Na melhor Copa de Messi, Argentina vai à final com mérito enorme de Scaloni
Lionel Messi foi o nome da vitória sobre a Croácia por 3 a 0 na semifinal da Copa do Mundo, nesta terça-feira (13), chegou a cinco gols no Qatar (um a mais do que fez no Brasil), três assistências (uma a mais do que deu na Rússia) e deixou para trás Gabriel Batistuta como maior artilheiro da história da Argentina em Mundiais – 11 a 10 nos gols.
Os números, na verdade, são apenas mais um argumento para corroborar a ideia de que essa é, sem sombra de dúvidas, a melhor Copa do Mundo de Messi. Mais até do que a de 2014, quando também foi finalista e ganhou (de forma bem discutível) o prêmio de melhor jogador do Mundial.
O camisa 10 tem sido determinante para uma seleção que se viu combalida após a estreia e renasceu na competição. Do jogador que nunca havia marcado em mata-matas em Copas, Messi foi à redes três vezes nesta edição, um em cada fase, e ainda deu assistências espetaculares contra Holanda e Croácia.
Porém, antes disso, o craque já havia sido determinante para a redenção argentina na Copa do Mundo ao encaminhar a vitória diante do México, um jogo em que havia uma carga psicológica enorme e em que a equipe alviceleste não mostrava um grande desempenho.
E se a Argentina conseguiu essa redenção, muito também se dá pelo mérito de Lionel Scaloni, que soube encontrar soluções rapidamente entre e durante os jogos. O treinador nunca repetiu a escalação de uma partida para outra.
Admito que desconfiei quando Scaloni mudou cinco peças do time que perdeu para a Arábia Saudita para o jogo contra o México. Sim, foi a maior zebra da Copa (considerando apenas o resultado dos 90 minutos), mas era uma equipe que vinha de 36 jogos de invencibilidade. Precisaria de tantas trocas para o time que vinha de um trabalho fantástico? A sequência do Mundial mostrou que o técnico estava corretíssimo.
Mas os acertos de Scaloni não pararam por aí. Enzo Fernández ganhou a titularidade, assim como Julian Alvárez, que desbancou Lautaro Martínez, um dos grandes nomes do elenco. Não houve pudor em fazer mudanças, algo que pode ser decisivo em um torneio de tiro curto.
As alterações, aliás, não se limitaram a jogadores em si. Scaloni espelhou a Holanda ao escalar três zagueiros, e a estratégia foi importante para Molina ganhar liberdade pela direita e aparecer na área para fazer o primeiro gol do jogo das quartas de final.
Já na semi, a formação com quatro meio-campistas (Paredes, Enzo Fernández, De Paul e MacAllister) foi a forma encontrada para tentar neutralizar a grande virtude croata e que foi determinante na busca do empate na prorrogação que depois virou vitória nos pênaltis sobre o Brasil: com Brozovic, Modric e Kovacic controlando o meio de campo.
Torcida da Argentina faz festa emocionante a caminho do Estádio Lusail para jogo contra Croácia
Depois de um início de jogo difícil por conta da enorme qualidade do trio de meio-campistas croatas (um roteiro bem similar ao que era o jogo dos croatas contra o Brasil), a Argentina mudou o cenário da partida com Enzo Fernández, talvez o melhor jovem desta Copa. Afinal, o pênalti sofrido por Julian Álvarez veio através de um lançamento espetacular do volante do Benfica, que chegou nesta seleção apenas em setembro.
Já Álvarez, outro nome que ganhou posição na competição, faria os outros dois gols da partida, que também teve uma atuação digna de nota de Nicolás Tagliafico, substituindo de forma brilhante o titular Marcos Acuña.
Perdendo por 2 a 0 no intervalo, os croatas mudaram seu esquema com alterações ofensivas na volta do intervalo e nos primeiros minutos do intervalo, mas Scaloni, mais uma vez, respondeu muito bem colocando Lisandro Martínez na vaga de Paredes aos 17 minutos do segundo tempo, travando qualquer reação da Croácia e fechando o placar com um golaço de Álvarez.
Lionel Messi vive a sua melhor Copa do Mundo, mas a Argentina não chega à final somente sendo carregada por seu astro. Há um conjunto bem estabelecido e um treinador responsável por um ótimo trabalho – antes e durante o Mundial.
Messi brilha, Álvarez marca duas vezes, Argentina faz 3 a 0 na Croácia e está na grande final da Copa do Mundo
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