da França, um adversário que venceu duas vezes na Nations League recentemente. Porém, não conseguiu mais do que um ponto em uma das chaves mais acessíveis.
Neutralizada pela Tunísia na estreia, a seleção de Kasper Hjulmand até melhorou na derrota para a França, mas foi um desastre diante da Austrália, demonstrando toda a tensão em um jogo que dependia apenas de si para avançar.
Ainda que a eliminação de Alemanha e Bélgica sejam mais impactantes, a da Dinamarca é a mais decepcionante. Os alemães ainda entregaram um futebol interessante em alguns momentos, apesar de todos os problemas, e os belgas se despediram com um bom jogo contra a Bélgica. Considerando a dificuldade da chave, a expectativa colocada e o futebol entregado, a equipe escandinava foi a principal decepção deste Mundial.
Grande surpresa: Japão
A disputa foi acirrada com Marrocos e Austrália, sobretudo com os africanos, que somaram quatro pontos diante de um semifinalista e um finalista do Mundial passado, mas o que o Japão fez ganha um destaque levemente superior. Foram duas vitórias de virada sobre duas gigantes do futebol mundial e demonstrando enorme resiliência.
A equipe nipônica superou a Espanha com só 18% de posse de bola, enquanto finalizou 12 vezes diante da Alemanha, que teve 74% de posse e vinha embalada por um primeiro tempo espetacular. A derrota para a Costa Rica na segunda rodada poderia ser um golpe enorme no estado anímico do time, ainda mais após sair perdendo para a Espanha na rodada decisiva com apenas 12 minutos, mas o time de Hajime Moriyasu, que pode ser questionado por algumas escalações, conseguiu entregar resultados ainda mais impressionantes do que Marrocos, que até jogou melhor na fase de grupos e também foi líder de uma chave difícil.
Craque: Casemiro
Os grandes nomes desta fase foram titulares apenas duas vezes - além do brasileiro, estão também neste grupo Bruno Fernandes e Kylian Mbappé, que até entrou durante a derrota para a Tunísia na terceira rodada. O português (dois gols e duas assistências) e o francês (três gols e uma assistência) lideram a competição em participações diretas em gol na competição ao lado de Álvaro Morata.
Mas o volante demonstrou toda sua capacidade defensiva e ofensiva, sendo muito influente em ambas as vezes que esteve em campo. Com ele, o Brasil não permitiu uma finalização no alvo sequer a adversários qualificados e ainda definiu o difícil triunfo sobre a Suíça com um golaço.
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Melhor jogo: Alemanha 1 x 1 Espanha
O jogo que mais prometia na fase de grupos acabou entregando tudo que dele se esperava. O confronto ganhou contornos dramáticos depois da derrota da Alemanha para o Japão na estreia e deixou os alemães ainda mais pressionados depois que Álvaro Morata abriu o placar. O empate veio no fim com Niclas Füllkrug, que jamais havia sido chamado pela seleção até o Mundial.
Até houve mais entretenimento no empate por 3 a 3 entre Sérvia e Camarões, mas o duelo entre campeãs mundiais foi um jogo melhor pelo nível mais alto apresentado.
Jogo mais surpreendente: Argentina 1 x 2 Arábia Saudita
A confiança de uma seleção que estava há 36 jogos invicta foi estremecida depois de uma das maiores zebras da história da fase de grupos da Copa do Mundo. A Argentina ruiu no segundo tempo após ter aberto 1 a 0 no placar e ter tido gols anulados por sua dificuldade em não superar as linhas de impedimento do adversário. Foi a segunda vez na história que a Argentina vencia até o intervalo e concedeu a virada em uma Copa do Mundo - a outra ocasião ocorreu na final de 1930.
A seleção alviceleste viu o surgimento de uma pressão inesperada para um time que esteve a um jogo de empatar o recorde de invencibilidade da Itália, tanto que o começo do jogo contra o México evidenciou essa tensão. Lionel Scaloni, aliás, mudou cinco vezes para o segundo jogo, algo que chama atenção em uma equipe que vinha com uma base tão sólida. Ainda que os bicampeões mundiais tenham conseguido duas vitórias na sequência e confirmaram a liderança da chave, a derrota na estreia fica como o resultado mais surpreendente da fase de grupos de 2022.
Time ideal da fase de grupos:
Szeczesny (Polônia); Hakimi (Marrocos), Thiago Silva (Brasil), Souttar (Austrália) e Theo Hernández (França); Casemiro (Brasil), Doan (Japão) e Bruno Fernandes (Portugal); Mbappé (França), Kane (Inglaterra) e Ziyech (Marrocos)
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