A democratização do VAR

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

'O Criciúma foi prejudicado; o árbitro Caio Max se equivocou tremendamente', diz Carlos Eugênio Simon


Finalmente as equipes que disputam as Séries B, C e D do Campeonato Nacional deixarão de ser os "primos pobres" do futebol brasileiro e passarão a contar, já na atual temporada, com os recursos tecnológicos do VAR.

A CBF informou na semana passada que o árbitro de vídeo será utilizado em todos os 190 jogos do segundo turno da Série B. Já nas Séries C e D, a ferramenta vai estar presente nas fases finais de ambas as competições, totalizando 26 e 14 jogos respectivamente. Os custos serão bancados integralmente pela entidade. 

Por sua vez, a Comissão de Arbitragem da CBF está organizando cursos preparatórios adicionais para os profissionais de arbitragem, que contará com o CEAB (Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira ), no Rio de janeiro. Na oportunidade, possibilitará otimizar toda a operação do árbitro de vídeo, atualmente são 298 árbitros habilitados a trabalhar no VAR, seja no campo ou no vídeo.

A decisão da CBF é positiva à medida em que estabelece uma relação de equidade, no que diz respeito a arbitragem, entre todos os clubes que participado Brasileirão, desde as pequenas equipes interioranas aos gigantes consagrados nacionalmente.

É claro que permanecem intocadas as diferenças financeiras, estruturais e culturais que caracterizam as diversas agremiações, mas a atitude da entidade que administra o esporte mais popular do país sinaliza respeito para com os torcedores dos quatro cantos do país. Desta forma, empresta novos ânimos aos mais variados públicos que têm paixão pelo futebol.

Acredito que o VAR contribuirá não apenas para aperfeiçoar e auxiliar as arbitragens das Séries B, C e D, como também vai gerar mais polêmica e empolgação entre a torcida, a exemplo do que já acontece na Série A.

Ao fim da temporada de 2021, o VAR terá sido utilizado em 651 jogos das competições organizadas pela CBF. O benefício do VAR ao futebol será contabilizado jogo a jogo.  

Árbitro checa o VAR durante jogo entre Santos e Vasco, pelo Brasileirão
Árbitro checa o VAR durante jogo entre Santos e Vasco, pelo Brasileirão Miguel Schincariol/Getty Images
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Simon: os erros e acertos da polêmica arbitragem de Corinthians x São Paulo

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

No clássico paulista disputado no último domingo (14) entre Corinthians e São Paulo, na Neo Química Arena, o que não faltou foi polêmica de arbitragem. O bom árbitro Bruno Arleu, que carrega o escudo Fifa, não esteve bem no jogo. 

Veja abaixo a análise dos lances:

Aos 21 minutos, Bruno Arleu anulou corretamente o gol do Calleri por apoiar os dois braços nas costas do Fagner – carga ilícita.

No final do primeiro tempo, o árbitro errou ao marcar pênalti de Rafinha em Wesley. Numa disputa por espaço e bola dentro da área, os dois jogadores usam os braços. Ao sentir o toque, o atacante corintiano cai, e o árbitro, equivocadamente, aponta para a marca da cal.

Bruno Arleu de Araújo em sorteio de lado de campo antes do início do clássico entre Corinthians e São Paulo
Bruno Arleu de Araújo em sorteio de lado de campo antes do início do clássico entre Corinthians e São Paulo Abner Dourado/ Agif/Gazeta Press

Um fato lamentável ocorreu aos 17 minutos do segundo tempo, quando o árbitro corretamente parou o jogo, pelo fato de cantos homofóbicos ecoarem no estádio.

De acordo com o protocolo, toda vez que isso ocorrer, deve-se interromper o jogo, com o sistema de som e imagens do estádio advertindo a conduta. A partida ficou parada por 3 minutos.

Aos 30 minutos do segundo tempo, Cássio dá um soco na bola que toca no braço do seu companheiro, lance involuntário, portanto acertou Arleu ao mandar o jogo seguir.

Análise: Vasco 0 x 1 Santos

Na derrota do Vasco para o Santos por 1 a 0, em São Januário, teve um pênalti reclamado com razão pelos vascaínos. Pedro Raul tinha o controle da bola, quando foi deslocado por Rodrigo Fernandez em sua perna esquerda. Erro do jovem árbitro Rodrigo de Lima.

São Paulo e Santos anunciaram após os jogos que hoje iriam protestar na CBF. Estamos na sexta rodada do brasileirão e já começaram as críticas contra a arbitragem.  

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Como a Premier League pode ser exemplo para o futebol brasileiro após escândalo em apostas

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Acompanhando a operação “Penalidade Máxima II e a relação de vários jogadores citado no caso é estarrecedor. A máfia da jogatina atingiu em cheio o mundo do futebol. 

Vendo os prints das matérias e a tranquilidade com que eles falam é assustador, como se fosse algo rotineiro e natural. 

Só há uma maneira de frear essa enxurrada absurda de atletas envolvidos com a Máfia das Apostas: processo penal no máximo rigor da lei, com amplo direito de defesa dos denunciados e punição exemplar dos acusados.

A cultura de apostas no futebol inglês é uma tradição e a Premier League já tomou algumas medidas, dentre elas a proibição de patrocínios destes sites. 

Seria bom copiar mais uma vez, quem organizou o futebol tal qual é jogado hoje.

"Os clubes da Premier League concordaram coletivamente em retirar o patrocínio de jogos de azar da frente das camisas dos clubes, tornando-se a primeira liga esportiva do Reino Unido a tomar tal medida voluntariamente para reduzir a publicidade de jogos de azar.

O anúncio segue uma ampla consulta envolvendo a Liga, seus clubes e o Departamento de Cultura, Mídia e Esporte como parte da revisão contínua do governo da atual legislação de jogos de azar.

A Premier League também está trabalhando com outros esportes no desenvolvimento de um novo código para patrocínio de jogo responsável.

Para ajudar os clubes na transição do patrocínio de jogos de azar, o acordo coletivo começará no final da temporada 2025/26”.

O logo da Premier League
O logo da Premier League Michael Regan/Getty Images
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Acertos, mas erro grave: por que arbitragem de Flamengo x Botafogo deixou a desejar; veja análise

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Em clássico empolgante no Maracanã, o Botafogo venceu o Flamengo por 3 a 2 e é o líder do Brasileirão.  A árbitra Edina Alves Batista, de boas atuações, não esteve bem neste domingo (30). 

Vamos aos lances:

Aos 28 minutos de jogo acertou em assinalar pênalti de Wesley,  do Flamengo,  em Victor Sá, do Botafogo. O defensor flamenguista levanta a perna e derruba o adversário.

Aos seis minutos do segundo tempo, Rafael, do Botafogo,  levantou o pé por cima da bola e acertou Everton Cebolinha. O jogador  botafoguense já havia recebido cartão amarelo no primeiro tempo - por segurar o mesmo atacante do Flamengo - retardando uma cobrança de arremesso lateral. Por isso,  recebeu o segundo amarelo e foi bem expulso.

O Técnico Luis Castro reclamou com veemência saindo de sua área técnica e foi bem expulso.

Aos 31 minutos do segundo tempo aconteceu o grande erro de Edina. Thiago Maia acertou um pontapé na canela de Di Plácido e deveria ter sido expulso. Após olhar o lance no VAR, ela apresentou só cartão amarelo ao jogador do Flamengo.

 


Luis Castro expulso por Edina Alves Batista
Luis Castro expulso por Edina Alves Batista Buda Mendes/Getty Images
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Primeira rodada do Brasileirão foi de 'tolerância zero' da arbitragem

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Começou o Campeonato Brasileiro da “tolerância zero” - orientação da CBF para os árbitros não tolerarem mais reclamações. Nesta primeira rodada foram mostrados 59 cartões amarelos - 21  deles por reclamações. Dois técnicos foram expulsos: Abel Ferreira, do Palmeiras,  e Mauricio Barbieri, do Vasco.

Paulo Cesar Zanovelli da Silva aplica cartão vermelho para Abel Ferreira em vitória do Palmeiras por 2 a 1 diante do Cuiabá
Paulo Cesar Zanovelli da Silva aplica cartão vermelho para Abel Ferreira em vitória do Palmeiras por 2 a 1 diante do Cuiabá Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

A árbitra Edina Alves, que apitou o único empate da rodada (Fortaleza 1 x 1 Internacional), mostrou 3 cartões amarelos. Já Raphael Claus, que comandou Atlético MG 1 x 2 Vasco, apresentou 11 cartões. Nestes 10 jogos, o tempo de acréscimos foi de 141 minutos - outra recomendação passada pela Comissão de Arbitragem.

É importante esse cuidado da CBF quanto as reclamações, na edição passada foi demais. Era só soar o apito ou levantar a bandeira que a chiadeira começava, rodas em volta de árbitros e assistentes, reuniões intermináveis ao redor do monitor, na beira do gramado para acompanhar qual seria a decisão do árbitro, após olhar o vídeo. Mas é preciso ter claro também, que tudo isso, não pode ser um escudo indispensável à preservação da autoridade.

Espero que tenhamos um campeonato com bons jogos e boas arbitragens. É necessário que todos colaborem para o bem do espetáculo.

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Fim da 'catimba' nos pênaltis e mais: veja as nova regras do Brasileirão e como isso mexe com o jogo

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

No sábado (15),  começa o Campeonato Brasileiro. A Comissão de Arbitragem da CBF, realizou nas duas últimas semanas, uma pré-temporada para os árbitros e assistentes que irão trabalhar na competição.  Segundo alguns árbitros que conversei, a programação é intensa na parte teórica e prática. Neste Brasileirão teremos algumas novidades:

Quando as linhas que marcam a posição do atacante (azul) e do defensor (vermelho), uma sobrepondo a outra a condição do atacante será legal. Teremos mais gols. Considero uma mudança positiva.

Somente seis substitutos de cada vez poderão participar do aquecimento. Boa decisão. Não há necessidade de todos permanecem por um longo tempo à beira do gramado

Wilson Seneme, chefe da arbitragem brasileira, em palestra sobre o tema
Wilson Seneme, chefe da arbitragem brasileira, em palestra sobre o tema Thais Magalhães/CBF

Todo o tempo perdido será acrescido no final, teremos acréscimos semelhantes da Copa do Mundo. Confusão à vista. Nunca vi árbitro se consagrar nos acréscimos. É só aplicar a regra e coibir o anti-jogo. Não vejo necessidade.

Nas cobranças de penalidade os goleiros não poderão mais tocar os postes, travessão e redes – nem provocar os batedores. Só falta o cobrador dizer o canto que vai bater. Não vejo necessidade.

Quando o árbitro for na área para revisão no monitor, quem reclamar ou seguir o árbitro até o local, receberá cartão amarelo. O árbitro tem que manter a autoridade, sempre.

Após o árbitro ir no monitor e tomar a sua decisão, deverá dizer  no  som do estádio. A regra é interpretativa, torcedor só entende aquilo que é a favor do seu time.

Espero que o VAR não seja intervencionista como aconteceu nos anos anteriores.  O árbitro tem que tomar decisão dentro do campo, e somente se necessário o árbitro de vídeo sugeri revisão. É preciso ter coragem, uma vez na área de revisão tomar a decisão que achar correta, mesmo discordando do seu colega, a autoridade máxima é, e assim deve ser, sempre o árbitro central.

O importante é que os árbitros tenham respaldo da comissão de arbitragem para exercer a arbitragem na sua plenitude.

 

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Os três erros da arbitragem nos títulos de Palmeiras e Grêmio no fim de semana

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Os principais campeonatos estaduais terminaram no final de semana. Acompanhei alguns jogos e destaco as decisões dos Campeonatos Gaúcho e Paulista, nas quais estiveram envolvidos dois dos principais árbitros do país.

Sábado, a decisão do Campeonato Gaúcho foi decidida na Arena do Grêmio com vitória do Imortal por 1 a 0 Caxias. O árbitro de campo foi Leandro Pedro Vuaden, enquanto no VAR estava Pablo Ramon.

1 – Aos 15 minutos do segundo tempo, Suárez recebe a bola na grande área em disputa com Marcelo. O centroavante gira a um contato com o braço do defensor no peito do atacante, giro normal. Suárez levanta os braços, dobra os joelhos e cai.

Luis Suárez cobra pênalti em vitória do Grêmio por 1 a 0 em cima do Caxias
Luis Suárez cobra pênalti em vitória do Grêmio por 1 a 0 em cima do Caxias LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Vuaden bem posicionado manda o jogo seguir. Porém, o VAR sugere revisão do lance – o árbitro vai até o monitor e marca equivocadamente o pênalti. Não entendi porque o árbitro de vídeo - Ramon Pablo - veio de outro Estado, sendo que no Rio Grande do Sul tem inclusive árbitro de vídeo no quadro da FIFA. 

O segundo gol do Grêmio foi mal anulado.

Diogo Barbosa faz falta fora da sua área, Vuaden não marca nada. A jogada segue e há uma disputa de bola, sendo que o jogador do Caxias toca na bola. O gremista recupera e começa um contra-ataque que termina em gol.

O árbitro de vídeo sugere revisão do lance. Então, o árbitro gaúcho vai até o monitor e anula equivocadamente. Não houve verticalidade na jogada, quando o atleta do Caxias toca na bola, quebra o ritmo, portanto não é lance para revisão.

2 – Na vitória do Palmeiras por 4 a 0 em cima do Água Santa. Em uma jogada na lateral do campo, Didi deixa o braço no rosto do Dudu, que imediatamente o agride com um soco nas costas. 

Raphael Claus comandou a decisão do Campeonato Paulista entre Palmeiras e Água Santa
Raphael Claus comandou a decisão do Campeonato Paulista entre Palmeiras e Água Santa Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Raphael Claus mostra cartão amarelo. O árbitro de vídeo Márcio Gois sugere revisão. Então, Claus vai até o monitor e mantem equivocadamente a mesma interpretação. A decisão correta seria cartão amarelo para Didi e cartão vermelho para Dudu.

Fonte: Carlos Eugênio Simon

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Começou a fase de grupos da Libertadores e, com ela, as polêmicas de arbitragem

Carlos Eugênio Simon
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O atual campeão da CONMEBOL Libertadores, o Flamengo foi a Quito com uma altitude de 2.850 metros enfrentar o Aucas e perdeu por 3 x 1. O árbitro Venezuelano, Jorge Argote teve uma atuação regular: apitou 30 faltas e apresentou seis cartões amarelos. 

Só que ele errou em um lance importante ao não marcar uma falta de Aubrey David sobre Varela, no meio de campo. O jogador equatoriano dá um tranco com o pé acertando a canela do adversário. Imediatamente, após poucos toques na bola, Castilho faz o gol, com a zaga do flamengo vendo paisagem. 

O VAR interveio corretamente, dando a possibilidade para o árbitro rever a jogada no monitor. Argote, então, anulou o gol. A falta foi clara e deveria ter sido marcada no campo.


Também na altitude de La Paz, 3.360m, o Palmeiras perdeu por 3 x 1 para o Bolívar. O técnico da equipe brasileira, Abel Ferreira, falou após o jogo que sua equipe jogou contra os adversários - altitude e arbitragem

O árbitro venezuelano, Alexis Herrera, numa atuação regular, errou ao dar o primeiro cartão amarelo para Jailson. Era uma jogada imprudente, portanto só deveria marcar a falta, sem cartão. 

Árbitro Alexis Herrera apitou Bolívar x Palmeiras
Árbitro Alexis Herrera apitou Bolívar x Palmeiras JORGE BERNAL/AFP via Getty Images

Já no segundo cartão apresentado aos 43 minutos, quando o jogador palmeirense levanta a mão para interceptar o chute, o cartão amarelo foi bem apresentado. E, como era o segundo, o atleta acabou expulso. 

 


O erro que mais me chamou atenção, no entanto, aconteceu aos 16 minutos do segundo tempo. Jesus Sagredo dá uma entrada de jogo brusco grave em Mayke e deveria ter sido expulso. O jogador atingido foi substituído, e o árbitro nem falta marcou. O VAR poderia ter auxiliado nesse caso.


O fato é que o técnico Abel tem razão em algumas de suas queixas, outras não.

A tendência que a competição e a luta por pela classificação aumentem, assim como as cobranças e as reclamações com a arbitragem. Nesse contexto de Libertadores,  tensão e pressão sobram para todos os lados.

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Por que 'polêmica' partida entre Tombense x Retrô na Copa do Brasil não deve ser anulada

Carlos Eugênio Simon
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Um assunto que está na ordem do dia, ou do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), é sobre a anulação da partida - Tombense-MG x Retrô-PE, realizada no último dia 8 de março, pela segunda fase da Copa do Brasil.  O árbitro Paulo Roberto Alves marcou pênalti aos 35 minutos do segundo tempo para o time mineiro. O lance em questão foi que o juiz viu um pisão de Alencar em Jaderson, dentro da grande área, porém o que as imagens mostram é que Jaderson chocou-se com o próprio companheiro, Caíque. 

O Tombense venceu por 1 a 0 e levou R$ 2,1 milhões pela classificação para a próxima fase da competição. O presidente do clube pernambucano esbravejou contra o árbitro e disse: 'é um erro de direito e vamos buscar a anulação da partida', sentenciou Laércio Guerra. 

Pode-se ver o que dizem os dicionários sobre a palavra erro. No Houaiss está; " juízo ou julgamento em desacordo com a realidade observada; enganar-se, equivocar-se ou falhar no julgamento de uma certa realidade". Desnecessário seria dizer que o árbitro, como qualquer ser humano, está sujeito ao erro. O erro faz parte da falibilidade humana. No futebol existem dois tipos de erro: o erro de fato e o erro de direito. 

O erro de fato é a inexata compreensão ou interpretação de um acontecimento do jogo, por exemplo: o juiz não vê uma falta por estar longe ou com a linha de visão encoberta. O erro de direito caracteriza-se pela ignorância ou pela errada compreensão da regra, como, por exemplo: marcar um gol de um arremesso lateral. Portanto, entendo que esse lance constituiu um erro de fato e a partida não deve ser anulada. Aguardemos a decisão do tribunal.

O árbitro Paulo Roberto Alves foi afastado por tempo indeterminado pela Comissão de Arbitragem da CBF.

Escudo da Arbitragem da CBF
Escudo da Arbitragem da CBF Rener Pinheiro/CBF
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Adeus a Romualdo Arppi Filho: o árbitro que se impôs diante de Maradona

Carlos Eugênio Simon
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Romualdo Arppi Filho, um dos maiores árbitros da história do futebol mundial, faleceu domingo (5) de março, aos 84 anos, no litoral paulista – fazia tratamento renal e não resistiu.

Quando falamos da Copa do Mundo de 1986 disputada no México lembramos logo de Diego Armando Maradona, com justiça. Porém, Romualdo Arppi Filho teve uma atuação destacada, sobretudo na grande final vencida pela Argentina 3 x 2 Alemanha.

Lembro que assisti ao jogo pela TV e uma situação que me chamou atenção: a falta marcada a favor dos alemães. Maradona reclama com Romualdo vira as costas e vai em direção a posição da barreira assinalada; o árbitro imediatamente corre, para em frente ao craque e apresenta-lhe o cartão amarelo.

A decisão tomada foi a correta. Por que correu e parou na frente do jogador? Por que não o chamou, fazendo com que Diego viesse até ele? Fiquei pensando sobre esse episódio. 

Árbitro Romualdo Arppi Filho aplica cartão amarelo a Maradona em partida da Copa do Mundo
Árbitro Romualdo Arppi Filho aplica cartão amarelo a Maradona em partida da Copa do Mundo Getty Images

No curso de arbitragem que fiz no mesmo ano, perguntei a um árbitro experiente e professor sobre o ocorrido e a resposta foi imediata: “E se ele chama e Maradona não vai, o que fazer? Expulsá-lo?”  Arppi Filho como era chamado na América do Sul, tinha presença de espírito e sabia do exato papel que um árbitro tem que cumprir quando entra em campo: os protagonistas do espetáculo são os jogadores.

O ex-árbitro FIFA e grande instrutor Emídio Marques Mesquita definia Arppi com a seguinte expressão: “Quando nascemos choramos, Romualdo apitou” -  ou seja, tinha a vocação nata para exercer o ofício do apito no mais alto nível.

Quando falarmos em arbitragem de futebol mundial, o nome de Romualdo Arppi Filho estará presente como um dos grandes. Descanse em paz!  

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Por que Wilton Pereira Sampaio é o melhor árbitro possível para Palmeiras x Flamengo na Supercopa do Brasil

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon


Flamengo e Palmeiras, as duas principais equipes do país, decidem a Supercopa do Brasil neste sábado (28) no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, e o árbitro escolhido foi o melhor possível: Wilton Pereira Sampaio. 

Decisão acertadíssima da Comissão de Arbitragem da CBF. Porque o goiano fez uma boa Copa do Mundo, no Qatar, apitando bons jogos, está no melhor momento de sua carreira e tem um excelente condicionamento físico, o que lhe permite estar sempre perto da jogada.

Wilton Pereira Sampaio em Polônia x Arábia Saudita, pela Copa do Mundo do Qatar
Wilton Pereira Sampaio em Polônia x Arábia Saudita, pela Copa do Mundo do Qatar Odd Andersen/Getty Images

No entanto, quando apita jogos no Brasil, depende muito do árbitro de vídeo (VAR), o que dificulta um pouco suas decisões, parecendo inseguro. 

Seus assistentes serão Bruno Boschilia e Bruno Pires, que também estiveram  no Mundial e  são de inteira confiança de Wilton. O VAR será comandado por Rodrigo D’Alonso Ferreira, um dos que mais têm atuado nesta função.

Todos estarão ligados neste confronto, e para a arbitragem brasileira, muito criticada em 2022, seria ótimo uma atuação exemplar para dar tranquilidade à turma de apitos e bandeiras nas outras competições realizadas pela CBF.

Palmeiras e Flamengo, pelos elencos e por tudo que demonstraram ano passado, têm tudo para fazer um jogaço. Tomara que Wilton também tenha uma atuação de gala.

Fonte: Carlos Eugênio Simon

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Preparação da arbitragem para os campeonatos estaduais

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Federação Gaúcha de Futebol realizou uma pré-temporada para seu quadro de árbitros. Entre os dias 05 e 08 de janeiro cerca de 34 árbitros e 25 assistentes e seis delegados de delegacias do interior, estiveram reunidos na cidade de Flores da Cunha, na serra gaúcha. A Comissão de Arbitragem composta pelo presidente Luiz Fernando Gomes Moreira e os membros, Paulo Ricardo Conceição e Diego Real, realizaram trabalhos técnicos e físicos contando com a participação do ex-árbitro da Fifa, Antônio Pereira. Esse tipo de evento é importante para dar todas as diretrizes de como os árbitros e assistentes irão agir na competição, mostrando lances e debatendo com os mesmos – para que atuem com critérios, buscando a tão sonhada padronização de arbitragem.

A escola gaúcha de arbitragem existe desde os idos da década de 1960, tem revelado árbitros e assistentes que se destacaram no cenário nacional e internacional. Tema que devem ser aprofundados nesses encontros visando orientar os árbitros, são o racismo, a homofobia, a misoginia que devem ser combatidos de todas as maneiras.

A maioria dos estados brasileiros hoje realiza as famosas pré-temporadas. Isso foi uma conquista dos árbitros que, em busca de melhores performances, reivindicavam esse evento. Na minha carreira participei de várias e percebi a importância durante a competição pelas diversas situações que o árbitro tem que resolver durante os noventa minutos, bem como para atualização das diretrizes relativas às competições.

Os Campeonatos Estaduais para muitos times são a única oportunidade de ganharem um título, o que torna ainda mais importante a preparação da arbitragem.

 

 

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O Rei sabia catimbar... O segredo que Pelé me contou para 'convencer' árbitros

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Dia 29 de dezembro de 2022 (quinta-feira) vai ficar marcado como um dia triste na história do futebolMorreu o cidadão Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, cujo talento excepcional com a bola nos pés o consagrou como o Rei do Futebol.

Mineiro de Três Corações, Pelé foi o grande embaixador do Brasil em todos os quadrantes do planeta, colocou a nação em destaque no mapa do mundo. Nos vários países por onde andei no decorrer da carreira de árbitro de futebol, ao saber qual meu país de origem o interlocutor exclamava com um sorriso de identificação: "o país de Pelé!" 

Pelé celebra o título da Copa do Mundo de 1970, no Estádio Azteca, no México, após a vitória do Brasil por 4 a 1 sobre a Itália na final
Pelé celebra o título da Copa do Mundo de 1970, no Estádio Azteca, no México, após a vitória do Brasil por 4 a 1 sobre a Itália na final Alessandro Sabattini/Getty Images

A habilidade e o carisma do Rei tiveram o condão de produzir feitos inusitados, como parar uma guerra, como ocorreu nos anos 60 em Biafra, Nigéria, onde foi acordado um cessar-fogo na guerra civil que devastava a região para que a população pudesse assistir uma apresentação da equipe do Santos liderada pelo Rei. Na Colômbia, em 1968, a idolatria fez com que a regra do jogo fosse subvertida num amistoso entre o Santos e a seleção olímpica colombiana, no estádio El Campin, em Bogotá, quando o árbitro Guillermo Velasquez expulsou Pelé por reclamação. Revoltada, a torcida vaiou o árbitro e exigiu a volta de Pelé ao jogo. No fim, quem acabou "expulso" foi o árbitro, instruído a deixar a partida e ceder o apito para um dos bandeirinhas.

Estive com Pelé em dois momentos: em 1996, quando apitava o campeonato paulista, ele foi o palestrante e contou inúmeras histórias. A segunda vez foi em 2012 no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, onde ele foi recepcionado pelo então governador Tarso Genro, e eu era o diretor executivo do Estado  na Copa/2014.  

Batemos um longo papo sobre jogadores e árbitros e ele confessou, divertido: algumas vezes quando o jogo estava difícil eu me abraçava na área com o zagueiro e gritava “Pênalti!” – o árbitro imediatamente apontava para a marca da cal, quando via os dois caídos dentro da grande área. O Rei sabia catimbar. 

Contou-me também que vibrou quando eu marquei o pênalti na final do Brasileirão de 2002 entre Santos 3 x 2 Corinthians, referindo-se ao lance das oito pedaladas do Robinho, quando foi tocado pelo lateral Rogério - eu estava próximo da jogada e marquei pênalti.

O Rei era humilde, simpático e cordial. Foi autor de gols antológicos, passes magistrais e dribles sensacionais.  Celebrado no mundo inteiro e responsável por alguns dos momentos mais sublimes do futebol, Pelé merece os agradecimentos de todos os fãs do futebol. Ele fez do esporte sinônimo de alegria, encanto e magia.

Obrigado por tudo, Rei. Descanse em paz.

 

         

    

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Premier League mostra que 'muitos acréscimos' ficaram no Qatar e que houve exagero na Copa do Mundo

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

A bola voltou a rolar na Premier League e já deu para perceber que os acréscimos dados na Copa do Mundo, principalmente na primeira parte da competição, ficaram para trás.

Durante o torneio já chamava atenção que isso não daria certo, como não deu, nem no Qatar e muito menos em outros países. A regra tem mecanismos para se coibir o anti-jogo, a 'catimba' e etc. O bom árbitro com autoridade se impõe e faz com que o jogo transcorra normalmente – o que ocorreu na Copa foi exagero dos árbitros - orientados pela Comissão de Arbitragem. 

Entendo que a bola deve rolar o maior tempo possível e para isso acontecer depende da colaboração dos jogadores e a competência do árbitro.

Abaixo alguns números da Copa: 

  • A média de acréscimos por jogo foi de 11 minutos
  • A média de faltas foi de 25 por partida
  • A média de cartões amarelos chegou a 3,5 por jogo
  • A partida com maior número de cartões foi disputada entre Argentina x Holanda, pelas quartas de final. Ao todo, foram 18 amarelos e um vermelho.
  • Cartões Vermelhos: foram apresentados 4 e, pela primeira vez desde que foram implementados cartões para a comissão técnica, o primeiro a receber foi o técnico Paulo Bento, até então comandante da Coreia do Sul.
Paul Tierney apitou a vitória do Liverpool por 3 a 1 sobre o Aston Villa, no Villa Park, pela volta da Premier League após a Copa do Mundo do Qatar
Paul Tierney apitou a vitória do Liverpool por 3 a 1 sobre o Aston Villa, no Villa Park, pela volta da Premier League após a Copa do Mundo do Qatar Richard Callis/Getty Images
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Premier League mostra que 'muitos acréscimos' ficaram no Qatar e que houve exagero na Copa do Mundo

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O erro do árbitro na épica final Argentina x França, e Messi gênio da bola como Maradona, mas ambos um degrau abaixo do Rei Pelé

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Jogaço! Assim se define a maior das decisões de Copas do Mundo. A Argentina foi a melhor seleção que jogou e merecidamente sagrou-se tricampeã. A França também jogou muita bola no Qatar, mas foi superada – em um jogo dramático e emocionante.

Com duas faltas marcadas pelo árbitro polonês Zsymon Marciniak logo antes do primeiro minuto completo, dava para ver como seria disputada e pegada a partida, que no fim teve um total de 44 faltas apitadas e oito cartões amarelos.

ARGENTINA 3 (4) x (2) 3 FRANÇA: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE NIVALDO PRIETO E COMENTÁRIOS DE GIAN ODDI

Aos 21 minutos do primeiro tempo, o árbitro marcou pênalti para a Argentina, na minha opinião equivocadamente. Dembélé já está com o pé posicionado quando Di María toca com seu pé na panturrilha do adversário, que estava atrás. Não houve infração.

Aos 34 minutos do segundo tempo, Otamendi segurou Kolo Muani por um dos ombros, pênalti bem marcado. Dois minutos depois, Mbappé empatou. E o jogo virou um drama. Na prorrogação, gol de Messi que colocou a equipe sul-americana na frente, gol confirmado com  a tecnologia. Ali, parecia que tínhamos um fim...

Porém, aos 10 minutos da segunda parte do tempo extra, outro pênalti. Para a França e bem marcado. ( Na cobrança de escanteio fiquei com a impressão que Upamecano salta e toca a bola com a mão, a tv não repetiu, se de fato foi mão do Francês, o correto seria anular a marcação da penalidade), na sequência,  Mbappé pega o rebote e chuta, Montiel saltou e bloqueou a bola dentro da área com um dos braços. Emoção garantida até o último segundo.

Decisões nos pênaltis, e deu Argentina tricampeã mundial.

Se 1986, no México, foi a Copa de Maradona, esta é a de Messi.

Dois gênios do futebol, um degrau abaixo do Rei Pelé.

Messi celebra seu gol, de pênalti, na final da Copa do Mundo no Qatar
Messi celebra seu gol, de pênalti, na final da Copa do Mundo no Qatar Getty Images
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Fifa aposta na experiência ao escalar polonês para apitar final da Copa do Mundo no Qatar; veja quem tem voz na escolha

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

A Comissão de Arbitragem da Fifa divulgou nesta quinta-feira (15) a escala para a grande final da Copa do Mundo do Qatar, entre Argentina e França, e o escolhido foi o polonês Szymon Marciniak

Desde quarta (14), após o jogo que classificou os franceses, os bastidores do apito estavam em ebulição. 

Para realizar uma escala de final, todos os envolvidos nela têm voz, ou seja, Comissão de Arbitragem da Fifa, AFA (Associação de Futebol Argentino) e FFF (Federação Francesa de Futebol), passando pelas duas confederações continentais, neste caso, Conmebol e Uefa. Além da presidência da Fifa. 

Numa Copa com inovações tecnológicas, impedimento semiautomático, acréscimos exagerados e alguns erros mesmo com o auxílio do VAR, tivemos algumas arbitragens muito boas e outras nem tanto. 

Na minha opinião, e pelas arbitragens apresentadas no Qatar, a opção foi por um árbitro experiente que nos únicos dois jogos que fez (veja abaixo), nada lhe foi questionado.

Szymon Marciniak tem 41 anos e está na Fifa desde 2011. Apitou França 2 x 1 Dinamarca, na fase de grupos, e depois Argentina 2 x 1 Austrália, nas oitavas de final. Ele foi bem nesses dois jogos. 

É um árbitro que tem um bom condicionamento físico, se posiciona bem e apita com firmeza.

Desejo que todos os envolvidos com a arbitragem tenham sorte na decisão neste domingo (18), às 12h (horário de Brasília), no Estádio Lusail, e deixem que os protagonistas Lionel Messi e Kylian Mbappé brilhem na final.

Árbitro polonês Szymon Marciniak será o responsável por apitar a final da Copa do Mundo do Qatar
Árbitro polonês Szymon Marciniak será o responsável por apitar a final da Copa do Mundo do Qatar James Williamson/Getty Images
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Um balanço da Copa: os principais erros que a arbitragem cometeu até aqui no torneio

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Terminadas as oitavas de final, foram 56 jogos disputados nesta Copa do Mundo. A partir desse contexto compartilho com o leitor algumas reflexões:

Na fase de grupos alguns árbitros cometeram alguns erros que, em tempos de VAR, não poderiam ter passado:

1 –Uruguai 0 x 2 Portugal -  Pênalti contra o Uruguai em que Bruno Fernandes coloca a bola entre as pernas do Jimenez - que, ao cair, a bola toca em sua mão. O árbitro não marcou, mas o VAR (Abdulla Al Marri, do Qatar) sugeriu revisão – Alireza Faghani (Irã), ao olhar o monitor, volta atrás na sua decisão de campo, marca pênalti equivocadamente. Este erro foi reconhecido pela própria comissão de arbitragem.

2- Bélgica 1 x 0 Canadá - Após recuo de bola de Eden Hazard (Bélgica), a bola vai para Buchanan (Canadá), que estava em posição de impedimento e sofre um pênalti. Como a bola foi recuada pelo adversário, habilitou o atacante. Erro do assistente Arsenio Marengula (Moçambique) que marcou o impedimento, confirmado pelo árbitro Janny Sikawsé (Zâmbia). A decisão correta seria anular o impedimento e marcar o pênalti.

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3 – Inglaterra 6 x 2 Irã - O árbitro Raphael Claus (Brasil) não marcou a penalidade no lance em que Chesmi (Irã) agarra Maguire (Inglaterra) dentro da área.  Pênalti para a Inglaterra não marcado. O VAR Leodan Gonzalez deveria ter sugerido ao Claus revisão da jogada.

4 – Qatar 1 x 3 Senegal – Sarr (Senegal) dá um tranco por detrás em Afif (Qatar), Mateu Lahoz, árbitro espanhol, manda seguir equivocadamente. VAR (Alejandro Hernandez) não sugere revisão do lance.

5 – Portugal 3 x 2 Gana – O árbitro americano Ismail Elfath  marca um pênalti inexistente de Salisú (Gana) em Cristiano Ronaldo. VAR (Armando Villarreal) não sugere revisão do lance.

6 - Polônia 0 x 2 Argentina – o árbitro Matthew Conge (Nova Zelândia) marca um pênalti inexistente do goleiro em Messi. Evans Shaun estava no VAR.                                                                 

7 –Tunísia 1 x 0 França – o árbitro holandês Danny Makkelie anula um gol de Griezmann equivocadamente com o aval do VAR. Erro de interpretação, o zagueiro ao afastar a bola habilita o jogador francês.  VAR (Van Boekel) não sugere a revisão.

8- Gana 0 x 2 Uruguai – 0 árbitro alemão Daneil Sibert não marca um pênalti em Cavani, que levou um tranco por detrás. Não teve consulta ao VAR, comandado por  Bastian Dankert.

Até aqui foram apresentados 181 cartões amarelos e dois vermelhos.

Nos jogos das oitavas de final, as arbitragens foram boas, deixaram de lado os acréscimos exagerados e acompanharam as jogadas de perto, tomando decisões acertadas.

Raphael Claus durante partida da Copa do Mundo
Raphael Claus durante partida da Copa do Mundo Getty Images
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Arbitragem feminina na Copa do Mundo teve boa atuação

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Pela primeira vez na história da Copa do Mundo um trio feminino de arbitragem trabalhou em campo em uma partida oficial. Aconteceu nesta tarde 1° de dezembro, no embate Costa Rica 2 x 4 Alemanha, válido pelo Grupo E. 

Quem deve ter ficado particularmente feliz foi a brasileira Léa Campos, reconhecida como a primeira árbitra de futebol do mundo. Nascida em Abaeté (MG), em 1945, Léa rompeu o sexismo no futebol em 1967, quando concluiu o curso de arbitragem da Federação Mineira de Futebol. Fez parte do quadro da FMF e da CBD (hoje CBF). Hoje vive nos EUA.

No Mundial do Qatar, coube à Stéphanie Frappart dar prosseguimento ao feito histórico de Léa. Ela foi a árbitra principal Pela do duelo entre costarriquenhos e alemães. A brasileira Neuza Back foi uma das assistentes ao lado da mexicana Karen Diaz.

O jogo foi empolgante e a francesa realizou um bom trabalho, discreto e eficiente, à altura do espetáculo. 


Neuza Back e a primeira arbitragem feminina da história da Copa do Mundo
Neuza Back e a primeira arbitragem feminina da história da Copa do Mundo Getty Images

O primeiro tempo foi tranquilo e Frappart não cometeu nenhum erro nas seis faltas que marcou. As assistentes Neuza e Karen igualmente acertaram nos três e dois impedimentos que, respectivamente, apontaram. Mostrando bom controle de jogo Frappart, advertiu os jogadores nas cobranças de escanteios e aos 20 minutos advertiu verbalmente o meio campo alemão Gündogan por uma falta mais dura. O único senão nos primeiros 45 minutos (mais 1 de acréscimo) ocorreu num recuo de bola para o goleiro costarriquenho Keylor Navas, quando a pelota saiu pela linha de fundo a assistente Karen não percebeu e o jogo continuou.

 No segundo tempo a árbitra continuou concentrada. Depois do gol de empate da Costa Rica o jogo ficou mais corrido e Frappart permaneceu acompanhando as jogadas de perto, mostrando bom posicionamento e, impondo sua autoridade com naturalidade, levou o jogo na boa. Aos 89 minutos Neuza marcou impedimento no quarto gol alemão, mas o VAR confirmou o gol e a ausência de infração. Considerei os 10 minutos de acréscimo ao final do segundo tempo exagerados, não havia necessidade de tanto tempo. 

Foram 12 faltas no total e apenas um cartão amarelo e sete impedimentos. No geral, Stéphane Frappart, Neuza Back e Karen Diaz realizaram um bom trabalho na estreia da arbitragem feminina na Copa do Mundo masculino. 

 

 

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Entenda a regra dos cartões amarelos na Copa do Mundo

Carlos Eugênio Simon
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Fred foi o primeiro jogador da seleção brasileira a receber cartão amarelo na Copa do Mundo do Qatar
Fred foi o primeiro jogador da seleção brasileira a receber cartão amarelo na Copa do Mundo do Qatar Jia Haocheng/Xinhua via Getty Images

No jogo contra a Suíça, o volante Fred recebeu o primeiro cartão amarelo da seleção brasileira na Copa do Qatar. Se receber mais um, será suspenso por um jogo. 

Segundo o Regulamento da Fifa para o Mundial, depois de receber dois cartões amarelos, o jogador será punido com suspensão automática de um jogo. 

O acúmulo de cartão amarelo passa da fase de grupos para a fase eliminatória. Isto quer dizer que quaisquer cartões amarelos recebidos na fase de grupos contam para fins de acumulação durante a competição nas oitavas de final e nas quartas de final. A partir daí os amarelos são zerados, o que significa que nenhum participante da semifinal corre o risco de perder a final por acúmulo de cartões amarelos

Mas nem sempre foi assim...

Os cartões foram introduzidos no Mundial de 1970, no México. Até 2002 cada vez que um jogador recebia o segundo amarelo ficava fora do próximo jogo. Por esta razão o alemão Michael Ballack não jogou a final entre Brasil e Alemanha. Para evitar que isso voltasse a acontecer - um grande craque ficar fora da decisão da Copa do Mundo - a Fifa alterou a regra, zerando os cartões amarelos após as quartas de final. Sendo assim, um atleta só não disputará a final apenas se for expulso na semifinal. Qualquer suspensão que não possa ser cumprida durante o Mundial de 2022 será transferida para a próxima partida oficial da equipe punida pela Fifa.

Na história dos cartões, o argentino Javier Mascherano ostenta o título indesejável de ser o jogador com mais cartões amarelos em Copas do Mundo, tendo sido advertido sete vezes - a última delas na Copa de 2018 na Rússia, quando a Argentina perdeu para a França por 4 a 3. A Alemanha é a campeã dos cartões amarelos, com 122 até o último Mundial. Argentina e Brasil ocupam a segunda e terceira colocações, com 112 e 98, respectivamente. 

A Copa do Mundo com mais cartões amarelos foi a de 2006 na Alemanha que teve 373 cartões distribuídos, sendo 345 amarelos e 28 vermelhos.

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Entendo a Fifa, mas há exagero nos 'acréscimos sem fim' na Copa do Mundo do Qatar

Carlos Eugênio Simon
Carlos Eugênio Simon

Desde o início foi possível perceber que um dos principais diferenciais da Copa do Mundo no Qatar seria o tempo de acréscimos ao final de cada tempo de jogo para compensar as interrupções no decorrer da partida. Apenas nos três jogos realizados no segundo dia do Mundial, segunda-feira 21 de novembro, os acréscimos dados pelos árbitros somaram mais de 50 minutos

O recorde até agora ficou por conta do brasileiro Raphael Claus, que na partida entre Inglaterra e Irã deu 14 minutos a mais no primeiro tempo e 10 no segundo, totalizando 24 minutos.  

No duelo entre ingleses e iranianos o jogo ficou parado por oito minutos no primeiro tempo para atendimento do goleiro iraniano, que acabou sendo substituído. Toda vez que um jogador bater a cabeça o jogo deve ser interrompido.

Por orientação da comissão de arbitragem da Fifa, além dos atendimentos por lesão, cada minuto perdido com comemorações e substituições está sendo compensado ao fim de cada tempo, independente do placar. Os árbitros estão seguindo rigorosamente a determinação. O objetivo é ter jogos com mais tempo de bola rolando. 

Ainda antes do início da Copa do Mundo, o chefe de arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, comentou a orientação passada aos árbitros. 

“Comemorações podem durar entre um minuto e um minuto e meio. É fácil perder três, quatro ou cinco minutos. Isso precisa ser compensado no fim. Não podemos achar normal que o jogo tenha 42, 45 minutos de bola rolando. Nós queremos ver a bola em jogo”, disse Colina. 

Entendo a motivação da Fifa, mais tempo de bola rolando valoriza o espetáculo e agrada ao torcedor. No entanto creio que está havendo certo exagero nos minutos de prorrogação. 

Na minha opinião há mecanismos na regra que, bem aplicados, são capazes de coibir o anti-jogo, sem a necessidade da concessão de longo tempo extra. Sou favorável que se aprimore o futebol, sem, no entanto, descaracterizá-lo.

Pierluigi Collina durante o Referees Media Day realizado em Doha, no Qatar, antes da Copa do Mundo
Pierluigi Collina durante o Referees Media Day realizado em Doha, no Qatar, antes da Copa do Mundo ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP via Getty I

 

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Wilton Sampaio segue firme na Copa e prova que merece mais oportunidades

Carlos Eugênio Simon
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A arbitragem brasileira voltou a entrar em campo na Copa do Mundo.  O goiano Wilton Pereira Sampaio foi o comandante da arbitragem no duelo que colocou frente a frente as seleções da Polônia e da Arábia Saudita na manhã de sábado. 

Wilton Pereira durante jogo da Copa do Mundo 2022, no Qatar
Wilton Pereira durante jogo da Copa do Mundo 2022, no Qatar Getty Images

Foi um jogo complicado do ponto de vista disciplinar, em que o árbitro goiano marcou 33 faltas (o maior número até agora, ao lado do jogo entre Portugal x Gana) e apresentou cinco cartões amarelos. No segundo tempo a partida transcorreu com mais calma e Wilton acertou ao atender o alerta do VAR e marcar um pênalti a favor dos sauditas.

Auxiliado por Bruno Boschilia e Bruno Pires, o árbitro goiano realizou um bom trabalho, a exemplo do jogo Holanda x Senegal, e não influiu no resultado da partida. Os cinco cartões amarelos (quatro distribuídos até os 22 minutos) - o maior número de cartões distribuídos na metade inicial de uma partida de Copa desde a final de 2010, entre Holanda e Espanha - se justificam pela alta intensidade imprimida pelos atletas no início do jogo. 

Nem sempre é possível serenar os ânimos apenas com advertências verbais. Seguindo as recomendações da Comissão de Arbitragem da Fifa, foram dados 10 minutos de acréscimo no primeiro tempo e sete no segundo.

O trio brasileiro merece novas oportunidades no Mundial.


         
     
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