Paulinho, o reforço, mostra que tem cabeça para colocar o Atlético-MG na Libertadores da América
Sou muito avarento para usar a palavra "reforço". Ela ficou banal no futebol, porque usada para qualquer contratação feita por um clube. Mesmo um meia-boca é apresentado como reforço. O Atlético-MG, no entanto, pode usar sem constrangimento esse termo ao se referir a Paulinho. O moço foi um dos que chegaram no começo do ano, depois de passagem sem graça pelo Leverkusen e, ao menos até agora, se mostra bom de serviço.
Tão eficiente que já fez um punhado de gols - os principais na semana passada, na Colômbia, e na noite desta quarta-feira (15), no Mineirão. No duelo de ida com o Millonarios garantiu o empate por 1 a 1. Na volta, fez os dois primeiros, na vitória por 3 a 1, com a passagem carimbada para a fase de grupos da CONMEBOL Libertadores.
Paulinho usou a cabeça para a vantagem do Galo, seja do ponto de vista física como simbólico. Na prática, ele testou duas vezes sem chance para Montero, ambas na etapa final: a primeira, em cruzamento impecável de Hulk aos 3 minutos e a outra aos 35, depois de levantamento de Patrick. Além disso, seus deslocamentos foram fundamentais para confundir a zaga adversária.
Para arrematar a atuação acima da média, Paulinho serviu Hulk, no terceiro gol, aos 42. À medida que o tempo passa, cresce o entendimento entre a dupla, que pode dar muito o que falar na temporada. Por ora, não há o que reclamar no empréstimo do atleta revelado pelo Vasco e que, cinco anos atrás, se aventurou na Europa.
O Atlético-MG mereceu o resultado (o gol de Uribe aos 49 não interferiu em nada), sobretudo pelo segundo tempo. No primeiro teve dificuldade de passar pelo eficiente sistema defensivo colombiano e raramente incomodou Montero. O técnico Eduardo Coudet tirou Edenilson no intervalo, colocou Pedrinho e conseguiu dar mais velocidade ao time, pelo lado direito do campo.
No segundo, o gol de Paulinho, com poucos minutos, abalou o Millonarios, que ainda assim insistiu em manter-se atrás, pois o empate levaria para os pênaltis. O jogo tornou-se pesado, truncado, de novo sem lances de maior emoção, embora o Galo tentasse mais o ataque. A recompensa veio com o segundo de Paulinho, que deixou o rival nas cordas. Hulk confirmou o nocaute com um lindo gol.
O Galo continua em fase de ajustes, de observações de Coudet, não tem uma definição de titulares. Mas caminha para isso. A classificação para a principal etapa da Libertadores servirá para a autoconfiança do grupo e também para organizar a programação para o primeiro semestre. O time tem potencial para crescer.
Paulinho, o reforço, mostra que tem cabeça para colocar o Atlético-MG na Libertadores da América
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