Atlético Mineiro precisa parar, respirar e retomar o fôlego perdido
O amigo torcedor do Atlético deve estar aborrecido - e com razão. O campeão mineiro, brasileiro, da Copa do Brasil e da Supercopa nacional não anda vingador e determinado como sempre. O elenco é praticamente o mesmo que encantou o País em 2021, mas ultimamente resultados e desempenho têm deixado a desejar. Acumulou alguns empates em duas frentes e agora, para piorar, perdeu o clássico para o América-MG por 2 a 1, neste sábado (7/5), pela quinta rodada da Série A.
Concordo que a oscilação seja motivo de preocupação. E, como sempre ocorre nessas circunstâncias, já começaram as comparações entre Cuca e Turco Mohammed. As cornetas alardeiam que, antes, o time era mais envolvente. Não vou contestar esse sentimento do torcedor, ainda mais que o retrospecto na largada em busca de outro título brasileiro conta com dois empates, duas vitórias e uma derrota.
Mas, tentemos usar raciocínio e manter sangue frio, ao menos por um tempo. O Atlético-MG vem numa sequência forte de compromissos em diversas frentes. Eu sei, eu sei, outros adversários de peso também passam por fase intensa e talvez não oscilem tanto. O que não chega a ser uma verdade irrefutável. Flamengo e Palmeiras, por exemplo, não têm uma arrancada empolgante no Brasileiro. Ou seja: todo mundo enfrenta uns perrengues com o calendário apertado.
O Atlético preocupa porque vem de uma série de jogos sem brilho, como nos empates com Goiás, Coritiba, com o próprio América e com o Independiente del Valle. Embora tenha elenco de primeira linha, para os nossos padrões, não mostra equilíbrio entre os setores. A defesa, um dos pontos altos na temporada passada, tem falhado, fora o fato de ficar exposta, por falhas no meio do campo. São dois setores que merecem olhar atento do treinador - e há tempo para isso. A turbulência ocorre em início de competições, com espaço para correções de rumo.
Essas deficiências deram as caras no duelo desta tarde, no Independência. O primeiro gol, de Maidana, aos 6 minutos, veio de pênalti bobo cometido em reposição errada de bola. O segundo, o do desempate (Cáceres aos 35 da etapa final), só foi possível porque o Galo, àquela altura, estava muito aberto, em busca da virada. (Nacho Fernandez havia empatado aos 24).
Ok, se o placar ficasse nos 2 a 2, ou em 1 a 1, não seria injusto. O Atlético criou chances para marcar, e parou em defesas importantes de Jailson. Mérito também para Vagner Mancini, que desta vez armou o América de forma eficiente para brecar o tradicional rival. Porém, o comportamento do campeão brasileiro no todo não empolgou. E isso coloca pulga atrás da orelha de seus admiradores. É preciso ficar atento, claro.
No entanto, não vejo que a hora é de temor. Há espaço demais para recuperação e volta aos trilhos. Para tanto, o grupo precisa baixar a tensão, respirar e retomar fôlego. Sem traumas, sem ansiedade. Essa turma já mostrou do que é capaz.
Atlético Mineiro precisa parar, respirar e retomar o fôlego perdido
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