Dúvida cruel: onde é o fundo do poço do Corinthians?
A constatação é óbvia e redundante: quando a fase é desastrosa, tudo dá errado, mesmo que se faça a coisa certa. O Corinthians teve sua melhor apresentação desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo, após a brevíssima aventura com Cuca. Pressionou o Flamengo, não teve medo da força do adversário nem da torcida rubro-negra, no Maracanã. Criou oportunidades para marcar e acabar com a fase ruim que dura várias semanas.
Mas… aos 48 minutos do segundo tempo uma cabeçada de Léo Pereira colocou tudo a perder: 1 a 0, nova derrota e a permanência na zona de rebaixamento. É para derrubar a esperança do mais otimista torcedor. E colocar na cabeça da maioria a pergunta perturbadora: onde é o fim do poço nessa saga de desgraças?
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Luxemburgo manteve a estrutura do time que no meio da semana perdeu para o Atlético-MG, no clássico de ida das oitavas da Copa do Brasil. A defesa não sofreu muita alteração, embora Fagner tenha entrado apenas no segundo tempo. Mas jogou o suficiente para não dar espaço para Gabigol e Pedro, que mais uma vez não brilharam, como não apareceram os jogadores do meio-campo do Fla. Arrascaeta foi baixa de última hora, e Victor Hugo, o substituto, foi apenas discreto.
O poucos, porém melhores momentos do primeiro tempo, surgiram por iniciativa alvinegra, que foi para o intervalo no mínimo com a sensação de que não perderia. O que, na atual circunstância, não seria decepcionante. O ritmo não se alterou na segunda parte, com Adson, Roger Guedes e Yuri Alberto a assustar Santos.
O Flamengo em fase de recuperação irritou a torcida, diante da dificuldade que encontrou num rival em busca de rumo. No final, quando se ouviam ensaios de protestos e vaias, veio o gol salvador para um lado e desolador para outro.
Vitórias e derrotas alteram humores e projeções, mesmo que nem sempre sejam reprodução da realidade. O Flamengo prossegue a caminhada rumo ao bloco principal e topo da classificação, o que lhe dá ânimo nos desafios na Libertadores e na Copa do Brasil.
O Corinthians fica sem saber como encarar o futuro imediato, com jogos decisivos contra Argentinos Juniors, Fluminense e Atlético-MG. Embora, neste domingo (21), não tenha sido um vexame em campo. Mas, por causa do conjunto de problemas, há risco risco palpável de terminar Maio com duas eliminações e uma permanência incômoda na zona da “confujão”, como define Luxemburgo a rabeira da classificação da Série A.
Dias incertos continuam a rondar o Parque São Jorge.
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