Vítor Pereira foi fiasco com as digitais da diretoria do Flamengo
Vítor Pereira foi uma das maiores bobagens cometidas pelo Flamengo nos últimos anos. O fiasco ocorreu do princípio ao fim - da forma como se deu a contratação até a maneira como começou a ser cozinhado em fogo alto desde a derrota para o Palmeiras na disputa pela Supercopa do Brasil, na abertura da temporada. Três meses e meio jogados fora - e com as digitais da diretoria.
O fracasso da experiência com o terceiro “mister” português desde o meio de 2019 revela a falta de rumo que os cartolas rubro-negros apresentam nas suas escolhas. Desde a passagem brilhante - e curta - de Jorge Jesus não conseguem dar um rumo no futebol profissional. Parece que ficaram reféns do técnico que, dentre outras taças, ergueu a Libertadores na final contra o River Plate.
Repare como a convicção balançou a cada frustração. Depois de Jesus, veio a besteira de trazer Domenèc Torrent, recomendado porque “foi auxiliar de Guardiola por muito tempo”. Nem esquentou banco e foi demitido. Na sequência, apelou-se para Rogério Ceni, que teve como principal feito o título de campeão brasileiro e aguentou o tranco só até julho de 2021. Veio Renato Gaúcho, derrubado após a perda para o Palmeiras da Libertadores daquele ano.
As mancadas prosseguiram em 2022, com a aventura com Paulo Sousa. O português chegou já saindo. Em pouco tempo, desgastou-se com todo mundo e os resultados não apareceram. Dorival Júnior aceitou convite para ser bombeiro; apagou incêndios, foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Como prêmio ganhou pé no traseiro, depois de ser enrolado por vários dias.
Pronto, veio o momento de Vítor Pereira. De saída do Corinthians, em fim de contrato, alegou doença grave na família (a sogra estaria muito mal) para não aceitar renovação. Saiu de férias e na sequência foi anunciado como o novo comandante rubro-negro. Nunca vi treinador levar carga negativa tão intensa para o novo trabalho. VP foi execrado por torcedores alvinegros, com a solidariedade de seguidores de inúmeros fãs de outras equipes. Até de flamenguistas.
Não só a maneira como se deu a mudança de VP, de São Paulo para o Rio, influenciou no desgaste antes mesmo da chegada. O trabalho não foi bom, não digo nem de resultados, que são óbvios. Na prática, não se viu um Flamengo melhor do que aquele que fechou 2022 em alta. Ao contrário, foi pior, confuso, perdido. Numa equipe competitiva, exigente, a mão do treinador tem de aparecer logo - e bem.
Os erros foram gerais - direção, treinador e jogadores. Pois tem muito boleiro que, no momento, é sombra do que já mostrou no clube. É preciso uma chacoalhada da boa e, de uma vez por todas, clareza e firmeza na escolha do técnico. Jorge Jesus é o adorado de sempre; que se tente trazê-lo de volta, mas que os dirigentes não façam papel de tolos, pois desde 2020 várias vezes foram enrolados pelo português. Desta vez, ou vem sem ensebar ou siga sua vida em paz.
E que Vítor Pereira também tome seu rumo. Por aqui acho difícil encontrar mercado. Se bem que… sempre tem clube que não aprende.
Vítor Pereira foi fiasco com as digitais da diretoria do Flamengo
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