Rogério Ceni vai ter trabalho puxado para aprumar o São Paulo
Quem me acompanha por aqui e principalmente na televisão sabe que, em todo começo de temporada, costumo ser bem tolerante com todos os times. Não dá para exigir perfeição em duas ou três partidas, da mesma forma que não é possível cravar que uma equipe vai roubar a cena por causa de vitórias iniciais. Por sensatez, coloco como prazo uns 10, 12 jogos, ou um mês e meio a dois.
Feita a ressalva, já que tem muita gente que não sabe dessa postura minha, posso ao menos constatar algo óbvio: Rogério Ceni vai suar um bocado para ter um São Paulo forte, competitivo e confiável em 2022. Não sei o que o amigo tricolor achou, mas não me empolguei com o que vi diante do Guarani, na noite desta quinta-feira (27/1). E não foi pela derrota por 2 a 1, no Brinco de Ouro. O placar é detalhe, como diria o filósofo; a questão foi o desempenho. Aí é que está o nó da questão.
O São Paulo versão atualizada, com caras novas e com velhos conhecidos também, foi mais do mesmo que se viu na temporada anterior. Contra um Bugre bem fechadinho, esperto na marcação e mais ágil ainda quando teve chances, a rapaziada de Ceni tocou muito a bola e chutou pouco a gol. Raros os momentos de perigo para o goleiro Kolzinski. Para ser competitivo, o Tricolor terá de ralar demais.
Rogério montou defesa com quatro, como havia sugerido, e abandona a opção por três na zaga, mesmo que temporariamente. Rafinha teve menos liberdade para atacar, ao contrário de Reinaldo, que há muito é opção pelo lado esquerdo. No meio, Alisson começou preso, mas se soltou e teve estreia ok. Nikão não brilhou e foi substituído. Patrick entrou no segundo tempo e encorpou mais o meio. Outro com atuação apagada foi Gabriel Neves.
Como o meio foi pouco criativo, por extensão a dupla de ataque Rigoni e Calleri ficou abandonada por grande parte do jogo. Num dos raros lances em que a bola chegou para Calleri, ele mandou para o gol: de cabeça fez 2 a 1. Éder também teve alguns minutos, na parte final, e tentou cavar espaço pelo lado direito.
Não fosse pelo VAR, o São Paulo talvez até conseguisse empate, pois o juiz deu pênalti, correto, sofrido por Alisson, mas o árbitro de vídeo apontou impedimento, também correto, na origem da jogada. Decisão acertada. Acertados, e lindos, foram os gols de Lucão no primeiro tempo e Diogo Mateus, de falta, no segundo.
Cedo para pintar qualquer cenário definitivo sobre Rogério e seus rapazes. Mas, compreensão à parte, continuarei firme na promessa de ser vigilante com o São Paulo. Sem corneta, mas tampouco sem aquela demora pra despertar a apontar erros, à espera de que, em algum momento, o time engrene.
Rogério Ceni vai ter trabalho puxado para aprumar o São Paulo
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.