Diniz chega como quebra-galho. Se arrumar a seleção, a CBF entrega de mão beijada para Ancelotti?
A situação da seleção brasileira é tão inédita e estranha que o paliativo encontrado pela CBF pode até dar certo. Fernando Diniz de quebra-galho, a depender de resultados e das reviravoltas nos intermináveis contatos com Carlo Ancelotti, talvez vire solução mais adiante. O tapa-buraco pode virar o titular.
Ou seja: o abandono fez crescer a sensação de que qualquer saída, no momento, seria melhor do que esperar pelo “messias italiano” quando lhe conviesse e terminasse o contrato com o Real Madrid, no ano que vem. Melhor assim do que experiências com Ramon Menezes ou outro nome, a ser olhado com desconfiança.
O problema está na origem. A CBF e o mundo sabiam que depois da Copa de 22 Tite sairia de cena. Campeão ou não, pegaria o boné e iria curtir um pouco o ócio. Ou seja, não seria traição ao treinador se houvesse negociação com o substituto. Transição rotineira, um projeto e os trabalhos para 2026 iniciados em janeiro.
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O que preferiu a CBF? Insinuar que gostaria de um estrangeiro e prometer solução para os primeiros meses de 23. Daí, vieram a lenga-lenga e as especulações. Ancelotti manteve a dianteira na preferência, mas se esparramaram especulações, com nomes nacionais (o próprio Dniz) e internacionais (Jorge Jesus, Abel Ferreira, Guardiola e outros menos votados). Só serviu para bagunçar.
Nesse meio tempo, o Brasil teve alguns amistosos e perdeu duas vezes. Chato pra caramba - e nada de definir nome. Até recentemente ficar implícito que seria Ancelotti mesmo, mas daqui a um ano. Falou-se no filho dele como interino para segurar o lugar. Ah, faça-me o favor: uma equipe pentacampeã do mundo nas mãos do filho de um técnico! É pra sentar e chorar.
Agora aparece a chance para Diniz. Não é o ideal, nem para ele. Mas cada um sabe o que pretende da vida. Diniz tem talento, o trabalho no Fluminense é bom - e instável - e a rejeição não deve ser alta. Hoje em dia é dos raros técnicos nativos não visto com olhar torto pela torcida. Pode dar conta do recado.
Mas qual recado? O de deixar a casa arrumada para Ancelotti chegar e só tocar o barco? Ou o de confundir mais o panorama? Aposto na primeira hipótese. Mas lanço outra questão: se ele arrumar tudo, por que não continuar? Ai, CBF…
Diniz chega como quebra-galho. Se arrumar a seleção, a CBF entrega de mão beijada para Ancelotti?
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