Kawhi Leonard finalmente virou a chave em Los Angeles

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

  


         
 

2020 terminou da pior forma possível para Kawhi Leonard.

A eliminação contra os Nuggets depois de abrir 3 a 1 na série e o título dos rivais Lakers marcaram o que era a temporada mais esperada da história dos Clippers na NBA. E o que veio depois mudou a forma como enxergamos o time: Doc Rivers foi embora, o time mexeu no elenco, e as críticas sobre Paul George fizeram com que, em questão de semanas, a franquia deixasse de ser apontada como uma das principais candidatas ao título em 2021.

Mas não se engane, bastou uma série para Kawhi mostrar que virou a chave.

Quem lembra da arrancada do ala com os Raptors até o título de 2019 viu uma das maiores atuações em pós-temporada na história da NBA - e como esquecer tudo que Kawhi fez, principalmente as quatro vezes em que a bola bateu no aro antes de entrar e eliminar os 76ers no jogo 7 das semis do Leste.

E agora, depois de duas temporadas com os Clippers, parece que o dono de dois MVPs de Finais finalmente chegou em Los Angeles.

É claro que os números estavam lá. Afinal, Kawhi nunca deixou de ser um dos dez melhores jogadores da NBA. Mas havia alguma coisa de diferente no camisa 2. Ele parecia ser o principal nome de um time sem muita inspiração e que pouco empolgava. 


  


         
 

Talvez tenha sido a bronca de Rajon Rondo depois de um airball na derrota para os Mavs no jogo 5. Talvez tenha sido o desafio de encarar um monstro chamado Luka Doncic nos dois lados da quadra. Mas nos jogos 6 e 7, Kawhi foi o mesmo da temporada inesquecível dos Raptors.

Os 45 pontos na sexta partida da série foram seguidos de mais 28 no duelo que classificou os Clippers. Mas além de mostrar mais agressividade no ataque, Kawhi assumiu o papel de tentar parar Luka. E por mais que isso seja quase impossível, ele fez o trabalho melhor do que ninguém na série - Doncic teve uma média de 0.8 ponto por jogada quando Leonard estava na marcação, a pior nos sete jogos do confronto.

Os números nunca abandonaram Kawhi, mas há algo que parece ter reaparecido no ala. Ele não se importa mais com os altos e baixos de Paul George nos playoffs. Kawhi voltou ao modo lendário que vimos em 2019.

E é só assim que 2021 vai poder terminar de um jeito bem diferente para ele e os Clippers.


  


         
 

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Como os Packers usam arma que já derrubou o MVP Tom Brady no Super Bowl em 2018

Matheus Sacramento
Matheus Sacramento

Brady x Rodgers e Mahomes 'lutando contra o tempo': Paulo Antunes analisa Finais de Conferência da NFL


O Green Bay Packers está a uma vitória em casa de voltar ao Super Bowl, 10 anos depois de sua última conquista. E para vencer o Tampa Bay Buccaneers de Tom Brady no próximo domingo, às 17h (de Brasília), em duelo com transmissão da ESPN e do ESPN App, a equipe de Wisconsin coloca sua fé no potente ataque liderado por Aaron Rodgers.

O triunfo do último sábado por 32 a 18 sobre o Los Angeles Rams, uma das melhores defesas da NFL, mostrou que essa unidade ofensiva consegue marcar pontos contra qualquer um. E uma parte importante do plano de jogo do técnico Matt LaFleur ficou evidente na rodada divisional dos playoffs: o run-pass option.

O tipo de jogada, que também é conhecida pela sigla RPO (de run-pass option), foi popularizada na liga em 2017 pelo Philadelphia Eagles, que bateu o MVP Tom Brady e o poderoso New England Patriots no Super Bowl LII enfiando 41 pontos, mesmo com o reserva Nick Foles no comando. Era um novo esquema fazendo um quarterback mediano ficar marcado na história.

Aaron Rodgers em 2020 e Tom Brady em 2018
Aaron Rodgers em 2020 e Tom Brady em 2018 Getty Images

Desde então, os RPOs se espalharam pela NFL e entraram nos livros de jogada de várias - se não todas - franquias. Mas os Packers certamente estão entre os maiores entusiastas: contra os Rams, uma em cada três chamadas ofensivas foi um run-pass option, segundo levantamento deste blog (24 de 70 jogadas, incluindo as anuladas por faltas e excluindo as 'ajoelhadas' do fim da partida).

Se os RPOs fizeram maravilhas para Nick Foles, imagina com o talento de Aaron Rodgers...

Mas o que é um RPO (run-pass option)?


O conceito de run-pass option é simples. No papel, ela é uma jogada de corrida e de passe ao mesmo tempo. A linha ofensiva bloqueia para abrir espaços ao jogo terrestre e o running back se movimenta para correr com a bola, enquanto um (ou alguns) wide receivers fazem rotas curtas para receber um passe. Cabe ao quarterback decidir, antes ou depois do snap, se entrega a bola para o running back ou se passa para o wide receiver.

Aaron Jones corre enquanto Davante Adams faz rota
Aaron Jones corre enquanto Davante Adams faz rota NFL

No caso dos Packers, a maioria dos RPOs aconteceram em jogadas combinadas com um "screen" (passe curto para um jogador determinado enquanto os outros wide receivers abrem caminho bloqueando, num verdadeiro comboio). Rodgers tinha duas opções: entregar para o jogo terrestre ou fazer um passe curto para que seu alvo avançasse com bloqueadores pela lateral.

O camisa 12 provavelmente tomava essas decisões antes mesmo da jogada começar, simplesmente pelo posicionamento da defesa. Se houvesse mais jogadores próximos da bola, ele a passaria. Caso contrário, se houvesse mais defensores próximos dos wide receivers, ele entregaria para o running back.

Há ainda um outro elemento nos run-pass options de Green Bay: a movimentação antes da jogada começar, chamada de "motion". De maneira inteligente, o ataque desenhado por Matt LaFleur coloca o alvo dos passes curtos para cruzar o campo de um lado para o outro antes mesmo 
do snap. Se alguém "largar" o meio do campo para segui-lo, os Packers correm pelo meio. Se a defesa permanecer no meio do campo, o passe rápido sai para a lateral.

Davante Adams 'tira' linebacker do meio da defesa
Davante Adams 'tira' linebacker do meio da defesa NFL

Com esse tipo de chamada ofensiva, os Packers conseguem colocar a defesa em conflito muitas vezes por jogo, o que abre espaços para um jogo terrestre mais eficiente e permite também avanços curtos e seguros com passes que tem praticamente a mesma função das corridas. Tudo isso tirando a pressão de Aaron Rodgers, que não precisa resolver tudo com seu braço.

Contra Los Angeles, Green Bay ficou em situações de 3ª descida em 11 oportunidades (excluindo 'ajoelhadas' e field goal). Somente duas delas foram longas (para 7 ou mais jardas), sendo seis delas curtas (para 3 ou menos jardas), algo certamente ajudado pela eficiência dos RPOs.

Brady não para de sorrir após classificação dos Bucs e projeta duelo com Aaron Rodgers

Imparável? Não é bem assim...


Desde 2017, as defesas da NFL correram atrás e encontraram maneiras de parar ou limitar os RPOs. Uma dessas maneiras, por exemplo, é tirar os defensores que protegem o fundo do campo e trazê-los para perto da linha, tendo superioridade numérica tanto pelo meio como pelas laterais. 

O problema é que isso abre espaço para os passes longos, especialmente em play-action. E quando o quarterback é Aaron Rodgers, isso geralmente é fatal.

Tom Brady já teve problemas com esse tipo de adversário em 2017 e agora terá que contar com uma grande atuação de sua defesa, liderada por Devin White e Lavonte David, para poder conquistar a Conferência Nacional.

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Corrida pelo MVP: LeBron, Doncic, Jokic e o primeiro ranking dos melhores jogadores da temporada da NBA

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

A temporada 2020-21 da NBA está prestes a completar um mês, e chegamos no tradicional momento de escolher os melhores jogadores da liga nos primeiros 30 dias.

Durant e Curry está oficialmente de volta, LeBron lidera os Lakers mais uma vez, Jokic e Doncic continuam impressionando com seus triplos-duplos, e Giannis vai em busca de seu terceiro prêmio seguido.

Aqui vai: o primeiro ranking do ano pelo MVP da temporada!


1 - LeBron James - Los Angeles Lakers
23.7 pontos, 7.9 rebotes e 7.5 assistências

Os números de LeBron podem até não ser os mesmos da temporada do título com os Lakers, mas o camisa 23 também está jogando menos minutos com Los Angeles. Por outro lado, LeBron diminuiu a quantidade de turnovers cometidos por jogo e melhorou seu aproveitamento na bola de três. Tudo isso enquanto comanda os Lakers que são donos da melhor campanha da NBA. 

2 - Nikola Jokic - Denver Nuggets
25.1 pontos, 11.4 rebotes e 10 assistências

Talvez nenhum jogador em toda a NBA esteja tendo atuações como as de Jokic, o único com média de triplo-duplo depois de quase um mês de temporada. O Joker não para de evoluir e está com as melhores médias da carreira em pontos, assistências, rebotes e roubos de bola. Sem falar que ele claramente cuidou da parte física para suportar uma das temporadas mais exigentes da história da liga.

3 - Paul George - Los Angeles Clippers
24.8 pontos, 6.2 rebotes e 5.1 assistências

'De volta para se vingar', foi o que ele mesmo disse. A eliminação para os Nuggets e as críticas por ter sumido nos playoffs de 2020 parecem ter tido efeito em PG13. Os números são parecidos com os de Kawhi, mas o comportamento do ala em quadra é diferente do que vimos - principalmente na última pós-temporada. E com a segunda melhor campanha da NBA, é justo que ele esteja entre os líderes do ranking.

4 - Luka Doncic - Dallas Mavericks
27.2 pontos, 9.9 rebotes e 9.3 assistências

A temporada 2019-20 de Doncic foi histórica, e é injusto pedir que Luka faça ainda mais pelos Mavericks. Mas, de certa forma, ele tem conseguido: com quatro triplos-duplos, está atrás apenas de Jokic no ranking. E, aos 21 anos, ele já superou Michael Jordan na lista histórica de triplos-duplos (29 a 28). Doncic só não lidera a briga pelo MVP pela falta de consistência dos Mavericks.

5 - Kevin Durant- Brooklyn Nets
30.6 pontos, 7.1 rebotes e 5.7 assistências

Ele está de volta. Durant é o segundo cestinha da liga e vai repetindo o que fez só outras duas vezes na carreira: ter uma média acima dos 30 pontos por jogo. Mas a presença de Durant vai além dos números. KD voltou a ser ele mesmo, dominando jogos como se nunca tivesse se machucado. E a chegada de James Harden só parece ter ajudado o camisa 7 dos Nets, que marcou 42 e 30 nas duas partidas ao lado do ex-colega de Thunder.

6 - Stephen Curry - Golden State Warriors
28.2 pontos, 6.2 assistências e 5.2 rebotes

Durant não é o único que voltou voando de lesão. Curry está logo atrás de KD no ranking de cestinhas da temporada e, sem Klay Thompson, ele carrega o ataque dos Warriors na briga por uma vaga nos playoffs da sempre forte Conferência Oeste. E, assim como no caso de Durant, ver Curry em quadra vai muito além de estatísticas. Os movimentos, os dribles, os arremessos... o mesmo camisa 30 que revolucionou o basquete.

7 - Giannis Antetokounmpo - Milwaukee Bucks
27.2 pontos, 10.2 rebotes e 5.3 rebotes

Dono dos últimos dois MVPs, Giannis não deixou de ser uma força nos Bucks. Mas não podemos fugir do fato de que Milwaukee ainda tenta se encaixar depois de tantas mudanças na offseason - e o Greek Freak faz parte deste processo. A queda nos números em comparação às duas últimas temporadas também afasta Antetokounmpo do topo da briga. Mas isso pode mudar rapidamente.

8 - Joel Embiid - Philadelphia 76ers
25 pontos, 11.5 rebotes e 2.9 assistências

Antes do surto de COVID, os Sixers eram donos da melhor campanha da NBA, e Embiid despontava na briga pelo MVP. Mas os altos e baixos da temporada também afetaram o time e o pivô. Mesmo assim, Embiid mostra que deu um passo à frente na carreira em 2021, tem o melhor aproveitamento da carreira nos arremessos (53,6%) e até começou a acertar bolas de três de forma mais consistente (39,4%). Se os Sixers voltarem ao ritmo do começo da temporada, o camisa 21 voltará à briga pelo prêmio naturalmente.

9 - Damian Lillard - Portland Trail Blazers
28.1 pontos, 6.7 assistências e 4.7 rebotes

Dame segue sendo uma máquina de pontuar. Quarto cestinha da liga, ele lidera os Blazers de volta à briga pelos playoffs, e o time tem a 5ª melhor campanha do Oeste. Mas o desafio (que parece se repetir ano após ano) começa agora: carregar Portland nas costas sem os lesionados CJ McCollum e Jusuf Nurkic, que só devem voltar a jogar no final de fevereiro ou começo de março.

10 - Jayson Tatum - Boston Celtics
26.9 pontos, 7.1 rebotes e 3.8 assistências

Se um dia nós pensamos que Tatum não seria uma superestrela na NBA... bom, nós erramos. Tatum é um dos principais pontuadores da liga e continua crescendo no papel de líder dos Celtics - que só perderam quatro vezes na temporada. O camisa 0, infelizmente, não joga desde 8 de janeiro depos de ter sido infectado pela COVID-19.

Os próximos no ranking:

Donovan Mitchell, Utah Jazz; Kawhi Leonard, LA Clippers; Devin Booker, Phoenix Suns; Jaylen Brown, Boston Celtics; Domantas Sabonis, Indiana Pacers; Anthony Davis, LA Lakers; Bradley Beal, Washington Wizards; Zach LaVine, Chicago Bulls

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Ligas Negras importam

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Major League Baseball, a liga maior. Suas estatísticas são a referência de grandeza do beisebol, assim como suas marcas são os recordes que valem. Ligas de outros países até têm relevância local, mas esta é a única reconhecida mundialmente. Pois, a partir deste ano, essas estatísticas e marcas receberão o histórico das Ligas Negras que existiram na primeira metade do século 20. Alguns recordes terão de ser redefinidos e, como praticamente tudo no mundo de hoje, virou tema de debate, contestação e acusação de politização do esporte.

As Ligas Negras foram diversas competições realizadas principalmente na primeira metade do século 20 apenas por jogadores negros. E, por “negros”, entenda-se “negros e latino-americanos de pele um mais escura que a média entre americanos brancos”, de acordo com os critérios da época. Na época, esses jogadores eram barrados na MLB por um acordo não-escrito entre donos de clubes e tiveram de criar suas próprias ligas para poderem viver de seu talento. 

Com o início da integração racial, em 1947, as principais estrelas das Ligas Negras foram contratadas por times da MLB. Aos poucos, essas ligas perderam seus principais nomes, o público foi migrando para a Major League e elas acabaram extintas em alguns anos.

Jackie Robinson, primeiro jogador a sair das Ligas Negras para se tornar estrela da MLB
Jackie Robinson, primeiro jogador a sair das Ligas Negras para se tornar estrela da MLB Getty

A aceitação do legado das Ligas Negras foi gradual. Em 2006, foi criado um comitê para imortalizar seus principais nomes no Hall da Fama do Beisebol. O Hall da Fama das Ligas Negras se tornou mais conhecido e respeitado pela comunidade do esporte. Ainda assim, as façanhas técnicas em campo não eram equiparadas às da MLB. Suas marcas não valiam.

Quando a própria MLB anunciou que colocava as Ligas Negras no patamar de “Grande Liga”, uma parcela de torcedores reclamou, alegando que a liga pretendia apenas melhorar sua imagem diante da comunidade negra, pois não seria justo equiparar o nível técnico. Mas será que é tão injusto assim?

Há dois argumentos fundamentais nessa questão. Primeiro: até a integração racial ser realmente efetiva, e aí já falamos do meio de década de 1950 ou talvez a de 1960, não dá para cravar que a MLB representava o que de melhor havia no beisebol. Dá para dizer que era o melhor que havia no beisebol praticado por brancos. Por mais que o nível técnico fosse claramente alto, não dá para ignorar que atletas negros e latinos tinham talento para estar naquele cenário, eventualmente dificultando (jogando para baixo) algumas das estatísticas coletadas até aquele momento.

Então, se até a integração são consideradas as marcas do “melhor beisebol entre brancos”, por que não valerem também as estatísticas do “melhor beisebol entre negros e latinos”? Não é justo considerar as duas equivalentes, cada uma dentro da divisão racial existente na época (essa sim, injusta e inaceitável)?

Além disso, é preciso lembrar que as estatísticas aceitas como as das “Grandes Ligas” não se referem apenas à MLB, a união de Liga Nacional e Liga Americana. Há décadas, a Major League Baseball já reconhecia também o valor de ligas criadas nos primórdios do beisebol, algumas delas concorrentes da própria MLB: American Association (1882-1891), Union Association (1884), Players’ League (1890) e Federal League (1914-1915). De acordo com pesquisadores, apenas a AA e a UA tinham nível técnico realmente equivalente ao da Liga Nacional (a Liga Americana não havia sido fundada, então o que entendemos hoje por MLB era apenas a Liga Nacional). Ah, todas essas ligas eram brancas também.

Então, por que é aceito sem tanta contestação que as estatísticas da Liga dos Jogadores e da Liga Federal sejam computadas dentro do guardachuva da MLB, e a das Ligas Negras recebe contestação?

Dessa forma, a decisão de equiparar as Ligas Negras à MLB pode até causar um estranhamento pelo fato de que alguns recordes famosos mudarão de mãos, mas é justo. Justo e atrasado, diga-se.

Fonte: Ubiratan Leal

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Brady x Cowboys: em um ano, lenda da NFL já conseguiu superar o que o 'time da América' fez nos últimos 24

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

De um lado o Dallas Cowboys, um dos times de NFL mais populares no planeta. Do outro, Tom Brady, o maior campeão da história do Super Bowl. Já pensou em quem levaria a melhor nessa comparação?

Bom, pelo menos desde 1997, Brady ganha... e na NFC!

O camisa 12 deixou os Patriots depois de duas décadas e, em sua primeira temporada com os Buccaneers, já chegou na decisão da NFC. Quer saber quantas finais de conferência os Cowboys disputaram nos últimos 24 anos? Exatamente, nenhuma - a última foi em 1996.

A brincadeira tomou conta das redes sociais e motivou até Dak Prescott, quarterback dos Cowboys: "Alguém segure as minhas muletas", respondeu Dak, que se recupera de uma cirurgia no tornozelo.

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O detalhe que Tom Brady já adicionou ao seu legado em 2020 - não importa o que aconteça contra os Saints

Matheus Sacramento
Matheus Sacramento

Tampa Bay Buccaneers e New Orleans Saints fecham a 2ª rodada dos Playoffs da NFL neste domingo, às 20h30 (de Brasília), com transmissão da ESPN e do ESPN App. Mas não importa o que aconteça dentro de campo: mesmo que a equipe de Drew Brees atropele, como aconteceu há pouco mais de dois meses, Tom Brady já adicionou um detalhe ao seu legado nesta temporada.

Só um lunático questionaria a importância do quarterback seis vezes campeão do Super Bowl na história da liga. Mas o fã do esporte sabe: nas discussões típicas de rodas de amigos, surgem argumentos de todos os lados. Ainda mais quando a pergunta é aquela que permeia todos esportes: quem é o melhor jogador da história?

Quando se debate o lugar de Tom Brady como o GOAT (sigla de Greatest of All Time, ou o melhor de todos os tempos), um comum contra-argumento é valorizar o papel de Bill Belichick e da organização dos Patriots no sucesso do camisa 12. Aos mais exagerados, aplica-se o termo "quarterback de sistema", como se ele fosse uma simples peça no engenhoso ataque de New England, que muitas vezes se baseou em passes curtos e leituras rápidas, sem exigir tanto do braço do lançador.

O duelo de Brees e Brady! Lendas se enfrentam por vaga nas finais de conferência da NFL; veja quem venceu no Madden

Claro que o argumento é um tremendo exagero, mas há um motivo por trás. De fato, os ataques liderados por Tom Brady sempre foram muito baseados no passe curto - algo que mudou completamente em 2020. Uma boa forma de medir essa característica é a estatística chamada "air yards/attempt", que pode ser traduzida literalmente como a média de jardas aéreas por tentativa. Entretanto, não a confunda com a tradicional estatística de jardas passadas, pois "air yards" se refere ao número de jardas que um passe de fato viajou pelo ar, excluindo qualquer ganho após a recepção feito pelas pernas dos outros jogadores de ataque.

Um passe curto para a linha de scrimmage que ganha 40 jardas depois da recepção, por exemplo, contaria 0 "air yards".

Feita a explicação, aos fatos. A estatística tem registros no ESPN TruMedia desde 2006. Em 13 temporadas pelos Patriots, Tom Brady figurou no Top 10 em "air yards" por tentativa somente em um ano. Foi em 2017, quando ganhou o prêmio de MVP e foi derrotado pelos Eagles no Super Bowl. Em todas as outras 12 temporadas, não se destacou no quesito, evidenciando a preferência por passes curtos.

Tom Brady em Bucs x Falcons
Tom Brady em Bucs x Falcons Getty Images

Quando assinou com Tampa Bay em março de 2020, muitas dúvidas surgiram em relação ao seu encaixe no sistema de passes verticais da equipe. Afinal, em 2019 ele tinha média de 7,13 "air yards" por tentativa, a 26ª marca da NFL. O técnico dos Buccaneers, por outro lado, é um entusiasta dos lançamentos longos. Desde que assumiu a coordenação ofensiva dos Steelers em 2007, passando por Colts, Cardinals e Bucs, Bruce Arians deixou seus quarterbacks no Top 10 dessa estatística em todas as temporadas, sem exceção - muitas vezes a liderando com Big Ben, Andrew Luck e Carson Palmer.

Conseguiria Tom Brady sair da sua zona de conforto com passes curtos e rápidos para soltar bombas constantes em profundidade?

A resposta foi um gigantesco sim. O ataque de Arians não mudou para acomodar a nova estrela, foi Brady quem se adaptou. E o "quarterback de sistema" subiu sua estatística de "air yards" por tentativa para 8,64, a 4ª melhor marca da NFL nesta temporada.

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O feito é ainda mais impressionante considerando a sua idade. Aos 43 anos, Tom Brady mostra que sua dedicação inquestionável à parte física pagou dividendos mantendo seu braço forte. Essa não é a realidade de outros quarterbacks mais velhos da NFL. Philip Rivers, de 39 anos, ficou em 26º na estatística "air yards" por tentativa em 2020. Big Ben, de 38, ficou em 28º. Drew Brees, de 42, em 34º, só à frente de Alex Smith (considerando QBs com ao menos 7 partidas disputadas em 2020).

E o nível de atuação de Brady em 2020 também foi positivo. Ele terminou a temporada com o 10º melhor QBR, nota matemática calculada pela ESPN que mede a performance dos quarterbacks com base nos resultados estatísticos de cada jogada. Em 2019, ele foi o 17º nesse cálculo.

O resultado deste domingo pode determinar a narrativa da carreira de Tom Brady pós-New England Patriots. Mas não deveria haver mais nenhuma dúvida quanto à sua habilidade de jogar em qualquer sistema. Bom, talvez não no sistema do Baltimore Ravens, mas você entendeu.

Fonte: Matheus Sacramento

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Hierarquia é a palavra para os Nets não serem um fiasco: Harden e Kyrie precisam entender que o time é de Durant

Pedro Suaide
Pedro Suaide

A troca que levou James Harden ao Brooklyn Nets já é uma das maiores dos últimos tempos, mas é uma questão de apenas detalhes para que ela seja eternizada como uma piada, um fracasso. 

Em pouquíssimas vezes na história - talvez nenhuma - três jogadores tão bons e tão próximos ao auge estiveram juntos no mesmo time. Talvez exista um motivo para isso. 

O dia em que Durant, Harden e Kyrie foram colegas de time pela 1ª vez na NBA

Os grandes trios que tiveram sucesso na Liga tinham, no mínimo, uma das duas seguintes características: encaixe e hierarquia.

No lendário Miami Heat do começo da década, LeBron James era o dono da equipe, Wade seu braço direito e Bosh um operário muito acima da média, capaz de decidir jogos quando necessário. Nos inesquecíveis Spurs, Tony Parker levava a bola, Tim Duncan era a referência e Ginóbili o incendiário que vinha do banco. 

Durant e Harden, inclusive, servem de exemplo para isso quando lembramos do ótimo Thunder que chegou às Finais em 2012. Westbrook era quem iniciava o ataque, Durant o pontuador nato e Harden uma espécie de Ginóbili. 

Reunidos nos Nets: os melhores momentos de Durant e Harden lado a lado pelo OKC Thunder

O problema para os Nets (ou a solução) é que Harden não é o mesmo de 9 anos atrás. Evidentemente, é um jogador muito melhor - um dos melhores que vimos na década e um dos pontuadores mais mortais do século. De lá para cá, foram oito seleções para o All-Star Game, três títulos de cestinha da temporada, um MVP e mais incontáveis méritos. Assim como seu jogo, obviamente, a cabeça mudou - e o cara que vinha do banco se tornou o jogador que mais fica com a bola em mãos na NBA.
 
Mas assim como ele faz em altíssimo nível há tantos anos, Kyrie Irving também é o iniciador do ataque e dono da posse por onde passa desde que chegou na NBA. E agora os dois estão lado a lado, mas o jogo segue com apenas uma bola. 

Steve Nash, ao lado de seu assistente Mike D'Antoni, treinador com quem Harden chegou ao auge em Houston, devem definir algum tipo de rodízio, para essa dupla de armadores dividirem a função de 'dono da bola' - é o mínimo. 

Triplos-duplos históricos, cestas decisivas e os 10 principais momentos de James Harden na NBA

Mas, uma missão muito mais importante do que essa, é fazer Kyrie e Harden, dois dos melhores jogadores de basquete do mundo, entenderem que eles serão coadjuvantes. Sim, coadjuvantes. Talvez os coadjuvantes com maiores médias de pontos por jogo que já vimos, mas coadjuvantes. Porque é assim que esse time pode dar certo e não ser um fracasso. 

Kevin Durant, ao lado apenas de LeBron James, é o tipo de jogador que já se provou suficientemente para ser o dono do time em que estiver (não me pergunte o que aconteceria com os dois juntos). Um dos pontuadores mais temidos de todos os tempos, KD é praticamente idefensável. Foi MVP e 4x cestinha da temporada ainda garoto em Oklahoma, liderou os Warriors a dois títulos trucidando seu arquirrival nas Finais e ganhando o prêmio de melhor da decisão em ambos os anos. E fez tudo isso com o mesmo olhar mortal na cara. Por isso e tanto mais, é a referência onde estiver. 

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No caso dos Warriors, as especificidades eram diferentes. O time estava pronto e não era do antigo camisa 35, mas sim de Curry, Klay e Green. Entretanto, os três abraçaram Durant e potencializaram seu jogo. É isso que Kyrie e Harden precisam fazer.

Isso não quer dizer que os dois armadores dos Nets não vão arremessar no fim do jogo e terão médias de 12 pontos por jogo. Muito pelo contrário. Mas o que não pode acontecer é, hora um, hora outro, segurar a bola e tentar decidir sozinho enquanto Kevin Durant está em quadra. E o problema é que isso não é uma questão de basquete, mas sim de cabeça.

Incontáveis craques abriram mão de ser o número um de sua equipe para conquistar o troféu. Wade fez isso e não existe um louco no mundo que diga que ele não foi fundamental em seus títulos. De novo, não é uma questão de basquete, mas sim de cabeça. Cabeça que se os Nets tiverem, têm tudo para serem imparáveis.

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Os Indians vão mudar de nome, mas quais seriam as melhores opções?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

A notícia veio efetivamente em dezembro, mas já estava na cara que ia acontecer. Após décadas de manifestações, sobretudo da comunidade indígena norte-americana, o Cleveland Indians decidiu mudar de nome. A decisão faz parte do mesmo movimento que transformou o Washington Redskins em Washington Football Team (e futuramente em um Washington Qualquer-Apelido-que-Anunciarem-em-Breve).

Francisco Lindor, principal figura do Cleveland Indians nos últimos anos
Francisco Lindor, principal figura do Cleveland Indians nos últimos anos GettyImages

Já era esperado que o time mudaria de nome porque, em junho, anunciou que havia iniciado uma avaliação interna sobre essa possibilidade. Considerando que isso ocorreu justamente durante o movimento que levou milhões de norte-americanos às ruas para pedir o fim do racismo, a franquia não ia falar que “estava avaliando mudar um nome racialmente contestado” se não fosse para efetivamente mudar.

De qualquer forma, ainda não se sabe qual será o futuro nome dos Indians. Em 2021, o time ainda utilizará seu nome tradicional, mas já se sabe que estará de nome novo em 2022. Mas quais são os nomes favoritos da torcida até agora?

Obs.: a franquia deixou claro que não pretende adotar referências nativo-americanas

SPIDERS

Motivo: Cleveland Spiders foi um dos primeiros times (já extinto) de beisebol da cidade

É um dos favoritos pela torcida de acordo com pesquisas da imprensa de Cleveland. E é meu preferido pessoal também. A aranha é um animal amedrontador, algo sempre buscado por times profissionais. Além disso, elas foram estranhamente ignoradas nas principais ligas profissionais da América do Norte, então seria um nome único. E até já consigo imaginar ações como transformar as redes de proteção do estádio em teias (só pendurar aranhas no alto) e alguma ação ligada ao Homem-Aranha, já que o uniforme do heroi e do time têm as mesmas cores.

GUARDIANS

Motivo: um dos símbolos de Cleveland é a ponte Hope Memorial, famosa por duas grandes esculturas de guardiões (o s “Guardiões do Trânsito”)

O nome não tem tanto apelo fora de Cleveland, mas tem sido bastante defendido pela torcida. Sinal de que a população da cidade realmente vê os guardiões como ícones da cidade. E, convenhamos, é um nome portentoso para um time. Ainda mais se ele tiver um histórico muito bom jogando em seu estádio.

ROCKERS

Motivo: o nome “rock and roll” teria sido utilizado pela primeira vez por uma rádio de Cleveland para descrever o estilo musical que estava surgindo. Por isso, o Hall da Fama do rock fica em Cleveland

É o meu segundo preferido, porque, bem, eu gosto de rock. Mas, motivos egoístas à parte, seria realmente um bom nome. Além de fazer referência a um elemento histórico de Cleveland, ainda é uma palavra forte e ainda chamaria a atenção do planeta ao papel da cidade na história de um dos estilos musicais mais globalizados. O lado ruim é que ficaria muito parecido com o Colorado Rockies (referência às Montanhas Rochosas, “Rocky Mountains”).

Ohio State Buckeyes comemora título no futebol americano universitário
Ohio State Buckeyes comemora título no futebol americano universitário Joe Robbins/Getty Images Sport

BUCKEYES

Motivo: foi o nome de um time de Cleveland nas ligas negras (buckeye é nome da árvore-símbolo de Ohio e se tornou apelido para qualquer coisa referente ao estado)

Nome simpático, tem aceitação no estado e a referência às ligas negras é sempre bem-vinda. No entanto, há um problema sério: Buckeyes já é o apelido dos times da universidade Ohio State, uma das mais fortes do futebol americano. Se o Cleveland tentasse adotar o Buckeyes, a universidade poderia contestar, os torcedores da universidade que não ligam para os Indians poderiam contestar e até o Cincinnati Reds, outro time de Ohio na MLB, teria motivo para reclamar, pois poderia soar como uma tentativa do invasão de território de seu vizinho.

BASEBALL TEAM

Motivo: para que tanta dor de cabeça pensando em um mascote? Precisa ter um mesmo? Por que não deixar só “Baseball Team”, assim como os times de futebol são “Football Club”?

Paul Dolan, dono do Cleveland Indians, já disse que não gosta da ideia de usar um nome provisório e, por isso, a franquia não seria o Cleveland Baseball Team em 2021, como fez o Washington da NFL. Isso já enfraquece muito a ideia de o Cleveland adotar permanentemente esse nome com cara mais futebolística. Outro problema é que, se a franquia fica “vazia” no apelido, pode haver um incentivo para os defensores de “Indians” continuarem usando o nome antigo para se referir ao time. Dando um novo mascote, é mais fácil deixar para trás o antigo.

Fonte: Ubiratan Leal

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Os Indians vão mudar de nome, mas quais seriam as melhores opções?

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Força bruta e resistência: Derrick Henry prova mais uma vez que é o Rei do jogo terrestre na NFL

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

2.027 jardas e 17 touchdowns.

A temporada de Derrick Henry com os Titans foi histórica. Mais especificamente, ele se tornou o oitavo jogador a superar as duas mil jardas em um ano. E o volume de jogo de 'King' Henry só deve aumentar nos playoffs. Não que isso seja um problema para ele.

Com 1,90m e 112kg, Henry não é um running back qualquer. Vê-lo jogar é simplesmente diferente. O camisa 22, vencedor do Troféu Heisman em 2015, é capaz de destruir defesas com sua força bruta e resistência inigualável na NFL.

Desde a semana 13, quando teve apenas 60 jardas e 15 tentativas na derrota para os Browns, a produção de Henry cresceu rodada após rodada. E o ápice aconteceu logo na última partida da temporada regular - o que prova o poder físico do running back.

Enquanto jogadores eram poupados de olho nos playoffs, Henry correu 34 vezes para surreais 250 jardas e dois touchdowns. E ele foi o grande responsável por manter os Titans no jogo contra os Texans que deu o título da AFC Sul para Tennessee.

Derrick Henry em jogo dos Titans nos playoffs de 2019
Derrick Henry em jogo dos Titans nos playoffs de 2019 Getty

"Eu faço o que tem funcionado para mim e continuo fazendo isso para deixar meu corpo pronto para cada semana. Sempre mantenho a minha rotina que funciona", comentou o running back.

Basta uma visita rápida às redes sociais do astro para entender como ele se tornou o que é hoje.

"É a forma como ele trata as coisas. Seu nível de condicionamento", comentou o técnico dos Titans Mike Vrabel. "Há um nível de durabilidade que ele mostrou desde que nosso time está junto que o permite funcionar assim no final da temporada."


Nos playoffs de 2019, Henry liderou a NFL com 446 jardas e passou das 30 tentativas de corrida em dois dos três jogos que fez - ele só havia alcançado a marca uma vez em toda a temporada passada.

Agora, em 2021, a carga deve aumentar sobre Henry, mas o caminho será duro. Logo na estreia, ele encara a defesa do Baltimore Ravens, 8ª melhor da NFL contra o jogo terrestre e 5ª que menos sofre touchdowns pelo chão - a ESPN e o ESPN App mostram o duelo neste domingo, às 15h.

Um começo digno para um Rei que quer provar sua majestade mais uma vez.






Nos playoffs de 2019, Henry liderou a NFL com 446 jardas terrestres e passou das 30 tentativas de corrida em dois dos três jogos que fez - ele só havia alcançado a marca uma vez em toda a temporada passada. 

 Agora, em 2021, a carga deve aumentar sobre Henry, mas o caminho será duro. Logo na estreia, ele encara a defesa do Baltimore Ravens, 8ª melhor da NFL contra o jogo terrestre e 5ª que menos sofre touchdowns pelo chão - a ESPN e o ESPN App mostram o duelo neste domingo, às 15h.

 Um começo digno para um Rei que quer provar sua majestade mais uma vez.

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Coração, coesão e, finalmente, evolução: vamos falar sobre o New York Knicks

Pedro Suaide
Pedro Suaide

Pela quarta vez no milênio, o New York Knicks tem mais vitórias do que derrotas após sete jogos na temporada. Poucos dados representam como esse a realidade perdedora da franquia há décadas.
No começo de 2020, Leon Rose assumiu o comando das operações de basquete, e após uma longa pausa forçada pela COVID-19, seu trabalho começou a ser visto, com Tim Thibodeau chegando para ser o treinador e os reforços do mercado vestindo o uniforme pela primeira vez.

Após sete jogos oficiais, é possível afirmar que os torcedores dos Knicks voltaram a ter esperança.
O time tem a quinta melhor eficiência defensiva da NBA até o momento, e já venceu equipes como os Bucks e os Pacers - além de Hawks e Cavs.

Para chegar a 4 vitórias na última temporada, com David Fizdale no comando, foram necessárias 22 partidas. Agora o time de Tom Thibodeau demorou apenas 7.

O treinador e os veteranos (Austin Rivers, Julius Randle, Alec Burks e Reggie Bullock) abraçaram uma mentalidade de muito trabalho. Perfil esse que combina com o promissor núcleo jovem que os Knicks têm.

O rotulo de zebra também ajuda a montar um time que não tem nada a perder, e por isso dá seu máximo em todos os momentos. Contra os Hawks, perdiam por 16 pontos no terceiro quarto, mas venceram. Já contra os Bucks, do bi-MVP Giannis Antetokounmpo, os azarões dominaram categoricamente do começo ao fim.
Se as coisas não estão dando certo no ataque, a defesa aparenta cada vez permitir menos cestas fáceis aos rivais. A intensidade e inteligência dos jogadores, sempre muito cobrados por Thibodeau, chamam atenção nesse crescimento. O treinador, reconhecido há anos por ser uma grande mente defensiva, não larga do pé e 'joga junto' na beira da quadra, buscando sempre deixar o time ligado no 220.

Mas a evolução vai muito além da moral - desse time e da franquia como um todo. Esse fator é importante para, aos poucos, acabar com o status de chacota que a equipe carrega há anos e quem sabe finalmente voltar a atrair grandes estrelas. Mas para isso, é necessário vencer, e para vencer, é preciso jogar bem... E os Knicks finalmente estão.

Julius Randle está com um começo de temporada digno de All-Star Game, com médias de 22 pontos, 11,5 rebotes e 7,5 assistências por jogo, acertando mais de 50% de seus arremessos e mais de 40% da linha dos três pontos. Virou uma referência ofensiva, aumentou seu repertório e parou de tomar tantas decisões erradas, se transformando cada vez mais em um facilitador (vide o alto número de assistências).

RJ Barrett, ainda muito cru, o que é normal para um jogador de 20 anos, cada vez mais mostra que é um pontuador nato - e se seu arremesso ainda não é confiável, é perto da cesta que ele garante seu ganha-pão. 

Mas o trabalho está gerando crescimento além dos números. Mitchell Robinson, pivô de 22 anos, finalmente apresenta indícios de que não está só correndo atrás da bola na defesa, mas sim aprendendo a se posicionar e não cometendo mais tantas faltas bobas, o que minava seus minutos por jogo nas últimas temporadas.
Alguns outros problemas parecem começar a se resolver. Na última temporada, Elfrid Payton, Frank Ntilikina e Dennis Smith Jr. foram os armadores dos Knicks, três jogadores que não matam bolas de três com consistência - algo que caminha na contra-mão da NBA de hoje. Payton segue como titular (até agora), enquanto DSJ luta por seus minutos e Ntilikina agora é utilizado como ala-armador, tentando potencializar sua boa defesa e espaçando a quadra no ataque. A diferença é que chegaram Immanuel Quickley e Austin Rivers, uma dupla que pode dar a coesão necessária para as engrenagens desse elenco rodarem como deveriam.

O primeiro citado foi a 25ª escolha do último draft. Após defender Kentucky como ala-armador, ele mostrou muito serviço na pré-temporada e já é o armador reserva do time... E como o time melhora com ele em quadra! No último jogo, contra Atlanta, o garoto jogou o último quarto inteiro e foi fundamental na virada, com 18 pontos marcados - chutando bem de três pontos, cavando faltas e roubando bolas na defesa. Rivers, recém-contratado, é outro jogador que sabe criar um arremesso longo para si e aumenta as possibilidades do ataque.

Com essa dupla de armadores que sabe arremessar, a quadra fica muito maior para Barrett e Randle infiltrarem, Robinson dominar o garrafão e Knox, Burks e Bullock arremessarem de fora. Isso que Obi Toppin, um dos favoritos para o prêmio de calouro do ano, ainda praticamente não jogou por conta de uma lesão.

O time passa longe, muito longe de ser um candidato a qualquer coisa. Ir para os playoffs seria uma conquista absurda, e isso ainda não deve ser tratado como realidade. Mas é impossível não exaltar um trabalho que finalmente está sendo bem feito em uma franquia que em muitos momentos pareceu amaldiçoada.
A falta de peso nas costas pode fazer os Knicks surpreenderem essa temporada, principalmente pela expectativa ser muito baixa. Mas o que realmente deve ser comemorado é o fato de que o núcleo jovem de Nova York finalmente está crescendo e a moral da franquia pouco a pouco começa a mudar (até o próximo escândalo desnecessário). E é esse o caminho para as coisas começarem a dar certo.

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Calendário do esporte americano em 2021

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

A pandemia bagunçou todo o calendário do esporte em 2020. Praticamente todas as competições já retornaram, mas não é que a agenda de 2021 esteja normal. A parada forçou diversas mudanças de datas, de adiamento de um evento do tamanho dos Jogos Olímpicos à mudança (temporária) de período de disputa de ligas.

O esporte americano é um exemplo bastante claro disso. A temporada 2020-21 da NHL será, na prática, uma temporada 2021. A NBA começou quase no Natal e vai invadir julho. Os All-Star Games de NFL, NBA e NHL foram cancelados. E muitas datas importantes ainda nem foram anunciadas, há apenas uma intenção de realizá-la em determinada época do ano.

Para não se perder nessa bagunça toda, aí vai o calendário de 2021. Reforçando que todas as datas estarão sujeitas a mudanças de acordo com restrições que podem surgir pela pandemia.

Obs.: a WNBA ainda não anunciou seu calendário para 2021 e, como ela costuma evitar a concorrência direta com a NBA, não é possível projetar se ela manterá o período de disputa tradicional (maio a outubro) ou se também deslocará sua temporada

JANEIRO

1 - Semifinais do futebol americano universitário
9 - Início dos playoffs da NFL
11 - Final do futebol americano universitário
13 - Início da temporada da NHL

FEVEREIRO

7 - Super Bowl
27 - Início do Spring Training, a pré-temporada da MLB

Raymond James Stadium, sede do Super Bowl programado para 7 de fevereiro
Raymond James Stadium, sede do Super Bowl programado para 7 de fevereiro Joe Robbins/Getty Images Sport

MARÇO

16 - Início do March Madness, os playoffs do basquete universitário

ABRIL

1 - Início da temporada da MLB
5 - Final do March Madness
29 - Draft da NFL

MAIO

Primeira quinzena - Início dos playoffs da NHL (data ainda não definida)
22 - Início dos playoffs da NBA

JUNHO

22 - Início do pré-olímpico masculino de basquete

O Brasil disputará uma vaga no basquete olímpico com Croácia, Tunísia, Alemanha, Rússia e México
O Brasil disputará uma vaga no basquete olímpico com Croácia, Tunísia, Alemanha, Rússia e México MARK RALSTON/AFP/Getty Images

JULHO

? - Finais da Stanley Cup, a decisão da NHL (datas ainda não definidas)
4 - Final do pré-olímpico masculino de basquete 11 - Draft da MLB
13 - All-Star Game da MLB
21 - Início do torneio de softbol dos Jogos Olímpicos de Tóquio
22 - Data de um eventual jogo 7 das finais da NBA
23 - Draft da NHL
24 - Início dos torneios masculino e feminino de basquete 3x3 dos Jogos Olímpicos de Tóquio
25 - Início do torneio masculino de basquete dos Jogos Olímpicos de Tóquio
26 - Início do torneio feminino de basquete dos Jogos Olímpicos de Tóquio
27 - Final do torneio de softbol dos Jogos Olímpicos de Tóquio
28 - Final dos torneios masculino e feminino de basquete 3x3 dos Jogos Olímpicos de Tóquio
28 - Início do torneio de beisebol dos Jogos Olímpicos de Tóquio
Fim do mês - Época provável para o Draft da NBA (pode ser no início de agosto)

AGOSTO

7 - Final do torneio masculino de basquete dos Jogos Olímpicos de Tóquio
7 - Final do torneio de beisebol dos Jogos Olímpicos de Tóquio
8 - Final do torneio feminino de basquete dos Jogos Olímpicos de Tóquio
12 - Jogo do “Campo dos Sonhos” da MLB (Chicago White Sox x New York Yankees)

SETEMBRO

Início do mês - Época provável para o início da temporada 2021-22 do futebol americano universitário
9 - Início da temporada 2021-22 da NFL

OUTUBRO

5 - Início dos playoffs da MLB
Primeira quinzena - Época provável para o início da temporada 2021-22 da NHL
Segunda quinzena - Época provável para o início da temporada 2021-22 da NBA

O San Diego Padres investiu pesado para conquistar o título da MLB pela primeira vez em sua história
O San Diego Padres investiu pesado para conquistar o título da MLB pela primeira vez em sua história Getty Images

NOVEMBRO

Primeira quinzena - Época provável para o início da temporada 2021-22 do basquete universitário
3 - Data de um eventual jogo 7 da World Series
25 - Rodada de Dia de Ação de Graças da NFL

DEZEMBRO

Segunda quinzena - Época provável para o início da temporada de bowls do futebol americano universitário
25 - Rodada de Natal da NBA

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Seahawks x Rams: como a temporada de MVP de Wilson 'foi para o vinagre' e ataque voltou 'à moda Carroll'

Matheus Sacramento
Matheus Sacramento

O Seattle Seahawks recebe o Los Angeles Rams neste domingo, às 18h25 (de Brasília), com transmissão da ESPN e do ESPN App, em partida que pode decidir a divisão Oeste da Conferência Nacional da NFL. O jogo é também uma revanche do confronto dos dois rivais ocorrido há pouco mais de um mês, quando os comandados de Sean McVay impuseram a Russell Wilson uma de suas piores atuações na temporada.

Tradicionalmente um time que prioriza as corridas, os Seahawks iniciaram 2020 com um ataque aéreo avassalador que colocou seu quarterback como um dos favoritos na discussão para MVP. Desde a partida em Los Angeles, entretanto, a unidade ofensiva vem mostrando menos poder de fogo, passando dos 30 pontos apenas em um duelo, contra o fraquíssimo New York Jets. E as conversas de Wilson como melhor da temporada 'foram para o vinagre'.

Alvin Kamara faz o jogo da sua vida, e Saints detonam Vikings; veja o show

Não é de hoje que a torcida em Seattle pede uma estratégia que valorize mais passes. Afinal, além de ser uma tendência da NFL como um todo, se encaixaria nas habilidades únicas de um quarterback raro como Wilson, considerado um dos melhores de toda a liga. O movimento #LetRussCook (deixe o Russ cozinhar, em tradução literal), ganhou as redes sociais nos Estados Unidos e virou uma realidade dentro da franquia, como mostrou Antony Curti neste post (clique aqui e leia).

O treinador Pete Carroll, contudo, nunca foi o maior fã da filosofia aérea. Já na semana 1, após enfiar 38 pontos no Atlanta Falcons, ele reclamou da priorização pelo jogo de passes.

"Sete e seis carregadas (números de Hyde e Carson naquele jogo) não são suficientes para nossos caras. Queremos mais. Tivemos 20 corridas. Queremos mais do que isso no geral", declarou.

Dada a queda no rendimento em pontos do ataque dos Seahawks e ausência do nome de Russell Wilson nas discussões sobre MVP na segunda metade da temporada, veio o questionamento: Seattle voltou a correr com a bola e a sabotar o próprio ataque?

Chamadas de passe dos Seahawks
Chamadas de passe dos Seahawks Chartbuilder

Como mostra o gráfico acima, o ataque comandando por Brian Schottenheimer de fato teve uma queda na porcentagem de chamadas de passe nas últimas semanas, especialmente se comparadas ao meio da temporada, quando Seattle constantemente se aproximava ou até passava da marca de 75% de dropbacks (jogadas onde o quarterback recua para passar, independentemente do resultado ser uma tentativa de passe, um sack ou um corrida improvisada).

Somente o fato dos Seahawks estarem voltando ao plano de correr mais com a bola, no entanto, não quer dizer automaticamente que isso tenha atrapalhado Wilson. Aliás, ao se comparar a produção do quarterback com a porcentagem de chamadas de passe do time, uma tendência até surpreendente aparece.

Usando o índice bruto de QBR (uma nota matemática calculada pela ESPN, de 0 a 100, que representa a produção do quarterback tanto no jogo aéreo como no terrestre), é possível ver que Russ não necessariamente está na sua melhor forma quando se coloca todo o ataque em seu braço.

Wilson: Produção x Chamadas de Passe
Wilson: Produção x Chamadas de Passe Chartbuilder

O gráfico acima mostra: quanto mais para a direita, maior a porcentagem de passes chamados naquela determinada partida. Quanto mais para cima, melhor Russell Wilson jogou. Os escudos indicam os adversários enfrentados pelos Seahawks em cada duelo.

A produção do quarterback superou os 75 pontos de QBR em 7 de 8 partidas quando Seattle chamou até 66% de passes (número da partida contra os Falcons). A exceção foi o duelo contra os Cardinals, o qual os Seahawks ainda venceram por 28 a 21. Todas as oito foram vitórias.

Quando a proporção de passes se aproxima dos 70% ou mais, por outro lado, a produção de Russ cai. Foram duas partidas terríveis contra Giants e Rams, três boas (mas abaixo dos 75 pontos de QBR) contra Bills, Vikings e Cardinals, além de uma exceção contra os Cowboys, que tinham uma das piores defesas da liga na época. 

Nessas situações, foram quatro derrotas e duas vitórias, isso porque o triunfo contra Minnesota veio no último minuto.

Os 'esnobados' do Pro Bowl: Paulo Antunes lista jogadores injustiçados que ficaram de fora do prêmio da NFL

Claro, sair atrás no placar te obriga a passar mais a bola e aumenta suas chances de derrota, assim como dificulta a vida do quarterback. Mas essa explicação, com exceção ao jogo diante dos Bills, não exclui a teoria de que Wilson precisa de um time mais equilibrado para brilhar.

"No começo da temporada, não precisamos correr muito com a bola, porque estávamos voando com os passes, parecia quase óbvio. Fico desapontado com isso, porque (as corridas) são o elemento do nosso futebol americano que nos faz ser o que somos e que faz o trabalho do Russ ser diferente de quando ele precisa lançar a bola 40 ou 50 vezes. Ele certamente consegue fazer isso, adora fazer isso, nós não nos importamos em fazer isso, mas nosso futebol americano é melhor quando temos equilíbrio", disse Pete Carroll após a magra vitória por 23 a 17 sobre os Eagles na semana 12.

Estaria Pete Caroll... Certo?

Para adicionar mais uma evidência à teoria, é relevante olhar os mesmos gráficos de comparação entre QBR bruto e porcentagem de chamadas de passe de outros três candidatos ao MVP: Aaron Rodgers (em cinza), Josh Allen (em vinho) e Patrick Mahomes (em vermelho).

Rodgers: Produção x Chamadas de Passe
Rodgers: Produção x Chamadas de Passe Chartbuilder
Allen: Produção x Chamadas de Passe
Allen: Produção x Chamadas de Passe Chartbuilder
Mahomes: Produção x Chamadas de Passe
Mahomes: Produção x Chamadas de Passe Chartbuilder

Dos três, dois não seguem a tendência de Wilson e mantêm números altos mesmo com altas porcentagens de chamadas de passe, em ataques mais unidimensionais e menos equilibrados. Só Rodgers decai com altas porcentagens de jogo aéreo.

Logo, é possível dizer que, ao menos nesta temporada, entregar o ataque nos braços de Russell Wilson e "deixá-lo cozinhar" como a torcida pediu não é a melhor resposta. 

Agora, se isso é responsabilidade única da habilidade do quarterback ou se o ataque desenhado por Brian Schottenheimer não é criativo o suficiente para sustentar uma proporção maior de passes é discussão que renderia outro post inteiro...

Fonte: Matheus Sacramento

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Sem espírito natalino: o dia em que torcedores dos Eagles atacaram Papai Noel

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Época de festas é sempre assim: a chegada do Natal e a aproximação do reveillon leva as pessoas a se esforçarem para esquecer tudo o que ocorreu durante o ano para se alimentar da esperança que as coisas vão melhorar. Hora de reunir a família e priorizar o que importa. Menos para a torcida do Philadelphia Eagles. Ah, não tem clima natalino que resiste à corneta da Filadélfia. Pior para o Papai Noel.

Essa história começa em 1967. A temporada não havia sido das mais agradáveis para a torcida dos Eagles. O time vinha da quarta posição da NFL no ano anterior, mas caiu de rendimento e fechou o campeonato com 6 vitórias, um empate e 7 derrotas. Foi o suficiente para terminar em segundo lugar na divisão, mas o time ficou de fora dos playoffs. 

A expectativa para 1968 era se recuperar dessa queda, ao menos ser competitivo. Mas nem o mais pessimista torcedor das Águias imaginava o que viria. O Philadelphia caiu na estreia para o Green Bay Packers. Depois perdeu para os rivais New York Giants, Washington Redskins e Dallas Cowboys. E seguiu perdendo: Cowboys de novo, Chicago Bears, Pittsburgh Steelers, St. Louis Cardinals (atual Arizona, não o time de beisebol), Redskins de novo, Giants de novo e Cleveland Browns.

Após 11 rodadas, os Eagles tinham zero vitória, zero empate e 11 derrotas. Era o primeiro time da NFL a perder os primeiros 11 jogos de uma temporada desde os próprios Eagles de 1936 (o Oakland Raiders perdeu os 13 primeiros em 1962, mas isso ocorreu ainda na época de AFL). 

Tudo péssimo, mas a torcida teve um motivo para se animar. Com aquela campanha terrível, os Eagles ficariam com a pior campanha e teriam a primeira escolha no draft. E, naquele ano, todos estavam de olho em um running back fenomenal da USC, um dos melhores da história do futebol americano universitário: OJ Simpson (sim, o mesmo que ficou mais famoso hoje pelas páginas policiais).

[]

Faltando três rodadas para o final do campeonato, ter a prioridade para draftar OJ era o que dava alento ao torcedor dos Eagles. Até que veio a partida contra o Detroit Lions: vitória por 12 a 0. Ainda dava, o Buffalo Bills também tinha apenas uma vitória. Mas, na penúltima partida, o Philadelphia vence mais uma, 29 a 17 no New Orleans Saints.

Aí era demais para a paciência da corneteira torcida dos Eagles. O time igualava recorde de derrotas seguidas, era lanterna da divisão, perdeu de todos os rivais, e nem ao menos teria a primeira escolha do draft. O humor do torcedor filadelfiano era dos piores em 15 de dezembro, quando sua equipe receberia o Minnesota Vikings para a despedida da temporada.

O clima era péssimo. Torcedores tiveram de encarar a neve no caminho para o jogo e mesmo nas cadeiras, já que o estádio não era coberto e os Eagles não tinham limpado as arquibancadas. O clube tinha contratado um Papai Noel para animar a torcida no começo da partida, mas ele não apareceu. Era uma síntese de uma temporada terrível em todos os sentidos para o Philadelphia.

Ainda assim, a diretoria dos Eagles não tinha desistido de dar uma despedida natalina para seus seguidores. Ao ver um torcedor fantasiado de Papai Noel nas arquibancadas, foram chamá-lo. Era Frank Olivo, de 19 anos. Ele vestia uma roupa de Papai Noel barata, mal acabada e desajeitada. Ainda assim, perguntaram se o torcedor topava desfilar no gramado no intervalo da partida. Olivo topou.

Assim, quando acabou o segundo quarto, um torcedor vestindo uma roupa tosca de Papai Noel entrou no gramado e passou diante da torcida acenando. Ah, era muito otimismo esperar uma reação natalina das arquibancadas naquele cenário. Imediatamente começam as vaias. Quando Olivo chegou à endzone, alguns torcedores fizeram bolas com a neve com a qual ainda dividia espaço e atiraram no Papai Noel improvisado. Em resposta, Papai Noel começou a mostrar o dedo médio para a torcida cantando “vocês não vão ganhar nada do Papai Noel neste ano”.

Naquela temporada, o Buffalo Bills ficou com a primeira escolha no draft e selecionou OJ Simpson. Ele bateu o recorde de jardas corridas em uma temporada. Os Eagles tiveram a terceira escolha e recrutaram o running back Leroy Keyes, que foi titular em 1969, virou reserva em 1970, se tornou safety em 1971 para ter mais oportunidades e foi negociado com o Kansas City Chiefs em 1972, sua última temporada na NFL.

Frank Olivo morreu em 2015, aos 66 anos, vítima de problemas cardíacos. Seu obituário no jornal Patriot-News, começava assim: “O homem famoso na história do esporte da Filadélfia como o Papai Noel que foi vaiado e atingido por bolas de neve em um jogo dos Eagles no inverno de 1968 faleceu”.

Fonte: Ubiratan Leal

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Orlando Duarte: dez Olimpíadas e 14 Copas, mas tudo começou com o… beisebol

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


“O Eclético.” O apelido que acompanhava Orlando Duarte já enfatizava sua principal faceta: era um coringa do jornalismo esportivo. Analisou futebol com a mesma naturalidade que teve quando foi comentarista de boxe, escreveu a primeira grande obra de referência dos Mundiais no Brasil (“Todas as Copas do Mundo”), mas fez o mesmo para as demais modalidades com seu “Todos os Esportes do Mundo”.

Orlando Duarte escreveu o livro: Pelé, o supercampeão!
Orlando Duarte escreveu o livro: Pelé, o supercampeão! []

Ainda hoje essa é uma característica rara nas redações de esportes, na década de 1950, quando iniciou sua carreira, mais ainda. Com isso, tornou-se uma figura importante no jornalismo esportivo brasileiro, a ponto de ser destacado para cobrir 14 Copas do Mundo e dez Jogos Olímpicos. Uma história profissional que começou com impulso de uma modalidade improvável, o beisebol.

Duarte nasceu em Rancharia, cidade no oeste paulista a 520 km de São Paulo. Ele cresceu próximo à comunidade japonesa e praticou beisebol na juventude. Poderia ser apenas uma passagem rápida de infância, mas o “esporte da base”, como era conhecido na época, o seguiu quando o jornalista se mudou para trabalhar na capital.

Nota da Gazeta Esportiva destacando a primeira cobertura internacional de Orlando Duarte
Nota da Gazeta Esportiva destacando a primeira cobertura internacional de Orlando Duarte Reprodução A Gazeta Esportiva

Como redator da Gazeta Esportiva, Orlando Duarte era o responsável pela cobertura das competições de beisebol. O dia a dia era de notícias dos jogos que aconteciam pelo estado de São Paulo, mas, em 1956, ele foi convidado para acompanhar a delegação do time da Associação Desportiva Osvaldo Cruz na disputa de um triangular em Buenos Aires. Foi a primeira cobertura internacional da carreira do jornalista.

Um ano depois, São Paulo já fazia planos para celebrar o cinquentenário da imigração japonesa no Brasil. Uma das ideias era construir um grande estádio de beisebol no bairro do Bom Retiro, no local do campo de alguns times amadores do futebol paulistano. Duarte acompanhou as reuniões para o que se tornaria o estádio Mie Nishi não apenas como jornalista, mas também como secretário do Conselho Municipal de Esportes.

Anúncio da construção do estádio de beisebol do Bom Retiro
Anúncio da construção do estádio de beisebol do Bom Retiro Reprodução A Gazeta Esportiva

Com o passar do tempo, Duarte foi ganhando espaço e passou a participar das coberturas mais nobres da pauta. Em seu trabalho enciclopédico com o esporte, o beisebol parecia aos olhos do público apenas mais uma modalidade que O Eclético acompanhava. Mas o beisebol teve um papel fundamental no início da brilhante carreira. E o jornalista retribuiu participando do projeto do maior estádio do “esporte da base” no Brasil.

Orlando Duarte faleceu nesta terça, 15 de dezembro, em São Paulo. Ele já sofria com as consequências de Alzheimer nos últimos anos, mas foi vítima de Covid-19.

Fonte: Ubiratan Leal

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O que o beisebol precisa fazer se quiser voltar (mais uma vez) aos Jogos Olímpicos

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Eric Pardinho, arremessador da seleção brasileira de beisebol
Eric Pardinho, arremessador da seleção brasileira de beisebol Divulgação/MLB

A comunidade do beisebol nem pôde sentir o gosto de estar de volta aos Jogos Olímpicos que já tem de lamentar sua saída. Nesta semana, o Comitê Olímpico Internacional oficializou o programa para Paris-2024. E o beisebol foi retirado da lista de modalidades. O pior é que, com o adiamento de Tóquio-2020 por causa da pandemia de covid-19, o anúncio da saída ocorreu antes mesmo de ele retornar efetivamente, o que ocorrerá só em julho de 2021.

A notícia não surpreendeu quem acompanha o noticiário em torno dos Jogos. O COI criou uma nova categoria de modalidade olímpica, que podem entrar em uma edição do evento, mas não é permanente. O beisebol - que foi modalidade olímpica de 1992 a 2008 - conseguiu retornar em Tóquio nesse sistema, aproveitando a popularidade que tem no Japão. Não haveria muitos motivos para mantê-lo em Paris.

Em teoria, dá para acreditar que o beisebol volte nos Jogos de Los Angeles em 2028. No entanto, está longe de ser uma garantia. Até porque o beisebol tem enorme popularidade nos Estados Unidos, mas o beisebol de seleções, principalmente o beisebol olímpico, não é visto como algo especialmente atraente ao público. Considerando a cultura de rua da cidade californiana, é provável que o COI aproveite a oportunidade para colocar mais esportes de ação no programa e recuperar mais terreno entre o público jovem.

Seria péssimo para o beisebol se isso ocorresse, mas seria justo. A modalidade fez um grande lobby para voltar aos Jogos Olímpicos, a ponto de fundir as federações internacionais de beisebol e a de softbol em uma única entidade (a World Baseball Softball Confederation) para articular melhor a campanha. No entanto, no que ganhou a disputa para Tóquio-2020, fez tudo errado e deu argumentos para o COI achar que o beisebol -- e o softbol -- não merecem um lugar nas Olimpíadas. E estar no maior evento poliestportivo do planeta é importante ao beisebol, sim. Para as grandes ligas profissionais do mundo não faz tanta diferença, mas a persença nos Jogos ajuda a destinar mais recursos às federações nacionais de vários países de segundo e terceiro escalão do cenário internacional.

Então, o que o beisebol precisa fazer se quiser retornar aos Jogos em 2028?

1) Criar um torneio realmente atraente

Os torneios de beisebol e softbol em Tóquio-2020 são quase uma ofensa ao torcedor. São apenas seis equipes em cada um, muito pouco para representar a força internacional das duas modalidades, deixando várias potências sem vaga. Para piorar, o sistema de disputa que exige formação em matemática avançada para entender, com dois grupos de três em que todos os times se classificam para o mata-mata.

Como os japoneses e sul-coreanos são fanáticos por beisebol e vão disputar o torneio, é até possível que os públicos nas partidas das duas seleções -- caso tenhamos público sem restrição nos estádios, claro -- sejam bons. Mas o nível de interesse da competição será muito baixo tanto na venda de ingressos quanto na atenção da mídia.

2) Disponibilizar bons jogadores

Um torneio com camisas pesadas e regulamento que promove emoção é importante, mas ter bons jogadores em campo é fundamental para chamar a atenção da mídia e do público. Isso não é uma questão para o torneio olímpico de softbol, mas é grave no beisebol. 

Os Jogos Olímpicos são disputados sempre durante a temporada da MLB, da NPB (liga japonesa) e da KBO (liga sul-coreana). Essas duas últimas ligas abrem uma janela no calendário para o evento poliesportivo devido à importância que Japão e Coreia do Sul dão a suas seleções, mas a liga norte-americana não faz o mesmo.

Claro que seria lindo ver os grandes astros da MLB nos Jogos Olímpicos, mas isso não vai acontecer. E nem precisaria para o torneio despertar interesse. Bastaria a MLB e a associação de jogadores se comprometerem em criar um modelo em que bons jogadores fiquem à disposição de suas seleções. Por exemplo, qualquer jogador de liga menor que não esteja no elenco de 40 de uma franquia da MLB. Isso tiraria todas as estrelas da MLB e alguns dos jovens prontos para estrear, mas ainda abriria espaço para a participação de dezenas de jogadores muito promissores, capazes de integrar um time competitivo e que ainda despertaria o interesse do público que quer ver o futuro craque do seu time em ação.

3) Aumentar o comprometimento com o beisebol internacional

A MLB merece muitos elogios pela criação do World Baseball Classic, a Copa do Mundo do beisebol. É um torneio atrativo, com participação de grandes estrelas das grandes ligas. Mas fica só nisso. O beisebol como modalidade não encontrou um modelo para as competições de seleções.

O motivo histórico disso é fácil de entender: antes da cooperação da MLB e da NPB na criação de um novo Mundial, a federação internacional simplesmente tocava a sua vida com “o resto” da modalidade. O antigo Mundial era basicamente amador e não se criou uma cultura de torneios de seleções relevantes.

Pois agora é momento de mudar. As estrelas da MLB são para o WBC, mas dá para criar um calendário que movimente seleções nacionais girando em torno do desenvolvimento de promessas em ligas menores ou descoberta de talentos estrangeiros. Tendo um calendário com lógica, continuidade e promoção bem feita para mobilizar o público, dá para aumentar o interesse por esse tipo de torneio.

O Premier12 é um torneio interessante, disputado a cada dois anos. Mas ele sempre gira em torno das mesmas seleções e soa distante do público das Américas. Talvez a criação de uma Liga das Nações, com divisões, ajudaria a reforçar rivalidades nacionais e a fomentar o beisebol em países de segundo escalão, como Colômbia, Panamá, Itália, Nicarágua e até o Brasil.

4) Ajudar no desenvolvimento do softbol ou do beisebol feminino

É uma medida importante por três caminhos: social, econômico e político. O social se refere à inclusão de centenas de mulheres e garotas que têm talento beisebol e softbol e não têm oportunidade de transformar isso em uma profissão. Até existe uma liga profissional de softbol nos Estados Unidos, a National Pro Fastpitch, mas ela é completamente desconhecida de boa parte do público. No beisebol feminino, não há nada. Do ponto de vista humano, esse é o motivo mais importante para abraçar essa ideia, mas claramente não será esse o motor de uma decisão.

Então vamos às razões mais pragmáticas. Economicamente, ajudar o desenvolvimento do softbol profissional feminino e estabelecer o beisebol feminino é fundamental para aumentar a popularidade da modalidade entre as mulheres. Só ver como o basquete cresceu entre as mulheres americanas a partir da criação da WNBA. É um público potencial de centenas de milhões de pessoas que ajudariam a reforçar o mercado da MLB.

O impacto político, porém, é o que teria mais influência nos Jogos Olímpicos. O COI claramente tenta tornar o evento o mais igualitário entre gêneros. Ainda que o softbol feminino faça espelho ao beisebol masculino, claramente há uma distância muito grande no desenvolvimento econômico e de apelo de público entre as duas modalidades. Ter uma imagem de modalidade “para todos os gêneros” daria força na disputa por uma vaga no programa olímpico de 2028 ou além disso.

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O que o beisebol precisa fazer se quiser voltar (mais uma vez) aos Jogos Olímpicos

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Falem bem ou falem mal, mas falem de mim: LaVar Ball tumultuou a NBA e agora tem uma família milionária e sonhos realizados

Pedro Suaide
Pedro Suaide

LaVar Ball tem três filhos. Lonzo, o mais velho, é jogador do New Orleans Pelicans. LiAngelo, o do meio, assinou um contrato com o Detroit Pistons. E LaMelo, o caçula, é a esperança do Charlotte Hornets. 

O quarteto (pai e filhos) está na mídia desde que os garotos jogavam em Chino Hills, uma escola da Califórnia. O basquete dos três chamava atenção com o passar dos anos, mas nunca tanta quanto as aparições do falastrão pai. 

- "Se Charles Barkley pensasse como eu, talvez ele tivesse um título da NBA"

- "No meu auge, eu mataria Michael Jordan no um contra um"

- "Lonzo está no caminho de superar Magic Johnson para ser o melhor armador da história"

- "Lonzo já é melhor que Stephen Curry", em 2017, quando seu filho ainda jogava basquete universitário por UCLA.

- "Sem Lonzo em Los Angeles, LeBron não vai ganhar um título. Eu garanto"

[]

Essas são apenas algumas das centenas de frases de LaVar que viraram manchete ao redor do planeta. Nos últimos anos, ele deu uma sossegada, mas sua missão já estava praticamente completa. O resto era questão de tempo.

Em 2017, Lonzo foi draftado pelos Lakers com a 2ª escolha daquele draft. Em 2020, LaMelo foi o 3º. LiAngelo, o pior dos três, nunca foi escolhido, mas ainda assim conseguiu sua vaga na maior liga de basquete do mundo após uma temporada na G-League, a liga de desenvolvimento.


O caminho de Lonzo foi o mais tradicional, jogando o basquete universitário. Os dois mais novos, nas mãos dos pais, jogaram na Lituânia, em uma liga criada pelo próprio LaVar e, LaMelo, até para a Austrália foi, pois já tinha capacidade de ser profissional, segundo... Vocês sabem quem.

Onde eu quero chegar com esse texto? Os três Balls sabem jogar basquete. Mas é bastante questionável se Lonzo e LaMelo seriam escolhas de draft tão altas se não fosse toda a mídia criada ao seu redor. 

Lonzo, por exemplo, era uma escolha quase unânime para os Lakers naquele momento, mas hoje vemos que Jayson Tatum, Donovan Mitchell, Bam Adebayo são jogadores indiscutivelmente melhores do que ele. Isso sem falar em John Collins, De'Aaron Fox, Jonathan Isaac, OG Anunoby e Kyle Kuzma, por exemplo. Todos esses foram selecionados após Lonzo. Sim, talvez seja só mais um dos infinitos erros em draft - acontece. Mas o que sabemos é: LaVar falou, falou, falou... E deu certo.

Em alguns anos, vamos poder fazer a mesma análise sobre LaMelo e sua turma de draft. Mas já sabemos que o garoto, que tem claros problemas dentro de quadra, carrega altíssimas expectativas nas costas mesmo sem nunca ter provado muita coisa jogando em alto nível (nem mesmo 'médio').


Por fim, esse texto está sendo escrito porque, como nos sonhos de LaVar, seus três garotos finalmente estão juntos na NBA. LiAngelo Ball, o menos falado, assinou um contrato mínimo, não garantido, com os Pistons. E quando você viu um negócio tão pequeno gerar tanto fuzuê por aí? É raro - e é mérito do papai. 

Você provavelmente não gosta de LaVar Ball - e possivelmente desenvolveu algum tipo de antipatia com algum de seus filhos (ou talvez com todos), que não têm nenhuma culpa disso. Mas isso não importa para eles. Seus sonhos estão realizados e os bolsos cheios de dinheiro.



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Pedro Suaide
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LaVar Ball tem três filhos. Lonzo, o mais velho, é jogador do New Orleans Pelicans. LiAngelo, o do meio, assinou um contrato com o Detroit Pistons. E LaMelo, o caçula, é a esperança do Charlotte Hornets. 

O quarteto (pai e filhos) está na mídia desde que os garotos jogavam em Chino Hills, uma escola da Califórnia. O basquete dos três chamava atenção com o passar dos anos, mas nunca tanta quanto as aparições do falastrão pai. 

  • "Se Charles Barkley pensasse como eu, talvez ele tivesse um título da NBA"
  • "No meu auge, eu mataria Michael Jordan no um contra um"
  • "Lonzo está no caminho de superar Magic Johnson para ser o melhor armador da história"
  • "Lonzo já é melhor que Stephen Curry", em 2017, quando seu filho ainda jogava basquete universitário por UCLA.
  • "Sem Lonzo em Los Angeles, LeBron não vai ganhar um título. Eu garanto"

[]

Essas são apenas algumas das centenas de frases de LaVar que viraram manchete ao redor do planeta. Nos últimos anos, ele deu uma sossegada, mas sua missão já estava praticamente completa. O resto era questão de tempo.

Em 2017, Lonzo foi draftado pelos Lakers com a 2ª escolha daquele draft. Em 2020, LaMelo foi o 3º. LiAngelo, o pior dos três, nunca foi escolhido, mas ainda assim conseguiu sua vaga na maior liga de basquete do mundo após uma temporada na G-League, a liga de desenvolvimento.


O caminho de Lonzo foi o mais tradicional, jogando o basquete universitário. Os dois mais novos, nas mãos dos pais, jogaram na Lituânia, em uma liga criada pelo próprio LaVar e, LaMelo, até para a Austrália foi, pois já tinha capacidade de ser profissional, segundo... Vocês sabem quem.

Onde eu quero chegar com esse texto? Os três Balls sabem jogar basquete. Mas é bastante questionável se Lonzo e LaMelo seriam escolhas de draft tão altas se não fosse toda a mídia criada ao seu redor. 

Lonzo, por exemplo, era uma escolha quase unânime para os Lakers naquele momento, mas hoje vemos que Jayson Tatum, Donovan Mitchell, Bam Adebayo são jogadores indiscutivelmente melhores do que ele. Isso sem falar em John Collins, De'Aaron Fox, Jonathan Isaac, OG Anunoby e Kyle Kuzma, por exemplo. Todos esses foram selecionados após Lonzo. Sim, talvez seja só mais um dos infinitos erros em draft - acontece. Mas o que sabemos é: LaVar falou, falou, falou... E deu certo.

Em alguns anos, vamos poder fazer a mesma análise sobre LaMelo e sua turma de draft. Mas já sabemos que o garoto, que tem claros problemas dentro de quadra, carrega altíssimas expectativas nas costas mesmo sem nunca ter provado muita coisa jogando em alto nível (nem mesmo 'médio').


Por fim, esse texto está sendo escrito porque, como nos sonhos de LaVar, seus três garotos finalmente estão juntos na NBA. LiAngelo Ball, o menos falado, assinou um contrato mínimo, não garantido, com os Pistons. E quando você viu um negócio tão pequeno gerar tanto fuzuê por aí? É raro - e é mérito do papai. 

Você provavelmente não gosta de LaVar Ball - e possivelmente desenvolveu algum tipo de antipatia com algum de seus filhos (ou talvez com todos), que não têm nenhuma culpa disso. Mas isso não importa para eles. Seus sonhos estão realizados e os bolsos cheios de dinheiro.



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Raiz de Mahomes, 'tempero' de Lamar e uma inconsistência: como Kyler Murray leva Arizona ao topo da divisão mais disputada da NFL

Matheus Sacramento
Matheus Sacramento

A Divisão Oeste da Conferência Nacional era considerada uma das mais fortes da NFL antes do início da temporada. Depois de 10 rodadas, as equipes confirmaram sua força, mas talvez não na ordem que se esperava. Quem lidera é o Arizona Cardinals, que visita o Seattle Seahawks nesta quinta-feira, às 22h15 (de Brasília), com transmissão da ESPN e do ESPN App.

Ambos tem 6 vitórias e 3 derrotas, assim como o Los Angeles Rams, vice-campeão da liga em 2018. O San Francisco 49ers, que foi ao Super Bowl em 2019, completa a divisão com 4 triunfos e 6 reveses (apesar de um número incrível de lesões). E a liderança da disputada NFC Oeste tem bastante a ver com o jovem quarterback Kyler Murray.

O atleta de 23 anos comanda o ataque que mais produz jardas por partida na liga, com 425,4. Eleito "Calouro do Ano" na última temporada, ele traz em seu segundo ano um gigante desafio para as defesas adversárias: habilidade incomum tanto para correr como para passar a bola.


O padrão de quarterback corredor na NFL é Lamar Jackson, claro, o atual MVP. Mas Murray deixa defensores perdidos e ganha jardas com as pernas com uma agilidade muito semelhante. Inclusive, ele tem mais jardas terrestres (604) e melhor média de jardas por carregada (6,94) que o jogador de Baltimore neste ano.

A diferença, contudo, está no jogo aéreo. As pernas de Kyler não são a base do ataque dos Cardinals - como acontece nos Ravens. Na realidade, as corridas desenhadas para o quarterback, os read options (jogadas em que o quarterback decide se corre com a bola ou se entrega para o running back) e os run-pass options são apenas uma parte do arsenal de Arizona.

Assim como Patrick Mahomes, Murray jogou beisebol em toda sua vida e tirou do esporte um braço forte e um trabalho de pés que o permite lançar com precisão mesmo em condições pouco convencionais para o futebol americano. O 'camisa 1', inclusive, já foi considerado um dos principais prospectos para um Draft da MLB.

Kyler Murray em ação contra os Bills
Kyler Murray em ação contra os Bills Getty Images

Assistir ao quarterback de Arizona é quase certeza de ver belos lançamentos e alguns passes longos. Tal combinação de ameaça aérea e terrestre já gerou 27 touchdowns para ele (10 pelo chão e 17 pelo ar).

O futuro da primeira escolha geral do Draft de 2019 parece muito promissor, mas isso não ajuda os Cardinals a vencerem a divisão nesta temporada - algo que não acontece desde 2015. Para tanto, ele ainda precisará superar uma característica comum a muitos jovens quarterbacks: a dificuldade em realizar as progressões de passe.

A maioria das jogadas de passe na NFL tem um 'roteiro' planejado. O quarterback precisa saber quais são sua primeira, segunda e terceira opções ao ler a defesa e olhar para esses respectivos alvos nessa sequência. Fazer essa "progressão" permite ao ataque atingir todo o potencial planejado por cada chamada do técnico, mas executar isso com consistência costuma ser privilégio de jogadores experientes. Especialmente quando se tem a habilidade de improvisar como Kyler.

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Quando a estrela dos Cardinals vê sua primeira opção aberta, a força do seu braço aparece. Muitas vezes, porém, ele demora a sair do alvo principal e olhar para a segunda leitura. Por consequência, raramente progride em relação a uma terceira opção. 

Para a maioria dos quarterbacks jovens, isso é uma realidade que custa ao ataque. Para Murray, nem tanto. Afinal, ele consegue sair da primeira leitura e improvisar corridas de 5, 10, 15 ou até mesmo 48 jardas. A impaciência do jogador de 23 anos para esperar as jogadas se desenvolverem, no entanto, por vezes impede que Arizona avance em passes mais longos. 

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A tendência, que fique claro, não é absoluta. Murray já mostrou que consegue fazer progressões de passe e olhar para vários alvos antes de lançar. Inclusive, é provável que ele evolua nisso com o passar da carreira. Mas não acontece lance após lance, com consistência, algo que se vê de quarterbacks de elite como seu rival desta noite, Russell Wilson.

Ressalva à parte, Kyler Murray é certeza de jogadas de encher os olhos e um ataque potente. A promessa é de mais um jogão neste Thursday Night Football, assim como foi o maluco 37 a 34 na prorrogação de pouco mais de três semanas atrás. 

Fonte: Matheus Sacramento

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Balanço: os premiados, quem sai em alta e quem sai em baixa na temporada 2020 da MLB

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Um jogo acirrado entre duas equipes, decisão polêmica que valerá discussão por algumas semanas (talvez até mais que isso), um campeão incontestável e que tirou de uma fila de décadas uma das franquias mais populares do país e ainda redimiu um dos maiores jogadores deste século. No final das contas, a Major League Baseball tem motivos para se sentir aliviada com o final da temporada 2020 e o título do Los Angeles Dodgers.

A sensação final é realmente de alívio, mas há quem saiu dessa podendo comemorar ou lamentar. E alguns que ficaram com uma sensação agridoce na boca. Então, que tal um balanço do que a temporada deixou de mais impactante?

PRÊMIOS

MVPs:  José Abreu (Chicago White Sox) e Freddie Freeman (Atlanta Braves)
Cy Young (melhores arremessadores): Shane Bieber (Cleveland Indians) e Trevor Bauer (Cincinnati Reds)
Estreantes do ano: Kyle Lewis (Seattle Mariners) e Devin Williams (Milwaukee Brewers)
Técnicos do ano: Kevin Cash (Tampa Bay Rays) e Don Mattingly (Miami Marlins)

EM ALTA

Los Angeles Dodgers

A franquia se planejou por anos para ter o time mais forte da MLB, e conseguiu fazer isso dominando uma divisão que tem o time mais vitorioso da primeira metade desta década. Só faltava carimbar o processo com o título, e ele sempre vinha escapando. O escândalo de roubo de sinais do Houston Astros em 2017 fez a sensação de vazio ficar ainda maior, e até reenergizou o elenco para 2020. 

O título soou justo e até atrasado por tudo o que os Dodgers vinham fazendo. E, além disso, ainda tirou um pouco o peso da indignação pela derrota de três anos atrás.

Jogadores do Los Angeles Dodgers celebram a conquista da World Series em 2020
Jogadores do Los Angeles Dodgers celebram a conquista da World Series em 2020 Getty

Clayton Kershaw

Um dos melhores arremessadores da história era perseguido pelas atuações fracas em playoffs. Na verdade, Kershaw teve várias grandes atuações em playoffs, mas estas eram sempre seguidas de desempenhos para lá de decepcionantes. Ele precisava de uma pós-temporada inteira de alto nível, e teve uma.

Em cinco jogos, teve apenas um que podemos rotular como “decepcionante”, e ainda assim não foi uma porcaria completa. O ERA de 2,31 na World Series quantifica as boas atuações no momento mais importante do ano. Para melhorar, ele ainda termina o ano como o arremessador com mais strikeouts em jogos de playoff na história.

O currículo dele no mata-mata ainda é muito inferior, mas não cobrarão mais dele a falta de um grande desempenho na hora mais decisiva do campeonato. É um dos maiores da história, e agora sem aparecer um “mas vamos lembrar que” quando falarmos de sua capacidade.

San Diego Padres

Há anos que os Padres estão trabalhando para montar um time competitivo. Reuniram um grupo de jovens muito talentosos e contrataram alguns veteranos interessantes. A evolução existia, mas ainda faltava o momento em que esse elenco explodisse para passar a ser visto como potencial concorrente ao título.

Esse momento veio em 2020. É verdade que a temporada curta pode distorcer a percepção, mas os Padres viram seus jovens crescerem demais, os veteranos apareceram bem e a equipe ainda mostrou capacidade de competir contra equipes mais experientes nos momentos decisivos.

Ver os rivais Dodgers ficarem com o título é ruim, mas o sentido de urgência no time de Los Angeles será menor a partir do ano que vem, o que pode até abrir uma pequena brecha para o San Diego brigar pelo topo da divisão nos próximos anos.

Chicago White Sox

A história dos White Sox é muito semelhante à dos Padres. A base jovem enfim mostrou capacidade de competir no alto nível. Ainda não está tão explosivo como os Padres, mas há uma clara sensação de que o time já está pronto para dominar sua divisão por algumas temporadas. 

Novas regras

Rebatedor designado na Liga Nacional, playoffs expandidos, entradas extras começando com corredores em base e rodadas duplas com jogos de 7 entradas. Todas essas mudanças foram implementadas em 2020 com o argumento da pandemia e não voltam para 2021. Ainda assim, dá para dizer que terminam em alta. Não que tenham necessariamente dado certo (há muita discussão entre o público do beisebol sobre elas), mas o fato de terem achado uma brecha para serem usadas aumentam a chance de acabarem oficializadas no futuro (só a última, a das rodadas duplas, soa improvável).

NO LIMBO

Estatísticas avançadas

Os Dodgers têm o melhor time da MLB, mas utilizam bastante as estatísticas avançadas para realizar seu planejamento de elenco e estratégias de jogo. Quanto aos Rays, dá para dizer que nem chegariam aos playoffs se não usassem um apoio pesado da análise de números. É evidente que as estatísticas se tornaram parte fundamental do beisebol, não adianta lutar contra isso.

No entanto, a decisão do técnico dos Rays, Kevin Cash, de substituir o dominante Blake Snell no jogo 6 da World Series não pode ser ignorada. Os números recomendavam a alteração, mas qualquer observador da partida perceberia que o arremessador estava em um dia fora da curva, inclusive de sua curva. Os Dodgers viraram o jogo e fecharam a série a partir dessa alteração, e já há uma discussão forte sobre quando o instinto do treinador pode ser aplicado a despeito das estatísticas.

Atlanta Braves

Os Braves já eram tidos como o time mais talentoso da Liga Nacional depois dos Dodgers. Isso foi confirmado nesta temporada, com desempenho espetacular de Freddie Freeman, Max Fried, Ian Anderson, Travis d’Arnaud e Ozzie Albies, além de momentos explosivos de Ronald Acuña Jr. Na final da Liga Nacional, a equipe da Geórgia ficou a uma vitória de eliminar os futuros campeões e chegar à World Series.

Sinal de que o time realmente é forte e chega como candidato real ao título em 2021? Certamente, mas também fica uma questão: mais uma vez, os Braves mostraram incapacidade de crescer no momento decisivo. Na temporada passada, o Atlanta já era visto como força emergente e falhou nos playoffs, também em uma série que parecia ganha. 

Como a base é jovem, o time deve ser competitivo por alguns anos ainda. Mas a história da franquia já foi marcada por grandes esquadrões que sistematicamente caíam no mata-mata. Talvez seja hora de investir em alguns jogadores pesados para dar mais contundência à equipe.

Houston Astros

Depois do escândalo de roubo de sinais, era evidente que o desempenho dos Astros seria um dos assuntos do campeonato. Na temporada regular, a narrativa de “o Houston só ganhou porque trapaceou” ganhou força. A equipe fez uma campanha bastante apática, ficando abaixo de 50% de aproveitamento e vendo alguns dos jogadores mais importantes, como José Altuve, Alex Bregman e Yuli Gurriel, com estatísticas muito abaixo do que costumam apresentar.

No entanto, os Astros acabaram se classificando aos playoffs devido à fragilidade dos concorrentes em sua divisão. E, no mata-mata, o time ressurgiu. Altuve, Correa e Springer tiveram grandes atuações e o Houston ficou a uma vitória de chegar à terceira World Series em quatro anos. Serviu de alívio, e comprovação de que a franquia até trapaceou, mas o time tem qualidade para ir longe no mata-mata.

Houston Astros celebram corrida durante a World Series de 2017
Houston Astros celebram corrida durante a World Series de 2017 Getty

MLB na TV

A World Series de 2020 teve a pior audiência de sua história na TV americana. Em média, 9,78 milhões de pessoas viram cada partida da decisão da MLB, superando com folga a marca negativa anterior, de 12,64 milhões da final de 2012 entre San Francisco Giants e Detroit Tigers (uma varrida, o que normalmente tira o interesse dos jogos). Sim, isso é uma notícia ruim para o beisebol, então por que o item ficou como “no limbo”.

Os números são baixos na comparação com os anos anteriores, mas a MLB teve indicações positivas também. Os eventos esportivos como um todo tiveram queda brutal de audiência na TV dos EUA neste ano de pandemia. E, na comparação com as finais da NBA, pela primeira (e provavelmente única) vez na história disputada na mesma época do ano e com times de mercados quase iguais (Los Angeles x uma grande cidade da Flórida), a MLB se saiu melhor. A série entre Los Angeles Lakers e Miami Heat teve média de 7,45 milhões de telespectadores.

Além disso, a MLB ainda teve quatro dos cinco eventos esportivos fora da NFL mais vistos na TV americana desde o retorno das ligas após a parada da pandemia. Ou seja, os números absolutos foram ruins, mas o beisebol mostrou força dentro de um ano ruim para o esporte.

EM BAIXA

Kevin Cash

O técnico do Tampa Bay Rays foi um dos melhores da temporada. Manteve sua filosofia de usar as estatísticas como principal fator nas tomadas de decisão durante todo o ano. E, como ocorreu já na temporada passada, teve muito sucesso. Levou os Rays à melhor campanha na temporada regular da Liga Americana e à segunda participação na World Series.

No entanto, isso tudo é meio o que se sabia que ele era capaz de fazer. Quando precisou lidar com uma situação fora do roteiro, como no caso de manter ou não Blake Snell no montinho no jogo 6 da finalíssima, Cash decidiu sacar o arremessador. A decisão era justificável pelos números, nem tanto pelo instinto. E o instinto venceu neste caso: os Rays imediatamente tomaram a virada e o título foi para Los Angeles.

Cash ainda é um dos melhores técnicos da MLB, mas teve de lidar com críticas de seus próprios jogadores após a partida e será visto com desconfiança por torcedores e jornalistas em 2021.

New York Yankees

A MLB viu o surgimento de alguns supertimes nos últimos anos: Astros, Dodgers, Yankees e Red Sox. Era evidente que, deste grupo, o Los Angeles era o que mais tinha urgência pelo título. Investiu fortunas para montar um esquadrão e seguia em uma fila de mais de três décadas. Mas, enfim, esse título veio.

Agora, os Yankees são o único desses supertimes a não conquistou uma World Series nos últimos quatro anos. Pior, a franquia mais rica e vitoriosa do beisebol já passou mais de uma década sem título, sem sequer chegar a uma World Series. O time atual é muito bom, desde já um forte candidato ao título em 2021, mas vai começar a temporada sob uma pressão ainda maior que o normal.

Aaron Judge, principal estrela dos Yankees
Aaron Judge, principal estrela dos Yankees Sean M. Haffey/Getty Images Sport

Boston Red Sox

Sabia-se que os Red Sox teriam uma temporada de baixa. A franquia jogou pesado para reconquistar o título nos últimos anos, e conseguiu o feito em 2018. Para 2020, trocou o general manager, viu seu técnico ser suspenso por um ano pela participação no escândalo de roubo de sinais do Houston Astros (Alex Cora era auxiliar do time texano em 2017) e ainda topou negociar seu melhor jogador, Mookie Betts. 

No entanto, não dava para imaginar que a queda seria tão brutal. O Boston vagou pela temporada em um ambiente melancólico, uma equipe sem rumo que parecia apenas cumprir tabela desde o primeiro jogo da temporada regular. No papel, a equipe ainda tinha capacidade de fazer uma campanha digna e até ficar no pelotão que pegou um dos wildcards da Liga Americana, mas não passou nem perto. Ficou atrás até do Baltimore Orioles, time sabidamente em reformulação total.

Para 2021, Cora estará de volta e os Red Sox terão o retorno de jogadores importantes como Chris Sale (perdeu o ano todo por lesão). Mas talvez a exigente torcida fique uns dois ou três anos vendo a franquia encontrar um novo rumo até voltar a brigar por títulos.

Rob Manfred

A temporada 2020 aconteceu. Foi marcada uma tabela, praticamente todos os jogadores se apresentaram, as partidas foram realizadas, houve playoff -- até com público em parte dele -- e um campeão reconhecido por todos foi consagrado. Isso já é uma ótima notícia para a liga e seu comissário, Rob Manfred. No entanto, todo o resto gera dúvidas a respeito da capacidade do chefão da MLB liderar a liga.

As negociações com os jogadores sobre como seria o acordo financeiro para a disputa da temporada 2020 foi repleta de problemas e acirrou o clima entre liga e sindicato para a renovação do acordo trabalhista no ano que vem. Além disso, foi preciso ocorrer surtos de covid em alguns clubes para que a liga conseguisse mobilizar os jogadores sobre como respeitar os protocolos de saúde durante a temporada regular. E, ainda assim, a MLB teve de ver atletas reclamando -- com razão -- de dividirem hoteis com hóspedes comuns, que não estariam necessariamente respeitando as normas de segurança.

Por fim, Manfred viu a temporada acabar com um caso de Covid-19 que surgiu no meio do que deveria ser uma bolha da MLB em Dallas, com Justin Turner descobrindo seu caso durante a última partida e se negando a manter o isolamento na hora de celebrar o título. 

O comissário terá muito trabalho para retomar sua força aos olhos do público.

Saúde financeira da liga

Segundo cálculos da própria liga, a MLB teve prejuízo de US$ 3,1 bilhões por fazer uma temporada curta e sem público em 2020. Já se imaginava que seria um ano de perdas, mas é inevitável que isso tenha um impacto nos próximos anos: mais dificuldade para negociar o próximo acordo trabalhista, jogadores com salários mais baixos nos novos contratos e busca por novas formas de arrecadação para minimizar as perdas. Em médio prazo, esse prejuízo pode ainda acelerar a busca pela expansão da liga para 32 franquias.

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Balanço: os premiados, quem sai em alta e quem sai em baixa na temporada 2020 da MLB

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Para que times torcem Joe Biden e Kamala Harris

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Uma tradição de presidentes norte-americanos é fazer o arremesso cerimonial na abertura da temporada da MLB, normalmente em seu primeiro ano de mandato e no primeiro jogo em casa do time de Washington. A tradição surgiu com William Taft em 1910, quando o representante da capital no beisebol era o Washington Senators. Desde então, passaram por isso Woodrow Wilson, Warren Harding, Calvin Coolodge, Herbert Hoover, Franklin Roosevelt, Harry Truman, Dwight Eisenhower, John Kennedy, Lyndon Johnson, Richard Nixon, Gerald Ford, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George HW Bush, Bill Clinton, George W Bush e Barack Obama. Donald Trump não seguiu a série (ele já fez o arremesso cerimonial, mas em 2006, bem antes de se tornar presidente dos Estados Unidos), mas já está aberto o caminho para Joe Biden retomá-la.

Kamala Harris e Joe Biden
Kamala Harris e Joe Biden Getty Images

Horas após a vitória de a imprensa cravar a vitória de Biden nas eleições, o Washington Nationals postou no Twitter um convite para o futuro presidente fazer o arremesso inaugural da próxima temporada. Na última vez em que isso aconteceu, Obama foi ao montinho com um boné dos Nationals, mas usando uma jaqueta do seu time de coração, o Chicago White Sox (como também é Bears na NFL e Bulls na NBA). O que levanta a questão: para que time torce Joe Biden?


O fato de Obama se identificar como torcedor dos White Sox não foi um problema porque a franquia de Chicago é da Liga Americana e não disputa diretamente nada com os Nationals, não há rivalidade. Mas Biden talvez tenha de pensar duas vezes antes de misturar sua equipe com o Washington.

Biden cresceu em Wilmington, cidade no estado de Delaware próxima a Filadélfia. Além disso, sua mulher, Jill, também é filadelfiana. Com isso, é natural que o presidente eleito adotasse os times da região. 

Ele sempre se mostrou fanático pelo Philadelphia Phillies, rival justamente do Washington Nationals. Antes da abertura da temporada 2020, ele até gravou um vídeo para o time da Filadélfia.

Obs.: Biden também se disse um grande simpatizante do New York Yankees por causa de seu avô, fanático pelo clube nova-iorquino e responsável por sua paixão pelo beisebol. Os Yankees são o time de Donald Trump (assim como o New York Knicks na NBA)

Em 2017, o presidente eleito estava no estádio US Bank, em Minneapolis, durante a vitória do Philadelphia Eagles sobre o New England Patriots no Super Bowl 52.


Outro momento em que o Biden-torcedor foi visto ocorreu no Brasil. Ainda vice-presidente de Obama, ele estava em Natal para ver a vitória dos Estados Unidos sobre Gana na estreia da Copa do Mundo de 2014.


Kamala Harris, a futura vice-presidente, é ainda mais explícita em suas preferências clubísticas. Nascida em Oakland, ela preferiu seguir as equipes do outro lado da baía de São Francisco. Adotou os 49ers na NFL e os Giants na MLB, deixando Raiders e Athletics para trás. 

Na NBA não há polêmica: a região tem apenas um time, e Kamala segue o Golden State Warriors.


No entanto, a vice da chapa vencedora teve uma polêmica no início deste ano. Antes de um debate entre pré-candidatos do Partido Democrata, Kamala chegou ao palco usando um boné do Los Angeles Dodgers, rivalíssimo dos Giants. Ela afirmou que pegou o boné do marido, Doug Emhoff, torcedor dos Dodgers. Inclusive, a imagem da futura vice-presidente usando o boné do rival chegou ao público justamente por meio do Twitter de Emhoff.


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'Big' Ben dá volta por cima de lesão séria, muda estilo e comanda invictos Steelers na NFL com mais cérebro que braço

Matheus Sacramento
Matheus Sacramento

Único time ainda invicto na NFL, o Pittsburgh Steelers visita seu grande rival Baltimore Ravens neste domingo, às 15h (de Brasília), com transmissão da ESPN e do ESPN App, valendo a liderança da divisão Norte da Conferência Americana. A campanha de 100% de aproveitamento marca a volta por cima de 'Big' Ben Roethlisberger, quarterback de 38 anos que sofreu uma séria lesão no seu cotovelo direito na última temporada.

Apoiado por uma das melhores defesas de toda a liga, o atleta duas vezes campeão do Super Bowl dá ao ataque dos Steelers o que faltou em 2019 para alcançar os playoffs. Porém, o Big Ben de 2020 possui estilo claramente diferente dos anos anteriores. Antes conhecido pelo forte braço, ele agora tem demonstrado ser um dos passadores mais conservadores (e cerebrais) da NFL.

O ataque coordenado por Randy Fichtner é baseado em passes curtos e rápidos. Entre os 32 quarterbacks com mais partidas nesta temporada, Roethlisberger fica em 28º na estatística jardas aéreas por tentativa (a média de distância de cada passe), com apenas 6,68 jardas. Sua média na carreira é de 8,79, o que o colocaria na 6ª posição neste ano.

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Seria especulação dizer que a mudança de estilo foi causada pela lesão no braço, mas a diferença é clara. Big Ben também é o quarterback que solta a bola mais rápido neste ano em toda a NFL, com média de 2,27 segundos para cada passe.

O que não é especulação é a dificuldade que Roethlisberger mostra para completar passes mais longos. Só na última partida contra o então invicto Tennessee Titans surgiram vários exemplos. É possível citar a última jogada do 2º quarto, quando Pittsburgh chama uma "Ave Maria". Obrigado a lançar 50 jardas, o quarterback pendurou a bola no ar e facilitou muito a interceptação do safety, deixando seu alvo Diontae Johnson longe de qualquer chance de recepção.

A sua 3ª interceptação na partida, que concedeu à equipe de Ryan Tannehill uma chance de empatar o jogo, também exemplifica a dificuldade. O veloz wide receiver JuJu Smith-Schuster era marcado por um pesado linebacker, mas o passe de Ben não ganhou a altura que deveria. 

Ben Roethlisberger contra os Titans
Ben Roethlisberger contra os Titans Getty Images

Os problemas com a força, entretanto, estão sendo mais que compensados pela inteligência. A própria jogada com JuJu é um bom exemplo: a decisão foi correta de lançar para um wide receiver sendo marcado por um linebacker. Fazer um ataque funcionar com passes curtos e rápidos não é para qualquer um: é necessário experiência e conhecimento para ler defesas e tomar as decisões corretas no menor tempo possível. Isso Big Ben tem mostrado de sobra.

Com um domínio total do ataque e cérebro para explorar os pontos fracos de cada defesa, Roethlisberger dificilmente toma decisões erradas ou lança onde não deveria. Isso é refletido na taxa de conversão de terceiras descidas dos Steelers: 51,1%, a 3ª melhor marca da NFL, atrás apenas de Bills e Saints.

A fórmula de sucesso será testada neste domingo, pois Pittsburgh terá pela frente talvez a defesa mais difícil de sua tabela até o momento (embora o Denver Broncos também seja forte nesse aspecto). O Baltimore Ravens é agressivo, costuma pressionar receivers logo na linha, dar pouco espaço no mano-a-mano e abusar das blitzes diversas e difíceis de se identificar. Não à toa, é a equipe que cede menos pontos por jogo na NFL (17,33).

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Mas os passes rápidos dos Steelers podem dificultar que as blitzes cheguem em Big Ben, que se mostra confortável em "dispensar" uma janela aberta mais longa por uma opção curta. E o coordenador Randy Fichtner também já demonstrou em 2020 ter combinações de rotas desenhadas para bater uma marcação cerrada no mano-a-mano, com wide receivers se cruzando quando necessário.

Será interessante ver como o coordenador defensivo Don Martindale adapta sua unidade para o jogaço e se ele tentará forçar Roethlisberger a passes mais longos.

Uma coisa é certa: com muito em jogo, a rivalidade promete entregar mais uma partidaça digna de Ravens x Steelers. Quem sairá por cima no M&T Bank Stadium e na liderança da AFC Norte?

Fonte: Matheus Sacramento

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