O São Paulo cresce, amadurece e o Palmeiras emudece
Até um tempo atrás, imagino que mesmo o torcedor do São Paulo não cravasse com convicção a eliminação do Palmeiras em dois confrontos na Copa do Brasil. O adversário estava mais estruturado, tinha couraça forte e um retrospecto de eficiência e conquistas, na história recente, comparável apenas à do Flamengo.
A situação inverteu-se: hoje o São Paulo vive momento de subida, amadureceu sob o comando de Dorival Júnior, cresceu em desempenho e deixou para trás um rival gigante. Nos dois clássicos pelas quartas de final da competição nacional foi melhor, mais firme e objetivo. Não por acaso ganhou em casa por 1 a 0, uma semana atrás, e virou nesta quinta-feira (13), Allianz Parque, ao fazer 2 a 1.
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O jogo não foi um espetáculo; pouco importa. Era decisivo, ninguém podia vacilar. O Palmeiras, sobretudo, pela desvantagem com que entrou em seu campo. Abel Ferreira não surpreendeu na escalação, como tem sido marca registrada desde o embalo na campanha vitoriosa no Brasileiro de 2022. Optou pelos jogadores que a torcida - e os concorrentes - conhecem bem. A novidade foi o retorno de Zé Rafael.
Houve tentativa de impor-se, outra característica verde que funciona e desorienta. A pressão existiu, por pouco tempo. O São Paulo repetiu estratégia da primeira partida, anulou a saída de bola do Palmeiras, bloqueou o meio, trocou passes, ficou à vontade e deixou o relógio correr. Tomou o gol quando era melhor. Lindo gol de Piquerez, que aos 33 minutos tentou cruzar e surpreendeu Rafael.
Alívio? Sim. Que ruiu no segundo tempo. Primeiro com o gol de empate, de Caio Paulista, e de vez com o David, quase no fim. Entre um gol e outro, houve as mexidas de Dorival, que deram certo (Luan, Mendez, Michel Araújo, Juan e o próprio David), e as de Abel (Flaco Lopez, John John, Luís Guilherme, Menino, Marcos Rocha), que não deram em nada.
Deu o que falar o gol anulado de Calleri, em decisão no mínimo controvertida de Daronco e o VAR. Mais pano para manga no momento crítico que atravessa a arbitragem por aqui. E a turma palmeirense mais uma vez saiu de campo caladinha, por determinação da diretoria. O Palmeiras emudece, dentro e fora de campo.
O São Paulo segue em busca de título inédito e o Palmeiras vive sua pior fase desde 2020.
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