Copa do Mundo: Brasil tem grupo mais difícil que o de 2018; saiba por que e veja o que mudou em Suíça e Sérvia desde então

André Donke
André Donke

O grupo que o Brasil precisará superar na busca pelo sexto título mundial ficou muito parecido com o que encarou na Rússia, quando as bolinhas colocaram Suíça e Sérvia em seu caminho na Copa do Mundo, duas equipes que evoluíram nos últimos quatro anos. Na única presença diferente, Camarões de 2022 não vive seus melhores dias (assim como a Costa Rica de 2018), mas tem alguns jogadores mais talentosos e vem de uma classificação heroica. De qualquer forma, a seleção brasileira é bem favorita a terminar na liderança da chave.

Desde que arrancou pontos do Brasil em 2018, a Suíça cresceu e ganhou ainda mais ‘casca’ em jogos grandes. Seminifinalista da primeira edição da Uefa Nations League em 2018-19, a seleção fez uma excelente Eurocopa, eliminando a favorita França nas oitavas e fazendo um jogo duríssimo contra a Espanha, que só passou pelas quartas nas penalidades.

Recentemente, os suíços foram líderes de sua chave nas eliminatórias, mandando a Itália para a repescagem e sem perder nos dois confrontos diretos diante dos atuais campeões europeus (dois empates).

Além disso, os últimos anos mostraram que a seleção deixou de ter apenas uma defesa muito forte e tem tido repertório. Um exemplo disso é que na soma dos dois duelos com os italianos, os suíços finalizaram um total de 18 vezes, três a menos do que seu rival. Inclusive concluíram mais vezes no alvo (9 a 7).

Ainda que individualmente não existam nomes que chamem mais atenção em relação ao time de quatro anos atrás, trata-se de uma equipe que se mostrou forte coletivamente mesmo depois de ter ficado no 1 a 1 com o Brasil em solo russo.

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Já no caso da Sérvia, o perigo se dá também pelo crescimento individual de algumas peças, duas em específico.

Dusan Tadic trocou o Southampton pelo Ajax justamente no meio de 2018, época em que ocorreu a Copa na Rússia. Desde então, ele virou um dos protagonistas do time holandês que foi semifinalista de Champions em 2018-19 e inclusive teve uma atuação monumental na goleada sobre o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, e acabou como 20º melhor do mundo na eleição da Bola de Ouro de 2019.

Sua regularidade segue assustadora no Ajax, uma vez que registra 63 gols e 59 assistências em 120 jogos no Campeonato Holandês desde que foi para o clube de Amsterdã. Pela seleção, ele fez gol e deu assistência na emblemática vitória em Portugal que colocou sua seleção na Copa e mandou Cristiano Ronaldo e cia. para a repescagem.

Já Dusan Vlahovic estava trocando o Partizan Belgrado pela Fiorentina em 2018 e só estrearia pela seleção sérvia mais de dois anos depois. Porém, seu progresso foi muito rápido e, hoje, ele é um dos principais nomes da Juventus, sendo o artilheiro da atual edição do Campeonato Italiano com 21 gols ao lado de Ciro Immobile.

O setor ofensivo ainda conta com Filip Kostic, um talentoso ala/meia/ponta esquerda, com enorme capacidade técnica, que há três anos brilha na Bundesliga com a camisa do Eintracht Frankfurt. 

Ah, e não se pode esquecer de Aleksandar Mitrovic, um centroavante mais rústico que é o maior artilheiro da história da seleção sérvia e vive uma temporada surreal com 35 gols no mesmo número de jogos na Championship (a segunda divisão da Inglaterra) pelo Fulham; ninguém passa de 23 gols na competição.

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Na única mudança entre o grupo E da Copa de 2018 para a chave G do Mundial de 2022 está a entrada de Camarões na vaga da Costa Rica. Os africanos estão longe de ter sua melhor geração, mas são o país que mais vezes representou o continente no torneio – vai para sua oitava participação, duas a mais do que Tunísia, Marrocos e Nigéria.

Vindo de um terceiro lugar na Copa Africana de Nações, Camarões deixou Costa do Marfim pelo caminho nas eliminatórias e depois superou nos playoffs de forma dramática a Argélia, do ótimo Mahrez, do Manchester City,  e uma das principais do continente. Seu elenco ainda conta com alguns nomes interessantes, como o volante André Zambo Anguissa (Napoli), o atacante Karl Toko Ekambi, que tem 13 gols pelo Lyon na temporada e definiu nos acréscimos da prorrogação a classificação ao Mundial, assim como o zagueiro Joel Matip, do Liverpool, e o goleiro André Onana, de saída do Ajax e ligado à Inter de Milão. 

Apresentação da Suíça durante sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2022
Apresentação da Suíça durante sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2022 EFE/EPA/LAURENT GILLIERON

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Arsenal e Napoli: fim de semana consolida os times mais agradáveis desta temporada como favoritos em suas ligas

André Donke
André Donke

Não há equipes no mundo que joguem um futebol melhor que Arsenal e Napoli no momento. Eficientes e envolventes, os dois times apresentam uma regularidade impressionante e já deixaram para trás a dúvida sobre se manteriam o mesmo ritmo após a pausa para a Copa do Mundo.

Na Premier League vencida pelo Manchester City em quatro das últimas cinco edições, os Gunners vão para a última rodada do turno tendo somado 47 dos 54 pontos disputados. A desconfiança sobre os resultados do time em duelos Big 6 acabou desconstruída nesta edição: são quatro vitórias em cinco confrontos deste nível. O último deles foi no 2 a 0 sobre o Tottenham fora de casa neste domingo.

É bem verdade que ainda há os dois duelos com o Manchester City a serem feitos e outro contra o ótimo Manchester United de Erik tem Hag, que inclusive venceu os Gunners no primeiro turno, mas a regularidade do time londrino o credencia ao favoritismo do título da Premier League no momento, ainda que o campeonato não tenha chegado à metade.

Arsenal e Napoli lideram Premier League e Série A, respectivamente
Arsenal e Napoli lideram Premier League e Série A, respectivamente Getty Images - Montagem ESPN

Mesmo tendo um elenco mais enxuto que o City, o Arsenal parece contornar os problemas. Um exemplo disso foi como o time manteve o mesmo nível após a lesão de Gabriel Jesus. Martin Odegaard, que faz uma excelente temporada de uma forma geral, subiu ainda mais o sarrafo após a Copa, e Eddie Nketiah tem feito um bom trabalho na ausência do brasileiro.

Vale destacar também que o City, grande time do planeta nos últimos anos, tem apresentado uma oscilação atípica para os padrões de Pep Guardiola, com diferentes nomes abaixo do seu potencial: João Cancelo, Bernardo Silva, Phil Foden...

De acordo com o FiveThirthyEight, site parceiro da ESPN que usa uma série de combinações matemáticas para calcular as probabilidades jogo a jogo e nas competições como um todo, o Arsenal tem 56% de chance de título contra 37% do City. O Manchester United tem apenas 5%. Estes são, a meu ver, os únicos capazes de brigar pela taça no momento.

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Já na Itália, a diferença é ainda maior nos cálculos do site: o Napoli tem 80%, contra 9% da Inter de Milão, que é o time que mais se aproxima.  E é bem por aí mesmo, ainda mais após a goleada por 5 a 1 sobre a Juventus na sexta-feira, uma equipe que havia sido vazada apenas sete vezes em 17 jogos nesta edição da liga.

Caso a Velha Senhora tivesse vencido, seria o nono triunfo seguido e faria a diferença para o líder cair para quatro pontos. Agora, o Napoli lidera com nove pontos de vantagem após 18 rodadas, tendo deixado pelo caminho apenas sete pontos. São 44 gols marcados (melhor ataque) e 14 sofridos, mais apenas que os 12 da Juventus.

Se na campanha passada houve uma queda de desempenho de um Napoli que também empolgou, a situação é um tanto diferente na atual campanha, já que a qualidade desse time é maior, assim como a profundidade de seu elenco após uma boa janela de transferências no meio de 2022.

Aliás, por falar em mercado, Khvicha Kvaratskhelia, autor de sete gols e sete assistências na Série A, é possivelmente a melhor contratação da temporada na relação custo-benefício.

Outro ponto importante a curto prazo é que o Napoli pega Salernitana (16º, fora), Spezia (15º, fora), Cremonese (20º, casa), Sassuolo (17º, fora) e Empoli (14º, fora) nos próximos jogos. O único time acima da 14ª colocação nesta sequência é o embate com a Roma, em casa, daqui duas rodadas.

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Bale foi maior do que se imagina e menor do que poderia ter sido

André Donke
André Donke

Gareth Bale anunciou nesta segunda-feira a aposentadoria do futebol com apenas 33 anos de idade. Ainda que não tenha sido tão longeva, sua carreira foi impactante por diferentes motivos: a impressionante ascensão no Tottenham, o impacto que teve no Real Madrid (imortalizando o trio BBC), o fato de ter sido o primeiro a cruzar a barreira de 100 milhões de euros em uma transferência, os feitos pelo País de Gales e as polêmicas extracampo no período na Espanha.

O último fator mencionado pode gerar uma visão turva a quem olhar para a trajetória do galês no futebol. Por mais que se possa questionar se ele era um jogador para quebrar o recorde de transferências, é inegável que foi um nome muito grande na história do esporte.

Bale foi decisivo em mais de uma final de Champions League para o Real Madrid, inclusive fazendo gol de voleio em uma delas. Foram 106 gols pelo time pelo qual atuou oito temporadas, sendo que nas últimas duas mais ficou marcado pelas polêmicas e descaso do que pelos minutos em campo.

O meia-atacante pode não ser idolatrado por boa parte da torcida no momento, sobretudo depois que anunciou ao mundo inteiro que o Real Madrid ficava atrás do golfe em sua lista de prioridades, mas isso não o tira do pedestal de uma lenda do principal clube de futebol do mundo. E seu alto nível não foi coisa de uma temporada ou duas, ele ficou entre os 20 melhores do mundo na premiação da Bola de Ouro em 2013, 2014, 2015, 2016 e 2018, tendo sido o sexto colocado em 2016 e o nono em 2013.

Antes, com o Tottenham, ele vira titular ao longo da campanha do time que conseguiu o quarto lugar na Premier League 2009-10, o que representava muito na época, já que foi o melhor resultado dos Spurs desde o terceiro lugar. O desempenho representou a primeira aparição do clube na competição desde a semifinal de 1961-62 na então Copa da Europa, naquela que tinha sido a única participação dos londrinos no torneio.

Bale foi fundamental no início de mudança de patamar que o Tottenham viveu nos últimos 15 anos. Na já citada Champions de 2010-11, ele foi titular na equipe que avançou até as quartas de final, eliminando o poderoso Milan nas oitavas. Curiosamente, o galês ficou marcado naquela competição por uma atuação memorável em uma derrota, quando anotou um hat-trick no 4 a 3 sofrido para a Inter de Milão no Giuseppe Meazza.

Pelos Spurs, o meia-atacante ainda seria eleito, pelos próprios jogadores, o principal nome da Premier League em 2010–11 e 2012–13.

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Quanto ao histórico por seleção, Bale é o atleta com mais partidas (111) e mais gols (41) pela seleção masculina de País de Gales. Além disso, foi determinante na campanha de semifinal da Euro de 2016, justamente a estreia do país na competição. O camisa 11 marcou nos três jogos da fase de grupos e teve como grande vitória coletiva o triunfo sobre a badalada Bélgica nas quartas de final por 3 a 1.

Não bastasse isso, levou sua seleção à Eurocopa seguinte e a classificou para sua segunda Copa do Mundo na história – a outra foi em 1958 – e tendo papel muito destacado. O meia-atacante marcou os gols da vitória por 2 a 0 sobre a Áustria na semifinal dos playoffs e ainda fez o gol da vitória sobre a Ucrânia por 1 a 0 no jogo decisivo pela vaga. Ainda que o desempenho dos galeses no Catar tenha sido ruim, a história já estava escrita.

Mesmo com todos os feitos por onde passou, Bale poderia ter tido uma carreira ainda maior, e escrevo isso com todo o cuidado que se deve ter com escolhas individuais de atletas e de não querer fazer projeções pessoais em terceiros.

Se um jogador decide parar mais cedo, ir para uma liga tecnicamente inferior por interesse financeiro ou até por questões afetivas, acho tudo isso válido e legítimo. Não há certo e errado neste sentido, mas o caso de Bale é diferente. Em mais de uma ocasião ele demonstrou seu interesse de não mudar sua realidade no Real Madrid na reta final de sua passagem ou de ir buscar um desafio diferente, o que só aconteceu no segundo semestre de 2022 ao ir para o Los Angles FC, no qual também escreveu um capítulo importante: foi campeão da MLS e fazendo gol na final. Foi o primeiro título da franquia na liga, logo em sua quinta temporada fazendo parte da competição.

Não questiono a decisão de Bale ter ido aos Estados Unidos ou ter encerrado a carreira aos 33 anos, mas sua reta final de Real Madrid poderia ter sido um período em que escreveria ainda mais páginas no livro de sua carreira, que certamente foi uma dos mais brilhantes desta geração do futebol.

Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo
Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo Getty Images

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Pedri mais à frente foi decisivo para Barcelona vencer clássico pegado com o Atlético de Madrid

André Donke
André Donke

O Barcelona abriu três pontos de vantagem na liderança do Campeonato Espanhol ao vencer o Atlético de Madrid por 1 a 0, fora de casa, neste domingo. O triunfo veio em um clássico equilibrado, em que os catalães tiveram seu poder defensivo muito testado, tanto que os mandantes terminaram com o dobro de finalizações: 20 a 10.

Não à toa, a dupla de zaga formada por Andreas Christensen e Ronald Araújo teve uma atuação espetacular, com o uruguaio salvando um chute de Griezmann em cima da linha para garantir o 12º jogo sem sofrer gol do Barça nesta edição de LaLiga. São só seis gols sofridos em apenas 16 partidas, a metade do que levou o Villarreal, segunda melhor defesa da competição.

O roteiro do jogo, é verdade, acabou um tanto influenciado pelo gol cedo dos catalães, logo aos 22 minutos do primeiro tempo. A partir dali, o Atlético subiu a marcação e causou dificuldades a um Barça, que terminou a partida com 58,3% de posse e apenas dez finalizações, sua segunda menor marca nesta edição da liga – concluiu nove vezes na vitória sobre o Osasuna por 2 a 1 em novembro.

Ainda que não tenha criado tantas oportunidades e seu maior destaque vai para a defesa, o time azul-grená teve em Pedri alguém importante para a definição do placar.

Pedri em ação pelo Barcelona contra o Atlético de Madrid
Pedri em ação pelo Barcelona contra o Atlético de Madrid David S. Bustamante/Soccrates/Getty Imag

Com a ausência do suspenso Robert Lewandowski, o técnico Xavi optou por colocar Ansu Fati no lugar do polonês e usou Pedri como um atacante pela esquerda. O improvisado meio-campista, porém, não buscava jogadas de linha de fundo ou fazia um movimento em diagonal para a área como um ponta com pé invertido. Seu grande acréscimo nesta função foi abrir o corredor para Alejandro Balde e buscar fortalecer o poder de criação por dentro, recheando o meio de campo diante de um adversário mais fechado.

A escalação de Diego Simeone gerou dúvida sobre se o time jogaria com uma linha de quatro ou de cinco defensores. Em campo, Marcos Llorente estava constantemente aumentando a última linha para dar combate a Balde. Já o lateral-direito/terceiro zagueiro Nahuel Molina ia atrás de Pedri, que na teoria era o ponta esquerda.

O gol do Barça nasce em um momento em que o meio-campista catalão recua, foge da marcação de Molina e consegue construir por dentro, combinando bem com Gavi em uma jogada que terminaria com a conclusão de Dembélé, que ficou com liberdade após Pedri atrair a atenção de três jogadores do Atleti e criar um desequilíbrio na defesa adversária.

Pedri teve uma boa atuação, sendo o líder do jogo em recuperações de bola (dez, assim como Stefan Savic) e o único atleta do Barça a ter criado duas chances de gol no duelo, de acordo com dados do ESPN TruMedia. Mas o ponto principal é o aspecto tático que o jovem ofereceu com a decisão de Xavi de colocá-lo mais à frente no clássico, o que acabou por ser determinante para os catalães vencerem um duelo tão difícil.

Assista ao gol da vitória do Barcelona sobre o Atlético de Madrid:

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'Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé': a relação do Rei do Futebol com Chaves bem além da inesquecível fala

André Donke
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As inúmeras homenagens ao redor do mundo nos últimos dias evidenciaram a enorme dimensão de Pelé além do Brasil, e também do futebol. O Rei do Futebol foi uma celebridade como poucas, e sua influência acabou representada constantemente fora das quatro linhas. Um bom exemplo pode ser encontrado em ‘Chaves’, seriado mexicano muito famoso no Brasil, onde foi transmitido entre 1984 e 2020 pelo SBT.

“Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé!”

Não precisa nem ser tão fã do seriado para ter ouvido -  ou até mesmo repetido – a frase, que só existe graças à adaptação da dublagem.

"O Roberto Gómez Bolaños usava muitas figuras públicas do momento do México, usava a história do México, ele fazia muitos trocadilhos, então muitas coisas são referências para o público do México", explica Renan Garcia, apresentador do Vila do Chaves, canal do YouTube com 511 mil inscritos. O veículo, inclusive, fez um vídeo especial sobre a relação entre Chaves e Pelé que você pode conferir AQUI.

Edson Arantes do Nascimento e Roberto Gómez Bolaños
Edson Arantes do Nascimento e Roberto Gómez Bolaños Getty Images - Montagem ESPN

No caso da famosa frase envolvendo Pelé, o filme mencionado na fala original é, na verdade, ‘El Chanfle’, que foi lançado em 1979, tinha a temática de futebol e era o primeiro que contava com todo o elenco do Chespirito (nome pelo qual Bolaños era conhecido). "Então, o episódio do 'Vamos ao Cinema', que aqui para nós é o do filme do Pelé, na verdade é uma propaganda do filme que tinha sido lançado e estava em cartaz nos cinemas”.

"Esse episódio é do começo da temporada de 1979, no Brasil só foi estrear em 1992. Além disso, esse filme não veio para o Brasil, então ninguém saberia o que é 'El Chanfle'", diz Renan, que lembra que na ocasião a figura de Pelé já extrapolava o universo do futebol, tendo feito anteriormente filmes como “Os Trombadinhas” e “Fuga para a Vitória”.

Porém, também há casos de menções a Pelé que estão presentes no roteiro original do seriado. Em mais de um episódio, há a cena de alguém que se levanta após alguma pancada na cabeça e grita imediatamente “é gol de Pelé!”, como se ainda estivesse desnorteado.

“O Pelé já era um astro muito consolidado no México na década de 70. Os episódios mais clássicos do Chaves que conhecemos são de 1973 até 1979, então boa parte deste sucesso veio da Copa de 70, só que quando teve a Copa, o povo do México já era apaixonado pela seleção brasileira, principalmente pelo Pelé. A Copa foi só o carimbo, digamos assim."

Um dos exemplos desta paixão vem do elenco do próprio Chespirito. Carlos Villagrán, conhecido pelo papel de Quico e que foi fotógrafo no Mundial do México, batizou um filho de Edson Carlos Arantes Villagrán do Nascimento Salinas Pelé. Mas este não foi o único, sendo que há também Paulo Cezar Villagrán Salinas, uma homenagem a Paulo Cézar Caju, outro integrante do elenco do tri.

Especialista em Chaves conta que 'Quico' batizou filho em homenagem a Pelé e explica relação do seriado com a Copa de 70

A relação entre Chaves e Pelé, aliás, poderia até ter ido parar no cinema, se dependesse da vontade do Rei do Futebol. Conforme Bolaños contou em entrevista ao apresentadfor Ratinho em 2011, o Atleta do Século quis fazer um filme com ele, o que não aconteceu pelo fato de o ator não querer levar o personagem às telonas. Na entrevista em questão, Chespirito ganhou uma camisa autografada do eterno craque do Santos e se emocionou. “Edson Arantes do Nascimento, Pelé. Muito obrigado. Meu coração é absolutamente seu".

Ainda que a tão conhecida frase sobre o filme do Pelé seja a grande ligação entre dois dos grandes gênios do século 20 da América Latina, ela está longe de ser a única conexão entre ambos.

A história por trás da bola quadrada

Seja por meio de Pelé ou não, a relação do Chaves com o futebol é muito forte. São diferentes episódios com menções na dublagem a Barbiroto, Luís Pereira, Mirandinha e cia.. Mas até um ponto de reflexão já foi colocado por meio de um objeto muito famoso entre os fãs de Chespirito: a bola quadrada de Quico.

O objeto desejado pelo filho de Dona Florinda fazia referência a um termo utilizado há muitas décadas por Fernando Marcos, em uma coluna no jornal Excelsior, na qual ele disse que o nível de futebol praticado por países da América Central e Caribe era tão ruim que parecia que jogavam com uma bola quadrada. O texto do ex-jogador e ex-árbitro mexicano ficou famoso e virou o símbolo de uma soberba do país na questão futebolística.

"Ali é uma autocrítica e uma saída muito brilhante", afirma Renan. "É meio como se ele tivesse colocando os mexicanos para rirem de si mesmo da besteira que foi dita, é mais ou menos isso nessa linha a história da bola quadrada. E acabou virando uma marca do Quico, mas o subtexto disso é muito mais forte do que pegamos no Brasil."

O que Chespirito e Pelé têm em comum? Apresentador do 'Vila do Chaves' reflete a respeito

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Ninguém levou a imagem do Brasil ao mundo como Pelé

André Donke
André Donke

29 de dezembro de 2022. O dia em que morreu Pelé, o brasileiro mais famoso da história da humanidade. Ninguém levou tanto o país ao mundo como Edson Arantes do Nascimento.

O país do complexo de vira-lata se transformou no maior campeão mundial. O garoto de 17 anos que brilhou em 1958 no primeiro título mundial mal conseguiu jogar na conquista do bi em 1962, quando ele estava em um dos melhores momentos da carreira, mas fez parte daquela conquista. Por fim, fez do Brasil o primeiro tri com uma seleção que talvez seja a campeã mais memorável da história dos Mundiais.

Pelé é sinônimo de Brasil e de futebol, e ambos também morrem um pouco nesta quinta-feira com a partida do eterno camisa 10 do Santos.

Pelé morreu aos 82 anos
Pelé morreu aos 82 anos Divulgação

Você pode não ser fã e até não gostar dele, mas não pode negar que a simples existência de Pelé mudou a história do Brasil, do futebol, da luta contra o racismo, e isso independe de qualquer posicionamento e atitude que ele tenha tomado ou não. A sua genialidade dentro dos gramados transcendeu e foi muito além das quatro linhas.

A figura do Rei do Futebol dando socos no ar e conquistando o mundo, por clube e seleção, será eterna.

O Brasil e o futebol foram ressignificados após Pelé, algo impossível de ser esquecido aqui ou em qualquer outro lugar do planeta.

Adeus, Pelé: relembre a vida e a carreira do rei do futebol em imagens; assista abaixo

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França x Argentina é a melhor final de Copa do Mundo desde 1998

André Donke
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França e Argentina irão definir qual seleção será campeã da Copa do Mundo pela terceira vez, um grupo que é ocupado por apenas Brasil, Alemanha e Itália – somente até o domingo. A decisão - confirmada após a vitória francesa sobre Marrocos por 2 a 0 nesta quarta-feira - será a melhor do torneio desde 1998.

Há 24 anos, a França de Zinedine Zidane buscava seu primeiro título no Mundial que foi justamente sediado pelo próprio país. O seu adversário era nada menos do que o defensor do título, um Brasil que contava com Ronaldo, o primeiro craque a ocupar o status de superestrela no futebol. Ainda que o Fenômeno não tenha conseguido estar na melhor forma por conta da convulsão sofrida, esse texto se baseia na expectativa pelo jogo da final e não pelo que ocorreu em si em campo.

Desde então, o Brasil alcançou o penta com um time com o próprio Ronaldo e outros nomes brilhantes, como Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Cafu, Rivaldo, entre outros, mas seu adversário era uma Alemanha que estava longe de brilhar e fez uma campanha sem tanto prestígio até a final.

Já o França x Itália não contava com qualquer time muito empolgante, apesar da vitória épica dos italianos na semifinal contra os anfitriões alemães e do fato de ter sido o último jogo da carreira de Zinedine Zidane.

Fernando Prass vê Argentina com desempenho 'um pouco melhor' do que a França e projeta decisão da Copa



Em 2010, Espanha x Holanda teve uma dose enorme de expectativa, pois se tratava de um título inédito. Porém, ao mesmo tempo, isso tirava um pouco do peso da final em si. O time espanhol vivia o ápice de sua história no futebol e era, indiscutivelmente, um grande personagem, mas a Holanda, apesar de qualificada e de ter merecidamente alcançado a decisão, não contava com uma equipe tão brilhante como as da década de 70 ou de 90.

O quarto título mundial da Alemanha veio com um time coletivamente bem sólido e organizado em 2014, uma conquista que simbolizou a reconstrução do futebol do país, mas não tinha uma equipe com tanto apelo para uma decisão. Do outro lado, a Argentina não era tão convincente como a atual e não tinha um Messi voando baixo como em 2022, apesar de ter vencido – de forma bem discutível – o prêmio de melhor jogador do torneio.

Por fim, a decisão de 2018 contou com uma zebra, o que, embora traga uma história particular e muito legal de ser contada, também faz com que o apelo da final seja menor, ainda mais pelo fato de a Croácia ter estado longe de ser uma sensação que jogasse um futebol envolvente.

Agora em 2022, teremos dois jogadores geniais que atuam juntos no PSG se enfrentando. Kylian Mbappé vem se consolidando como uma lenda em Copas do Mundo, sendo que pode ganhar seu segundo título com apenas 23 anos, e em ambos sendo fundamental. Com nove gols no total, é enorme a chance de ele quebrar o recorde de Miroslav Klose (16 gols) como maior artilheiro da história dos Mundiais.

Lionel Messi e Kylian Mbappé ficaram frente a frente na final da Copa do Mundo de 2022
Lionel Messi e Kylian Mbappé ficaram frente a frente na final da Copa do Mundo de 2022 Getty Images - Montagem ESPN

Messi, por sua vez, irá chegar a 26 partidas e deixará para trás Lothar Matthäus como atleta que mais vezes jogou em Copas. Fazendo o melhor Mundial da carreira, tendo marcado em cada uma das três partidas de mata-mata, o camisa 10 é artilheiro (cinco gols) e garçom (três assistências) nesta edição. Além disso, tem o fator de enorme peso de ser a última vez que o astro disputa o torneio.

Indo além das individualidades, a França tenta ser a primeira seleção a ganhar Copas em sequência desde o Brasil em 1958 e 1962, enquanto Didier Deschamps busca igualar o feito do italiano Vittorio Pozzo, o único treinador a ganhar dois Mundiais (1934 e 1938).

Já a Argentina tem o seu time mais equilibrado e consistente desde que Messi estreou no Mundial em 2006 e chegou ao torneio vivendo um ótimo momento – eram 36 jogos de invencibilidade até a derrota para a Arábia Saudita. Aliás, o revés na estreia e todo o drama por ele causado acabaram por engrandecer a trajetória dos argentinos, ainda mais pelo mérito do técnico Lionel Scaloni de mudar seu time e encontrar soluções rapidamente.

Duas das três principais favoritas chegam à decisão jogando bem e passando muita confiança. Conheceremos o quarto tricampeão da história. Messi ou Mbappé irão escrever um feito imenso na história do futebol no domingo. Para mim, não há dúvida de que se trata da final de maior expectativa em 24 anos.

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Na melhor Copa de Messi, Argentina vai à final com mérito enorme de Scaloni

André Donke
André Donke

Lionel Messi foi o nome da vitória sobre a Croácia por 3 a 0 na semifinal da Copa do Mundo, nesta terça-feira (13), chegou a cinco gols no Qatar (um a mais do que fez no Brasil), três assistências (uma a mais do que deu na Rússia) e deixou para trás Gabriel Batistuta como maior artilheiro da história da Argentina em Mundiais – 11 a 10 nos gols.

Os números, na verdade, são apenas mais um argumento para corroborar a ideia de que essa é, sem sombra de dúvidas, a melhor Copa do Mundo de Messi. Mais até do que a de 2014, quando também foi finalista e ganhou (de forma bem discutível) o prêmio de melhor jogador do Mundial.

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O camisa 10 tem sido determinante para uma seleção que se viu combalida após a estreia e renasceu na competição. Do jogador que nunca havia marcado em mata-matas em Copas, Messi foi à redes três vezes nesta edição, um em cada fase, e ainda deu assistências espetaculares contra Holanda e Croácia.

Porém, antes disso, o craque já havia sido determinante para a redenção argentina na Copa do Mundo ao encaminhar a vitória diante do México, um jogo em que havia uma carga psicológica enorme e em que a equipe alviceleste não mostrava um grande desempenho.

E se a Argentina conseguiu essa redenção, muito também se dá pelo mérito de Lionel Scaloni, que soube encontrar soluções rapidamente entre e durante os jogos. O treinador nunca repetiu a escalação de uma partida para outra.

Admito que desconfiei quando Scaloni mudou cinco peças do time que perdeu para a Arábia Saudita para o jogo contra o México. Sim, foi a maior zebra da Copa (considerando apenas o resultado dos 90 minutos), mas era uma equipe que vinha de 36 jogos de invencibilidade. Precisaria de tantas trocas para o time que vinha de um trabalho fantástico? A sequência do Mundial mostrou que o técnico estava corretíssimo.

Scaloni abraça Messi após jogo da Copa do Mundo
Scaloni abraça Messi após jogo da Copa do Mundo Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Get

Mas os acertos de Scaloni não pararam por aí. Enzo Fernández ganhou a titularidade, assim como Julian Alvárez, que desbancou Lautaro Martínez, um dos grandes nomes do elenco. Não houve pudor em fazer mudanças, algo que pode ser decisivo em um torneio de tiro curto.

As alterações, aliás, não se limitaram a jogadores em si. Scaloni espelhou a Holanda ao escalar três zagueiros, e a estratégia foi importante para Molina ganhar liberdade pela direita e aparecer na área para fazer o primeiro gol do jogo das quartas de final.

Já na semi, a formação com quatro meio-campistas (Paredes, Enzo Fernández, De Paul e MacAllister) foi a forma encontrada para tentar neutralizar a grande virtude croata e que foi determinante na busca do empate na prorrogação que depois virou vitória nos pênaltis sobre o Brasil: com Brozovic, Modric e Kovacic controlando o meio de campo.

Torcida da Argentina faz festa emocionante a caminho do Estádio Lusail para jogo contra Croácia



Depois de um início de jogo difícil por conta da enorme qualidade do trio de meio-campistas croatas (um roteiro bem similar ao que era o jogo dos croatas contra o Brasil), a Argentina mudou o cenário da partida com Enzo Fernández, talvez o melhor jovem desta Copa. Afinal, o pênalti sofrido por Julian Álvarez veio através de um lançamento espetacular do volante do Benfica, que chegou nesta seleção apenas em setembro.

Já Álvarez, outro nome que ganhou posição na competição, faria os outros dois gols da partida, que também teve uma atuação digna de nota de Nicolás Tagliafico, substituindo de forma brilhante o titular Marcos Acuña.

Perdendo por 2 a 0 no intervalo, os croatas mudaram seu esquema com alterações ofensivas na volta do intervalo e nos primeiros minutos do intervalo, mas Scaloni, mais uma vez, respondeu muito bem colocando Lisandro Martínez na vaga de Paredes aos 17 minutos do segundo tempo, travando qualquer reação da Croácia e fechando o placar com um golaço de Álvarez.

Lionel Messi vive a sua melhor Copa do Mundo, mas a Argentina não chega à final somente sendo carregada por seu astro. Há um conjunto bem estabelecido e um treinador responsável por um ótimo trabalho – antes e durante o Mundial.

Messi brilha, Álvarez marca duas vezes, Argentina faz 3 a 0 na Croácia e está na grande final da Copa do Mundo

 

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Na melhor Copa de Messi, Argentina vai à final com mérito enorme de Scaloni

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Inglaterra se despede da Copa de 2022 nas quartas jogando muito mais do time que foi semi em 2018

André Donke
André Donke

No melhor jogo da Copa do Mundo, a Inglaterra foi superior à França, inclusive mostrando superação após ter saído atrás com apenas 17 minutos de jogo. Porém, apesar de toda dificuldade enfrentada neste sábado, a atual campeã do mundo mostrou ser muito ‘cascuda’ para definir a classificação dentro dos 90 minutos com uma vitória por 2 a 1.

Os ingleses saem com o gosto amargo da frustração de quem sabe que jogou um futebol que o credenciaria a ir mais longe no Mundial. O desempenho inglês no Catar foi muito melhor ao apresentado na Rússia, em que os cruzamentos acabaram sendo determinantes para o retorno à semifinal da Copa após 28 anos.

Mesmo na campanha do vice da Eurocopa no ano passado, a Inglaterra não foi tão sólida como na competição em que acaba de se despedir. Para decidir o título continental contra a Itália em Wembley, o English Team fez uma fase de grupos discreta, inclusive sendo vaiada após empate contra a Escócia. No mata-mata, apenas uma atuação incontestável: o triunfo diante da Alemanha nas oitavas.

Agora, a Inglaterra deixa a Copa causando muito incômodo diante da França, sobretudo no segundo tempo. Os comandados de Gareth Southgate se organizaram muito bem e tiraram o espaço para lances individuais de Kylian Mbappé, algo que foi além do mérito individual de Kyle Walker. No ataque, exigiram três defesas espetaculares de Hugo Lloris e foram envolventes, com Bukayo Saka fazendo uma excelente partida.

Inglaterra e França disputaram as quartas de final da Copa do Mundo
Inglaterra e França disputaram as quartas de final da Copa do Mundo Getty Images

Vale destacar ainda que o treinador inglês soube como melhorar seu time ao longo da competição, depois que um jogo bem ruim no 0 a 0 contra os Estados Unidos frustrou a empolgação com o 6 a 2 diante do Irã na estreia. A entrada de Jordan Henderson na vaga de Mason Mount mudou a configuração de uma Inglaterra, que emplacaria dois placares de 3 a 0 em sequência e bons desempenhos diante de País de Gales e Senegal.

Até mesmo o contestadíssimo Harry Maguire se saiu bem ao longo do Mundial  embora Giroud tenha vencido dele na disputa que acabou selando a classificação francesa. 

O resultado pode ter sido o pior da Era Southgate entre Eurocopa e Copa do Mundo – portanto, sem incluir o recente rebaixamento na Nations League -, mas o desempenho acabou sendo o oposto. Os ingleses se despedem cedo do Mundial, mas com motivos para acreditarem em seu futuro próximo. Mais do que o talento da geração atual, esse time se mostrou pronto para entregar grandes atuações nos maiores jogos.

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Dois brasileiros, craque português e técnico marroquino; este é meu time ideal das oitavas de final

André Donke
André Donke

Com todos os jogos das oitavas de final já disputados na Copa do Mundo, esbocei minha equipe ideal considerando apenas os oito jogos desta fase. Das seleções classificadas à próxima fase, apenas uma não teve qualquer nome citado, a Inglaterra - não que tenha faltado mérito de Harry Kane, Jordan Henderson ou Phil Foden, mas a concorrência foi forte.

Já aviso que a formação acabou ficando bem ofensiva...

Goleiro: Dominik Livakovic (Croácia)

Ainda que Bono tenha brilhado nas penalidades também ao fazer duas defesas contra a Espanha, o croata foi além e fez três intervenções diante dos japoneses, além de ter trabalhado mais ao longo dos 120 minutos. O feito de Bono é mais expressivo, mas a atuação de Livakovic em si teve maior destaque. Menção honrosa também às três excelentes defesas de Alisson diante da Coreia do Sul.

Lateral direita: Denzel Dumfries (Holanda)

Foi a chave para a vitória da Holanda sobre os Estados Unidos por 3 a 1 ao dar duas assistências e ainda anotar o gol que fechou o placar. A sua já conhecida capacidade ofensiva apareceu apenas no quarto jogo dos holandeses na Copa do Mundo, mas veio com tudo. Louis van Gaal soube explorar muito bem os espaços deixados pela equipe adversária pelos lados do campo, e o jogador da Inter de Milão se aproveitou muito bem deste contexto.

Zagueiros: Pepe (Portugal) e Dejan Lovren (Croácia)

Além de defensivamente muito seguros em suas partidas, sobretudo Lovren, os dois foram importantes ofensivamente. O croata deu uma assistência maravilhosa para Ivan Perisic empatar o jogo contra o Japão, enquanto o português deixou sua marca, tornando-se o segundo mais velho na história a fazer um gol na Copa do Mundo, atrás apenas de Roger Milla.

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Lateral esquerda: Raphaël Guerreiro (Portugal)

Os dois laterais portugueses contra a Suíça foram muito bem e fizeram Fernando Santos ganhar pontos após a decisão surpreendente de colocar João Cancelo no banco de reservas. Como Diogo Dalot teve de concorrer com a atuação de gala de Dumfries, apenas Guerreiro ficou com um lugar no time ideal, após ter somado um gol e uma assistência. Daley Blind também poderia estar perfeitamente neste time, mas o fato de ser um português e um holandês é uma forma de equilibrar a grande atuação dos quatro laterais de ambos os países.

Volante: Sofyan Amrabat (Marrocos)

O volante de 26 anos tem sido uma das surpresas desta Copa do Mundo. Peça fundamental na grande força defensiva marroquina, ele ainda é o jogador do primeiro passe na construção das jogadas e foi mais uma vez decisivo em outra atuação sólida da equipe africana. O atleta da Fiorentina somou quatro desarmes (líder no quesito nas oitavas ao lado de outros cinco nomes) e registrou ainda nove bolas recuperadas, ficando atrás apenas do zagueiro Romain Saïss em seu time.

Meias: Lucas Paquetá (Brasil) e Lionel Messi (Argentina)

O brasileiro já tinha ido muito bem contra a Sérvia sendo o homem mais à frente de Casemiro e manteve a escrita diante da Coreia do Sul. Aliás, fez uma atuação ainda melhor, não apenas pelo belíssimo gol anotado, o quarto da seleção, após assistência de Vinicius Jr. Dando muito equilíbrio ao Brasil, Paquetá se movimentou, pisou na área e criou três chances, sendo o líder da seleção no quesito no duelo das oitavas.

Messi, por sua vez, protagonizou uma de suas grandes atuações em Copas do Mundo, ao achar um belo gol com um espaço curto para abrir o placar diante da Austrália. Depois de uma estreia apagada na derrota para a Arábia Saudita, o camisa 10 reconduziu a Argentina no Mundial. Diante dos australianos, o craque criou quatro chances, sendo um dos seis nomes a liderarem a estatística nas oitavas do Mundial.

Torcedores de Marrocos festejam muito e zoam a Espanha: 'Onde está o Morata? No meu bolso!'



Atacantes: Kylian Mbappé (França), Gonçalo Ramos (Portugal) e Vinicius Jr (Brasil).

Mbappé vem sendo o grande desta Copa do Mundo e se isolou na artilharia da competição com cinco gols, após ter balançado as redes da Polônia com dois golaços – isso sem mencionar a excelente assistência para Olivier Giroud abrir o placar. Vini Jr., por sua vez, inaugurou o marcador contra a Coreia do Sul com muita frieza, deu uma assistência de muito recurso técnico para Paquetá e foi insinuante como de praxe pelo lado esquerdo.

Centralizado no ataque aparece o grande nome desta rodada. A escalação de Gonçalo Ramos veio sob muito holofote pelo fato de ele ter ficado com o lugar de Cristiano Ronaldo. Fazendo sua quarta partida pela seleção e a primeira como titular, o atacante do Benfica aproveitou – e muito – a oportunidade ao se tornar o primeiro jogador a marcar três vezes nesta Copa, algo inimaginável para um jogador de 21 anos que só foi chamado pela primeira vez em setembro e só estreou pela seleção em 17 de novembro, uma semana antes da primeira partida de Portugal no Mundial.

Técnico: Walid Regragui (Marrocos)

O técnico assumia Marrocos há três meses e conseguiu, em tão pouco tempo, armar um time bem organizado, sólido defensivamente e com saída rápida para o ataque. Depois de a seleção ter sido líder no grupo com dois semifinalistas de 2018, voltou a ter uma atuação consistente diante da Espanha nestas oitavas de final.  Mesmo com apenas 24,2% de posse de bola, a equipe africana neutralizou o poderoso adversário, até criou mais lances perigosos ao longo dos 120 minutos e protagonizou a única surpresa das oitavas.

Gonçalo Ramos comemora após marcar por Portugal diante da Suíça
Gonçalo Ramos comemora após marcar por Portugal diante da Suíça Getty Images
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Surpresa, decepção e time ideal da fase de grupos: confira pitacos sobre a Copa do Mundo

André Donke
André Donke

Com o fim da fase de grupos da Copa do Mundo, o blog listou alguns destaques, decepções e surpresas da competição até aqui, além de montar uma escalação de nomes que brilharam no Catar.

Grande decepção: Dinamarca

Vindo de um ciclo excelente, com uma semifinal de Eurocopa e um futebol equilibrado e vistoso, a Dinamarca era uma candidata a ir longe no Mundial, ainda mais se terminasse na liderança do grupo da França, um adversário que venceu duas vezes na Nations League recentemente. Porém, não conseguiu mais do que um ponto em uma das chaves mais acessíveis. 

Neutralizada pela Tunísia na estreia, a seleção de Kasper Hjulmand até melhorou na derrota para a França, mas foi um desastre diante da Austrália, demonstrando toda a tensão em um jogo que dependia apenas de si para avançar. 

Ainda que a eliminação de Alemanha e Bélgica sejam mais impactantes, a da Dinamarca é a mais decepcionante. Os alemães ainda entregaram um futebol interessante em alguns momentos, apesar de todos os problemas, e os belgas se despediram com um bom jogo contra a Bélgica. Considerando a dificuldade da chave, a expectativa colocada e o futebol entregado, a equipe escandinava foi a principal decepção deste Mundial.

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Grande surpresa: Japão

A disputa foi acirrada com Marrocos e Austrália, sobretudo com os africanos, que somaram quatro pontos diante de um semifinalista e um finalista do Mundial passado, mas o que o Japão fez ganha um destaque levemente superior. Foram duas vitórias de virada sobre duas gigantes do futebol mundial e demonstrando enorme resiliência.

 A equipe nipônica superou a Espanha com só 18% de posse de bola, enquanto finalizou 12 vezes diante da Alemanha, que teve 74% de posse e vinha embalada por um primeiro tempo espetacular. A derrota para a Costa Rica na segunda rodada poderia ser um golpe enorme no estado anímico do time, ainda mais após sair perdendo para a Espanha na rodada decisiva com apenas 12 minutos, mas o time de Hajime Moriyasu, que pode ser questionado por algumas escalações, conseguiu entregar resultados ainda mais impressionantes do que Marrocos, que até jogou melhor na fase de grupos e também foi líder de uma chave difícil.

Jogadores do Japão comemorando a classificação às oitavas da Copa do Mundo do Qatar após vitória sobre a Espanha
Jogadores do Japão comemorando a classificação às oitavas da Copa do Mundo do Qatar após vitória sobre a Espanha Patrick Smith - FIFA/FIFA via Getty Imag

Craque: Casemiro

Os grandes nomes desta fase foram titulares apenas duas vezes - além do brasileiro, estão também neste grupo Bruno Fernandes e Kylian Mbappé, que até entrou durante a derrota para a Tunísia na terceira rodada. O português (dois gols e duas assistências) e o francês (três gols e uma assistência) lideram a competição em participações diretas em gol na competição ao lado de Álvaro Morata.

Mas o volante demonstrou toda sua capacidade defensiva e ofensiva, sendo muito influente em ambas as vezes que esteve em campo. Com ele, o Brasil não permitiu uma finalização no alvo sequer a adversários qualificados e ainda definiu o difícil triunfo sobre a Suíça com um golaço.

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Melhor jogo: Alemanha 1 x 1 Espanha

O jogo que mais prometia na fase de grupos acabou entregando tudo que dele se esperava. O confronto ganhou contornos dramáticos depois da derrota da Alemanha para o Japão na estreia e deixou os alemães ainda mais pressionados depois que Álvaro Morata abriu o placar. O empate veio no fim com Niclas Füllkrug, que jamais havia sido chamado pela seleção até o Mundial. 

Até houve mais entretenimento no empate por 3 a 3 entre Sérvia e Camarões, mas o duelo entre campeãs mundiais foi um jogo melhor pelo nível mais alto apresentado. 

Jogo mais surpreendente: Argentina 1 x 2 Arábia Saudita

A confiança de uma seleção que estava há 36 jogos invicta foi estremecida depois de uma das maiores zebras da história da fase de grupos da Copa do Mundo. A Argentina ruiu no segundo tempo após ter aberto 1 a 0 no placar e ter tido gols anulados por sua dificuldade em não superar as linhas de impedimento do adversário. Foi a segunda vez na história que a Argentina vencia até o intervalo e concedeu a virada em uma Copa do Mundo - a outra ocasião ocorreu na final de 1930.

A seleção alviceleste viu o surgimento de uma pressão inesperada para um time que esteve a um jogo de empatar o recorde de invencibilidade da Itália, tanto que o começo do jogo contra o México evidenciou essa tensão. Lionel Scaloni, aliás, mudou cinco vezes para o segundo jogo, algo que chama atenção em uma equipe que vinha com uma base tão sólida. Ainda que os bicampeões mundiais tenham conseguido duas vitórias na sequência e confirmaram a liderança da chave, a derrota na estreia fica como o resultado mais surpreendente da fase de grupos de 2022.

Time ideal da fase de grupos: 

Szeczesny (Polônia); Hakimi (Marrocos), Thiago Silva (Brasil), Souttar (Austrália) e Theo Hernández (França); Casemiro (Brasil), Doan (Japão) e Bruno Fernandes (Portugal); Mbappé (França), Kane (Inglaterra) e Ziyech (Marrocos)

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5º fiasco após título de 2014: Alemanha se acostumou com o desastre

André Donke
André Donke

Quatro títulos mundiais, oito finais e uma das camisas mais exaltadas no futebol. Apesar de tudo isso, a Alemanha tem ficado mais habituada aos desastres no histórico recente: foram cinco deles em um intervalo de quatro anos. O último se deu nesta quinta-feira, com a queda na fase de grupos da Copa do Mundo, apesar da vitória por 4 a 2 sobre a Costa Rica.

Tudo começou na defesa ao título em 2018, quando acabou eliminada na fase de grupos de forma inédita na história do Mundial, após perder para México na estreia e Coreia do Sul na rodada derradeira, ficando inclusive no último lugar do grupo.

Na sequência, a seleção quatro vezes campeã do mundo amargou no campo o rebaixamento na divisão A da Liga das Nações 2018-19 ao terminar na última colocação de seu grupo com dois pontos, cinco a menos do que França e Holanda. Este descenso, ocorrido no mesmo ano do Mundial, só não se confirmou por conta da mudança do regulamento para a edição seguinte.

Na mesma Liga das Nações, em novembro de 2020, a Alemanha perderia por 6 a 0 da Espanha, um resultado que não levava desde 1934, quando caiu para a Áustria pelo mesmo resultado. A diferença no placar foi ainda maior do que o icônico 8 a 3 que sofreu da Hungria na Copa do Mundo de 1954.

Havertz e Götze lamentam: Alemanha vence a Costa Rica, mas está eliminada da Copa do Mundo
Havertz e Götze lamentam: Alemanha vence a Costa Rica, mas está eliminada da Copa do Mundo Getty Images

Já nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, a Alemanha conseguiria a classificação sem sustos, mas amargou uma derrota para a Macedônia do Norte por 2 a 1 em março de 2021. O rival dos germânicos ocupava a 65ª colocação do ranking da Fifa naquele momento e futuramente chocariam ainda mais o mundo do futebol ao tirar a Itália do Mundial.

A eliminação precoce no Qatar completou um ciclo entre uma Copa e outra de cinco grandes marcos negativos na história da seleção alemã. Ao menos, no campo, o desempenho não foi tão negativo quanto o resultado, já que os comandados de Hansi Flick pagaram um preço alto por apenas um tempo realmente desastroso.

Depois de ter aberto a Copa com seus melhores 45 minutos diante do Japão, a seleção sucumbiu na volta do intervalo, apresentando os problemas de transição defensiva (que já eram evidentes) ao longo do último ano.

A resposta veio em uma boa atuação diante da Espanha, em um jogo que acabou empatado e possivelmente foi o melhor de toda fase de grupos. O colapso defensivo voltou a aparecer diante da Costa Rica, assim como uma enorme apreensão que influenciou o desempenho – sobretudo no segundo tempo -, mas a enorme diferença técnica entre as duas equipes acabou prevalecendo.

Como ponto positivo fica o grande torneio realizado pelo jovem Jamal Musiala, que aos 19 anos chamou a responsabilidade e demonstrou muita personalidade e criatividade, embora em alguns momentos tenha pecado na definição das jogadas, seja por prender demais a bola ou errar na finalização. O meia do Bayern de Munique sai como melhor jogador do time na competição e confirma seu momento de ascensão na carreira - por clube e seleção.

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Richarlison é o grande nome da 1ª rodada da Copa do Mundo do Qatar

André Donke
André Donke

Há 40 dias, Richarlison deixava o Tottenham Hotspur Stadium em lágrimas com o temor de perder a Copa do Mundo no Qatar,  após uma lesão sofrida na panturrilha na vitória de seu time sobre o Everton.

O atacante da seleção brasileira é um dos jogadores com maior identificação com a amarelinha, e todo esse roteiro torna ainda mais especial sua atuação na vitória por 2 a 0  contra a Sérvia, nesta quinta-feira (24), que já mereceria muito destaque independentemente do ocorrido.

BRASIL 2 x 0 SÉRVIA: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE NIVALDO PRIETO E COMENTÁRIOS DE GIAN ODDI

Richarlison  não teve um primeiro tempo fácil, ficou encaixotado entre os três zagueiros da Sérvia, que realizou um jogo muito competitivo no primeiro tempo, fazendo com que as oportunidades de gol da equipe de Tite praticamente não existissem.

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Porém, o cenário mudou depois do intervalo, os espaços apareceram e o Pombo honrou a camisa 9 de Ronaldo, o nome que detém o recorde de gols em Copas do Mundo. Depois de um gol de puro oportunismo, veio um de craque.

Considerando apenas o segundo tempo, jogador do Tottenham esbanjou eficiência: tocou nas bola 12 vezes, completou quatro passes, finalizou três vezes e fez dois gols. Em uma Copa do Mundo cada vez mais nivelada, em que a primeira rodada mostrou que a carga histórica das equipes é cada vez menor, o ‘Pombo’ soube jogá-la nas poucas chances que teve durante os 81 minutos que ficou em campo.

Agora, Richarlison é um dos seis artilheiros da Copa do Mundo com dois gols. Porém, considerando a história pessoal dele e a dificuldade do adversário do Brasil na estreia, ele é o grande nome da primeira rodada da competição.

Richarlison em ação pelo Brasil contra a Sérvia, na estreia da seleção na Copa do Mundo do Qatar
Richarlison em ação pelo Brasil contra a Sérvia, na estreia da seleção na Copa do Mundo do Qatar Gett Images
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Richarlison é o grande nome da 1ª rodada da Copa do Mundo do Qatar

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Copa do Mundo: Com problemas defensivos enormes, Alemanha vai da empolgação ao desastre na estreia

André Donke
André Donke

Um primeiro tempo excelente, um segundo desastroso. O início da Alemanha na Copa do Mundo foi de um extremo a outro na derrota para o Japão por 2 a 1, de virada, nesta quarta-feira, e agora sua situação fica bem complicada no Qatar, com chances consideráveis de uma nova eliminação precoce.

Os germânicos tiveram quase 81% de posse,14 a 1 nas finalizações na etapa inicial e desperdiçaram a oportunidade de abrir uma vantagem além do 1 a 0. Com boa movimentação entre suas peças ofensivas, virando bem o jogo e com Kimmich e Gündogan ditando o ritmo, a Alemanha foi encontrando espaços com o passar do tempo, apresentou um futebol empolgante e controlou o adversário.

ALEMANHA 1 x 2 JAPÃO: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE JOÃO GUILHERME E COMENTÁRIOS DE EUGÊNIO LEAL

Na volta para a etapa final, a Alemanha seguiu melhor por um período curto, mas o Japão saiu mais para o jogo e conseguiu explorar a enorme fragilidade do adversário na transição defensiva. Acelerando quando recuperava a bola e com boas alterações do técnico Hajime Moriyasu (não à toa os gols vieram de dois atletas que entraram no segundo tempo), a seleção asiática encontrou muitos espaços e, com isso, conseguiu impressionantes 12 finalizações com pouco mais de 26% de posse de bola.

Jogadores da Alemanha tapam a boca antes da partida contra o Japão em sinal de protesto contra a FIFA


Ainda que o segundo gol esteja muito relacionado a uma falha de Nico Schlotterbeck, que deu todo o campo para Takuma Asano, os problemas da Alemanha vão muito além de um erro individual. A transição defensiva foi péssima no amistoso recente contra Omã e também contra a Hungria na Nations League, para citar dois exemplos. É algo que Hansi Flick não conseguiu corrigir, pagando muito caro mesmo em um dia em que seu time mostrou volume e qualidade no setor ofensivo  – foram 26 finalizações e nove finalizações no alvo, mais do que qualquer outro time em ambos os quesitos nesta Copa até o momento.

Vale destacar também o enorme mérito do Japão em conseguir sair de um primeiro tempo muito adverso, manter a frieza e explorar as fraquezas de uma seleção técnica e fisicamente superior para buscar a virada.

Entre os jogadores alemães, o destaque positivo vai para Jamal Musiala, que, aos 19 anos e em sua estreia em uma Copa do Mundo, se mostrou muito à vontade, fazendo o jogo da Alemanha fluir e quase fazendo um golaço ao enfileirar a defesa rival. Porém, a sua boa atuação acaba ofuscada por uma equipe que viu seus pontos fracos superarem o grande primeiro tempo realizado.

Agora, a seleção quatro vezes campeã do mundo fica em uma situação ainda mais delicada do que encarou em 2018 após ter perdido para o México. Afinal, naquela ocasião, não tinha uma Espanha na segunda rodada. E o retrospecto recente dos germânicos em jogos contra grandes europeus não tem sido nada positivo.

Musiala, da Alemanha, reage durante o jogo contra o Japão na Copa do Mundo do Qatar
Musiala, da Alemanha, reage durante o jogo contra o Japão na Copa do Mundo do Qatar Alex Livesey/Getty Images
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Copa do Mundo: Com problemas defensivos enormes, Alemanha vai da empolgação ao desastre na estreia

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Copa do Mundo: Abertura tem VAR histórico, Equador dominante e capitão recordista

André Donke
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A Copa do Mundo começou! E começou com uma grande atuação equatoriana e frustração dos anfitriões. O Catar foi dominado e derrotado por 2 a 0 pelos sul-americanos, neste domingo, em uma partida com algumas histórias particulares a serem contadas.

Primeiramente, o primeiro gol do Mundial não valeu. A princípio, gerou muita estranheza o tento anulado de Enner Valencia por impedimento, mas a tecnologia semi-automatizada do VAR trabalhou muito bem – e rapidamente – para registrar um fato memorável. Foi o primeiro gol anulado (ou validado) pelo árbitro de vídeo na história dos Mundiais.

Na Rússia em 2018, a primeira Copa desde a introdução do VAR no futebol, houve 19 eventos com a tecnologia, mas nenhuma que envolvesse gol confirmado ou anulado.

Mas não foi só a tecnologia que escreveu um capítulo memorável na Copa. O mesmo pode se dizer de Enner Valencia, que faria outros dois gols - que valeriam - no primeiro tempo. Com isso, o atacante chegou a cinco tentos em Mundiais e se isolou como o maior artilheiro da história do seu país na competição – Agustín Delgado marcou três vezes.

O capitão da equipe, que também é o maior goleador do Equador no geral, ainda é o responsável por quase metade de todos os 12 gols marcados de seu país em suas quatro participações em Mundiais (2002, 2006, 2014 e 2022).

Enner Valencia brilhou pelo Equador na abertura da Copa do Mundo
Enner Valencia brilhou pelo Equador na abertura da Copa do Mundo Getty Images

Aliás, Valencia marcou todos os últimos cinco gols do Equador em Copas. A sequência mais longa de um único jogador marcando por uma mesma seleção é de seis gols e pertence a Eusébio (1966), Paolo Rossi (1982) e OIleg Salenko (1994).

Indo além dos feitos do VAR e do protagonista da estreia do Mundial, o jogo deste domingo no estádio Al Bayt ficou marcado por uma seleção anfitriã dominada. Os cataris até tentaram executar seu plano, com uma ideia de propor jogo, sem buscar se livrar da bola, mas os equatorianos se impuseram fisicamente, colocaram maior intensidade e explicitaram a diferença de nível entre as duas equipes.

Em meio a este cenário, a equipe treinada pelo argentino Gustavo Alfaro controlou as ações, mesmo sem ter tanta posse de bola (52,6%) ou um número tão maior de finalizações (6 a 5). O duelo ainda ficou um pouco mais aberto na etapa final, mas nada que saíssse do controle dos equatorianos.

Não só pelos dois gols, mas por toda a movimentação que apresentou, Enner Valencia foi o nome da partida. Porém, vale destacar o grande papel exercido por Jhegson Méndez no meio de campo, tendo liderado o seu time na partida em recuperações de bola, com sete, além de ter criado duas das quatro chances claras do seu time na partida, com uma participação fundamental no lance do pênalti que abriu o placar.

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Olho neles! Confira lista de jovens que podem decolar de vez na Copa do Mundo

André Donke
André Donke

Das grandes estrelas aos jogadores menos conhecidos, a Copa do Mundo é especial para qualquer um envolvido. Toda a mística e atenção destinada ao torneio é um momento único no futebol, que ainda pode representar uma oportunidade de salto para alguns talentos. O blog lista alguns exemplos de jovens com potencial de ‘mudar de tamanho’ durante o Mundial. 

Jude Bellingham (Inglaterra)

Com apenas 19 anos, o meio-campista já passou dos 100 jogos pelo Borussia Dortmund, time em que virou vice-campeão e ocupa o papel de principal jogador atualmente. Muito influente no campo inteiro, ele tem chamado atenção também nesta temporada por sua capacidade artilheira, somando nove gols e sendo o artilheiro do time na temporada - quem mais se aproxima é Youssoufa Moukoko, com seis.

Pela seleção inglesa, Bellingham estreou no fim de 2020 e totaliza 17 jogos, tendo sido reserva na Eurocopa e titular na Nations League. Assim, o meio-campista do Dortmund aumentou sua importância na seleção em 2022 e, embora já seja um nome consolidado no futebol europeu, uma boa Copa pode impulsionar ainda mais o seu crescimento, ainda mais com seu nome sendo ligado a Liverpool, Chelsea, Manchester United, Manchester City e Real Madrid.

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Ansu Fati (Espanha)

Não foi de graça que o atacante herdou a camisa 10 de Lionel Messi na temporada passada, após ter estreado pelo time principal em 2019-20 registrando 33 jogos, oito gols e uma assistência.  O começo com o 10 às costas em 2020-21 foi bem promissor, com cinco gols e duas assistências em dez jogos, mas uma lesão o tirou do restante da temporada e freou a sua ascensão. Esse, aliás, é o grande motivo para que o atacante de 20 anos chegue ao Mundial com apenas cinco jogos e dois gols pela seleção espanhola. 

Recuperado fisicamente, Ansu Fati esteve em campo em todas as 20 partidas do Barça na temporada. Agora, sua missão é ocupar o espaço na seleção espanhola que as lesões o impediram. E mais do que isso, o atacante oferece uma característica tão importante para a Espanha. Ele tem um bom ‘1 x 1’ que falta a um time que controla tanto territorialmente e muitas vezes peca na definição das jogadas.  

Ansu Fati durante partida da Espanha
Ansu Fati durante partida da Espanha Gonzalo Arroyo Moreno/Getty Images

Aurélien Tchouaméni (França

A temporada 22-23 prometia ser uma de transição e aprendizado ao volante de 22 anos. Apesar do alto investimento do Real Madrid, a ideia era que o volante, tão desejado na última janela, se preparasse para ser o substituto de Casemiro, enquanto na seleção francesa ele seria o candidato a formar a dupla que sucederia Kanté e Pogba. 

No entanto, a ida do brasileiro ao Manchester United e as lesões dos titulares da França acelerou o processo para Tchouaméni, que, com quase 100 partidas no currículo pelo Monaco e apenas 14 pela seleção, se viu com enorme responsabilidade para assumir. O bom início de trajetória em Madri pode ser potencializado com uma boa Copa do Mundo para o volante, que se destaca pela visão de jogo, qualidade no passe, além do poderio defensivo. 

Não havia dúvida que Tchouaméni já era um dos meio-campistas mais promissores do futebol europeu, mas sua transformação em titular de duas camisas enormes do esporte acabou se tornando mais rápida do que o imaginado. 

Cody Gakpo (Holanda

É de certa forma surpreendente que o atacante de 23 anos tenha chegado à Copa do Mundo como jogador do PSV, tendo em vista a enorme atenção que chamou seu futebol recentemente. Com mais de 150 jogos no currículo pelo clube de Eindhoven, ele deu um salto na última temporada, tendo somado 12 gols e 13 assistências em 27 jogos no Campeonato Holandês. Só que em 2022-23 o atacante tem se superado – e muito. São 13 gols e 17 assistências em apenas 24 partidas disputadas em todas as competições.

Os números impressionantes fazem o atacante ser um dos nomes de maior potencial no elenco da Holanda, seleção em que passou a ocupar mais espaço. Após ter sido reserva na Euro, o atleta do PSV atuou em cinco dos seis jogos da Nations, iniciando três deles e fazendo dois gols. 

Com enorme qualidade para a definição das jogadas, Gakpo também se destaca nos duelos individuais por sua habilidade e é um atleta versátil, podendo atuar como ponta ou centroavante. 

Enzo Fernández (Argentina

O volante argentino não tem nem seis meses de Europa e já se adaptou rapidamente ao time do Benfica, sendo titular em 24 das 25 partidas da equipe na temporada – a única que perdeu foi por suspensão. Líder do time em toques na bola (2526, mais de 500 toques a mais do que qualquer outro), terceiro em recuperações de bola (143, ficando dez atrás do líder), quarto em chances criadas (35) e autor de três gols e quatro assistências: as estatísticas mostram como o atleta se tornou muito influente no time de Roger Schmidt, defensiva e ofensivamente. 

Com apenas 21 anos, Enzo é o segundo mais novo do elenco argentino e tem apenas três jogos pela seleção principal (todos saindo do banco), sendo um deles o amistoso contra os Emirados Árabes nesta semana. Apesar disso, ele já tem pedido passagem na seleção e pode ser uma peça importante em um time que perdeu o titular Giovani Lo Celso por lesão.

 Jamal Musiala (Alemanha)

 Em sua terceira temporada atuando regularmente pelo Bayern de Munique, o meia de 19 anos acabou de se tornar o mais jovem da história do clube a completar 100 partidas na era Bundesliga. Cada vez mais importante e jogando mais como titular do que reserva, Musiala registra 12 gols e nove assistências em 21 jogos na temporada pelo Bayern, superando os oito gols e cinco assistências da temporada passada inteira. 

Além do seu talento, o meia central se destaca pela versatilidade, podendo atuar pelos lados ou mais recuado. Porém, a tendência é que ele não fuja da sua posição de origem na Copa pela Alemanha, seleção na qual soma 17 jogos – 12 deles foram sob o comando de Hansi Flick (seis como titular).  Até porque há certa dúvida sobre a condição física de Thomas Müller, que não joga uma partida inteira desde o fim de setembro.

O talento e a precocidade de Musiala são ainda evidenciados pelo fato de ele ter se tornado na última Eurocopano jogador mais novo da história da seleção germânica a ter participado de um grande torneio. Além disso, ele ainda possui o posto de segundo mais jovem a ter marcado pela Mannschaft. 

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De Arsenal líder ao Benfica invicto: 5 grandes histórias do futebol europeu para o pós-Copa

André Donke
André Donke

O futebol de clubes dá passagem para a Copa do Mundo a partir desta semana, mas antes de voltar as atenções para o torneio no Catar, o blog listou cinco grandes histórias que se desenharam nesta primeira parte da temporada.

O encantador Arsenal

O Arsenal é uma das grandes surpresas em 2022-23. Com 12 vitórias e apenas uma derrota nas primeiras 14 partidas da Premier League, os Gunners lideram com cinco pontos de vantagem e vão ao Natal no topo da classificação – dez dos últimos 13 times que chegaram em primeiro em 25 de dezembro acabaram ficando com o título.

O time de Mikel Arteta tem demonstrando um futebol envolvente, com belas construções coletivas e sendo equilibrado (é a melhor defesa e o segundo melhor ataque), além de deixar para trás a fama de não vencer jogos grandes, tendo superado Chelsea, Tottenham e Liverpool até o momento.

A equipe londrina, vale lembrar, não é campeã da Premier League desde 2003-04 e não joga a Champions desde 2016-17, após terem sido vice-campeões nacionais em 2015-16.

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Napoli disparado na ponta

Ao lado do Arsenal, o Napoli apresentou o futebol mais encantador da Europa em 2022-23 até o momento. O time atropelou Liverpool e Ajax, foi líder no seu grupo da Champions League e tem oito pontos de vantagem no topo da Série A. São 57 gols marcados em 21 jogos, tendo o melhor ataque em ambas as competições.

O grande desempenho, mesmo quando teve de lidar com desfalques, faz o torcedor sonhar com o terceiro Scudetto - os dois únicos vieram nos tempos de Diego Armando Maradona, em 1986–87 e 1989–90. Além disso, há a expectativa de conseguir sua primeira ida às quartas de final da Champions na história, tendo que passar pelo Eintracht Frankfurt para alcançar tal objetivo.

Individualmente, o reforço georgiano Khvicha Kvaratskhelia tem sido uma das sensações da temporada. O atacante de 21 anos tem oito gols e oito assistências em 17 jogos disputados.

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Os gols de Haaland pelo Manchester City

O início de Erling Haaland no Manchester City tem sido avassalador. Com 18 gols em 13 jogos disputados, o norueguês tem mais bolas nas redes do que sete times nesta edição da Premier League, incluindo o Chelsea. Além disso, já igualou o mesmo número dos artilheiros das edições de 1997-98 e 1998-99 no campeonato.

Muito provavelmente, o centroavante será o artilheiro da Premier League, agora resta saber com quantos gols, e se será o suficiente para quebrar o recorde de mais gols em uma única edição, marca que pertence a Andy Cole e Alan Shearer, que fizeram 34 em 1993-94 e 1994-95, respectivamente.

Além disso, há a expectativa para ver com quantos gols Haaland terminará em todas as competições na temporada. Atualmente, são 23 tentos em 18 partidas.

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Freiburg, a sensação alemã

Depois de ter conseguido uma final inédita na Copa da Alemanha passada e igualar sua segunda melhor campanha na história na Bundesliga, o Freiburg volta a brilhar em 2022-23 e sonha com seu melhor desempenho na história da competição, que foi o terceiro lugar em 1994-95. Atualmente, o time da Floresta Negra está na vice-liderança e ainda se garantiu nas oitavas de final da Europa League ao vencer o grupo com Nantes, Karabakh e Olympiacos, tendo vencido os quatro primeiros jogos.

Sem o poderio financeiro de outros concorrentes no cenário nacional, o Freiburg aposta na continuidade do trabalho com Cristian Streich, que está há 11 anos como técnico do time. Além disso, o clube vive um momento especial por ter estreado recentemente seu novo estádio, que é uma referência em sustentabilidade.

Benfica: o sucesso do trabalho de Roger Schmidt

O Benfica passou em branco no Campeonato Português nas últimas três temporadas, um jejum que não acontecia desde o tricampeonato do Porto entre 2011 e 2013, mas em 2022-23 tem mostrado um futebol envolvente e convincente. O time de Roger Schmidt, que assumiu o comando nesta campanha, faz a pausa para a Copa do Mundo com oito pontos de vantagem após 13 rodadas, já tendo inclusive vencido o Porto em pleno Estádio do Dragão, e com a melhor defesa (sete gols sofridos) e o melhor ataque (37 gols marcados).

O sucesso dos Encarnados, aliás, se estende ao continente, uma vez que passaram por um grupo difícil da Champions na liderança, deixando o PSG em segundo, após dois empates com os franceses, e despachando a Juventus com duas vitórias. Favorito no confronto com o Brugge nas oitavas, o time tem tudo para, pelo menos, repetir as quartas de final da temporada passada.

Nos 25 jogos disputados em todas as competições até o momento, são 21 vitórias e quatro empates. Entre os integrantes das sete principais ligas da Europa, somente Benfica e PSG não perderam jogos oficiais até o momento.

Além disso, considerando apenas o desempenho nas sete ligas, o Benfica tem a terceira maior posse de bola (66%), a segunda defesa menos vazada (dois gols sofridos a mais do que o Barcelona) e o sexto melhor ataque.

Gonçalo Ramos comemora gol do Benfica
Gonçalo Ramos comemora gol do Benfica Getty Images

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Marco Reus é a ausência mais doída da Copa do Mundo de 2022

André Donke
André Donke

Estava esperando a lista de Senegal sair para escrever este texto, para saber se Sadio Mané também ganharia um espaço no título, mas felizmente não é o caso.

Marco Reus possivelmente não seria titular da Alemanha, que não está entre as candidatas ao título da Copa do Mundo. Paul Pogba, por exemplo, é uma ausência técnica para a França maior do que o alemão é para sua seleção, mas o ponto desta postagem não é este.

O meia-atacante de 31 anos fica de fora de um grande torneio pela quarta vez na carreira, sendo que apresentou futebol para estar em todas eles, já que se trata de um dos melhores jogadores desta geração do país.

Após ter sido reserva na campanha de semifinal da Euro de 2012, Reus provavelmente teria um papel importante na Alemanha campeã mundial de 2014, mas uma lesão em amistoso contra a Armênia, a dez dias da estreia da seleção no Brasil, acabou com o seu sonho. Ele vinha da temporada mais goleadora da sua carreira, com 23 gols em 44 jogos, sem contar as 15 assistências que distribuiu.

Já em 2015-16, Reus igualaria sua temporada artilheira com 23 gols e voltaria a ficar de fora de um grande torneio por um problema físico mesmo após ter jogado a campanha até o fim. Com requinte de crueldade, a lista para a Eurocopa foi anunciada em 31 de maio, dia em que completou 27 anos de idade.

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Já em 2017-18, Reus recuperava-se de rompimento de ligamento do joelho e, por isso, perdeu o primeiro turno inteiro da Bundesliga, assim como a fase de grupos da Champions League e sequer atuou na Copa da Alemanha. Porém, ele voltou a campo na segunda metade da temporada, fechou o campeonato com sete gols em 11 jogos e jogaria todos os minutos da Copa na Rússia.

Enfim, o meia-atacante chegava bem fisicamente para uma grande competição de seleções, mas pegou a equipe que mais esteve abaixo coletivamente. Ele até foi fundamental para que os germânicos tivessem um momento de ilusão quando fez gol e deu assistência na dramática vitória de virada sobre a Suécia por 2 a 1, mas não conseguiu impedir a eliminação na fase de grupos, que representou a pior campanha da história do país quatro vezes campeão mundial e que defendia o título.

Depois de tantas lesões e uma frustração tão grande no torneio que finalmente pôde disputar com a Alemanha, Reus ainda se reinventou e passou a exercer a função de um jogador mais criador por dentro. Foi um sucesso. Ele anotou 17 gols e nove assistências na Bundesliga 18-19, apenas um gol e uma assistência a menos do que havia registrado em 2011-12, ocasião em que atuava no Borussia Mönchengladbach e foi eleito o melhor jogador da competição.

A coisa parecia decolar de vez, mas Reus perderia a segunda metade da Bundesliga 2019-20 por lesão. A situação deu uma reviravolta em 2020-21, tendo estado em campo em 49 dos 51 jogos do Borussia Dortmund e conquistando a Copa da Alemanha, a sua maior glória na carreira.

No entanto, ele chegou à decisão junto a Joachim Löw de que era melhor não disputar a Eurocopa para dar um tempo de recuperação ao seu corpo. A ideia deu muito certo, com ele sendo titular em 40 dos 46 jogos do Dortmund na temporada 2021-22, registrando 12 assistências na Bundesliga (sua segunda melhor marca pessoal, ficando atrás apenas das 13 de 2013-14).

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O atleta de 33 anos seria titular nos dez primeiros jogos da atual temporada, mas uma lesão no tornozelo no clássico contra o Schalke 04 em 17 de setembro gerou um enorme susto na hora. O boletim médico divulgado posteriormente dava conta de que ele voltaria a tempo da Copa. O camisa 11 retornou a campo um mês depois, mas voltou a sentir problema físico, o que se repetiu diante do Bochum no último fim de semana, acabando de fora da lista final de Hansi Flick.

Marco Reus é um dos melhores jogadores desta geração de seu país, e o fez sem ter os títulos amontoados pelo Bayern de Munique na última década. Aliás, o meia-atacante tem apenas duas Copas da Alemanha no currículo, algo que não condiz com seu talento, mas reforça o amor que tem à camisa aurinegra que veste. As taças poderiam ter vindo com a seleção, mas as lesões não deixaram.

Tal cenário talvez faça que futuramente se cometa a injustiça de verem nele um jogador menor do que foi.

Marco Reus sente lesão durante partida do Borussia Dortmund
Marco Reus sente lesão durante partida do Borussia Dortmund Getty Images
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Adversário do Brasil na Copa, Choupo-Moting vira titular no Bayern e vive temporada da vida

André Donke
André Donke

Eric Maxim Choupo-Moting é uma das notícias positivas mais surpreendentes da temporada. Em seu terceiro ano no Bayern de Munique, o atacante sempre foi reserva, sendo que sua titularidade sequer foi cotada em qualquer momento. No entanto, hoje é difícil argumentar de que se deva colocá-lo de volta no banco de reservas.

O camaronês marcou duas vezes no triunfo dos bávaros sobre o Hertha por 3 a 2 em Berlim e chegou a nove gols nos últimos sete jogos, sendo titular em todos e marcando em cada um deles. Ao todo, são dez gols e três assistências em 14 jogos na temporada, e ele só não é o artilheiro porque Jamal Musiala e Sadio Mané marcaram 11 vezes cada.

Com passagens por PSG, Hamburgo, Schalke 04, Stoke City e Mainz 05, Choupo-Moting alternou entre a posição de centroavante com atacante de lado e nunca teve uma carreira de grande destaque, mesmo quando atuou em times de menor expressão. Não à toa, sua temporada mais artilheira na vida foi a de 2013-14, quando fez 11 gols em 34 partidas disputadas pelo Mainz.

Eric Maxim Choupo-Moting celebra vitória do Bayern contra o Hertha
Eric Maxim Choupo-Moting celebra vitória do Bayern contra o Hertha S. Mellar/FC Bayern via Getty Images

Agora, com pouco mais de três meses de temporada, o atacante já está a um gol de igualar sua melhor marca pessoal, e jogando em um dos maiores times do mundo, que busca uma solução para o lugar de ninguém menos do que Robert Lewandowski.

 Aliás, o camaronês tem exercido de fato a função de centroavante – nove dos seus dez gols foram marcados dentro da área, e os números poderiam ser ainda melhores. O atleta de 33 anos sofreu com lesão no começo da temporada e não atuou nos cinco primeiros jogos da Bundesliga, na Supercopa da Alemanha e ficou o tempo todo no banco nas duas primeiras rodadas da Champions.

Choupo-Moting foi peça importante para que o Bayern terminasse com um desempenho perfeito no 'grupo da morte' da Champions, tem sido fundamental na campanha de recuperação na Bundesliga (os bávaros dormem neste sábado na liderança) e, assim, é um dos jogadores que disputarão a Copa do Mundo que apresentou maior evolução nos meses que antecedem o torneio. Isso, porém, não muda o fato de Camarões correr por fora no grupo de Brasil, Suíça e Sérvia.

Nascido em Hamburgo e com nacionalidade camaronesa, o jogador do Bayern vai para sua terceira Copa na carreira, tendo sido titular em 2010 e 2014, com um total de cinco jogos e nenhum gol marcado. Agora embalado pela fase que vive, Choupo-Moting tem bons motivos para acreditar que finalmente balançará a rede em um Mundial.

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Sombra de Hazard na Bélgica, Trossard é o vice-artilheiro da Premier League em duelos 'Big 6'

André Donke
André Donke

Leandro Trossard é um dos destaques desta edição da Premier League. O atacante de 27 anos tem sido fundamental na campanha do Brighton, que dorme neste sábado na sétima colocação da Premier League após ter ter feito 4 a 1 diante do Chelsea.

O belga abriu o placar da partida e chegou ao seu sétimo gol na competição e está a um de igualar o que fez na edição passada inteira, a sua temporada mais goleadora desde que chegou à liga em 2019-20.

O curioso é que cinco dos sete gols marcados por Trossard na Premier League foram diante de adversários do Big 6 – ele anotou um hat-trick no 3 a 3 com o Liverpool em Anfield e também balançou a rede na rodada passada, quando Brighton perdeu do Manchester City por 3 a 1.

Leandro Trossard comemora gol sobre o Chelsea
Leandro Trossard comemora gol sobre o Chelsea Bryn Lennon/Getty Images

Desde que ele chegou no campeonato, são 13 gols marcados em jogos contra Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United ou Tottenham, ficando empatado na vice-liderança no quesito ao lado de Son Heung-min e Harry Kane. O trio fica atrás apenas de Mohamed Salah, que marcou 21 gols.

Versátil, Trossard pode atuar aberto pelo lado esquerdo, como meia ou como centroavante, função que desempenhou neste sábado diante do Chelsea, e chega como uma peça interessante para a Bélgica na Copa do Mundo. Aliás, na seleção, ele tem sido reserva constantemente utilizado – atuou nos seis jogos da Nations League passada, sendo um apenas como titular, e fez dois gols.

Com a bola que tem jogado, o atacante pede passagem em uma seleção que, por exemplo, vê Eden Hazard limitado a 229 minutos na temporada. O jogador do Real Madrid atuou em somente seis dos 17 jogos do clube na temporada, tendo iniciado dois confrontos. Na Bélgica, porém, ele foi titular cinco vezes na Nations, com nenhum gol marcado e uma assistência dada.

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Ribéry foi um dos grandes de sua geração e teve menos reconhecimento do que merecia

André Donke
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Chegou ao fim a carreira de um dos melhores pontas de sua geração. Franck Ribéry, aos 39 anos, anunciou nesta sexta-feira a aposentadoria, algo que já vinha sendo noticiado nos últimos dias.

Nove títulos da Bundesliga, seis da Copa da Alemanha, uma Uefa Champions League e um vice da Copa do Mundo de 2006 estão entre os grandes feitos de um jogador que se aproximou da Bola de Ouro em 2013 – ele ficou no terceiro lugar, atrás de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.

Aliás, o menor reconhecimento dado a Ribéry do que ele merecia, como apontado no título deste texto, se dá muito pelo fato de ter sido contemporâneo do português e do argentino. O francês, simplesmente, foi uma das grandes estrelas da maior hegemonia já vista na história do futebol alemão.

Dos dez campeonatos em sequência que o Bayern venceu, o francês esteve em sete (de 2012-13 até 2018-19), somando 144 jogos, 43 gols e 44 assistências neste intervalo.

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Outro aspecto que ajudou a diminuir o peso individual de Ribéry foi o fato de ele sempre (ou quase sempre) estar associado a Arjen Robben. A dupla ‘Robbery’ foi uma marca registrada neste século no futebol europeu.

O auge de Ribéry se deu no ápice da rivalidade de Cristiano Ronaldo e Messi, e o francês ainda dividiu o protagonismo em um Bayern do mais alto nível com diferentes jogadores, sobretudo com Robben, alguém que praticamente se fundiu com ele.

Vice-campeão mundial em 2006 com a França, Ribéry ainda era uma promessa naquele momento, mas foi determinante na campanha, inclusive fazendo um gol que deu início à virada sobre a Espanha nas oitavas de final.

O ponta se aposenta com duas Copas do Mundo e duas Eurocopas como titular no currículo. Ainda que o único grande desempenho coletivo na seleção tenha sido a medalha de prata no Mundial da Alemanha, foram 81 partidas pelo país, sendo o 21º que mais vezes atuou pela França. Porém, ele é inegavelmente uma lenda do Bayern, construindo sua história em um dos dois períodos mais gloriosos da história do gigante alemão.

Individualmente, Ribéry não teve tanto reconhecimento devido ao contexto, mas ele se aposenta como um dos grandes de sua posição nesta geração e como um dos melhores jogadores franceses após Zinedine Zidane.

Franck Ribéry ganhou nove vezes a Bundesliga pelo Bayern
Franck Ribéry ganhou nove vezes a Bundesliga pelo Bayern Getty

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