Dois brasileiros, craque português e técnico marroquino; este é meu time ideal das oitavas de final
Com todos os jogos das oitavas de final já disputados na Copa do Mundo, esbocei minha equipe ideal considerando apenas os oito jogos desta fase. Das seleções classificadas à próxima fase, apenas uma não teve qualquer nome citado, a Inglaterra - não que tenha faltado mérito de Harry Kane, Jordan Henderson ou Phil Foden, mas a concorrência foi forte.
Já aviso que a formação acabou ficando bem ofensiva...
Goleiro: Dominik Livakovic (Croácia)
Ainda que Bono tenha brilhado nas penalidades também ao fazer duas defesas contra a Espanha, o croata foi além e fez três intervenções diante dos japoneses, além de ter trabalhado mais ao longo dos 120 minutos. O feito de Bono é mais expressivo, mas a atuação de Livakovic em si teve maior destaque. Menção honrosa também às três excelentes defesas de Alisson diante da Coreia do Sul.
Lateral direita: Denzel Dumfries (Holanda)
Foi a chave para a vitória da Holanda sobre os Estados Unidos por 3 a 1 ao dar duas assistências e ainda anotar o gol que fechou o placar. A sua já conhecida capacidade ofensiva apareceu apenas no quarto jogo dos holandeses na Copa do Mundo, mas veio com tudo. Louis van Gaal soube explorar muito bem os espaços deixados pela equipe adversária pelos lados do campo, e o jogador da Inter de Milão se aproveitou muito bem deste contexto.
Zagueiros: Pepe (Portugal) e Dejan Lovren (Croácia)
Além de defensivamente muito seguros em suas partidas, sobretudo Lovren, os dois foram importantes ofensivamente. O croata deu uma assistência maravilhosa para Ivan Perisic empatar o jogo contra o Japão, enquanto o português deixou sua marca, tornando-se o segundo mais velho na história a fazer um gol na Copa do Mundo, atrás apenas de Roger Milla.
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Lateral esquerda: Raphaël Guerreiro (Portugal)
Os dois laterais portugueses contra a Suíça foram muito bem e fizeram Fernando Santos ganhar pontos após a decisão surpreendente de colocar João Cancelo no banco de reservas. Como Diogo Dalot teve de concorrer com a atuação de gala de Dumfries, apenas Guerreiro ficou com um lugar no time ideal, após ter somado um gol e uma assistência. Daley Blind também poderia estar perfeitamente neste time, mas o fato de ser um português e um holandês é uma forma de equilibrar a grande atuação dos quatro laterais de ambos os países.
Volante: Sofyan Amrabat (Marrocos)
O volante de 26 anos tem sido uma das surpresas desta Copa do Mundo. Peça fundamental na grande força defensiva marroquina, ele ainda é o jogador do primeiro passe na construção das jogadas e foi mais uma vez decisivo em outra atuação sólida da equipe africana. O atleta da Fiorentina somou quatro desarmes (líder no quesito nas oitavas ao lado de outros cinco nomes) e registrou ainda nove bolas recuperadas, ficando atrás apenas do zagueiro Romain Saïss em seu time.
Meias: Lucas Paquetá (Brasil) e Lionel Messi (Argentina)
O brasileiro já tinha ido muito bem contra a Sérvia sendo o homem mais à frente de Casemiro e manteve a escrita diante da Coreia do Sul. Aliás, fez uma atuação ainda melhor, não apenas pelo belíssimo gol anotado, o quarto da seleção, após assistência de Vinicius Jr. Dando muito equilíbrio ao Brasil, Paquetá se movimentou, pisou na área e criou três chances, sendo o líder da seleção no quesito no duelo das oitavas.
Messi, por sua vez, protagonizou uma de suas grandes atuações em Copas do Mundo, ao achar um belo gol com um espaço curto para abrir o placar diante da Austrália. Depois de uma estreia apagada na derrota para a Arábia Saudita, o camisa 10 reconduziu a Argentina no Mundial. Diante dos australianos, o craque criou quatro chances, sendo um dos seis nomes a liderarem a estatística nas oitavas do Mundial.
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Atacantes: Kylian Mbappé (França), Gonçalo Ramos (Portugal) e Vinicius Jr (Brasil).
Mbappé vem sendo o grande desta Copa do Mundo e se isolou na artilharia da competição com cinco gols, após ter balançado as redes da Polônia com dois golaços – isso sem mencionar a excelente assistência para Olivier Giroud abrir o placar. Vini Jr., por sua vez, inaugurou o marcador contra a Coreia do Sul com muita frieza, deu uma assistência de muito recurso técnico para Paquetá e foi insinuante como de praxe pelo lado esquerdo.
Centralizado no ataque aparece o grande nome desta rodada. A escalação de Gonçalo Ramos veio sob muito holofote pelo fato de ele ter ficado com o lugar de Cristiano Ronaldo. Fazendo sua quarta partida pela seleção e a primeira como titular, o atacante do Benfica aproveitou – e muito – a oportunidade ao se tornar o primeiro jogador a marcar três vezes nesta Copa, algo inimaginável para um jogador de 21 anos que só foi chamado pela primeira vez em setembro e só estreou pela seleção em 17 de novembro, uma semana antes da primeira partida de Portugal no Mundial.
Técnico: Walid Regragui (Marrocos)
O técnico assumia Marrocos há três meses e conseguiu, em tão pouco tempo, armar um time bem organizado, sólido defensivamente e com saída rápida para o ataque. Depois de a seleção ter sido líder no grupo com dois semifinalistas de 2018, voltou a ter uma atuação consistente diante da Espanha nestas oitavas de final. Mesmo com apenas 24,2% de posse de bola, a equipe africana neutralizou o poderoso adversário, até criou mais lances perigosos ao longo dos 120 minutos e protagonizou a única surpresa das oitavas.
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