Que inveja: queria ter visto a virada do Palmeiras no campo
Não sei se acontece com você, mas comigo muitas vezes bate inveja de ver um colega no estádio. “Queria estar lá”, imagino, enquanto acompanho o jogo pela tevê ou pelo estúdio. Porque, meu amigo, tem partida que é preciso acompanhar ao vivo, no local, para sentir a pulsação dos jogadores, da torcida, dos sorveteiros e baleiros.
Pois deve ter sido incrível ver a transformação que ocorreu do primeiro para o segundo tempo do duelo que o Palmeiras teve com o Barcelona-EQU, na noite desta quarta-feira (70), no Allianz, pela quinta rodada da CONMEBOL Libertadores. No primeiro tempo, aquele susto, com os 2 a 0 do time equatoriano. Depois, a virada e a vitória por 4 a 2, sem contestação, sem arestas, com o carimbo da vaga para as oitavas.
O Palmeiras foi, em essência, o mesmo de sempre - até na escalação previsível, com os titulares disponíveis no momento. Abel Ferreira não abriu mão de ninguém, e não importa se no fim de semana tem clássico com o São Paulo, no Morumbi, pelo Brasileirão. O desafio era liquidar a questão no torneio sul-americano. Para tanto, era mandar a linha de frente para a arena.
O adversário não era grande coisa, mas surpreendeu com postura menos defensiva. Pouca coisa, porém suficiente para pregar duas peças, com os gols de Polaco, aos 33 e aos 38 minutos. Epa, algo para ficar ligado. A invencibilidade em casa era longa, o empate servia, até a derrota não atrapalhava tanto. Só ficava chato, em véspera de feriado, com os fãs dispostos a divertir-se.
A diversão veio na segunda parte. Abel voltou com Flaco Lopez no lugar de Menino, além de confiar no trio dos baixinhos Arthur, Rony e Dudu. Quem colocou a equipe na briga, porém, foi el Capitán Gomez, com mais um de seus gols de zagueiro-artilheiro. Logo com um minuto, que era para assustar o Barcelona.
Objetivo alcançado, daí em diante ressurgiu o Palmeiras frio, calculista, indiferente que o tem caracterizado num período virtuoso. O empate apareceu com Piquerez, aos 13. Depois, Arthur virou aos 25. Até Endrick, que andava escanteado no banco de reservas, deu o ar da graça. Entrou lá pelos 40 e, na primeira bola que lhe sobrou, mandou para fazer o quarto e definitivo.
O Palmeiras diz presente, outra vez, na corrida pelo título. Vai chegar? É outro papo. Só sei que este jogo eu queria ter visto lá dentro. Vida de cronista tem seus percalços: a maioria dos grandes encontros só vemos pela telinha fria e digital da tevê.
Que inveja: queria ter visto a virada do Palmeiras no campo
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