Algo raro nos últimos anos: Palmeiras na encruzilhada
O torcedor do Palmeiras - com a dor do cotovelo dos demais - voltou a acostumar-se, nos últimos anos, com títulos, títulos e títulos. Ou, na pior das hipóteses, com protagonismo do time. Há várias temporadas virou destaque, com equipes eficientes e com revelação de talentos como jamais havia acontecido.
Agora, pinta uma situação diferente. Estranha, até, sobretudo sob o comando de Abel Ferreira. O Palmeiras envereda por uma encruzilhada, que tanto pode levá-lo a novas proezas como pode transformá-lo em figurante já no começo de agosto.
Por que escrevo isso? Porque a oscilação tem sido intensa nas últimas semanas. Nos primeiros sinais de turbulência, desdenhei e afirmei que não era preocupante, pois todo mundo passa por fases de instabilidade. Não sei se está valendo a postura anterior. As derrotas têm aparecido com frequência, o desempenho fica aquém do habitual e aumentou o risco de decepções nas várias frentes.
No Brasileiro, há muito pela frente. Porém, tropeços importantes empurraram o atual campeão para distância do líder Botafogo e permitiu a ultrapassagem de rivais fortes. Um deles é o Flamengo, adversário do sábado à noite.
Eis clássico significativo. Se perder ou empatar, será abalo na corrida por novo título e pode influenciar no astral do jogo de volta com o São Paulo pela Copa do Brasil. Tropeço seria normal, em circunstância comum. Por ora, não é.
Se, em seguida, vier eliminação na Copa, aumentará pressão na Libertadores e na Série A. E, na competição sul-americana, o desafio é o Atlético-MG. Por si só, a parada já é complicada. Imagine se vier acompanhada de cobrança adicional? E, numa hipótese não remota de desclassificação, restará o Brasileiro. Se houver diferença grande em relação ao líder, já em agosto o ano terá gosto amargo.
O problema está em campo - e sem papo de conspiração. O sistema defensivo, antes invulnerável, agora mostra brechas. A marcação e criação no meio apresentam queda. Queda que se reflete no ataque. Jogadores fundamentais, como Dudu, Veiga, Rony também têm decidido menos, por várias razões. Sem contar que adversários encontraram antídoto para neutralizar as principais jogadas.
Desde que chegou, há dois anos e meio, este é o maior desafio de Abel Ferreira. Hora mais dura e que coloca à prova a capacidade dele e colaboradores de encontrarem soluções criativas e vencedoras.
Algo raro nos últimos anos: Palmeiras na encruzilhada
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.