Roger Guedes lava a alma, marca três gols e mostra que é não é só opção para o Corinthians
Jogador de futebol vive numa gangorra constante, ainda mais se for atacante. Num momento, está em baixa; no seguinte, sobe e vira centro de atenções. Depois, volta a cair - e assim por diante. Taí o Roger Guedes que não me deixa mentir. No ano passado, chegou ao Corinthians cheio de moral, vestiu a inusitada camisa 123, fez uns gols e assumiu a condição de estrela. Com a contratação de Vítor Pereira, perdeu espaço e nas últimas partidas virou opção de banco.
Mas eis que, neste sábado de Aleluia, ele retomou a condição de ator principal. Como um dos muitos reservas escalados para pegar o Avaí, tratou de deixar fortes impressões digitais na partida, e exagerou: marcou os gols da vitória por 3 a 0. Além dos merecidos aplausos do público que esteve em peso em Itaquera mostrou para o treinador português que pode ser muito mais do que apenas alternativa.
Mais do que isso: conversou com Vitor Pereira e lhe disse que gostaria de atuar mais solto, vindo de atrás, de preferência pelos lados (se possível, o esquerdo). Alegou que assim rende melhor. Provou, na prática, que não era manha ou marra. Nas vezes em que pegou na bola, levou pânico para a defesa do Avaí e garantiu outros três pontos, com os gols aos 8 e aos 24 minutos do primeiro tempo e aos 9 do segundo. Fora algumas tentativas em jogadas individuais.
Se o técnico vai impressionar-se com a atuação de Roger Guedes, é outra história. Para o chefe do grupo, o importante foi constatar que aumenta o leque de escolhas nos desafios para o Brasileiro, a Libertadores e a Copa do Brasil. Como o clube está disposto a atacar todas as frentes, a hora é de testar quem está em condições de atender ao chamado. Roger Guedes, pelo visto, deu o recado muito bem dado.
O atacante foi o destaque do jogo, claro. Porém, merece menção honrosa Cássio. O goleiro foi firme em pelo menos três bons lances do rival catarinense e mostrou ter superado o trauma dos xingamentos e ameaças sofridos dias atrás. Recobrou o equilíbrio, arrancou aplausos e segue como um dos pilares do elenco. Interessante, também, a decisão de Pereira de colocar Willian em campo, já com a vitória assegurada. Ele atuou por mais de meia hora e parece recuperar ritmo e forma.
O Corinthians repetiu, diante do Avaí, a fórmula usada no clássico com o Botafogo. Foi intenso no começo, abriu vantagem em pouco tempo, dobrou a conta, acuou o adversário e depois tratou de controlar o ritmo. Aos poucos, se firma o estilo que o português prometeu: uma equipe que se impõe, em vez de esperar que o outro lado tome iniciativa.
Se será assim sempre, só a trajetória nos campeonatos dirá. Que a maré é boa e ajuda a acalmar o ambiente, é mais do que óbvio. Momento adequado, portanto, para fazer novas observações, rodar a tropa e moldar a “cara” corintiana para 2022.
Roger Guedes lava a alma, marca três gols e mostra que é não é só opção para o Corinthians
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