Prêmio a Messi não surpreende, mas Benzema merecia mais
Prêmios individuais são sempre subjetivos, ainda que se tenha critérios padronizados na hora de escolher alguém. É até por isso que entendo a escolha de Lionel Messi como vencedor do prêmio The Best nesta segunda-feira, há bons argumentos para isso. Porém, na minha visão, Karim Benzema merecia mais. O atacante francês foi protagonista mais vezes e foi mais regular do que o argentino ao longo de 2022.
A grande história do futebol mundial no último ano foi a conquista da Argentina de seu terceiro título da Copa, o primeiro de Lionel Messi, que fez um torneio monumental, mas isso diz respeito a sete jogos – a apenas seis, para falar a verdade, considerando que ele não foi bem na estreia na derrota para a Arábia Saudita.
A temporada 2021-22 do camisa 10 não foi brilhante, e o início da campanha atual no futebol de clubes (segundo semestre de 2022) não é algo tão impactante na escolha, uma vez que títulos não foram definidos, somente jogos de campeonatos nacionais e fases de grupos de torneios continentais.
Benzema, por sua vez, foi protagonista em toda a Champions passada, marcando em todos os jogos das oitavas, quartas e semis. E não se trata de qualquer Champions, foi a edição com o roteiro mais épico de um campeão, com o Real Madrid conseguindo virada épicas para cima de três adversários pesados: Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City.
Sua regularidade foi comprovada com os 44 gols e 15 assistências em 46 jogos pelo time espanhol na campanha passada, sendo artilheiro de LaLiga e da Champions. Não jogou a Copa do Mundo por lesão e acabou, por isso, sem o prêmio que certamente seria entregue a ele, caso a Fifa não tivesse decidido mudar o período de avaliação por conta da realização do Mundial no Catar em novembro e dezembro.
É verdade que o grande feito de um jogador em 2022 foi o de Messi, mas isso não deveria ser o definitivo na escolha do melhor jogador do mundo, o que acabou ocorrendo. Tal cenário foi refletido também na escolha de Emiliano Martínez como melhor goleiro, ainda que o ano de Thibaut Courtois tenha sido bem superior que o do argentino, individualmente falando.
Na cota dos prêmios atribuídos sob a influência da Copa, o único que eu pessoalmente manteria é o de Lionel Scaloni, por reconhecer não apenas o brilhante e corajoso Mundial que fez, sem medo de mudar seu time e buscar soluções, mas também por todo o processo que o treinador conduziu, chegando a alcançar uma invencibilidade de 36 partidas. Scaloni é o treinador que encerrou o jejum de 28 anos e construiu uma equipe sólida para um país que nos últimos anos sempre teve talento, mas nunca um time sólido como o atual.
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