Falta ao São Paulo brilho vencedor que durante décadas foi marca registrada
Amigo tricolor, missão complicada encontrar justificativas para mais uma frustração, a primeira de 2023. Não se deve tirar o mérito do Água Santa, que fez campanha muito parecida com a do São Paulo na fase de classificação. Mas a rapaziada de Rogério Ceni, pelo “peso da camisa”, pela responsabilidade da tradição, pela necessidade de conquistar títulos, não poderia sair do Paulistão de maneira melancólica. Mas aconteceu: empate por 0 a 0 no tempo normal e derrota por 6 a 5 nos pênaltis, na partida disputada na noite desta segunda (13) no Allianz Parque.
O São Paulo entrou em campo, como mandante na casa de adversário histórico, com algumas mexidas, provocadas pelas contusões que não acabam e por opções do treinador. Porém, como a sina de ter baixas não dá trégua, com menos de 20 minutos perdeu Galoppo, que sentiu torção. Erisson entrou, sem convicção, a ponto de ser substituído por Alisson no segundo tempo.
A dificuldade de criar emperrou a vida são-paulina, como já ocorreu em outras ocasiões. Houve entrega e tentativa de dominar o Água Santa, que se segurou com base na sólida defesa, uma das menos vazadas na competição (só 9 gols sofridos). À medida que o tempo avançou, igualmente cresceu o nervosismo do São Paulo.
Instabilidade que persistiu no segundo tempo e foi repassada para o torcedor na arquibancada do estádio palestrino. A sensação de noite trágica teve reforço com a contusão de Wellington, quando não podiam mais ser feitas modificações. Ele jogou os minutos finais só para constar, sem função prática. E o Água Santa apostou firme nos pênaltis, como havia feito o Ituano no domingo diante do Corinthians. E a estratégia foi cumprida à perfeição, com a passagem para as semifinais, contra o Bragantino.
O São Paulo ficará um tempo sem atividade, com prejuízo financeiro inevitável. A maré baixa pode ser compensada com tempo para recuperação de atletas e para treinamentos. No entanto, o que se viu no Allianz foi algo que há muito incomoda quem acompanha o time: falta-lhe qualidade, que Palmeiras e Flamengo por exemplo têm. E isso não é de agora. Há muito bato na tecla de que o clube contrata demais com retorno prática de menos. Carece também daquele brilho vencedor, que durante décadas foi sua marca registrada.
Falta ao São Paulo brilho vencedor que durante décadas foi marca registrada
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