Palmeiras ganha a Copinha, quebra brincadeira e revela mais talentos
O Palmeiras finalmente ganhou a Copinha e, com isso, interrompe parte de uma zoeira já clássica por parte dos rivais. Os 4 a 0 sobre o Santos, na manhã desta terça-feira, feriado municipal (25/1), foram incontestáveis. O público que foi ao Allianz Parque viu uma exibição impecável da meninada verde. O placar só não foi mais impiedoso porque o goleiro santista salvou várias situações de perigo.
Muito bem, a parte da musiquinha que falava em “não tem Copinha” foi para o espaço. Sei, sei, tem a outra metade, aquela do “não tem Mundial”. Esta pode cair logo mais, antes da metade de fevereiro. Missão difícil, difícil pra caramba, para Abel Ferreira e seus valorosos pupilos, mas não impossível. É papo para depois…
Mais do que o troféu levantado pelos meninos palestrinos, a Copinha significa a consagração de um trabalho sério. O Palmeiras tem histórico de desprezar as categorias de base. Trata-se de um dos clubes mais importantes do Brasil que ignora a formação de talentos. Sempre preferiu ir ao mercado do que fazer em casa.
Epa, calma lá! Estou ainda usando verbos no tempo presente?! Não é mais assim. Ao menos há seis, sete anos, essa mentalidade mudou. O Palmeiras indiferente à garotada é coisa do passado. A agremiação que via nos juvenis uma fonte de despesa, agora despertou para a realidade e constatou a obviedade de que o setor é fonte de alegria, conquistas e também rendimento. Vale sob todos os aspectos. A mudança veio, claro, na gestão Paulo Nobre…
Apostar no garimpo e na lapidação de talentos é caminho para quem pretende, no mínimo, encontrar alternativas boas e caseiras para compor elencos. Não há quem tenha se arrependido dessa escolha. O próprio Palmeiras se beneficia. Não me lembro de ter visto tantos jovens serem aproveitados ao mesmo tempo no time de cima como recentemente. E olha que acompanho os verdes desde os anos 60…
Luxemburgo e sobretudo Abel Ferreira recorreram a pratas da casa em desafios decisivos nas duas últimas temporadas. Vinicius, Patrick de Paula, Gabriel Menino, Veron, Danilo, Wesley, Renan e outros que esqueci são realidade - e colheita boa do que o Palmeiras plantou. Ajudaram a levantar taças e, com o tempo, podem até render dinheiro razoável, se forem negociados. E o clube nem tem necessidade de vender ninguém, ao contrário de outros badalados…
O olhar profissional para a base é recompensado também com taças. Reportagem publicada aqui no site, em dezembro, falava em 100 títulos, nos últimos cinco anos, somando-se todas as categorias, amadoras e profissional. Fora as ocasiões em que chegou à final ou às fases decisivas. Agora, com a Copinha são 101! É muito troféu, é muito reconhecimento pelo esforço para descobrir talentos. É o correto, assim o clube se abastece em casa e tem sobra pra vender.
A geração que se viu na Copinha só confirma o rumo certo do Palmeiras. Tem muito rapazinho com perspectivas promissoras. Endrick é o símbolo da turma vitoriosa, mas não o único. Dá para colocar na conta Gabriel Silva (já utilizado no profissional), Giovani, Vanderlan, Jhonatan, Fabinho. Nem todos vingarão, o que é comum no futebol. Mas dão alento ao torcedor, porque são prova de que o celeiro tem muita qualidade para abastecer o mercado verde.
Palmeiras ganha a Copinha, quebra brincadeira e revela mais talentos
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