O São Paulo ainda vai mandar muita gente para analista e cardiologista
Uma pauta interessante para a turma que cobre o dia a dia da Ciência é a de fazer uma pesquisa a respeito de consumo de calmantes e produtos para o coração por aqui. E ver que tem recorrido aos remédios. Sei não, bem provável que se chegue à constatação de que os principais usuários sejam torcedores do São Paulo. Porque, no ritmo em que o time acumula resultados inusitados, não está fora de cogitação imaginar que seu público passe por maus bocados.
Porque o são-paulino sofreu na noite desta terça-feira (18), na partida contra o Puerto Cabello, pela segunda rodada da fase de grupos da CONMEBOL Sul-Americana. Só pôde respirar aliviado nos minutos finais, quando saíram os dois gols - de Marcos Paulo aos 40 e de Michel Araujo aos 42. Antes disso, penou com o empate e com o risco de ocorrer zebra monumental. Enfim, foi o São Paulo dos últimos tempos.
Ceni optou por escalação mista, já de olho na necessidade de reagir no Brasileiro (estreou com derrota para o Botafogo e sábado recebe o América-MG) e na Copa do Brasil (empatou com o Ituano em casa e na semana que vem vai a Itu). Ou seja, sente a pressão na Série A, pois há desconfiança em torno de sua trajetória, e vê com temor a possibilidade de cair fora de uma competição que jamais venceu.
O mistão tricolor teve dificuldade diante do combativo, embora limitado, adversário venezuelano. No primeiro tempo, teve superioridade na posse de bola, o que não significou grande coisa, porque situações de perigo foram raras. No segundo, Ceni fez algumas mexidas, a principal delas a entrada de Calleri. O artilheiro participou de jogadas que obrigaram Romero a defesas complicadas e ainda participou do gol de Marcos Paulo, que entrou só aos 37 minutos. Beraldo também mandou uma bola no travessão. O segundo gol pegou a defesa venezuelana desprevenida.
O resultado mantém o São Paulo com aproveitamento integral, em duas rodadas, e talvez sirva para suavizar o ambiente no Morumbi, que não anda favorável para Ceni. Os dois próximos desafios, em campeonatos diferentes, servirão de termômetro. Que a temperatura caia e que os torcedores não lotem pronto-socorros cardíacos nem precisem procurar analista. Pois o Mais Querido anda mexendo com o equilíbrio dos fãs.
O São Paulo ainda vai mandar muita gente para analista e cardiologista
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