O Flamengo de Renato é fu...ego
Nos últimos dias, cansei de ver, ouvir e ler polêmicas construídas em torno de Jorge Jesus e Renato Gaúcho. O treinador português disse alguma coisa, em entrevista qualquer, que foi tomada como uma cutucada no brasileiro e como enésima tentativa de mostrar que o trabalho dele no Flamengo é incomparável.
Não entrei nessa onda, nem entro. Digo só o seguinte: Jesus esteve pouco tempo por aqui, e na passagem relâmpago pela Gávea fez trabalho formidável. Merecidamente elogiado, reconhecido e incensado. Ganhou taças, prestígio e reabriu o mercado para ele em Portugal. Foi embora porque quis, seduzido por proposta do Benfica. Deixou saudades e ponto. A terrinha é linda e formosa.
Agora, o papo é outro. Hora de virar o disco. (Ops, essa é imagem antiga.)
O Flamengo está sob direção de Renato Portaluppi, conhecido no mundo da bola como Renato Gaúcho. A largada é estonteante, com desempenho acima da média dos concorrentes e com goleadas de encher os olhos. Mesmo que, em algumas situações, tenha certa dificuldade para desgarrar-se da marcação dos rivais.
Gabigol faz hat-trick, Andreas Pereira marca seu 1º e Flamengo goleia Santos; veja
Mas, já que usou uma imagem surrada lá em cima, recorro a outra, do mesmo quilate: o jogo tem 90 (e tantos) minutos, tempo suficiente para se construir o placar.
Se o Flamengo vai ganhar títulos sob o comando de Renato, não sei, ninguém sabe, porque os campeonatos estão em andamento. O que se sabe é que cresce, em qualidade e confiança, o que não ocorria com Domenec e nem com Rogério Ceni, os dois substitutos imediatos após a era Jesus.
Neste momento, o Flamengo voltou a ser time confiável e competitivo, diria até mais solto do que nos tempos do “mister”. A base é aquela formada em 2019, sem dúvida - e aí está mérito que não se nega ao técnico português. Mas Renato, em pouco tempo, devolveu a autoestima que andava em baixa, resgatou reservas esquecidos, apaziguou ambiente. Se não criou (com o que discordo), no mínimo não estorva.
A prova mais recente de que até o momento o Flamengo funciona sob a batuta de Renato veio no início da noite deste sábado (28), com os 4 a 0 sobre o Santos e a subida na tabela da Série A. No primeiro tempo, os santistas dificultaram bem, dentro de suas limitações e ausência de grandes nomes.
No segundo, porém, sucumbiram a seus erros e à qualidade do Flamengo. A portaria foi aberta com pênalti cobrado por Gabigol aos 6 minutos. Ele se encarregou de aumentar aos 25 e 34. O estreante Andreas Pereira entrou aos 37 e fechou a conta aos 38. E um dos melhores em campo foi João Paulo, goleiro do Santos, que evitou surra memorável, com um punhado de defesas difíceis.
Resumo desta conversa: que Jesus brilhe no Benfica, agora na Champions League. E que o foco fique no Flamengo divertido (para seus torcedores) e tormentoso (para os outros) de Renato Gaúcho. A equipe voltou a ser máquina de gols. Como a gente dizia no Bom Retiro, meu bairro querido: “Esse time é fu...ego!”
O Flamengo de Renato é fu...ego
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