Derrota para o Marrocos mostra que a seleção brasileira precisa urgentemente definir técnico
A derrota por 2 a 1 para o Marrocos não significou desastre para a seleção brasileira. Na atualidade, foi até resultado normal, pois de um lado estava uma equipe interina e de outro um time que terminou o Mundial do Catar em quarto lugar. Deu a lógica, portanto, no amistoso disputado neste sábado (25) em Tânger.
O jogo serviu para confirmar o que muitos (e me incluo nesse bloco) têm afirmado há algum tempo: a CBF precisa definir logo quem será o treinador titular, aquele que comandará o projeto para a Copa de 2026. A promessa era de que a questão estivesse resolvida até janeiro; não foi, e se fala em fechar acordo em junho.
Nada contra Ramon, treinador em início de carreira promissora. Poderia até ser ele (ou qualquer outro, de qualidade), se assim entendesse a cartolagem nacional. E se, claro, lhe desse tempo para o trabalho, como na seleção Sub-20 e provavelmente na formação olímpica para 2024. Na prática, não é o que acontece: ele foi chamado para tapar buraco, para um jogo apenas, porque a CBF tinha acordo comercial para cumprir.
O interino Ramon fez o que lhe restava e convocou um grupo que também pode ser considerado temporário. Como não há nome definido para o cargo, não se tem ideia de quantos que foram para a partida no norte da África serão confirmados adiante. Pode ser que o substituto de Tite opte por muitos nomes diferentes.
Isso é ruim e instável. Tanto quanto a apresentação brasileira. Ramon até teve proposta agressiva, ao largar com Rony, Rodrygo e Vini Jr, além de Paquetá como o criador (teoricamente) das jogadas ofensivas. Não funcionou, porque vieram poucas bolas de qualidade para o trio.
Também é de uma injustiça atroz achar que errou ao escalar Rony no lugar de Antony. O palmeirense, com suas limitações técnicas, foi o que mais correu, se esforçou e participou de lances importantes. No segundo tempo, foi substituído por Antony, que teve pouco destaque.
O calcanhar de aquiles foi o sistema defensivo, com desempenho confuso da zaga formada por Royal, Militão, Ibañes e Alex Telles. Eles ficaram muito expostos, pois igualmente esteve instável a proteção oferecida por Casemiro e Andrey. A série de mudanças feitas por Ramon também não surtiu efeito.
Os marroquinos se valeram do entrosamento que os transformou em sensação no Catar. Por isso, abriram o placar aos 28 minutos do primeiro tempo, com Boufal, e fecharam a conta com Sabiri aos 21 do segundo. Também nessa fase, mas aos 21, Casemiro empatou, em falhar tremenda do goleiro Bono. No lado brasileiro, Weverton foi bem, quando necessário, e sem chance de reação nos gols.
Derrota para o Marrocos mostra que a seleção brasileira precisa urgentemente definir técnico
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.